Arquivos Urbanismo - Página 14 De 97 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

Ana Luiza Secretaria de Meio Ambiente Sustentabilidade e Fernando de Noronha

"Energias renováveis são necessárias, mas não podem ser implantadas a custo da Caatinga e das comunidades"

Secretária de Meio Ambiente, Ana Luiza Ferreira, explica a estratégia do governo para unir sustentabilidade e desenvolvimento econômico, fala da meta de reviver 80 nascentes de rios e das políticas para evitar a desertificação do semiárido e priorizar a justiça climática nos projetos energéticos. (Foto: Tarciso Augusto) Ana Luiza Ferreira, a secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha, embora jovem, já tem uma longa carreira na iniciativa privada e em órgãos de fomento. Foi estagiária no Citibank, atuou no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), passou pela Endeavor e trabalhou em consultoria com captação de financiamento no Banco do Nordeste e no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento). Ao ser convidada pela governadora Raquel Lyra para assumir a Semas, aceitou o desafio com o objetivo de trazer um olhar da nova economia sustentável regenerativa ao Estado. Nesta conversa com Cláudia Santos, ela aborda os programas governamentais: PerMeie (Plano Pernambucano de Mudança Econômica-Ecológica), que tem o objetivo de redirecionar a economia para um desenvolvimento inclusivo e sustentável, e o Plantar Juntos, que tem a meta de plantar quatro milhões de árvores. Ana Luiza também falou sobre as ações para o semiárido, que vão contar com recursos do Fundo Caatinga e do programa Floresta Viva Caatinga, divulgados na COP 28. A secretária ressaltou também sua preocupação de que os projetos de energias renováveis não sejam instalados sem a chamada justiça climática. “Comunidades produtoras, muitas vezes, estão deixando a vocação de produção rural para arrendar uma terra para torres eólicas. Se eu tiro essas pessoas dessas atividades, quem vai plantar com sustentabilidade, de forma agroecológica?”, preocupa-se a secretária que abordou ainda as políticas relacionadas à elevação do nível do mar, ao hidrogênio verde e à descarbonização. Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), Pernambuco lançou, junto ao Consórcio Nordeste, uma proposta de criação de um Fundo Caatinga nos mesmos moldes do Fundo da Amazônia. Como estão as articulações nesse sentido? Já tínhamos o Fundo Caatinga e, na COP, a governadora lançou o programa Floresta Viva Caatinga, assinando junto com Aloizio Mercadante (presidente do Bando Nacional de Desenvolvimento), um protocolo de intenções de R$ 60 milhões – R$ 30 milhões não reembolsáveis do BNDES mais R$ 30 milhões do Governo do Estado – exclusivamente para o recaatingamento (restauro florestal na caatinga). Ou seja, além do fundo que já existia, entre as iniciativas do Governo junto ao Consórcio Nordeste e ao BNDES, temos o Floresta Viva Caatinga. O fundo e o programa são duas iniciativas que estamos amadurecendo com carinho, porque sabemos do potencial de capital ambiental e cultural no nosso semiárido. Para além do capital monetário, são necessárias pesquisas que nos deem mais clareza para usufruir melhor dessa área, quantificando, por exemplo, o potencial da caatinga para sequestro de carbono. Esse potencial é significativo, mas sempre foi subestimado, desacreditado