Um olhar sobre o cotidiano

  • *Por Paulo Caldas

  • Por vezes no horizonte, por vezes no próprio entorno, a escrita de Frederico Spencer expressa, em prosa e verso, o talento do autor antenado nos fenômenos sociais do agora, antessala de um fim de mundo processado em milhões de notebooks sob o comando de pais, mães, filhos e vizinhos, nutridos aos deliverys de hambúrgueres ou pão com ovos improvisados em sábados, domingos, segundas, por ruas e sonhos em metros quadrados de apartamentos… sufoco. Até quando?  Quem sabe?

    Na conta das letras, palavras e frases em tons de apocalipse seduzem o leitor em busca deste “Poemas do fim do mundo”, um texto pés no chão, sem sobras nem carências. Nele Fred Spencer tece a palha, feito cigarros de antigamente, com mãos hábeis, desde o recado ao leitor, numa coletânea de ditados populares que, compondo uma alegoria, despe o cerne do chamado novo normal.

    Denuncia, com o rigor dos justos, a dureza cotidiana dos comuns, mesmo com recortes bem humorados, ao recitar um poema com água e sabão, quando enxuga o dia para inibir a sujeira do mundo. Noutro instante, experimenta sabor de revolta, toma o viés da política e rejeita os vocábulos: rapto, choque e repressão, verbos que Deus não mandou o homem criar.

  • Tais virtudes são vistas no prefácio pelas lentes ciosas do poeta José Luís de Almeida Melo, que compara o livro a um homem honesto, essencial, íntegro, completo “destes tão difíceis de encontrar”.
    Produzido pela FS Editora, com o projeto visual de Fernanda Hartmann, “Poemas do fim do mundo”, pode ser adquirido no site fseditora.com ou pelo fone (whatsapp) 985399015.
  • *Paulo Caldas é escritor

Deixe seu comentário
anúncio 5 passos para im ... ltura Data Driven na sua empresa

+ Recentes

Assine nossa Newsletter

No ononno ono ononononono ononono onononononononononnon