Arquivos Urbanismo - Página 15 De 97 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

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Capital pernambucana recebe selo “Cidade Amiga das Árvores”

A cidade do Recife foi agraciada com o selo "Cidade Amiga das Árvores" pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), em reconhecimento às suas boas práticas no plantio e cuidado com as árvores. A entrega do selo e da placa de Distinção de Destaque ocorreu durante uma solenidade realizada na última quinta-feira (4). O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Oscar Barreto, recebeu a honraria em nome da cidade, destacando o relevante serviço prestado para promover uma melhor qualidade de vida e ambiental. O certificado de "Cidade Amiga da Árvore" é conferido anualmente pela SBAU e está relacionado ao programa "Tree Cities Of the World". O Recife já havia recebido o título de "Cidades Árvores do Mundo" em 2023, concedido pela Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO/ONU) e pela Fundação Arbor Day (EUA). A solenidade contou com a presença de autoridades como o ex-presidente da SBAU e Diretor Executivo do Programa Tree Cities of the World no Brasil, Sérgio Chaves, a atual presidente da SBAU, Ana Lícia Patriota, a presidente da Emlurb, Marília Dantas, entre outros convidados. Atualmente, a cidade conta com uma média móvel de 259.565 árvores, distribuídas entre logradouros públicos (159.304) e lotes (100.261). A arborização estende-se ainda por Unidades de Conservação da Natureza (UCNs), que ocupam cerca de 38% do território. Os benefícios da arborização incluem o equilíbrio ambiental, aumento da permeabilização do solo e melhorias na qualidade de vida dos habitantes. Desde 2022, o plantio na capital pernambucana segue o novo padrão de arborização, com árvores apresentando diâmetro à Altura do Peito (DAP) de pelo menos 5 cm, garantindo robustez e capacidade de enfrentar as condições adversas do ambiente urbano. Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade,  Oscar Barreto “O selo colocou Recife entre as cidades de destaque pelo plantio e cuidado com as árvores. Foi um reconhecimento pelo planejamento, gestão e cuidado com o nosso verde”. Presidente da Emlurb, Marília Dantas “O objetivo é ter uma cidade cada vez mais bem cuidada e arborizada. Ficamos muito felizes pelo reconhecimento e pelos avanços, cientes de que ainda podemos - e vamos - fazer muito mais no quesito arborização”.

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Memória da cidade: 7 imagens de Boa Viagem antigamente

Cartão postal tradicional do Recife, a praia de Boa Viagem se urbanizou rapidamente nas últimas décadas. Nesse período de verão e muito calor na cidade, trazemos uma seleção de imagens do bairro mais nobre da zona sul em períodos que guardam ainda um bucolismo de uma praia menos badalada. Bondes elétricos, carros antigos, vendedores de caju e banhistas com trajes muito distintos dos atuais compõem o cenário desse acervo pertencente à Fundaj. "A povoação da Boa Viagem tem seu início no século XVII, devido à existência de algumas vendas que serviam de local de descanso dos viajantes que por ali transitavam vindos do caminho do sul da Capitania de Pernambuco", afirmou Leonardo Dantas no artigo Arrudando pelo Recife. Ele destacou que a construção da Avenida Boa Viagem (1924) e a proximidade com o Aeroporto dos Guararapes foram fundamentais para que o bairro ganhasse em 1954 o seu primeiro hotel de classe internacional, o Hotel Boa Viagem. 1. Casa térrea na Avenida Boa Viagem em 1937 (Acervo Benício Dias) 2. Destaque para formação rochosa na praia, em 1965. Legenda da foto indica Hotel Boa Viagem (Acerto Katarina Real) 3. Automóvel na Avenida Boa Viagem em 1939 (Acervo Josebias Bandeira) 4. Praça de Boa Viagem e o Obelisco. Destaque para o bonde elétrico na imagem (Acervo Josebias Bandeira) 5. Trecho da praia nas proximidades das Ruas Ribeiro de Brito e Bruno Veloso, em 1950. (Acervo Benício Dias) 6. Vendedores de caju na praia de Boa Viagem na década de 1940 (Acervo Benício Dias) 7. Banhistas na Praia de Boa Viagem em 1938 (Acervo Benício Dias) Se você deseja indicar alguma pauta para a seção de imagens antigas ou mesmo nos enviar algumas imagens do seu acervo, mande um e-mail para rafael@algomais.com

