Tecnologia, uma aliada do paciente

APRESENTADO PELO REAL HOSPITAL PORTUGUÊS (RHP)

Quem entra na Oncopediatria do Real Hospital Português (RHP) e se depara com Maria Luiza, a Malu, de 9 anos, sorrindo e usando óculos de realidade virtual, dificilmente acreditaria que ela está numa sessão de quimioterapia. “Eu fico nadando com os tubarões no fundo do mar”, diz a garota, ao relatar o ambiente fantástico em que penetrou graças à fantasia proporcionada pelo dispositivo tecnológico. O recurso tem sido usado para tornar o tratamento menos traumático para os pequenos.

Alegria para Malu, alívio para sua mãe, Luana Braga. Hoje ela já não se angustia ao ver a filha chorar para fazer um exame de sangue, teste que é feito no mínimo uma vez por semana na terapia do câncer. “Olhar a agulha era um trauma para ela e para mim”, recorda Luana, que se sentiu apreensiva na primeira vez em que Malu foi submetida ao procedimento quimioterápico, que também requer o uso de injeção. “Mas, quando dei por mim, ela estava rindo com os óculos. Tudo o que é lúdico é importante nesse tratamento, já que a nossa realidade não são flores”, ressalta.

E a outra realidade, a virtual já faz parte da rotina de terapia do câncer infantil no RHP. “A tecnologia é uma aliada”, constata Arli Pedrosa, psicóloga da Oncopediatria. “A criança não chora ao fazer os procedimentos porque ela se distrai e desvia o foco da dor para o que está sendo mostrado nos óculos virtuais”.

Esse é apenas um exemplo de como a inovação tecnológica contribui para o bem-estar dos pacientes. O interessante é que essa transformação ocorre não apenas por meio de grandes e sofisticados equipamentos da medicina, mas também com o uso de dispositivos do nosso cotidiano, como óculos virtuais e smartphones.

Aliás, a popularização dos celulares permitiu a disseminação da chamada telemedicina, que possibilita a realização de procedimentos médicos a distância. Isso inclui desde uma comunicação corriqueira – como o paciente esclarecer uma dúvida com seu médico via Whatsapp – até salvar vidas de pessoas.

É o que vem sendo realizado pelo Serviço de Cardiologia Infantil do RHP. Coordenado pela cardiologista Sandra Matos, o trabalho consiste em auxiliar médicos do interior a tratar seus pacientes. “Localidades distantes, onde o acesso é mais difícil, por exemplo, não contam com especialistas. O médico local, normalmente um clínico geral, pode, em tempo real, enviar os resultados dos exames para o serviço especializado de cardiologia por meio de uma plataforma de telemedicina e detectar a existência de um problema cardíaco”, exemplifica Ademir Novais, gerente de tecnologia do RHP.

As possibilidades de uso da tecnologia na saúde são muitas vezes inimagináveis e parecem sair de um filme de ficção científica, como nas áreas de nano e biotecnologia. Em alguns países já é possível implantar dispositivos minúsculos na pele que medem e monitoram indicadores de saúde.

“Se a pessoa tiver algum tipo de alteração significativa, gera-se um alerta e ela mesma pode preventivamente procurar uma unidade de saúde para avaliar seu estado atual”, explica Novais. Como se pode constatar, a inovação tecnológica confere autonomia ao paciente e estimula o autocuidado. “As pessoas estão mais conscientes da necessidade de cuidarem de sua saúde e a tecnologia é uma grande aliada nesse movimento”.

Enquanto as novidades da biotecnologia não chegam por aqui, outros recursos tecnológicos também trazem facilidades e autonomia. É o caso do aplicativo lançado este mês pelo RHP. O app armazena todos os exames feitos nos serviços diagnósticos do hospital. Fornece também o histórico dos testes realizados e a evolução do quadro do paciente, ao mostrar as curvas dos resultados laboratoriais e de imagem. “A pessoa pode saber se a sua curva melhorou ou não antes mesmo de consultar-se com um especialista”, salienta Novais.

O aplicativo permite ainda compartilhar as informações. “O paciente pode enviá-las para seu médico ou algum outro profissional que esteja envolvido com seu tratamento. É útil até em outros casos, como o de pessoas que vão começar a se exercitar em academias de ginástica e precisam entregar resultados de exames para comprovar que estão aptas para treinar”, acrescenta o gerente de tecnologia.

Por meio do aplicativo é possível ainda marcar consultas e exames. Um dia antes, o paciente receberá uma mensagem lembrando a data marcada e a preparação necessária para realizar os testes diagnósticos. “A partir de julho faremos também o check in da emergência”, destaca Novais. A principal vantagem é reduzir o tempo de espera da consulta, porque pelo smartphone o paciente já informa que está a caminho do hospital e os seus sintomas. Ao chegar na emergência, não precisará passar pelo processo de documentação e autorização do plano de saúde, receberá um código de barras e será encaminhado diretamente para fazer a triagem da gravidade do seu problema para ser atendido.

Esses são apenas alguns exemplos de como a evolução tecnológica pode auxiliar na saúde das pessoas. É só o começo. Mais inovações virão.

OFERECIMENTO

Deixe seu comentário
anúncio 5 passos para im ... ltura Data Driven na sua empresa

+ Recentes

Assine nossa Newsletter

No ononno ono ononononono ononono onononononononononnon