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Pesquisa: Recife é a cidade com maior investimento por aluno no NE

Dados do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, lançado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), apontam que as cidades selecionadas da Região Nordeste ampliaram os recursos aplicados em educação em 2018. Dos 25 municípios analisados, apenas sete tiveram retração no gasto na área, sendo três capitais. O estudo apontou ainda as despesas por aluno das cidades selecionadas do Nordeste. Recife (PE) teve o maior gasto, com R$ 9.709,00, seguida por Camaçari (BA), com R$ 8.701,82; e Salvador (BA), com R$ 8.382,59. Os valores são corrigidos pelo IPCA médio de 2018. Das capitais, Teresina (PI) foi a que registrou a maior queda: 9,8%, caindo de R$ 565,3 milhões aplicados em 2017 para R$ 510 milhões em 2018. Outras duas capitais aparecem nessa situação: João Pessoa (PB), com redução de 2%, e São Luís (MA), com queda de 1,8%. Já os principais avanços entre as cidades selecionadas pelo estudo foram Nossa Senhora do Socorro (SE), com aumento de 48,4%, ampliando o gasto de R$ 78,2 milhões em 2017 para R$ 116 milhões em 2018; Camaçari (BA), que aumentou de R$ 226,4 milhões para R$ 287,5 milhões, no período analisado, com alta de 27%; e Caruaru (PE), com aumento de 22,1%, passando de R$ 182,6 milhões para R$ 223 milhões. Em sua 15ª edição, a publicação utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros. O Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil foi viabilizado com o apoio da Estratégia ODS, União Europeia, ANPTrilhos, Huawei, Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Saesa, Sanasa Campinas e Prefeitura de São Caetano do Sul. Panorama Brasil: despesa municipal com educação atinge seu maior valor histórico Segundo análise feita pelo anuário Multi Cidades, após três anos consecutivos de queda, as despesas com educação cresceram em 3,7% em 2018, passando de R$ 157,76 bilhões, em 2017, para R$ 163,55 bilhões. Esse valor supera o montante de 2014 e assume o maior patamar de recursos aplicados à área desde 2002, início da série histórica. Os valores são corrigidos pelo IPCA médio do ano. Essa alta é reflexo do avanço real de 5,8% da receita total dos municípios. Entre as verbas destinadas à educação, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tiveram elevações de 3,4% e 8,5%, respectivamente, o que representou um incremento de R$ 3,94 bilhões ao financiamento da educação em 2018. As receitas do Fundeb, que chegaram a R$ 91,06 bilhões, significaram 55,7% de todo o desembolso municipal com educação. O saldo Fundeb das cidades, ou seja, a diferença entre o valor que destinam ao Fundo e o que recebem, ficou positivo em R$ 44,84 bilhões. Já os recursos do FNDE participaram com 7,1% do gasto total com educação. As transferências voluntárias também tiveram uma expansão de 6,8%, em relação a 2017, com destaque para o aumento daquelas provenientes dos estados (15,1%), enquanto que as da União recuaram 8,1% no mesmo período. No entanto, o montante total das transferências voluntárias compôs apenas 1,6% do total da despesa com educação. Os municípios do Centro-Oeste foram os que experimentaram a maior variação, de 5,7%, seguidos pelos da Região Nordeste, com 4,6%. Próximas do desempenho da média nacional ficaram as cidades das regiões Sudeste (3,4%) e Norte (3,6%). Já as da Região Sul tiveram um aumento bem mais tímido, de 1,6%. Em termos absolutos, o crescimento dos gastos no campo educacional foi puxado pelo resultado do Sudeste e do Nordeste. Gasto por aluno O gasto médio por aluno matriculado na rede municipal cresceu 3,7% em 2018, passando de R$ 6.829,10, em 2017, para R$ 7.079,12. Esse desempenho se deu por conta do movimento de relativa estabilização no número de matrículas nas unidades de ensino geridas pelas prefeituras, cuja alta foi de apenas 1.388 estudantes em todo o país. Assim, o gasto por aluno refletiu a mesma performance da despesa com educação. Entretanto, apesar da elevação, o custo por matriculado ainda permanece ligeiramente inferior ao de 2015, de R$ 7.090,31, quando atingiu o maior patamar da série histórica. Os municípios das regiões Norte e Nordeste alcançaram as menores médias de gasto por aluno, de R$ 5.251,16 e R$ 5.388,66, respectivamente. Já o Centro-Oeste, o Sul e o Sudeste obtiveram uma média bem superior, de R$ 7.802,92, R$ 8.330,78 e R$ 8.908,32 por estudante, respectivamente.

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Alunos da rede municipal do Recife disputam vaga para o mundial de robótica na França