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Decoração natalina espalha luzes e cores pelas ruas do Recife

As luzes, cores e tradições da cultura popular se espalharam por 13 localidades do Recife. A festa, intitulada "Natal que Ilumina", foi organizada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura, e se destaca pela inclusão de atividades formativas e uma programação cultural gratuita e acessível ao público. Os festejos reúnem algumas das mais belas e antigas tradições culturais nordestinas, como pastoris, bois de Natal e reisados, que difundem a alegria característica do ciclo por treze polos diferentes: Parque da Macaxeira e o recém-inaugurado Parque das Graças, Dona Lindu e Segundo Jardim, abrangendo as seis RPAs da cidade, Pátio de São Pedro, além da Praça do Arsenal e Avenida Rio Branco, que, à semelhança do São João, se enfeitaram completamente para a festa, incluindo uma vila natalina cenográfica, túnel de luz, árvore de Natal, presépio e palco. Na Agamenon Magalhães, destaca-se a imponente árvore de Natal, já consagrada como tradição na movimentada avenida, com seus impressionantes 40 metros de altura. Uma novidade intrigante é encontrada em seu interior: no centro do cone luminoso, um presépio com as figuras de José, Maria e do menino Jesus, movendo-se em círculos para garantir visibilidade e encanto às duas faixas da via. Ao longo da avenida, desde as proximidades da Caixa Econômica até o Hospital Português, elementos coloridos e luminosos adornam o cenário, ocupando os canais, as árvores e os postes. Em Boa Viagem, a decoração concebida pelo poder público municipal ilumina os três jardins com elementos de chão, cordões e arcos luminosos, estrelas, bolas e pendentes. Destacam-se também grandes estruturas vazadas, como anjos e bolas de Natal, convidando a população à interação com o ambiente. Quanto à decoração, árvores natalinas com aproximadamente 15 metros de altura marcam presença na Rio Branco, no Segundo Jardim, no Parque da Macaxeira, no Dona Lindu e no Parque das Graças, este último ganhando uma decoração completa, incluindo elementos de chão interativos, túnel iluminado e presépio. JOÃO CAMPOS, PREFEITO DO RECIFE "Daqui a uma semana, as famílias estarão reunidas, na véspera do Natal. E fico muito feliz por ver a nossa cidade ocupada pelas pessoas. É impressionante a quantidade de famílias, crianças, pessoas idosas, curtindo a nossa cidade. Uma decoração de Natal feita com muito amor, para todo mundo do Recife. Fizemos um trabalho muito caprichado para deixar tudo ainda mais bonito, como tudo de elementos natalinos. Vamos viver não só a data, mas o espírito natalino, de comunhão, paz e tudo que há de melhor".

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Frevo reina em megamural criado pelo artista Vários Nomes no Recife

O artista Vários Nomes deu vida a uma imponente tela a céu aberto no Edifício Guiomar, situado na Rua Princesa Isabel, bairro da Boa Vista. Essa obra imortaliza a essência do Frevo e presta uma homenagem às talentosas passistas Inaê Silva e Rebeca Gondim. Sob o título 'A rua cria e a cidade dança', o megamural destaca a energia pulsante e envolvente do Frevo, símbolo incomparável da cultura pernambucana. A iniciativa, promovida pela Prefeitura do Recife através da Secretaria Executiva de Inovação Urbana (SEIURB), contou com a colaboração da Tintas Iquine. Localizada no mesmo edifício que abriga o megamural 'Naná Vasconcelos, Sinfonia & Batuques', a obra de Vários Nomes, voltada para a Rua da Saudade, também se inspira no tema 'Recife Cidade da Música'. Este projeto é resultado do Edital de Credenciamento para Realização de Intervenções Artísticas em Empenas Cegas, o primeiro de seu tipo em Pernambuco. O Frevo, como uma manifestação cultural intrinsecamente ligada à cidade, é descrito por Nomes como "o transbordamento dos passos guiados pela música, carregando a força das ruas, becos e vielas do centro à periferia, da mesma forma que o graffiti". Nesta obra, o artista captura a essência desses movimentos, ora harmoniosos, ora caóticos, refletindo a sincronia entre a música, representada por uma personagem tocando saxofone, e a expressão corporal que grandiosamente retrata as passistas Inaê Silva e Rebeca Gondim.

