Arquivos Urbanismo - Página 18 De 97 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

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Municípios no Vermelho: entenda os motivos da greve dos prefeitos

A crise crônica das finanças das prefeituras se tornou aguda no segundo semestre de 2023. O questionamento da divisão de recursos entre a União, estados e municípios é antiga e está nas raízes do almejado Pacto Federativo. Porém, no atual trimestre, um combinado de queda de arrecadação e aumento das obrigações orçamentárias levou os prefeitos a um movimento “grevista” por um socorro federal. Em Pernambuco, a Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco) estima que 80% das cidades sobrevivem do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ficaram em uma situação de maior fragilidade nos últimos meses. Entender a briga pelo orçamento nesse caso não é fácil. Existem diferentes fontes de receitas dos municípios, como o ISS (Imposto sobre Serviços), o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) e uma parcela do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Porém, as pequenas cidades, de forma geral, dependem muito do FPM para realizar seus serviços. O fundo é composto por 22,5% da arrecadação líquida da União da soma do IR (Imposto de Renda) com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O resultado dessa sopa de letrinhas que deixou os prefeitos em pânico foi que houve uma redução das receitas vindas do IR das pessoas jurídicas, ao mesmo tempo em que aconteceu um aumento das restituições do Imposto de Renda. O resultado final é que houve uma diminuição da arrecadação da União e, consecutivamente, queda do repasse municipal. O impacto veio no início do segundo semestre. Os repasses do FPM são feitos três vezes ao mês. A queda do primeiro decêndio de julho foi de 32,4%, enquanto que nos meses de agosto e setembro, no mesmo período, foram respectivamente de 20,3% e 28,2%. “Se já temos um Pacto Federativo injusto aos municípios, perder cerca de 30% da receita prejudica muito os serviços que a gente presta para a população e a forma que temos de pagar os servidores. Somado a isso, tivemos queda de outras arrecadações, como o ICMS. Esses dois fatores fizeram com que muitas prefeituras se encontrassem em situação de calamidade”, destacou a presidente da Amupe e prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado. O processo de desindustrialização do País, intensificado nos últimos anos, e as mudanças mais recentes nas regras do Imposto de Renda tiveram uma relação com essa queda das receitas, segundo o economista e professor da UPE (Universidade de Pernambuco), Sandro Prado. “Enquanto nos anos 1980 chegamos a ter em torno de 30% do PIB da indústria, no Governo Bolsonaro chegou a 11%. Tivemos uma queda percentual desse setor que fez com que o IPI murchasse. Essa desindustrialização é um processo longo, que teve um agravamento muito forte nos últimos anos. Além disso, houve uma restituição maior do Imposto de Renda. É uma luta importante para a população, mas traz um complicador que é a diminuição desse repasse nos meses de agosto e setembro, fazendo com que os municípios ficassem enlouquecidos”, afirmou Sandro Prado. A proximidade com as eleições municipais do próximo ano se tornou um agravante nesse cenário, pois cria dificuldade para a máquina pública das prefeituras, na análise do economista. CRESCIMENTO DAS DESPESAS NO RADAR Além da queda das receitas, outra queixa forte dos prefeitos, capitaneada no País pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios), é o aumento de despesas obrigatórias, sem uma fonte definida. Em outras palavras, são leis que elevam, por exemplo, salários, sem que haja a indicação de quem pagará a conta e tudo vai acabar nos cofres municipais. O aumento do piso dos professores, por exemplo, entra nessa conta. “Temos visto e revisto o Pacto Federativo porque é muito injusto com os municípios. As demandas só chegam, mas contrapartida financeira não chega para fazermos o melhor, que é cuidar das pessoas. Temos um grave subfinanciamento na saúde, na educação e na assistência social. É preciso rever a distribuição desses recursos”, afirmou a presidente da Amupe. Ela destaca que o subfinanciamento dos serviços não é um problema recente, mas algo que já atravessa pelo menos uma década, com graves prejuízos aos cofres municipais. De acordo com o estudo recém-publicado pela CNM, 53% das pequenas cidades do País e 38% dos municípios de médio e grande porte estão com déficit – despesas maiores que as receitas. “No primeiro semestre de 2023, a cada R$ 100 arrecadados nos pequenos municípios, R$ 91 foram destinados para pagamento de pessoal e custeio da máquina pública”, afirmou o estudo Avaliação do cenário de crise nos municípios. A pesquisa foi realizada a partir de dados do Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro) e elaborada pela CNM. O economista Sandro Prado avalia que são justas as reivindicações das categorias profissionais e que deveriam haver outros pisos instituídos em lei. No entanto, vê com preocupação a ausência de comunicação entre os legisladores e o Poder Executivo na definição dos recursos. “Essa falta de diálogo entre os dirigentes municipais, estaduais e federais é uma coisa muito séria. Quando o Congresso aprova uma legislação que vai afetar 5.570 municípios é algo muito grave. Obviamente as categorias são merecedoras. Algumas mais fortes conseguem. O piso dos professores e dos profissionais de saúde aumenta as despesas do município. Deveria haver, por parte dos gestores, um remanejamento dos recursos para esse pagamento, mas muitos colocam isso como algo que ele não conseguiu pagar e algo que fez com que dificultasse ainda mais a sobrevivência desses municípios”, disse o economista. No primeiro semestre, os municípios de Pernambuco tiveram um aumento de despesas com pessoal na ordem de 7%, em comparação com o mesmo período de 2022. Os gastos de custeio avançaram em 23% e os investimentos subiram em 24% nos primeiros seis meses de 2023. Já a arrecadação no primeiro semestre registrou um aumento de 7% do FPM e uma queda de 4% do ICMS. Uma redução abrupta, no entanto, foi das execuções de emendas parlamentares, que alcançaram o patamar de 63% a menos que em 2022. Diante do baque do começo do segundo semestre, Márcia Conrado destacou que os prefeitos