ou negado, porque a caatinga era vista como um bioma pobre, sinônimo de escassez e, na verdade, é o contrário. Ela é rica em biodiversidade, com potencial enorme de explicar para o Brasil e para o mundo a resiliência, palavra da ordem em discussões referentes à adaptação às mudanças climáticas. Há um bioma mais resiliente do que a Caatinga que, com pouca água consegue manter sua biodiversidade e sua vida? Esses recursos já chegaram? Como está a implementação dessas iniciativas? Os encaminhamentos para o contrato já estão em curso por meio de reuniões com o BNDES. O protocolo assinado exige revisão da Procuradoria Geral do Estado e do jurídico e, com isso, já concluímos a viabilidade do programa. Agora estamos nas tratativas para destravar a fonte orçamentária. Está caminhando bem. Mas, o Fundo Caatinga, além de Pernambuco, depende dos outros estados que compõem o Consórcio Nordeste. Estive com o Governo da Bahia, que preside a Câmara Técnica de Meio Ambiente, e com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para tratar do tema. A ministra propôs a criação do Fundo Biomas e tivemos a ideia de tornar nossa iniciativa um fundo bioma, mas começando pela Caatinga. Ano passado, com o início da gestão de Raquel Lyra, na reforma administrativa, aumentamos mais uma secretaria executiva e passamos de três para 10 gerências técnicas. Nessa estrutura, com uma nova visão de economia regenerativa, criamos gerências gerais de instrumentos econômicos verdes, de projetos especiais e a ESG. Desenhamos, ao longo do ano, dois grandes programas do meio ambiente de Pernambuco, em que todos os nossos projetos se encaixam em um ou em ambos. Um deles é o PerMeie (Plano Pernambucano de Mudança Econômica-Ecológica), cujo grande objetivo é fazer um redirecionamento do vetor de desenvolvimento de Pernambuco, reforçando que a política econômica do Estado não pode existir sem o olhar sobre a sustentabilidade, e a política da sustentabilidade não pode existir sem um olhar sobre desenvolvimento econômico, investindo, assim, num desenvolvimento que seja, de fato sustentável, regenerativo. E o outro grande programa é o Plantar Juntos, que tem um foco menos econômico e mais de restauração ambiental, com uma meta ambiciosa de plantar 4 milhões de árvores por meio de um amplo programa de conscientização da sociedade em todos os biomas. Então, muitas das nossas iniciativas têm, tanto a etiqueta do Plantar Juntos, quanto a etiqueta do PerMeie, mas algumas são mais direcionados a um ou a outro. Quais as medidas adotadas pelo Governo do Estado para evitar a desertificação do semiárido? Numa iniciativa conjunta Semas e Sdec (Secretaria de Desenvolvimento Econômico), relacionada ao PerMeie, com foco econômico, mas de extrema importância no combate à desertificação, contratamos um mapeamento e planejamento estratégico para a transição de Pernambuco de uma economia tradicional para a economia regenerativa. Esta nova economia do mundo afirma que a restauração florestal vai caracterizar a nova construção civil enquanto atividade que emprega muita gente com baixo nível de formação técnica. Como transformar isso em realidade? Teremos fontes que financiem pessoas para plantar árvores e manter a floresta em  pé? Isso não é utopia, existem fundos internacionais que podem  e querem pagar para isso. O primeiro passo é mapear o nosso