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joao bike Marlon Diego

Ciclovia da Avenida Agamenon Magalhães é concluída

A Prefeitura do Recife concluiu as obras de implementação da ciclovia da Avenida Agamenon Magalhães, promovendo maior segurança e conforto para os ciclistas da cidade. Iniciada em setembro do ano passado, a intervenção incluiu o programa Via Jardim, que envolveu o plantio de 150 árvores de grande porte, beneficiando as principais avenidas da cidade. A ciclovia abrange o trecho entre a Rua Dr. Leopoldo, no bairro da Boa Vista, e a Av. Saturnino de Brito, no bairro do Cabanga. Essa extensão conecta áreas centrais da cidade, oferecendo uma opção segura e eficiente para deslocamentos de ciclistas e pedestres entre diferentes regiões. O projeto representou um investimento de R$ 7,8 milhões e resultou na construção de aproximadamente 4 km de ciclovia. Além disso, a rede de drenagem foi aprimorada com a instalação de cerca de 650 metros de tubos para a coleta de água das chuvas, prevenindo pontos de alagamento. JOÃO CAMPOS, PREFEITO DO RECIFE “Temos uma nova ciclovia na Agamenon.  Era uma obra muito esperada por quem pedala, seja para trabalhar, ou para lazer, porque ela garante a conexão da Zona Norte com a Zona Sul. São duas malhas cicloviárias muito grandes e essa é a principal conexão. Essa via é a que mais passa carro, moto e ônibus na cidade e faltava um espaço seguro para as pessoas passarem de bicicleta. Essa obra está entregue, funcionando de ponta a ponta, aproximadamente R$ 7 milhões investidos. O importante é saber que agora temos mais um equipamento bem feito que vai trazer segurança para quem anda de bicicleta” Ao longo da intervenção, o concreto da ciclovia foi pigmentado, e passeios, meio-fio e segregadores foram instalados. No trecho que se estende da ponte João Paulo II até o viaduto Capitão Temudo, no Cabanga, foram assentadas 1.551 barreiras separadoras de fluxo de tráfego. Adicionalmente, 909 gradis foram colocados nas proximidades da ciclovia para aprimorar a segurança dos ciclistas. A obra teve início em setembro de 2022. A Ciclovia Agamenon é integrada a outras rotas cicláveis, como Graça Araújo, Oliveira Lima e Joana Bezerra, além de estar conectada à ciclofaixa da via local da própria Agamenon Magalhães. Segundo dados do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), aproximadamente 7,5 mil pessoas utilizam bicicletas diariamente na Agamenon Magalhães.

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3 rios 3 comunidades 3 desafios

3 Rios, 3 Comunidades, 3 Desafios

Diante do agravamento dos efeitos das mudanças climáticas, chuvas intensas, secas prolongadas e outras catástrofes naturais são cada vez mais frequentes. Episódios extremos que afetam a todos, mas trazem um drama mais acentuado para as populações que sempre viveram excluídas dos melhores lugares das cidades para se morar. Nesta série de reportagens, o repórter Rafael Dantas mergulhou na realidade das famílias que moram em 3 comunidades ribeirinhas simbólicas às margens dos 3 principais rios da capital pernambucana. Existem respostas em construção para tornar ao menos a cidade do Recife mais resiliente às mudanças climáticas e melhorar a qualidade de vida dessas populações, como o Promorar Recife e o Parque Capibaribe. Em paralelo, um relógio de multiplicação das calamidades deixadas pelas mudanças climáticas no Brasil e no mundo. O projeto 3 Rios, 3 Comunidades, 3 Desafios foi realizado com apoio do Programa Acelerando a Transformação Digital, do ICFJ (International Center for Journalism) e da Meta, tendo mentoria do jornalista Chico Otávio. Nas reportagens, convidamos os fotógrafos Felipe Karnakis (na Vila Arraes, na Várzea, Recife), Midiã Tavares (na Comunidade do Teatra, em Passarinho, Olinda) e Thally Santos (em Coqueiral, Recife) residentes dos bairros onde estão as comunidades abordadas. A edição das reportagens é de Cláudia Santos, o designer de Rivaldo Neto e as capas de Henrique Pereira. apoio LEIA ABAIXO AS REPORTAGENS DA SÉRIE Rio Beberibe: águas que alcançam os invisíveis Rio Tejipió: entre águas, sonhos e pesadelos Rio Capibaribe: dos versos, das vítimas e da visão de futuro GALERIA DE FOTOS CONTEÚDOS EXTRAS “A resolução da habitação e do saneamento pode aliviar a pressão ambiental do Rio Beberibe” EDIÇÕES EM PDF