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Novo pátio da Feira de Casa Amarela receberá R$ 6,6 milhões em obras

O prefeito João Campos fez uma visita às obras em andamento do novo pátio da Feira de Casa Amarela, localizada na Zona Norte. Essas melhorias abrangem uma nova cobertura, um reservatório de água, uma área designada para animais vivos, além da criação de novos quiosques para flores e outras melhorias. O projeto abrange uma área de 3,8 mil metros quadrados e tem como objetivo estimular os comerciantes da região a aumentarem a visibilidade de seus produtos. Além disso, a feira contará com instalações sanitárias e uma área de lavagem de mercadorias. O investimento total nas obras da Feira de Casa Amarela é de R$ 6,6 milhões, dos quais R$ 2,2 milhões provêm de convênio firmado entre a Prefeitura do Recife e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). Este projeto faz parte de um amplo plano de reformas e requalificação em mercados e feiras públicas na cidade. Outros mercados e feiras, como Beberibe, Cais de Santa Rita, e Nova Descoberta, também passarão por intervenções semelhantes, totalizando um investimento de R$ 30 milhões no programa liderado pela Conviva - Feiras e Mercados. As melhorias incluem revisões nas coberturas, iluminação, estacionamentos, banheiros e outras instalações para proporcionar um ambiente mais confortável e eficiente para feirantes e visitantes. Durante a visita, o prefeito João Campos destacou a magnitude deste projeto, afirmando que é a maior obra de pátio de feira e mercado em toda a Zona Norte do Recife. Ele enfatizou que a nova cobertura será ainda maior do que o mercado de Casa Amarela.