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blitz recife

Recife inicia parceria internacional para fiscalização em segurança viária

Organização de referência global nas melhores práticas de fiscalização para diminuir os fatores de risco firmou parceria de dois anos com a Prefeitura do Recife. Com isso, esperam-se avanços nas políticas públicas que promovam comportamentos seguros no trânsito. A partir deste mês, a Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), contará com o apoio da Global Road Safety Partnership (GRSP), como parte do suporte oferecido pela Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global (BIGRS). O início dessa colaboração foi marcado durante uma reunião com gestores da Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul) na última segunda-feira (19/02). A GRSP, uma organização internacional vinculada à Federação Internacional Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, fortalecerá o eixo de fiscalização de trânsito no Recife, promovendo a formação continuada de agentes de trânsito, intercâmbios entre profissionais de diferentes cidades, além de oferecer apoio técnico e administrativo na gestão da fiscalização. Desde 2020, a BIGRS tem apoiado a Prefeitura do Recife por meio do suporte de outras organizações, como a Vital Strategies e a GDCI, que auxiliam nos eixos de comunicação, gestão de dados e desenhos de ruas. Taciana Ferreira, presidente da CTTU “Estamos cada vez mais dedicados em aperfeiçoar a gestão de dados de sinistros de trânsito em nossa cidade e  de orientar as ações, em especial, de fiscalização a partir das análises estatísticas desses dados.  Os dados nos auxiliam para definir elementos mais específicos dos planos operacionais de blitze, por exemplo, desde o local e horário, tipo de abordagem; foco da mensagem, se sobre velocidade ou outro fator de risco, até mesmo para quem serão direcionadas as mensagens: condutores de carros ou de motocicletas. Receber o apoio de uma organização de referência global para auxiliar a cidade nessa atividade é de uma importância imensa, que vai nos ajudar a gerenciar cada vez melhor os recursos e, com isso, potencializar os resultados da fiscalização em seu principal propósito: de salvar vidas no trânsito”. Em 2023, a CTTU realizou um total de 676 operações de fiscalização, alcançando 73,5 mil abordagens. Dentre essas abordagens, 10% resultaram em notificações relacionadas a infrações como alcoolemia, veículo em mau estado, uso incorreto do capacete, e outros casos que representam riscos à segurança viária. André Correia, coordenador de fiscalização da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária no Brasil “O trabalho da fiscalização de trânsito salva vidas porque ruas com velocidades inadequadas, motoristas com condutas irresponsáveis podem levar pessoas à morte. Então a fiscalização de trânsito entra como um serviço essencial para proteger a vida dos cidadãos e é essencial especializar essa atividade para que seja cada vez mais potente em salvar vidas. O condutor, quando sai de casa, precisa saber que está sendo fiscalizado para que tenha um comportamento seguro. Uma via com fiscalização de trânsito presente é uma via mais segura para todas as pessoas porque isso induz ao respeito às leis de trânsito. Então o nosso trabalho, junto ao da GRSP, vai potencializar o serviço que a CTTU já faz com excelência para trazer ainda mais resultados em evitar mortes e lesões graves no trânsito”.

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mobiliario reciclagem

Projeto pernambucano vence desafio nacional sobre saneamento

A iniciativa conjunta da Casa Criatura e Ao Vento tem como objetivo reduzir a presença de plástico nos corpos hídricos das cidades irmãs, transformando resíduos em mobiliário utilitário. *Por Rafael Dantas A Casa Criatura, que atua no segmento de design e makerspaces, com sede em Olinda, venceu um desafio nacional com o projeto Cirandar. Trata-se de um laboratório de educação e design circular que aborda os desafios associados ao saneamento básico e à gestão de resíduos nas cidades do Recife e de Olinda. Em parceria com a Ao Vento e alinhado aos princípios dos 3R’s - Reduzir, Reutilizar e Reciclar -, essa iniciativa conquistou recentemente a chamada pública "Saneamento do Futuro: Rio Sem Plástico", na categoria Social, proposta pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O projeto Cirandar surge como uma solução para enfrentar a poluição plástica nos corpos hídricos, buscando uma abordagem colaborativa com catadores, instituições e comunidades escolares para transformar esse material em móveis utilitários e pontos de coleta. A iniciativa concentra-se na participação ativa da comunidade na prototipação dos artefatos, com a colaboração da rede educacional para promover a conscientização sobre a preservação ambiental. A instituição que irá receber o projeto piloto é a EREM de Olinda (Escola de Referência em Ensino Médio). O foco do laboratório, com turmas a partir desta semana, é a criação de artefatos reciclados de código aberto (open source), cuja variedade inclui a criação de mesas, cadeiras e lixeiras, entre outros utilitários. Os estudantes receberão bolsas para participar da formação. Jessica Lobo, diretora da empresa Ao Vento "Com o princípio da economia circular, utilizaremos resíduos plásticos para transformar em objetos úteis para escola, como mesas e cadeiras. Depois pretendemos expandir para mobiliário urbano. Todo material usado vem da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Cooncecipe), que faz trabalho de coleta. Faremos uma formação com alunos indicados pela escola sobre os princípios dos 3R's e com técnicas básicas de protótipos que o laboratório trabalha. Eles vão experimentar um pouco disso, conhecendo a impressora 3D, a prensa e demais maquinários para produzir esses artefatos. É uma formação teórica e prática." Desafio urbano O Brasil é o quarto maior produtor mundial de plástico, com cada brasileiro gerando aproximadamente 1kg de lixo plástico por semana, segundo a ANA. A reciclagem representa apenas 1,3% das 11,3 milhões de toneladas de lixo plástico produzidas, enquanto 2,4 milhões de toneladas são descartadas irregularmente, e 7,7 milhões vão para aterros sanitários. Cerca de 1 milhão de toneladas não é recolhido no país. No Recife e em Olinda, cidades cortadas por rios e riachos em todo seu território, a busca de soluções sustentáveis para a redução, reutilização e reciclagem desses resíduos é fundamental para reduzir os problemas com cheias e inundações, que se agravaram nos últimos anos com a maior intensidade das chuvas.

