Arquivos Urbanismo - Página 9 De 9 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Prioridade para o pedestre recifense

No final do mês passado, a Prefeitura do Recife, por intermédio do Instituto Pelópidas Silveira (ICPS), divulgou as propostas de Políticas Setoriais do Plano de Mobilidade Urbana do Recife, discutidas em audiência pública no dia 28.03. Do documento consta expressamente a priorização para o fluxo e a segurança do pedestre e do ciclista e para o transporte público de passageiros, além do desestímulo ao uso do transporte individual motorizado (carros e motos) como principal meio de locomoção na cidade. Trata-se da primeira vez que diretrizes dessa natureza são formalizadas em um documento com status de pré-projeto de lei. Um marco histórico! A ironia do destino é que, no dia anterior, os meios de comunicação divulgaram o resultado do Índice 99 de Tempo de Viagem (ITV 99) que, pelo segundo ano consecutivo, apontou o Recife como tendo o pior trânsito das 10 maiores capitais brasileiras nos deslocamentos em horários de pico da manhã (7h às 10h) e da noite (17h às 20h). E, ainda que essas medições feitas por meio de aplicativos de transporte mereçam ser olhadas com reservas quando determinam rankings de desempenho, o fato é que o Recife tem aparecido com frequência em colocações comprometedoras no quesito travamento de trânsito... O que, aliás, não é novidade, dada a sua estrutura viária antiga (em muitos locais plurissecular), lançada antes do advento dos veículos motorizados e sem alternativas físicas de ampliações significativas... Enfrenta o Recife, no que diz respeito ao trânsito, um problema elementar de física aplicada: não pode uma rede limitada de vias ser acrescida continuamente de veículos sem que venha a travar! Daí, a grande importância de políticas públicas que priorizem os demais meios de deslocamento que não os individuais motorizados (a pé, de bicicleta e transporte público), sempre considerando que, em termos de mobilidade, o importante é o deslocamento de pessoas e não, necessariamente, de veículos, conforme, inclusive, pode ser conferido na boa matéria sobre o tema publicada nesta edição da Algomais. Esse é, aliás, um debate muito difícil por causa da longa hegemonia do transporte individual motorizado no planejamento das nossas cidades. Por isso, é preciso que se tenha muita calma nesta hora porque, infelizmente, inexistem soluções mágicas.

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Cidades Algomais estreia em Caruaru

Discutir a qualidade de vida das cidades pernambucanas é uma das pautas mais frequentes da Algomais. Urbanismo sustentável, mobilidade e calçadas são alguns dos caminhos nos quais a revista já percorreu, fomentando um debate a partir das suas páginas. Agora a discussão ganhou um novo formato com o CAM – Cidades Algomais, projeto realizado em parceria com a Agência Mova – Live Marketing. A iniciativa consiste numa série de eventos que tem a proposta de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. A estreia do projeto aconteceu em Caruaru, que está entre os cinco municípios mais produtivos e populosos de Pernambuco. Foram palestrantes o consultor da TGI e militante por cidades caminháveis, Francisco Cunha; o fundador do aplicativo Colab, Gustavo Maia; e a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. Sustentabilidade, tecnologia e gestão pública e do território estiveram entre os temas debatidos. O evento atraiu uma plateia composta por empresários, acadêmicos, universitários, representantes de movimentos sociais, membros da gestão pública e jornalistas de diversos veículos. Francisco Cunha abordou as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros para caminhar pelas ruas e calçadas do País. “As cidades brasileiras foram planejadas para os carros, mas elas precisam ser caminháveis, pois todos somos pedestres”. A avaliação do consultor traz questões que se relacionam com o impacto que esse modelo tem para qualidade de vida, para a segurança dos cidadãos e para a ocupação dos espaços públicos. O modelo “carrocrata” da maioria dos municípios brasileiros, segundo Francisco Cunha, é consolidado pelo desconhecimento que o pedestre tem dos seus direitos e pelo fato de que as instâncias públicas para cuidar da mobilidade são, na verdade, apenas órgãos de trânsito. Esse retrato contrasta com as experiências de países com melhor qualidade de vida. “As cidades desenvolvidas no mundo priorizam a caminhabilidade”. O engajamento da sociedade na construção de espaços urbanos mais saudáveis tem sido observado no mundo inteiro. Uma tendência que estimulou a criação do Colab, um aplicativo por meio do qual o cidadão participa da tomada de decisão do município. A tecnologia hoje está presente em 150 prefeituras e já registrou 85 mil fiscalizações no Brasil. “Nossa proposta é transformar a sociedade de dentro do governo, ajudando-o a fazer um País melhor para o cidadão e com o cidadão”, explica Gustavo Maia, fundador do Colab. O intuito, segundo Maia, não é denunciar os problemas das cidades, mas gerar uma fiscalização que traga soluções. “Como uma rede social, os cidadãos passam a se relacionar com a prefeitura, como se fosse com seus amigos. E a partir dessa comunicação passam também a participar da tomada de decisão dos temas relevantes para a cidade”, explicou. O aplicativo já faz enquetes sobre a aplicação de investimentos públicos e até mesmo para escolha de bandas em eventos. Participação popular também está na linha de atuação da prefeita de Caruaru Raquel Lyra. No evento, ela apresentou os fóruns criados para a atuação dos cidadãos, como o projeto Mobiliza Caruaru (que promove escutas comunitárias com diversos segmentos da população rural e urbana). “Não adianta termos apenas uma orientação dos acadêmicos nas nossas decisões.Precisamos ter a legitimidade e o sentimento da nossa gente no nosso trabalho”, afirma. Um dos destaques do discurso de Raquel foi a sua análise sobre as diferentes regiões que compõem a cidade. “Nosso desafio não é olhar a cidade apenas a partir da Av. Agamenon Magalhães (uma das mais modernas do município), mas observar a realidade e as necessidades da periferia e do meio rural. A partir desse pensamento desenvolvemos uma gestão orientada por territórios”, explica. A prefeita também apresentou instrumentos de gestão para dar eficiência nas suas ações, a exemplo do monitoramento estratégico e do comitê de gestão financeira, Para o diretor-executivo da Algomais Ricardo de Almeida, a estreia do CAM foi um sucesso. “Mostramos iniciativas bem-sucedidas de gestão urbana, com conteúdos que atraíram um público qualificado”, analisa. Até o final do ano o projeto seguirá por outros municípios. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência urbana”, afirma Lula Pessoa de Mello, sócio da Mova.