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Recife, Petrolina e Ipojuca são destaques no ANCITI Awards 2023

O ANCITI Awards 2023, promovido pela Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (ANCITI), em colaboração com a Bright Cities, destacou três municípios pernambucanos entre os 15 premiados por apresentarem projetos relacionados ao tema "Desafios e Estratégias Inovadoras para Alavancar as Finanças Públicas". Pela segunda vez consecutiva, Recife liderou o ranking nas cidades com mais de 500 mil habitantes. Petrolina e Ipojuca alcançaram o quinto lugar em categorias para cidades de 100 mil a 500 mil moradores e cidades com até 100 mil habitantes, respectivamente. A entrega dos troféus ocorreu durante o Smart Gov Brasil, evento nacional da ANCITI, que visa discutir soluções de inovação e tecnologia na gestão pública para aprimorar a qualidade de vida da população. Para concorrer, os municípios responderam a um questionário com 170 perguntas e apresentaram evidências dos resultados de seus projetos, com a Bright Cities desempenhando papel crucial na execução dessa etapa. Johann Dantas, presidente da ANCITI, celebrou os avanços nas gestões municipais em 2023, destacando a diversidade e a maturidade dos municípios presentes no evento. Ele ressaltou a capacidade das cidades de pequeno e médio porte em investir em tecnologia, transformando a vida dos cidadãos. Além disso, enfatizou a autonomia proporcionada pela tecnologia, permitindo que mesmo municípios menores desenvolvam soluções sem depender de grandes empresas. “No primeiro dia do evento, estiveram aqui municípios que representam essa pluralidade do Brasil. Cidades de pequeno e médio portes têm um grau de maturidade muito claro sobre investimentos na área de tecnologia e a transformação que esse investimento causa na vida do cidadão. O mais interessante é que são cases criados dentro dos próprios municípios. A tecnologia está permitindo que o autodidata, que é aquele que fica na ponta, possa fazer tecnologia sem depender de grandes empresas”. Na categoria de cidades com mais de 500 mil habitantes, além de Recife, outras cidades premiadas incluíram Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Recife foi reconhecido como referência global no uso do WhatsApp para fornecer serviços municipais digitais. “A capital pernambucana vem apostando nos processos de inovação aberta e ofertando, cada vez mais, serviços pelo aplicativo Conecta Recife aos seus cidadãos, sendo referência para todo o Brasil. Desde 2022, a prefeitura vem colecionado importantes premiações que reconhecem e selam o trabalho realizado. Agora, é com muita alegria que fechamos 2023 como cidade bicampeã do ANCITI AWARDS”, afirmou o presidente da Empresa Municipal de Informática (Emprel), Bernardo D’Almeida.

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Quadra do Compaz Eduardo Campos ganha pintura com assinatura franco-brasileira