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estradas

Litoral Sul com previsão de aumento no movimento das estradas no Carnaval

Com a proximidade do feriado de Carnaval, o movimento de veículos com destino às praias do Litoral Sul tem a tendência de aumentar significativamente. A Concessionária Rota do Atlântico (CRA) e a Concessionária Rota dos Coqueiros (CRC), administradas pela Monte Rodovias, em Pernambuco, reúnem rodovias importantes que dão acesso às praias do Litoral Sul de Pernambuco e também à Reserva do Paiva, muito procuradas como rotas alternativas para o período. Além do Complexo de Suape, a Rota do Atlântico é a principal porta de entrada para praias badaladas como Porto de Galinhas, Muro Alto e Maracaípe. “A Braztoa -Associação Brasileira das Operadoras de Turismo- divulgou uma pesquisa que aponta Porto de Galinhas como destino mais procurado no Carnaval. Isso reflete na nossa taxa de ocupação hoteleira, que tem como previsão média atual de 82%, podendo chegar na totalidade. Sabemos que Pernambuco é procurado pelo seu tradicional Carnaval, mas os turistas que escolhem nosso destino buscam dias de descanso e de refúgio da Folia de Momo”, comenta o presidente da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas, Eduardo Tiburtius. Segundo a CRA, a expectativa é que, aproximadamente, 135 mil veículos circulem na rodovia, gerando um aumento, em média, de 16% acima do tráfego diário. Já a Rota dos Coqueiros, que liga os municípios de Jaboatão doa Guararapes ao Cabo de Santo Agostinho, onde ficam localizadas praias como Calhetas, Itapuama e a Praia do Paiva, espera que cerca de 69 mil veículos transitem na rodovia, de 8 a 14 de fevereiro, o que significa um aumento em torno de 37% do tráfego médio diário na área. Operação A presidente da Monte Rodovias, Rafaela Araújo explica que as rodovias contam com importantes serviços aos usuários como guinchos para reboque de veículos, ambulância, carro-pipa e monitoramento viário, 24 horas por dia, todos os dias da semana. “Há também os veículos de inspeção, que fazem rondas constantes, e profissionais dedicados ao atendimento dos usuários que trafegam nas rodovias operadas pelas concessionárias. Se um veículo parar na rodovia, por exemplo, para uma troca de pneu ou por causa de uma pane mecânica, os inspetores estarão disponíveis para ajudar o usuário e mantê-lo em segurança”, destaca. “O mais importante é que todos os usuários possam fazer bom uso das rodovias com segurança e atendimento eficaz”, finaliza Rafaela. Para evitar filas no pedágio, os usuários podem realizar o pagamento através do débito por aproximação, que torna o atendimento ainda mais rápido. Além disso, há a opção das pistas automáticas, na qual os usuários que possuem TAG podem passar pela praça de pedágio sem a necessidade de parar. Também há a alternativa de utilização das cabines de autoatendimento. Sinalizada em verde, o próprio usuário realiza o pagamento do pedágio. As concessionárias também contarão com serviços de papa-fila, possibilitando o pagamento da tarifa antes da chegada na cabine. É importante ressaltar que o respeito e a cordialidade com os atendentes nas Praças de Pedágio devem ser condutas imprescindíveis para todos os motoristas.