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Urbanismo Sustentável: quando o cidadão se apropria da cidade

As casas do Recife eram voltadas para o Rio Capibaribe nos primórdios da cidade. Com a modernização da capital pernambucana e o crescimento da indústria dos automóveis no País, o modelo de urbanização foi invertido. A população deu as costas ao seu principal ativo ambiental e se voltou para as avenidas. A mobilidade ancorada pelos veículos motorizados individuais resultou numa experiência urbana caótica e poluída. Desse desconforto cotidiano e da eclosão de movimentos sociais em defesa de uma cidade mais humana e verde operou-se uma mudança. O recifense voltou a olhar para o rio, a andar de bicicleta e a cobrar por mais qualidade nas calçadas. Nasceu um novo protagonismo cidadão que associa conhecimento técnico e mobilização popular por um urbanismo sustentável. A criação do Jardim do Baobá, nas Graças, representa bem essa tendência na luta por uma cidade mais sustentável. Ele é uma das peças do Parque Capibaribe, que é a principal aposta do poder municipal de reordenamento urbano para o Recife num cenário de longo prazo. “O Jardim do Baobá é o marco zero de um modelo que pretendemos implantar na cidade. O parque traz um alto padrão de mobiliário urbano, com prioridade aos pedestres e ciclistas”, diz Bruno Schwambach, secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente. Schwambach considera como um dos diferenciais da iniciativa a intensa participação popular. “Não é um projeto da prefeitura, mas da cidade”. Para envolver a sociedade, segundo o secretário, foi fundamental o convênio com o Inciti/UFPE, que promoveu diversos fóruns e debates com atores locais para discutir o projeto. “Para que haja sustentabilidade as decisões não podem ser tomadas sem a conexão com a população, precisa de um amplo engajamento”, ressalva Schwambach. Outros movimentos de apropriação do espaço urbano fervilharam no Recife nos últimos anos. Desde grandes mobilizações, como no caso do Ocupe Estelita, até a organização de vários grupos locais, como o Instituto Casa Amarela Saudável e Sustentável. A associação surgiu para combater a insegurança local e acabou atuando na defesa de um bairro mais humanizado. Possui cinco núcleos que cuidam de áreas específicas da comunidade, como o Sítio da Trindade, a Biblioteca Municipal (reaberta com a ação dos moradores) ou a Horta Comunitária (plantada num terreno baldio adotado pelos vizinhos). “O mais importante é engajar as pessoas na preocupação com o espaço público. A horta era uma área com lixo que foi ocupada e é cuidada pela população. Virou um point ambiental, criado sem recursos, mas com muito carinho da comunidade”, afirma o coordenador Vandson Holanda. Movimentos semelhantes se espalham por diversos bairros, como em Casa Forte, Setúbal, Graças e Brasília Teimosa. O doutor em Estruturas Ambientais Urbanas e professor da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Padovano, considera essencial essa participação dos cidadãos. “Nada mais pode ser realizado de cima para baixo, sem envolver todos os interessados, até porque na interface dos diversos atores sociais podem surgir ideias muito melhores do que aquelas que muitas vezes se originam em paradigmas superados”. Nos últimos anos cresceu também o número de movimentos que criticaram o padrão de mobilidade. Surgiram o Olhe Pelo Recife – Cidadania a Pé, a Frente de Luta pelo Transporte Público e a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo). O assunto é estratégico, pois a forma como os pernambucanos se locomovem tem um grande impacto ambiental. Segundo o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Cidade do Recife, 65% do CO2 