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Tecnologias não invasivas melhoram saúde da próstata

Todos os anos, em novembro, empresas, entidades, governo e sociedade reforçam a atenção e os cuidados com a saúde dos homens, com foco, principalmente na detecção e tratamento do câncer de próstata – com a Campanha Novembro Azul. Segundo dados do IBGE, homens brasileiros vivem em média sete anos a menos que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes e colesterol, além de – historicamente – serem menos cuidadosos com a saúde. O urologista do Hospital Sírio-Libanês - Flavio Trigo – explica abaixo as doenças na próstata que mais afligem os homens e o que a medicina tem feito para a melhorar a saúde masculina. A doença mais comum da próstata não é o câncer A hiperplasia benigna é a doença mais comum da próstata e atinge cerca de 80% dos homens com mais de 50 anos, aproximadamente 14 milhões de brasileiros. "A HBP está relacionada ao crescimento anormal da próstata, que comprime a bexiga e obstrui parcial ou totalmente a uretra, prejudicando o fluxo da urina. É uma doença silenciosa, que causa vontade constante de urinar e pode provocar, em casos mais raros, infecção urinária e insuficiência renal", explica o urologista do Hospital Sírio Libanês, Flavio Trigo. Atualmente, é possível tratar a doença de forma minimamente invasiva, utilizando terapia com laser verde para diminuir o tamanho da próstata. O procedimento é mais efetivo e apresenta menos sangramento e riscos ao paciente, reduzindo o tempo de recuperação e internação quando comparado à cirurgia tradicional. E o pós Câncer de Próstata? No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Seu tratamento –a prostatectomia radical - é bastante conhecida no país, mas a solução dos efeitos colaterais da retirada da próstata – como a incontinência urinária – ainda causa dúvidas. Estima-se que 4% dos homens que retiraram a próstata vão apresentar incontinência urinária de forma crônica, quando os músculos esfincterianos perdem sua capacidade de reter a urina. Para casos moderados e graves, é indicado a colocação de um esfíncter urinário artificial – uma prótese que substitui o mecanismo natural de continência. "O esfíncter urinário artificial é o padrão ouro para o tratamento da incontinência urinária masculina pós-prostatectomia. No Brasil, o tratamento efetivo já tem ajudado milhares de homens a voltar a rotina", explica o especialista.

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Novo tratamento para próstata crescida

Além do câncer de próstata, outra enfermidade urológica que acomete até 80% dos homens é a hiperplasia prostática benigna (HPB). Popularmente conhecida como próstata crescida, a doença é caracterizada pelo crescimento não canceroso da glândula masculina, que comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a infecções e insuficiência renal. A causa ainda é desconhecida, mas pode estar relacionada a alterações hormonais que acontecem a partir dos 45 anos. Entre os sintomas recorrentes, estão a dificuldade para urinar, ardência, diminuição da intensidade do jato, incontinência urinária, noctúria (quando a pessoa acorda diversas vezes à noite para ir ao banheiro) e até sangramento. O diagnóstico é feito através do exame do toque retal e ultrassonografia para avaliar o tamanho da glândula. Segundo o urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana, há três formas de tratamento para a doença. São elas: os medicamentos, as cirurgias tradicionais no corte e as cirurgias sem cortes que são feitas pelo canal da uretra, podendo ser a ressecção da próstata ou a operação com o revolucionário Greenlight. Também conhecido como laser verde, a tecnologia já é usada em 95% das cirurgias de HPB nos Estados Unidos e na Europa. Sua versão mais atual, a XPS, chegou ao Brasil no início do ano passado. “O laser verde atualmente é a melhor opção de tratamento porque ele garante menos complicações, não existem incisões no corpo e, assim, não há sangramento”, explica. Por isso, a operação também pode ser realizada em pacientes que têm problemas cardíacos e que tomam remédios anticoagulantes, sem a necessidade de suspendê-los. Outro benefício é quanto à recuperação no pós-operatório. “Na cirurgia tradicional, o paciente fica de 4 a 7 dias com sonda. Com o laser, esse tempo cai para apenas um dia e depois ele já pode ir para casa”, revela Maia. É importante lembrar que o procedimento não interfere na potência sexual, nem na função erétil do homem. A cirurgia – Por meio de um aparelho com câmera inserido na uretra, o laser emite ondas de faixa verde no tecido da próstata. As ondas reagem com a oxiemoglobina presente no sangue e vaporizam o excesso de tecido com altas temperaturas sem causar sangramentos. Por enquanto, o Greenlight está disponível apenas na rede privada com cobertura de alguns planos de saúde. Mas, graças aos seus benefícios e ao resultado eficaz, é provável que ele seja absorvido mais amplamente em breve. A Boston Scientific, atual empresa detentora do laser, já divulgou que pretender reduzir até pela metade do valor da fibra para os hospitais e convênios.