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BAIRRO SAO JOSE Foto Marcos Pastich

Recife abre consulta pública sobre Morar no Centro, primeira PPP de Locação Social do País

Iniciativa oferecerá mais de mil unidades habitacionais nos bairros de Santo Antônio, São José, Boa Vista e Cabanga. Famílias com renda a partir de um salário mínimo terão a chance de serem contempladas. Com o objetivo de expandir as políticas habitacionais e promover a ocupação do centro da cidade por meio de moradias, a Prefeitura do Recife anunciou a consulta pública do edital da primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Brasil voltada para a Locação Social, denominada PPP Morar no Centro. Esta iniciativa disponibilizará aproximadamente 1.128 unidades habitacionais nas áreas centrais dos bairros Santo Antônio, São José, Boa Vista e Cabanga, incluindo os dois primeiros dentro do Programa Recentro. O programa de locação social será direcionado a famílias com renda a partir de um salário mínimo (R$ 1.320,00) até o limite de três e meio salários mínimos. Além disso, o projeto é resultado de uma colaboração com o Governo Federal, envolvendo os Ministérios das Cidades e da Casa Civil, bem como a Caixa Econômica Federal (CEF). Uma parte significativa do projeto inclui a construção da sede da Orquestra Cidadã e de uma creche em um dos empreendimentos. Com o intuito de aprimorar a PPP Morar no Centro, a administração municipal deu início a uma consulta pública destinada a colher sugestões e contribuições da população. O objetivo é buscar o melhor modelo para a cidade no que diz respeito à concessão dos serviços de gestão, operação e manutenção das moradias. A consulta pública está disponível no link https://parcerias.recife.pe.gov.br/projetos/ppp-de-habitacao-social/ e está aberta à participação de todos os cidadãos. Além disso, em 29 de setembro, das 10h às 12h, a Prefeitura do Recife realizará uma audiência pública online para oferecer maior transparência ao processo. A iniciativa será implementada na modalidade de concessão patrocinada e abrangerá a implantação, manutenção e operação de quatro empreendimentos de locação social e dois empreendimentos habitacionais destinados à população de baixa renda e ao mercado popular. Isso incluirá tanto obras físicas como serviços de gestão de carteira, administração condominial, trabalho técnico social e desenvolvimento comunitário. A PPP terá uma duração de 25 anos, com um valor total de aluguel e condomínio que não excederá 15% a 25% da renda familiar dos beneficiários. Como contrapartida, a Prefeitura assumirá de 30% a 85% desse valor. O projeto compreende a renovação de edifícios existentes e a construção de novos, incorporando áreas comuns e espaços de lazer. Também está prevista a instalação de atividades comerciais e de serviços no térreo (fachada ativa). Os apartamentos variarão de studios a unidades de três dormitórios, destinados a pessoas com renda familiar de até R$ 4.400,00 para a locação social e indivíduos que se enquadrem na Faixa 3 do programa Minha Casa, Minha Vida para a aquisição. Além disso, os imóveis, que serão concluídos em média em três anos após a assinatura do contrato, serão entregues com eletrodomésticos básicos (fogão, geladeira e chuveiro) e mobiliário básico, com garantia de serviços de manutenção, limpeza e administração das áreas comuns, bem como atividades de capacitação para os beneficiários. A PPP tem como objetivo primordial reduzir o impacto financeiro nas famílias, evitando o excessivo comprometimento de sua renda com o aluguel, o que é um dos principais fatores que contribuem para o déficit habitacional no Brasil. Esse problema surge quando as famílias precisam destinar mais de 30% de sua renda para custear a moradia. O projeto contemplará moradores do Recife que estejam residindo na cidade por pelo menos 2 anos e tenham pelo menos um adulto na composição familiar. Além disso, serão priorizados chefes de família idosos, famílias lideradas por mulheres, famílias monoparentais, pessoas que vivem em áreas de risco, entre outros critérios estabelecidos.