emitido na capital provém do transporte. Com quatro anos de atividade, a Ameciclo ampliou sua atuação ao mesmo tempo que aumentou sensivelmente o número de ciclistas na cidade. O movimento participou da construção do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana, promoveu a primeira Conferência Livre de Mobilidade do Recife e desenvolveu um sistema de reutilização e compartilhamento de bikes em duas comunidades carentes do Recife, o Bota pra Rodar. Além disso, tem investido na realização de pesquisas para embasar sua atuação. “É importante fazer o Recife ter uma estrutura urbana mais humana. Quando toda malha viária é construída para o automóvel, você tira a cidade das pessoas e as ruas viram apenas canal de passagem e não de vivência”, afirma Lígia Lima, uma das coordenadoras da Ameciclo e integrante do Observatório do Recife. Ela afirma ser necessário diminuir a velocidade nas ruas, diversificando o modo como as pessoas fazem seus percursos no dia a dia, estimulando principalmente o andar a pé e de bicicleta. “Quando as pessoas não só passam pelas vias, mas vivem a cidade, passam a se preocupar com esse espaço se fosse sua própria casa. A partir daí, começam a querer cuidar mais da área pública”, avalia.   Uma característica desse novo protagonismo cidadão é a preocupação com o longo prazo. Uma organização da sociedade civil especializada nessa perspectiva é a Agência Recife para Inovação Estratégica (Aries). “É do povo que emergem as prioridades, a alma do tipo de cidade que queremos ser. Só acertando a interpretação dessa vontade que vamos conseguir um projeto de longo prazo que represente de verdade o recifense”, declara Guilherme Cavalcanti, diretor da Aries. “A cidade precisa ser tratada como o complexo e estratégico sistema que é, caso contrário, sofreremos as consequências de soluções pontuais desconectadas, que formam um verdadeiro Frankenstein e não o lugar que merecemos. Precisamos partir de uma visão macro, que responda à pergunta “qual é a cidade de que precisamos?”, afirma Roberto Montezuma, presidente do CAU-PE. (Reportagem do jornalista Rafael Dantas - rafael@revistaalgomais.com.br)   LEIA TAMBÉM: Três perguntas para Roberto Montezuma sobre urbanismo sustentável “O Recife precisa ter uma estrutura urbana mais humana”, entrevista com Lígia Lima, da Ameciclo

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CAM - Cidades Algomais acontecerá em Caruaru

A Revista Algomais lança na próxima terça-feira (13/06) o CAM - Cidades Algomais. O projeto compreende uma série de eventos que tem o intuito de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. O workshop de inauguração acontecerá em Caruaru, no Teatro Empresarial Difusora, a partir das 8h30. Os palestrantes serão o consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha, o fundador da Colab, Gustavo Maia, e a prefeita de Caruaru Raquel Lyra. "O primeiro evento do CAM será um debate sobre inovações na gestão de cidades e como a iniciativa privada pode contribuir com os gestores públicos", afirma o diretor executivo da Algomais Ricardo de Almeida. As inscrições para o evento serão gratuitas. Os interessados em participar deverão fazer seu cadastro enviando o nome completo pelo email: ingresso@cidadesalgomais.com.br     CAM. O Cidades Algomais é uma das novidades da Revista Algomais em 2017, numa proposta criada em parceria com a Agência Mova – Live Marketing, que pertence ao Grupo Duca. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais, que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência nas cidades”, contextualiza Luiz Pessoa de Mello, diretor da Mova. “Acreditamos no poder transformador da inspiração e que exemplos positivos contagiam”, reforça.  