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BR 425

No sertão, Raquel inaugura sistema de abastecimento de água e nova BR-425

Em Carnaubeira da Penha, no Sertão de Itaparica, a governadora Raquel Lyra inaugurou a primeira fase do sistema de abastecimento de água do município, entregou a PE-425 recém-restaurada e anunciou a próxima edição do programa CNH Rural, com a abertura de 20 mil vagas. A introdução de água tratada em Carnaubeira da Penha traz benefícios diretos aos aproximadamente 13 mil habitantes, anteriormente não atendidos pela Compesa e dependentes de seis poços. A segunda etapa do sistema de abastecimento, em fase de projeto pela Secretaria de Recursos Hídricos e de Saneamento do Estado, focará na modernização da rede de distribuição para otimizar o fornecimento de água. A restauração da PE-425, com investimento de R$ 61 milhões, irá aprimorar a mobilidade de 57 mil residentes de Floresta, Mirandiba e Carnaubeira da Penha, conectando esses municípios em um trecho de 43,4 quilômetros. Além de facilitar o deslocamento local, a rodovia proporcionará um acesso mais eficiente aos estados da Bahia, Paraíba e Ceará, além de favorecer o escoamento da produção agropecuária. Na próxima edição do Programa CNH Rural, 20 mil vagas serão disponibilizadas para agricultores familiares pernambucanos obterem gratuitamente a Carteira Nacional de Habilitação. A governadora também anunciou a convocação, a partir de terça-feira (6), das 8.741 pessoas que se inscreveram na última edição e não foram chamadas. (Fotos: Miva Filho e Yêdo Leonel/Secom)

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Jardim Poco

Começam as obras do Jardim do Poço, com investimentos de R$ 8,5 milhões

A Prefeitura do Recife iniciou as obras do Jardim do Poço, uma área destinada a atividades de lazer, esportes e saúde no bairro do Poço da Panela. Localizado em um terreno de 12 mil m² às margens da Avenida Dezessete de Agosto, desapropriado pela administração municipal, o novo espaço público resultou de consultas públicas e reuniões presenciais para ouvir as demandas, sugestões e necessidades da população. O investimento na obra está estimado em R$ 8,5 milhões. O projeto, desenvolvido em colaboração com a comunidade, abrange a criação de uma Praça da Infância, três quadras para esportes coletivos, pista de cooper, Academia do Idoso e área de ginástica para a Terceira Idade, Parcão para pets, paisagismo, área de recreação com brinquedos, equipamentos para exercícios físicos ao ar livre, passeios, pavimentos e mobiliários urbanos, edificações de apoio e sistema de drenagem. Mais de 50% do terreno será destinado a área verde. O Jardim do Poço está alinhado com o Parque Capibaribe, que visa transformar o Recife em uma Cidade Parque até 2037. O projeto inclui a criação de um amplo sistema de parques e praças ao longo do rio Capibaribe, compreendendo passeios, ciclovias, áreas de lazer e contemplação, passarelas, mirantes, alamedas e píeres para pequenas embarcações. JOÃO CAMPOS, prefeito do Recife “Esse projeto representa o cuidado com o Recife. Vamos construir um espaço público de qualidade, que vai impactar mais de dezessete ZEIS (zonas especiais de interesse social) e isso significa construir uma cidade para todos e para todas. A boa notícia é que antes do meio do ano a gente vai entregar este espaço para a população, queremos que no período junino o Jardim do Poço já esteja repleto de crianças, idosos e pessoas fazendo atividade física e curtindo o Recife”.