Com o intuito de fomentar a prática esportiva e promover o intercâmbio cultural, a Iquine, em parceria com o Consulado Geral da França, realizou a revitalização da quadra do COMPAZ Eduardo Campos, trazendo cores vibrantes para a comunidade de Alto Santa Teresinha. A obra, uma colaboração entre a artista francesa Kashink, o pernambucano Manoel Quitério e o coletivo Aurora da Estrela, tem como propósito proporcionar um espaço onde os jovens da comunidade possam se envolver em atividades de arte, cultura urbana e esportes. Essa iniciativa faz parte do Lab Urbano Paris 2024, um projeto que busca a integração dos jovens com a cultura olímpica e paraolímpica por meio de um laboratório franco-brasileiro. O projeto oferece workshops, mesas redondas, formações, cocriações transdisciplinares e intercâmbios entre esportistas e artistas, promovendo acessibilidade ao esporte e à arte para impulsionar transformações sociais. Além das atividades programadas, a comunidade esteve envolvida em todo o processo de pintura do espaço. De acordo com a gerente de Marketing e Inovação do Grupo Iquine, Magaly Marinho, a pintura do espaço contribui para a prática de esportes em um ambiente com mais identidade. “O espaço ganhou uma nova vida e contribuiu para o sentimento de pertencimento da comunidade, para que eles usufruam do ambiente e aproveitem esse espaço que é deles, e para uso deles”, afirma. “Ter a população envolvida nesse projeto torna o resultado ainda mais especial”, completa.

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Projeto propõe a despoluição de dois rios na cidade de Paulista

Paulista lança um projeto inovador visando a despoluição dos rios Timbó e Paratibe, marcando um feito inédito na Região Nordeste. A iniciativa, intitulada "Esse Rio É Meu", será implementada em 58 escolas municipais da cidade em colaboração com a organização planetapontocom. O lançamento ocorrerá nesta quarta-feira (06/12), às 9h, no auditório do Bloco C do Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU), ao lado do Paulista North Way Shopping. O programa, que se destaca por sua metodologia inovadora de educação voltada para o público infanto-juvenil, busca incentivar ações protagonistas na conservação e recuperação dos recursos hídricos, conforme afirmado pela organização planetapontocom. Em Paulista, a iniciativa é realizada pela Secretaria de Educação, em colaboração com as secretarias de Desenvolvimento Urbano, Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, e Obras e Serviços Públicos. O evento de lançamento contará com a presença do prefeito Yves Ribeiro, secretários estaduais e municipais, vereadores, empresários e outros convidados. Com a implementação do programa na cidade, mais de 20 mil estudantes e 977 docentes participarão da iniciativa. Além de Paulista, o programa atua em outros cinco municípios: Rio de Janeiro, Cabo Frio e Cachoeiras de Macacu (RJ), Jacareí (SP) e Itabira (MG), abrangendo um total de 1.091 escolas e mais de 230 corpos hídricos.

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Rio Capibaribe: dos versos, das vítimas e da visão de futuro