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Prefeitura autoriza início das obras da segunda etapa do projeto Parque Capibaribe

Na manhã desta quinta-feira (1), o prefeito Geraldo Julio assinou a ordem de serviço autorizando o início das obras da segunda etapa do projeto Parque Capibaribe - Caminho das Capivaras, que inclui a urbanização das margens do rio, no trecho de 1 km entre as Pontes da Torre e da Capunga, no bairro das Graças. O investimento total será de R$ 26.574.446,75, com recursos assegurados por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal/ Ministério das Cidades. O andamento das obras será acompanhado pela Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Urbanização do Recife (URB). "Este é um projeto importante, que prevê a construção de mais de 30 km de parque pela cidade. Nós já fizemos o Jardim do Baobá e agora vamos fazer esta parte do bairro das Graças. Quando esta área estiver pronta, as pessoas poderão viver a cidade de outra forma, andando, de bicicleta ou com qualquer outro meio de locomoção. Essa vai ser uma experiência nova para a cidade, uma obra construída com um urbanismo moderno, discutido com a população e onde teremos a oportunidade de fazer as pessoas curtirem a cidade e o Rio Capibaribe", explicou o prefeito Geraldo Julio. Em vez de uma via expressa com quatro faixas de largura, prevista em proposta anterior, o projeto foi readequado de acordo com os conceitos do Parque Capibaribe, após amplo debate com a população, e ganhou características de via local. A área será equipada com passeios, ciclovia, áreas de convivência e espaços de aproximação com o rio, além de um refúgio para capivaras. A obra contempla também a implantação de faixa única para carros, compartilhada com bicicletas, em dois trechos: da Ponte da Capunga até a Rua Dom Sebastião Leme e da Rua Manoel de Almeida em direção à Ponte da Torre. Também haverá duas passarelas sob as pontes, um mirante na Rua Dom Sebastião Leme e dois píeres para pequenas embarcações. O prazo para execução é de 18 meses. O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Bruno Schwambach, falou da importância da iniciativa. "Pela primeira vez a cidade está sendo pensada a longo prazo, em todos os outros projetos dentro da prefeitura, assim como este, que é estruturador, que ressignificam o que a cidade precisa, dialogando com as pessoas e com o entorno. Tive a oportunidade de acompanhar e apresentar esse projeto e todos se impressionam como estamos alinhados à nova agenda urbana, na forma como devemos preparar a cidade e entregar ela para as pessoas, alinhados também à redução de carbono, dando prioridade ao pedestre, ao ciclista", declarou. O projeto foi contratado pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente e elaborado pelo grupo Inovação e Pesquisa para as Cidades (InCiti), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A proposta foi amplamente discutida com a sociedade civil e prevê a requalificação urbanística do espaço, priorizando pedestres e ciclistas, integrando todo o bairro das Graças. PARQUE CAPIBARIBE – O projeto pretende transformar o Recife em uma cidade-parque, visando elevar a taxa de área verde pública, que hoje é de 1,2 m² por habitante, para 20 m² por habitante em 2037, quando o Recife completa 500 anos. A intervenção envolve mais de um terço da área da cidade, numa extensão de 30 km, prevendo ações num raio de 500 metros a partir de cada margem, o que resulta em uma área de influência de 7.250 hectares. O projeto total abrange 35 bairros, que vão gradualmente se transformar em bairros-parque, beneficiando 400 mil habitantes do Recife. O Parque Capibaribe teve início em 2013, sendo fruto de um convênio de cooperação técnica entre a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), através da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). JARDIM DO BAOBÁ - A primeira etapa do Parque Capibaribe entregue à população foi o Jardim do Baobá, nas Graças, que ocupa a margem do Rio Capibaribe entre as Ruas Madre Loyola e Antônio Celso Uchôa Cavalcanti, próximo à antiga estação Ponte D’Uchoa. O jardim tem 2.200 m2 e conta com uma mesa de uso coletivo de 10,5 metros de comprimento para piqueniques e jogos, além de três balanços-escultura de 6 metros de altura que comportam crianças e adultos. O espaço fica no entorno de um baobá, que faz parte da lista das 54 árvores e palmeiras tombadas do Recife.