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Cirurgia de próstata com risco menor de disfunção erétil

Parece ficção cientifica, mas é a pura realidade dos avanços médicos: já existe um robô que realiza procedimentos cirúrgicos complexos. A chamada cirurgia robótica começou a ser executada no Hospital Esperança, no Recife. A princípio serão realizadas operações urológicas, mas em breve, o uso da nova tecnologia será ampliado para as áreas de cirurgia geral, ginecológica, bariátrica, torácica, de cabeça e pescoço e coloproctológica. Batizado de Da Vinci (não por acaso, o nome do gênio que, entre outros prodígios, estudou a anatomia humana), o sistema é composto por uma estação (espécie de cabine de comando), onde um cirurgião visualiza a área operada num monitor com imagem full HD em três dimensões. A tela permite visão ampliada de dentro do corpo. Além desse médico, um outro cirurgião permanece ao lado paciente, realizando algumas funções que a máquina não executa. Dentro da estação o primeiro cirurgião também controla de forma remota os braços do Da Vinci, ou seja, é como se estes fossem a extensão das mãos do cirurgião. Porém, a máquina atua com maior grau de precisão e executa movimentos precisos, com ângulo maior de abrangência. Ou seja, o Da Vinci alcança com mais precisão pontos que a mão humana apresenta dificuldade. “O robô consegue realizar movimentos que um médico não é capaz de executar”, salienta Alexandre Loback, diretor regional da Rede D’Or –São Luiz. E caso o cirurgião faça algum movimento brusco, involuntário, o Da Vinci corrige a tempo de não atingir o paciente. “Tudo isso garante que o procedimento seja menos invasivo, o que reduz o risco de lesão e proporciona um nível de preservação dos órgãos maior que na cirurgia convencional. Esse é o grande ganho”, ressalta Loback. Um bom exemplo desse benefício é observado na prostatectomia (extirpação total ou parcial da próstata), procedimento que pode provocar disfunção erétil. “Na cirurgia robótica esse risco é menor, porque os movimentos do robô são mais precisos e podem lesar menos os tecidos nervosos”, explica Loback, acrescentando que a possibilidade de provocar incontinência também é reduzida com o uso do Da Vinci. Já em procedimentos de retirada dos rins (nefrectomia), a ocorrência de sangramentos é menor com os recursos do robô. Todas essas características da cirurgia robótica, salienta Loback, também garantem num menor tempo operatório e de internação do paciente. Vantagens que garantem não apenas uma alta mais precoce, como também reduz os custos coma hospitalização da pessoa operada. INVESTIMENTOS O Da Vinci não é uma novidade para a Rede D'Or - São Luiz, que vem trabalhando com o sistema em hospitais do grupo localizados em outros Estados. “É o terceiro investimento em tecnologia robótica que realizamos em menos de um ano. Oferecer modernas técnicas reforça o comprometimento com o paciente”, justifica Loback. A unidade Itaim do Hospital São Luiz, em São Paulo, opera com o robô desde o ano passado. Já no Copa D’Or, no Rio de Janeiro, a aquisição é mais recente. Para implantar a nova tecnologia, a Rede D’Or – São Luiz investiu mais de R$ 15 milhões na aquisição do robô, além de insumos e outros suportes. Inicialmente uma equipe de 12 médicos receberam a capacitação para operar o Da Vinci, número que será ampliado ao longo do tempo. Antes mesmo de ser instalado o equipamento, já havia cinco pacientes aguardando ser operado pelo novo procedimento. “Nossa meta é em seis meses alcançar 30 cirurgias robóticas por mês e até o final do ano 50 cirurgias/ mês”, projeta Loback, que planeja transformar o Esperança Recife num centro de referência da nova tecnologia.

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