Nesta última reportagem da série "3 Rios, 3 Comunidades, 3 Desafios", o destaque é a Vila Arraes, banhada pelo Capibaribe. A produção é apoiada pelo Programa de Acelerando a Transformação Digital, desenvolvido pelo International Center for Journalism (ICFJ) e Meta, em parceria com associações brasileiras de mídia. *Por Rafael Dantas*Fotos: Felipe Karnakis Apoio As famílias de Daniela Moura, 36 anos, e Edna Souza, 47 anos, moram a poucos metros do Rio Capibaribe, na Vila Arraes, e a poucos quilômetros da Universidade Federal de Pernambuco. A primeira está no bairro desde a infância e há mais de uma década lida com a entrada das águas em sua casa. A segunda mora há cinco anos na região e nunca tinha vivido a experiência de ver seus móveis boiando. No ano passado, ambas viram suas casas serem inundadas, uma até o telhado e a outra chegando no primeiro andar. Hoje, o pior já passou, mas os rastros emocionais, econômicos e sociais permaneceram. O sono de ninguém é mais o mesmo. O medo é que “do nada” as chuvas elevem o nível do rio mais uma vez. As águas e curvas sinuosas do Capibaribe que estão a poucos metros de Daniela e Edna foram a inspiração de muitos versos de João Cabral de Melo Neto. Além da natureza, ele olhou para os seus habitantes. O poeta denunciava em 1950 no clássico Cão sem Plumas a miséria da época vivida na capital. O cenário não é o mesmo, mas as mudanças climáticas, com suas torrenciais chuvas, colocaram a lama na casa de milhares de ribeirinhos. Porém, o mesmo rio que mostrou sua força nas enchentes, também é o motor da perspectiva de uma nova cidade para o futuro, enfrentando problemas tanto do passado, como do presente. AS ÁGUAS PASSARAM, AS MEMÓRIAS PERMANECEM Aquele rio / está na memória / como um cão vivo / dentro de uma sala. Assim o poeta descreve o Capibaribe. A memória dos pernambucanos sobre os dias mais revoltosos do rio remonta às cheias dos anos 1960 e 1970. Houve um episódio menor em 2010 e uma nova grande enchente em 2022. Daniela Moura comprou sua casa há 11 anos, mas desde os 7, está na comunidade. Dona de casa, com três filhas, uma especial de 15 anos e outras de 14 e 8, ela chegou no local, após um antigo morador ter ido embora, depois da enchente de 2010. Desde então, estava acostumada às marés altas que levam águas para dentro de sua residência. Mas, ela nunca pensou que passaria por uma cheia como a de 2022, quando até o telhado ficou submerso. “Todo ano minha casa sempre enchia, mas nunca pensei que teria uma cheia de tomar uma proporção tão grande. Foi muito rápido. Não tive tempo de pegar nada. A única coisa que fiz foi abraçar minha filha que é especial, peguei as outras no braço. Abracei a gordinha e saí correndo no meio da água, que já estava na cintura. Eu sou baixinha. Tive que sair pulando. Foi uma cena que infelizmente não consegui esquecer. Até hoje tomo remédio controlado, tenho depressão. As pessoas dizem: passou. Passou para quem não estava ali naquele lugar. Mas quem conviveu foi a pior coisa que vi na minha vida”. As águas não voltaram a entrar na sua casa. Mas a memória permanece dentro da sala e no choro das filhas quando começa a chover. Apesar de Daniela já ter sobrevivido a uma queda de barreira, que ainda deixou marcas no seu corpo, a enchente é a pior lembrança que ainda a atormenta. Em outra região da mesma comunidade, pertinho de outra margem do rio, está a família de Edna Souza. A localidade é conhecida como Beco da Baiúca ou Malvinas. Ela morava antes em Camaragibe. Com o marido e uma filha já adulta, mudou-se para deixar o aluguel. Apesar da proximidade, o rio nunca havia adentrado em sua residência, que tem um primeiro andar. Em 2022, com a chuva forte, ela recebeu em casa sua netinha com 2 anos, confiando que as águas não chegariam. Mas o rio tomou todo o térreo e no primeiro andar ficou na altura da sua coxa. Diante da situação de muito risco, seu marido abriu um buraco na parede do banheiro do andar superior para a família deixar a casa. “Ao lado da minha casa tem umas placas que o vizinho colocou para fazer uma divisão do terreno. Essas placas ficaram boiando. Os vizinhos juntaram as placas e fizeram um cordão humano para a gente passar. Minha neta estava dormindo com a gente, porque já tinha entrado água na casa de uma das minhas filhas. Foi rápido demais. Foi horrível. Já ficamos amedrontados. Em dia de chuva já não dormimos. Nosso psicológico não é mais o mesmo. Eu não queria voltar, chorava. Mas é a casa da gente”, contou Edna. Além da saúde mental, elas lamentam a perda dos bens construídos por toda uma vida que se diluíram nas águas em poucos minutos. Um mínimo de conforto construído em décadas que precisou ser removido junto à lama, após a descida das águas. E ainda agradeceram pelo fato de não terem perdido ninguém de suas famílias. O professor Wemerson Silva, do departamento de Ciências Geográficas da UFPE, destaca que essas ocupações de baixa renda são resultado de um processo histórico de especulação imobiliária. “Os melhores espaços da cidade foram deixados para classe média e alta, enquanto lugares que não teriam condição de habitação, sejam perto do rio, sejam áreas de morro, sobraram para população que está à margem social. Foram processos de ocupação espontânea sem um mínimo de planejamento. Essas pessoas não deveriam estar ali, mas estão por não terem condições financeiras e por não haver políticas habitacionais para locais mais seguros”. MONITORAMENTO POPULAR E DEMANDA POR INFRAESTRUTURA Com os impactos da enchente, o trabalho da Associação Gris Espaço Solidário foi amplificado. A ONG criada pela cientista social Joice Paixão, em 2018, nasceu para promover aulas de reforço escolar para crianças com dificuldades de

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