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3 perguntas para Roberto Montezuma sobre urbanismo sustentável

Roberto Montezuma é presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo em Pernambuco (CAU/PE). O que é a Nova Agenda Urbana da ONU e qual a sua importância para a transformação das cidades? A Nova Agenda Urbana uma visão compartilhada sobre o desenvolvimento sustentável das nossas cidades. Trata-se de um documento consolidado pela UN-Habitat e assinado em 2016 por centenas de países e instituições, inclusive o Brasil. Ela é uma diretriz mundial que reverbera aqui na nossa realidade, com objetivos que se adaptam perfeitamente às demandas e desafios brasileiros. O documento aponta desafios concretos, metas e ações a serem perseguidos por gestores públicos, sociedade civil organizada e demais stakeholders da transformação urbana nos próximos 20 anos. No que tange especificamente às cidades, a ONU propõe, por meio de campanha de pensadores urbanos, objetivos ainda mais específicos, como a cidade inovadora, resiliente, sustentável, criativa. A ONU coloca a cidade no centro do debate. Nesse contexto, o que chama atenção para a realidade brasileira é o alinhamento com a ideia de planejamento de longo prazo que o CAU/PE tanto defende. A cidade precisa ser tratada como o complexo e estratégico sistema que é, caso contrário, sofreremos as consequências de soluções pontuais desconectadas, que formam um verdadeiro Frankenstein e não a cidade que precisamos e merecemos. Uma cidade não se planeja em quatro anos, mas em 15, 20, 30 anos. Por isso, se queremos transformar as cidades, temos uma ordem a seguir. Precisamos partir de uma visão macro, que responda à pergunta “qual é a cidade que precisamos?”. Só então partimos para a espacialização desses anseios, traduzidos em planos e projetos que dão a concretude a essa visão. A partir disso podemos pensar em legislação, que deve estar em alinhamento com o planejado. Por fim, chegamos à etapa do financiamento que permitirá que tiremos os planos do papel. Essa perspectiva diagonal do planejamento de longo prazo precisa ser repetida como um mantra em todos os espaços de discussão sobre as cidades. Como você vê o protagonismo cidadão na busca por uma cidade mais sustentável? Como lembra a ONU em movimentos como o da Agenda Urbana e o Urban Thinkers Campus: nós somos a mudança. Isso é a mais pura verdade: nós somos a cidade, nós somos o trânsito, nós produzimos o lixo, a energia. Portanto, nós somos ao mesmo tempo o problema e a solução. A partir do momento em que eu sou sustentável, eu estou fazendo uma cidade mais saudável. Não tem outra saída. Por isso, o empoderamento cidadão é tão urgente e é uma das metas do CAU enquanto instituição que endossa a Nova Agenda Urbana. Em Pernambuco, iniciativas do Conselho como o projeto Cadernos de Arquitetura e Urbanismo vão ao encontro dessa demanda por mais conteúdo para formar um olhar crítico que leve a atitudes transformadoras. O empoderamento parte da consciência, da observação teórica que se traduz em construção prática de outra realidade possível bem como no monitoramento. Ao se apropriar do conceito de cidade, o cidadão passa a monitorar a transformação, blindando o planejamento de governo contra de qualquer desvio da visão macro e cobrando o planejamento de estado que vai garantir sustentabilidade ao desenvolvimento. Como tem sido a atuação do CAU-PE na defesa de um urbanismo sustentável para as cidades pernambucanas e especialmente em relação ao projeto Parque Capibaribe? Ao nos alinharmos à Nova Agenda Urbana, defendemos a importância de pensar global e agir local. Nesse sentindo, todos os movimentos que estão surgindo dentro da proposta positiva de transformação urbana têm seu lugar estratégico na construção de cidades mais sustentáveis. Além de projetos como os cadernos e da interlocução com o poder público em espaços como o Conselho das Cidades, o Conselho de Desenvolvimento Urbano e a Comissão de Controle Urbano, o CAU/PE tem se articulado a redes locais, nacionais e internacionais de iniciativas que fazem a diferença para as cidades brasileiras. São muitos os movimentos já em curso em torno da temática urbana, mas falta a visão sistêmica, traço marcante na formação de arquitetos e urbanistas e que tem pautado nossa atuação em espaços como a #RedeRecife500anos e a #RedeBrasilUrbano, por exemplo. Juntos e articulados temos mais força tanto para pautar o poder público como para construir junto com a sociedade a visão do todo indispensável à transformação das nossas cidades. As 20 iniciativas que integram a #RedeRecife500anos – o próprio Conselho, as Universidades Federal e Católica de Pernambuco, o Parque Capibaribe, o Movimento Olhe pelo Recife, a Ameciclo, o FabLab, a agência ARIES, entre outros – costuram essa visão macro do Recife que precisamos, do Recife que tem alma, anseios e potencialidades únicos, o Recife com uma forte relação com as águas que precisa ser resgatada por um futuro sustentável.