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Compaz 02

Recife recebe certificada pela Bloomberg Philanthropies pela atuação do Compaz

Na terça-feira (23), o Recife recebeu a certificação de nível Ouro da Bloomberg Philanthropies, por meio da Results for America, em reconhecimento ao desempenho exemplar do Compaz na redução da violência nos bairros em que atua. O município integra um grupo de 11 novas cidades dos Estados Unidos e da América Latina a receber essa certificação, sendo a capital pernambucana a primeira da região a alcançar a mais alta condecoração. A destacada atuação do Compaz foi notada por sua habilidade em utilizar dados excepcionais para fundamentar decisões políticas, alocar recursos, aprimorar serviços, avaliar a eficácia de programas e envolver os cidadãos. A Certificação Ouro foi obtida pelo Recife com base nos resultados do Compaz, que resultaram em uma diminuição de 15% na violência ao longo de quatro anos nos territórios onde o programa está presente. Inspirando-se em modelos bem-sucedidos, como o de Medellín (Colômbia), a cidade combate não apenas a violência, mas também o tráfico de drogas. O Compaz, um equipamento inovador, oferece uma ampla gama de programas e serviços de qualidade, desde aulas de matemática até aulas de artes marciais, para apoiar esforços de prevenção a crimes e violência. Utilizando dados e evidências no nível do bairro, o Recife busca implementar soluções personalizadas para as comunidades, promovendo de maneira equitativa e eficaz a melhoria de bairros carentes em questões como segurança pública e mobilidade econômica. Além disso, o Esquadrão de Inovação e Transformação Aberta do Recife (E.I.T.A! Recife) também foi um ponto crucial para a obtenção da certificação nível Ouro. Nascido em uma cidade voltada para a tecnologia, com o Porto Digital, o maior Parque Tecnológico Urbano e Aberto do Brasil, o E.I.T.A! Recife é um movimento inovador dedicado a promover uma transformação cultural no serviço público. Utilizando estratégias de design thinking e trilhas de inovação, o programa facilita a colaboração entre os setores público e privado para resolver desafios sociais e impulsionar o ecossistema de inovação e tecnologia nacional. No contexto latino-americano, as trilhas de inovação do E.I.T.A! Recife são vistas como oportunidades escaláveis diante da necessidade de ações que reduzam a desigualdade nos centros urbanos. Segundo o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), cerca de 1500 startups brasileiras têm potencial para atuar no setor business-to-government (B2G), oferecendo soluções tecnológicas para governos. Além do Recife, outras cidades contempladas com a Certificação What Works Cities incluem Alexandria, Nova York, Port St. Lucie, Rochester e Rock Hill, nos EUA; Bogotá, Medellín e Rionegro, na Colômbia; Luján de Cuyo e Tres de Febrero, na Argentina; Monterrey, no México. Phoenix e Tempe, também nos EUA, alcançaram a categoria Platinum, o mais alto reconhecimento possível, ao lado da cidade de Nova York, que recebeu essa certificação pela primeira vez. O padrão de certificação What Works Cities avalia o uso de dados por uma cidade com base em 43 critérios, sendo que uma cidade atinge o nível Prata ao atender de 51% a 67% desses critérios, o nível Ouro de 68% a 84%, e o nível Platinum com 85% ou mais. Rochelle Haynes, Diretora Administrativa da Certificação What Works Cities "Estamos animados em dar as boas-vindas a essas 12 cidades recém-certificadas que têm um foco coletivo em como os dados podem ser usados para construir comunidades mais fortes. Essas cidades entendem que o uso de dados pelo governo local é uma pré-condição para resolver problemas, avaliar o que está funcionando e melhorar a forma como suas prefeituras fazem negócios. E elas estão investindo seus recursos para isso”. James Anderson, lider do programa de Inovação governamental na Bloomberg Philanthropies. "O programa de certificação What Works Cities da Bloomberg Philanthropies representa uma comunidade cada vez maior de formuladores de políticas que elevam o padrão do que é possível para o governo local quando os dados são aproveitados para enfrentar os principais desafios e oportunidades enfrentados pela cidade. Mais de 160 cidades em todas as Américas estão buscando o selo de aprovação da Certificação What Works Cities porque as prefeituras, como qualquer outra organização moderna eficaz, devem utilizar dados para tomar melhores decisões. O programa oferece aos governos locais essa bússola e estamos felizes por ver que seu alcance continua a crescer”.