Uma delegação de 23 estudantes da rede de ensino do Recife está participando do evento Robótica 2019, um dos mais importantes da América Latina nas áreas de robótica e inteligência artificial. Este ano, o evento acontece na cidade de Rio Grande (RS), na UFRG, e os alunos recifenses estão disputando a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), a Latin American Robotic Competition (Larc) e ainda participam da Mostra Nacional de Robótica (MNR). A competição acontece até sábado (26). O desafio da Olimpíada Brasileira de Robótica é a categoria Resgate. Durante a disputa, os robôs programados pelos estudantes do nível 1 (11-14 anos) precisam resgatar uma "vítima", representada por uma bolinha, para a área de salvamento. Essa etapa será disputada pelas equipes DMC Evolution, The Monsters e Poetas Robóticos, das escolas municipais Padre Antônio Henrique, Pedro Augusto e Poeta Jonatas Braga, respectivamente. Já os alunos do nível 2 (14-19 anos) dão continuidade à competição, suspendendo a "vítima" (representada pela bola) e colocando em uma área segura. Essa etapa está sendo disputada pela equipe Legião Robot, da Unidade de Tecnologia e Cidadania (Utec) Cordeiro. Caso vençam, eles se credenciam para a etapa mundial, que acontece no próximo ano, na França, a chamada Robocup. A equipe The Hackers Soccer, do Clube de Robótica do Centro de Educação, Tecnologia e Cidadania (Cetec) da Prefeitura do Recife, também está concorrendo a uma vaga para o mundial na categoria Robocup Junior. Os estudantes competem com dois robôs jogadores de futebol, um atacante e um goleiro. "Neste ano, os alunos já se classificaram para o mundial na Hungria pela competição WRO, que será no próximo mês. Se eles conseguirem credenciamento para o mundial da França, será a quinta experiência de alunos da rede do Recife em mundiais. Esse acúmulo de experiência, tendo como premissa a educação, incentiva esses estudantes a investirem em pesquisa e desenvolvimento na área de robótica, além de participarem de programas de intercâmbio e troca de experiência com colegas do exterior. Nós estamos investindo no futuro deles", destacou Bernardo D´Almeida, secretário de Educação do Recife. MOSTRA NACIONAL DE ROBÓTICA - Durante o evento, quatro equipes da rede do Recife também estão participando da Mostra Nacional de Robótica, uma iniciativa que visa estimular e divulgar trabalhos científicos e inovações tecnológicas. "Todos os alunos que fazem parte do Clube da Robótica tem um desempenho acima da média, que cresce ao longo dos anos. O Programa Robótica na Escola da Prefeitura do Recife é uma forma atrativa dos alunos estudarem as interdisciplinas, como matemática e física. Assim, os alunos aumentam o conhecimento no dia-a-dia", pontuou Danielle Duca, diretora executiva de Tecnologia da Secretaria de Educação do Recife. Os estudantes da Utec Sítio da Trindade apresentam o projeto Eco Barco, um protótipo automatizado, que tem como proposta ser uma ferramenta para solucionar a poluição dos rios. O projeto Clear Space, feito pelos alunos da Utec Nóbrega, mostra uma base lunar para o reaproveitamento do lixo espacial. Os alunos da Utec Nóbrega faz uma apresentação de como o drone pode ser uma ferramenta no processo de aprendizagem. E os alunos da Escola Municipal Mário Melo homenageiam a cultura pernambucana, por meio do projeto Frevobótica, um robô que dança ao som do frevo.

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Legado de Paulo Freire é celebrado por professores e alunos da rede municipal do Recife

Cerca de 500 pessoas compareceram ao Recife Antigo, nesta quinta-feira, 19 de setembro, para homenagear o educador recifense reconhecido mundialmente, Paulo Freire. Nesta data, ele completaria 98 anos, e os alunos e professores da rede de ensino do Recife organizaram o evento "Abraço a Paulo Freire", um ato simbólico que foi da Avenida Rio Branco até o Marco Zero. Na ocasião, de maneira lúdica e interativa, atores apresentaram esquetes teatrais sobre os feitos, o pensamento e passagens da vida do educador. "Estamos aqui defendendo o legado de Paulo Freire, que vive dentro da nossa rede de ensino. O modelo revolucionário de Paulo Freire insere o aluno para ser alfabetizado diante da realidade em que vive e não dentro de quatro paredes. Ele é uma referência no pensar da pedagogia e nós estamos trazendo os alunos aqui para essa reflexão, para pensar no futuro que o Brasil precisa", pontuou Bernardo D´Almeida, secretário de Educação da Prefeitura do Recife. O legado de Paulo Freire está presente na Política Municipal de Ensino do Recife adotada desde 2015, e preconiza uma escola inclusiva, democrática e justa, que respeita a autonomia e dignidade do ser humano. “Para ter a sociedade democrática, justa e igualitária que desejamos é preciso que tenhamos pessoas críticas que saibam interpretar a realidade que nos cerca para transformá-la para melhor”, completou o secretário. O aluno da Escola Municipal Pedro Augusto, na Soledade, Davi Vieira Santana, contou que sempre participa de projetos que homenageiam Paulo Freire e já realizou apresentações escolares que contam a história do educador."Ele foi um grande incentivador da leitura. É ótimo falar da vida dele porque eu sempre aprendo mais", afirmou o estudante que está no 7o ano. Engajado socialmente, em 1960 ao lado do então prefeito do Recife, Miguel Arraes, Paulo Freire foi um dos fundadores do Movimento de Cultura Popular (MCP), experiência fundamental para a criação do seu método. Paulo Freire criou o método de ensino de alfabetização de adultos que utilizava palavras relacionadas ao cotidiano e realidade dos alunos, na maioria trabalhadores e camponeses. Os agricultores aprendiam palavras como cana, enxada, colheita e eram levados a pensar nas questões sociais relacionadas ao seu trabalho. Em 1962, ele alfabetizou 300 trabalhadores da agricultura em 40 horas, na cidade de Angicos, Sertão do Rio Grande do Norte. Essa experiência o acabou levando ao Programa Nacional de Alfabetização em 1963 pelas mãos do presidente João Goulart. O programa pretendia alfabetizar 5 milhões de brasileiros. Após o golpe militar em 1964, foi perseguido pela ditadura e acusado de agitador, tendo sido preso por 70 dias e em seguida exilado no Chile. Em 1980, com a Anistia retornou ao Brasil, sendo radicado em São Paulo onde passou a lecionar na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). Paulo Freire é o brasileiro com mais títulos de Doutor Honoris Causa de várias universidades, quase 40, entre elas Harvard, Cambridge e Oxford.

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