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Uma governança para a ilha de Antônio Vaz

Diversas instituições que vivem e pesquisam os bairros centrais do Recife propõem que seja instituída uma governança e uma gestão territorial para a chamada Ilha de Antônio Vaz, que abrange bairros de Santo Antônio, São José, Cabanga e Joana Bezerra. Também indicam a criação de um plano urbanístico para essa área. Organizações como a Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), o Observatório do Recife, e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, que já tinham seus estudos e propostas de intervenção nesse território, trabalham em conjunto para atacar os problemas agudos do presente – que são mais ligados ao controle urbano – e para orientar o desenvolvimento da localidade, que, além de ser central, é estratégica do ponto de vista histórico. A Ilha de Antônio Vaz é o espaço onde convivem de forma não planejada patrimônios arquitetônicos de grande destaque da nossa história, comércio de rua, as habitações de baixíssima renda, grandes galpões, duas estações de metrô, faculdades, entre diversos outros usos, além de muitos prédios ociosos. De acordo com Paulo Monteiro, coordenador do Centro de Apoio ao Lojista do CDL Recife, no final de 2015 aconteceu o primeiro seminário Viver Recife com o intuito de discutir o desenvolvimento e a revitalização dessa região. “Nosso objetivo é debater os problemas e buscar alternativas para termos o Centro que precisamos, com a proposta de levar posteriormente essa experiência para outras áreas da cidade”, afirma. Depois do primeiro encontro, outros cinco workshops ocorreram, quando foram apresentados projetos de diversas organizações para a revitalização desses bairros históricos. Para embasar esse trabalho foi realizada também a pesquisa Cenário Atual do Centro do Recife. O estudo foi elaborado pelo Instituto Maurício de Nassau. Após todo esse trajeto de estudos e eventos, Monteiro afirma que as instituições chegaram a um produto final que foi apresentado ao prefeito do Recife, Geraldo Julio. “Defendemos que seja criada uma governança, com um conselho consultivo, uma gestão territorial, e que seja desenvolvido um planejamento urbanístico”. Ele lembra que foram tratadas também alternativas de captação de recursos para as intervenções na região. Em duas oportunidades, em reuniões promovidas na Amcham e no CDL, o prefeito se mostrou favorável à proposta. “Ele comprou essa ideia de se ter uma governança e um gestor para vivenciar 24 horas por dia a dinâmica do local”, diz o coordenador da CDL. O próximo passo será a organização de um evento de maior porte, onde serão apresentados todos os projetos já construídos. “Nossa ideia é que seja um fórum para alinhar e unificar diretrizes urbanísticas para que o planejamento seja feito de forma integrada e não como uma colcha de retalhos. A partir daí, apresentar uma sugestão com propostas finais ao poder público. Além da prefeitura, pretendemos apresentar também ao Ministério das Cidades”, explica Monteiro. ENCAMINHAMENTOS O secretário de Desenvolvimento Urbano do Recife, Antônio Alexandre, sinaliza que existem duas agendas nas discussões traçadas até hoje. A primeira é de curto prazo, para atacar problemas do cotidiano de quem trabalha, mora ou transita por esses bairros, como limpeza, iluminação e segurança. “Os lojistas sentem a necessidade de uma interlocução única, um canal com a responsabilidade de dar retornos de forma integrada. O prefeito acha justa a reivindicação e ficou de responder qual será o canal de interlocução”. Quanto à instalação de uma governança exclusiva para a área, Antônio Alexandre afirma tratar-se de uma medida a ser implantada no médio a longo prazo. “É preciso definir o modelo mais adequado para exercer a gestão dos territórios. Já temos a experiência de um escritório no Bairro do Recife, que articula ações ligadas ao turismo, esportes e lazer, entre outras áreas. É possível ter um escritório semelhante também na Ilha de Antônio Vaz”. O secretário, no entanto, sinaliza uma posição contrária a uma experiência de descentralização administrativa, a exemplo das subprefeituras. Entre as agendas discutidas para o bairro, ele indica medidas que considera prioridade. “É necessário o estímulo ao desenvolvimento das novas atividades econômicas que estão chegando a esses bairros e um maior cuidado com a qualidade dos espaços públicos, como praças e áreas de permanência. Também é prioritária a mobilidade, para garantir a circulação das pessoas, e o incentivo à habitação no Centro, onde existe a demanda por moradia e um estoque construído ocioso ainda grande”, aponta Alexandre. No estudo realizado pelas organizações que estão participando do movimento em prol de uma governança da região, foram identificados como vocações para a ilha a consolidação de um polo educacional e uma maior dinamização do Porto Digital. Foram mapeadas grandes oportunidades de desenvolvimento nas frentes d’água (áreas defronte dos rios) e a necessidade de investimentos em infraestrutura nas Zonas Especiais de Interesse Social. Um dos projetos de maior porte apresentados para a região é a transformação da Avenida Dantas Barreto em um boulevard, que projeta a abertura da avenida até o Cais José Estelita. Participam do movimento as seguintes organizações: Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries), UFPE, Observatório do Recife, Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-PE), Faculdade Joaquim Nabuco, Sindilojas Recife, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Prefeitura do Recife, CDL-Recife, Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, Instituto Pelópidas da Silveira, Parque do Capibaripe, Unicap, Inciti e INTG. (Por Rafael Dantas/Algomais)