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habitacional joao campos

Prefeitura do Recife abre chamamento público para a construção de 912 moradias

Edital contempla quatro habitacionais para famílias em situação de vulnerabilidade social, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida FAR  (Fotos: Rodolfo Loepert/ Prefeitura do Recife) A Prefeitura do Recife divulgou, nesta terça-feira (23), por meio do Diário Oficial, o chamamento público para a seleção de empresas do setor da construção civil responsáveis pela edificação dos conjuntos habitacionais Aeronáutica I, Aeronáutica II, Caiara II e Caranguejo Tabaiares. Estes quatro empreendimentos integram o programa Minha Casa, Minha Vida FAR, totalizando 912 moradias destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade social nos respectivos territórios. As construtoras interessadas podem obter o Edital no site http://www.recife.pe.gov.br/portalcompras/ ou na sala da Comissão Permanente de Licitação de Obras e Serviços de Engenharia – CPLOSE, localizada no 2º andar da Sede da Prefeitura. A abertura dos envelopes com as propostas está agendada para o dia 20 de fevereiro, às 10h30, na Sala 23 do 11º andar da Sede da Prefeitura. A Secretaria de Habitação da Prefeitura do Recife aprovou um total de 1.432 unidades habitacionais no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida FAR. Essas unidades compreendem a construção de seis novos conjuntos habitacionais: Vila Aeronáutica I e II em Boa Viagem, Caiara I e II no Cordeiro, Caranguejo Tabaiares em Afogados, e Antero Mota no Cordeiro. Adicionalmente, já foram iniciadas as obras de novas unidades no Pilar e no Monteiro. Além do chamamento público para o início das obras desses imóveis, a gestão do prefeito João Campos tem programada a entrega de 448 unidades habitacionais dos conjuntos Vila Brasil I e II no primeiro semestre deste ano. No final de 2023, foram inaugurados os conjuntos Encanta Moça I e II, totalizando 600 unidades, e Sérgio Loreto, com 224 unidades. João Campos, prefeito do Recife “No final do ano, entregamos 600 unidades habitacionais no Encanta Moça 1 e 2 e 220 unidades no Conjunto Sérgio Loreto. Agora, a gente dá um novo passo, com 912 unidades habitacionais no lançamento dos editais de quatro empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida. São quatro áreas diferentes da cidade onde a Prefeitura tinha o terreno, ou fez a compra do terreno. O passo seguinte é declarar as empresas vencedoras e elas já começam de imediato a construção desses empreendimentos. Serão 912 famílias que terão o sonho da casa própria realizado com muito trabalho e parceria da Prefeitura do Recife com o Governo Federal”.

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jardim monte verde

Governo do Estado lança licitação de R$ 48,9 milhões para obras no Jardim Monte Verde

O Governo de Pernambuco lançou o processo licitatório para contratar uma empresa de engenharia responsável pelas obras de contenção de encostas e urbanização em Jardim Monte Verde, localizado em Jaboatão dos Guararapes. Com um orçamento de R$ 48,9 milhões, o objetivo é preparar a localidade para enfrentar fortes chuvas e prevenir desastres semelhantes aos ocorridos em 2022, quando enxurradas resultaram em uma das maiores tragédias registradas no estado, com mais de 20 vítimas no local. A licitação prevê a abertura das propostas de habilitação técnica e de preços. A contratação da empresa é esperada para meados de março, e a obra tem um prazo de 18 meses. A ação de contenção de encostas em Jardim Monte Verde é uma resposta a uma demanda histórica da população, anunciada durante as escutas do programa Ouvir para Mudar, em 2023. Simone Nunes, secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado, destaca que a urbanização ocorrerá com recursos estaduais em uma região limítrofe entre os municípios do Recife e Jaboatão. A área é identificada como desassistida e esquecida, onde as fronteiras municipais são ambíguas. Os trabalhos em Jardim Monte Verde abrangerão três frentes: Chapada do Araripe, Alto Santa Izabel e Alto do Parnaioca. A técnica de enrocamento, que envolve a contenção de encostas com pedras argamassadas, será utilizada para preservar a estabilidade dos maciços de terra. Além disso, será instalado um revestimento rochoso com infraestrutura para canalização adequada das águas pluviais. O projeto inclui a urbanização das áreas, com a instalação de equipamentos como pequenas praças, brinquedos e bancos de lazer, projetados para se integrarem ao relevo da região e proporcionar prazer e tranquilidade aos moradores. Além das obras, a iniciativa prevê um plano de assistência social para educar as pessoas sobre a não expansão de suas habitações para áreas inadequadas. A ação busca não apenas a preservação de vidas, mas também possui um componente educacional. Governadora Raquel Lyra “Temos urgência na execução dessas obras porque precisamos preservar o direito de habitação das famílias que residem na região e evitar desastres decorrentes da falta de infraestrutura e preparo para receber águas em grandes quantidades”