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O centro como sala de visitas da capital

O Observatório do Recife fechou o ciclo de debates do projeto O Recife que Precisamos - Edição 2016 apresentando propostas para revitalização do Centro Histórico. O conceito de organizar os bairros centrais para se tornarem uma espécie de sala de visitas da capital pernambucana foi discutido por especialistas e representantes de movimentos presentes no evento. O secretário de Desenvolvimento Urbano da prefeitura, Antônio Alexandre, fez um balanço do que foi realizado nessa temática na atual gestão. A riqueza patrimonial do Centro do Recife e o acelerado processo de deterioração da cidade foram ressaltados nas discussões do movimento em 2012. Desse diagnóstico saíram diversas propostas, como a de expansão do sítio histórico de Olinda para a área mais antiga da capital pernambucana, a se considerar o nascimento das duas cidades, que ocorreu praticamente no mesmo momento. “A ideia era a recuperação do Centro Histórico do Recife como sala de visitas da cidade. Como proposição do professor José Luiz da Mota Menezes, incorporamos o entendimento de que o Recife, que é a capital mais antiga do Brasil, era tão patrimônio da humanidade como Olinda”, afirmou o consultor Francisco Cunha, responsável por fazer a memória das orientações do movimento no ciclo passado. A ausência de controle e planejamento para toda a cidade, incluindo o Centro, colocava em risco a integridade desse patrimônio de séculos de história. “O Recife não tinha estratégia própria, portanto fica refém da estratégia de inúmeros atores. O entendimento é o de que é possível transformar o local onde vivemos no lugar onde sonhamos viver”, diz Francisco Cunha. Tratando sobre o que avançou desde 2013, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Antônio Alexandre, destacou o “Recife - Cidade das Pessoas”. “Esse projeto veio da percepção de que precisávamos de um conjunto de iniciativas que propusesse o resgate da relação do cidadão com a cidade. E, a partir daí, avançar num conjunto de outras agendas centradas principalmente na valorização do espaço público”, explicou. “A partir dessa discussão fizemos uma releitura do Bairro do Recife”. Ele lembrou da importância dos intensos debates sobre o projeto Novo Recife, no Cais José Estelita. “Foi uma oportunidade para levantar uma série de discussões para pensarmos no Centro do Recife, na sua forma de ocupação e do modelo de produção de cidade e de produção imobiliária. Esse fórum provocou um olhar mais amplo da Ilha de Antônio Vaz. E mais recentemente houve uma tentativa do CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) para consolidar esses elementos através do projeto Viver Recife Centro”. O terceiro movimento destacado pelo secretário foi o plano Centro Cidadão, realizado a partir de um convênio feito com a Unicap, em que a universidade demanda um pensamento mais amplo do Centro, onde o próprio campus e seu entorno estão inseridos. “A percepção que temos após abrir essas fontes de debates é de que precisamos expandir a visão do Centro Histórico além de uma sala de visitas. Na verdade, para estabelecer a dinâmica, vitalidade e função que a região pode voltar a ter no conjunto da cidade, precisamos avançar nessa visão. É preciso fazer esse território ser vivo, de permanência, para ser referência para toda a cidade”, declara. Junto a esse repensar o Centro da Cidade, o secretário afirmou estar fazendo uma revisão da legislação urbanística e do Plano Diretor. Outra ação no balanço do secretário é a revisão dos fluxos de mobilidade do Bairro do Recife, incluindo o projeto do VLT e no avanço da pedestrianização. RECOMENDAÇÕES A necessidade de se desenvolver uma cultura urbana através da educação cidadã e de se pensar a humanização na mobilidade foram alguns dos temas que emergiram no encontro. Entre as principais recomendações para o Centro da Cidade estão a ampliação da Zona 30 na região, associada a um esforço radical de pedestrianização no bairro do Recife; a preservação da paisagem urbana, removendo, quando necessário, intervenções indevidas, como a estação de BRT da Av. Guararapes; transformar a Av. Dantas Barreto num boulevard; iniciar a discussão sobre o futuro do Porto do Recife; qualificar a gestão dos resíduos sólidos no território do Centro; entre outros. Você pode ver a lista completa das 17 recomendações feitas para o Centro do Recife. Recomendações do Recife Que Precisamos 2016 para o tema Centro do Recife: Tomar como referência os manuais de pedestrianização e adotar um urbanismo tático emergencial sobre a Av. Rio Branco; Ampliação da Zona 30 em todo o Centro do Recife; Promover a pedestrianização radical do bairro do Recife, expandindo a Zona 30 a toda a extensão do bairro, coibindo o estacionamento nas vias públicas dos bairros do Recife, São José e Santo Antônio e ampliar a utilização e atualizar o preço da Zona Azul (que é R$ 1 desde 1998); Resignificar a Avenida Dantas Barreto utilizando-se, inclusive, de recursos de mitigação dos projetos imobiliários que se abatem sobre o centro da Cidade, repensando o equipamento e território do Camelódromo; Preservar a paisagem urbana, removendo, quando necessário, intervenções indevidas, como a estação de BRT da Avenida Guararapes; Reformar a Praça Adolfo Cirne da Faculdade de Direito, retirando o gradil e as vagas de estacionamento realizadas sem debate urbanístico pela UFPE; Iniciar a discussão sobre o futuro do Porto do Recife, colocando-o como um fio condutor da oportunidade de resignificação radical do bairro do Recife; Revisar as legislações de preservação urbana, incluindo o conceito de Paisagem Cultural como vetor da reabilitação, tendo o espaço público (e não somente o edificado) como objeto da legislação; Garantir celeridade e integração plena dos planejamentos urbanos da área do Centro; Revisar a legislação urbanística de toda a área do centro, garantindo o adensamento residencial através do fomento à ocupação e ao uso misto das edificações, preservando a paisagem histórica do território; Disciplinar a realização de grandes eventos no bairro do Recife, garantindo o funcionamento dos serviços regulares instalados no território durante o dia e/ou período; Garantir a assistência e segurança da população imigrante que está desempenhando atividades no comércio popular do centro da cidade; Qualificar a gestão dos resíduos sólidos no território do centro, com soluções