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Idec defende investimento público em política ferroviária de passageiros

Instituto enviou 27 contribuições à Consulta do Ministério dos Transportes sobre a Política do Transporte Ferroviário de Passageiros. (Fotos: Wanderley Andrade/Especial para a Algomais) O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), organização não governamental voltada à proteção dos direitos dos consumidores, apresentou 27 contribuições durante a consulta pública sobre a Política do Transporte Ferroviário de Passageiros, promovida pelo Ministério dos Transportes. O governo federal planeja estabelecer essa política por meio de Decreto. As contribuições do Idec abordaram temas cruciais, como a necessidade de critérios de qualidade, incluindo a frequência e pontualidade dos serviços; boas práticas de gestão para assegurar a qualidade dos contratos de concessão; e prioridade na alocação de recursos públicos, por meio de investimentos e subsídios, para garantir a expansão da rede e a excelência do serviço para os usuários. Além disso, o instituto apresentou sugestões relacionadas a medidas de transparência, participação popular e aspectos ambientais, incluindo a preservação do entorno da rede ferroviária, bem como detalhes sobre os direitos dos usuários. DESCONSTRUÇÃO DA MOBILIDADE SOBRE TRILHOS NO BRASIL Segundo Rafael Calabria, coordenador do programa de Mobilidade Urbana do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o sistema de transporte regional por trem de passageiros no Brasil foi desmantelado progressivamente desde a década de 1990, fundamentado em uma perspectiva equivocada e antiquada de que o serviço deveria ser lucrativo. Esse desmonte resultou na dependência da mobilidade regional em relação aos sistemas de ônibus e aviação, gerando uma lacuna de eficiência no conjunto do sistema de transporte brasileiro. Na visão do Idec, o Brasil se encontra atrasado em comparação a diversos países que já perceberam os benefícios socioeconômicos e ambientais de uma rede ferroviária robusta para passageiros, como é o caso do Japão, França, Estados Unidos e Argentina, que buscaram investir e modernizar suas infraestruturas. “Nesse contexto, não apenas a mobilidade das pessoas foi prejudicada, mas deixou-se de explorar o potencial de desenvolvimento regional que as ferrovias podem proporcionar ao fomentar economias locais e conectar comunidades. A retomada de uma rede federal de trens de passageiros representa um avanço para a mobilidade sustentável, pois trata-se de um modo de transporte eficiente, ecológico e socialmente inclusivo”. POSIÇÃO AINDA É TÍMIDA PARA REVERTER O CENÁRIO ATUAL No entanto, o Idec avaliou a proposta do Ministério dos Transportes como sendo modesta, especialmente devido à ausência de uma participação mais robusta do governo federal no que diz respeito ao investimento de recursos para subsidiar o serviço. Rafael Calabria, ao explicar a posição do Idec, ressaltou que o transporte ferroviário é dispendioso e o passageiro não possui condições financeiras para arcar sozinho, através da tarifa, visando garantir o lucro das concessionárias. “O resultado dessa lógica vai ser o mesmo que já vimos no passado: um serviço que o consumidor não consegue bancar e que acaba se tornando precário e inviável também para o empresário”. Rafael Calabria destaca que o transporte é um direito social e, independentemente de gerar lucro, deve existir com qualidade e acessibilidade. Ele enfatiza a necessidade do subsídio público, para que a sociedade como um todo contribua, seguindo a prática comum em outros serviços públicos e em diversos países.

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