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UFPE promove Seminário sobre Questão Urbana

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Habitação e Saneamento Ambiental (Nephsa) da UFPE realiza o I Seminário Internacional Questão Urbana – Habitação, Desigualdades Socioespaciais e Territoriais na Contemporaneidade. O evento acontece, nos dias 17 e 18 deste mês, no Auditório Professor Denis Bernardes, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), no Campus Recife da Universidade. O seminário tem como objetivos contribuir para a discussão acerca da questão urbana e da cidade, oportunizando conhecimento e confrontando perspectivas; propiciar o debate no meio acadêmico, junto à sociedade civil e aos demais sujeitos interessados sobre a temática; problematizar, ampliar e socializar o conhecimento sobre a questão urbana, a habitação, o saneamento ambiental e a transversalidade com pobreza, cidade, saúde, assistência social e as dinâmicas socioespaciais e as territorialidades; e também fortalecer processos de discussão no âmbito do Serviço Social referente à prática profissional no campo da habitação e suas interfaces como parte da formação profissional. A programação do dia 17 começa às 7h30, com o credenciamento. Às 8h30, tem início a solenidade de abertura, e, às 9h, começa a palestra de abertura, intitulada “Espaços Urbanos, Migrações e Identidades:Mulheres Migrantes naCidade Intercultural e Global Contemporânea”, ministrada pela professora Maria Natália Ramos, da Universidade Aberta de Lisboa – CEMRI/UAb – Portugal. A coordenadora da mesa será a professora Rosa Maria Cortês de Lima, do Departamento de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFPE. A docente também coordena o Nephsa e é a atual chefe do Departamento de Serviço Social. O seminário acontece nos turnos da manhã e da tarde. A programação completa está disponível na página do Nephsa no Facebook. O evento tem parceria com a Universidade Aberta de Lisboa e apoio da UFPE, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) da UFPE, do CCSA-UFPE, do Departamento de Serviço Social da UFPE e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFPE. O seminário faz parte das comemorações dos 70 anos da UFPE. Mais informações Núcleo de Estudos e Pesquisas em Habitação e Saneamento Ambiental (Nephsa) nephsa.ufpe@gmail.com

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