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Todo dia pode ser um dia sem carro

Em artigo, o jornalista Du Dias explica a origem e as motivações do Dia Mundial Sem Carro, neste 22 de setembro. Um dos motivos é o clima, que dá sinais de fadiga (Do Mobilize Brasil) Era o ano de 1956 quando Israel, com o apoio da França e do Reino Unido, declarou guerra ao Egito, após o país que liga o nordeste da África ao Oriente Médio nacionalizar o Canal de Suez, importante rota de comércio da região. Foi assim que se iniciou a Guerra de Suez, que só foi encerrada após pressões de Estados Unidos, União Soviética e das Nações Unidas para a retirada de tropas invasoras. A esta altura, você deve estar se perguntando o que um conflito armado no final dos anos 1950 tem a ver com o Dia Mundial Sem Carro. Não foi a guerra propriamente dita, mas a crise de abastecimento de combustíveis em diversos países europeus, decorrente do conflito no canal de Suez, que levou, por exemplo, a Bélgica e a Holanda a racionar o uso de combustíveis e proibir a circulação de automóveis aos domingos. Naquela época, estes países também sofriam severamente com a poluição atmosférica e o aumento das mortes no trânsito, inclusive de crianças, causadas pela popularização do automóvel. O embrião do Dia Mundial Sem Carro estava nascendo e se reproduziria em países como a Dinamarca e a Suíça, que também restringiram o uso do carro durante a crise do petróleo de 1973. Estes eventos foram transformadores para alguns destes países, que a partir de uma medida emergencial para enfrentar uma crise econômica, revolucionaram para sempre seus padrões de mobilidade. As experiências de enfrentar as crises decorrentes da guerra, da escassez de petróleo e suas consequências a partir da restrição do uso do carro haviam sido relativamente bem sucedidas na Europa, mas a redução do uso de automóveis já vinha ganhando força nos Estados Unidos desde os anos 1950, quando moradores de Nova York protestavam contra a extensão da 5ª Avenida, uma das mais importantes da cidade. A vitória dos nova iorquinos nas manifestações contra a obra que cortaria um importante parque da cidade ao meio (a Washington Square Park), é frequentemente creditada à jornalista e urbanista Jane Jacobs, que naquela época já denunciava as consequências catastróficas para o meio urbano, do uso irrestrito dos veículos individuais motorizados. Bem antes disso, no início do século 20, cidades dos Estados Unidos realizaram intensas campanhas para evitar a entrada de automóveis em suas ruas, até então muito ocupadas por pessoas de todas as idades. A indústria reagiu: uma intensa campanha foi realizada para "organizar" o trânsito, limitar os espaços destinados aos "pedestres" e liberar a circulação dos carros. E assim, a vida nas cidades foi inteiramente transformada, conta Peter D. Norton, historiador da Universidade de Virginia e autor de Fighting Traffic: The Dawn of the Motor Age in the American City. Mas, no final do século, quando as cidades já estavam entupidas e intoxicadas de carros, os ensinamentos de Jane Jacobs, Jan Gehl e Jeff Speck, entre outros, ganhavam popularidade e conquistaram corações e mentes também no velho continente quando, em outubro de 1994, o economista Eric Britton fez um importante discurso durante evento sobre cidades acessíveis na Espanha, conclamando a sociedade a adotar medidas restritivas severas para o uso de automóveis. Nos anos seguintes ao chamamento de Britton, há registros de dias livres de carro promovidos extraoficialmente em cidades da Islândia, do Reino Unido e da França, entre outros. Em 1996, um grupo de ativistas holandeses começou uma campanha por dias livres de carro com abrangência nacional para aquele país. O grupo organizou mensalmente manifestações informais nas ruas, quando paravam os carros e ocupavam as vias com festas, pic-nics, brincadeiras para as crianças, manifestações artísticas e pinturas. Essa estratégia seria utilizada posteriormente em manifestações pacíficas no mundo todo, inclusive em São Paulo, quando movimentos sociais (o Mobilize estava lá!) pressionaram a prefeitura municipal para fechar a avenida Paulista para os carros aos domingos.   O que é o "dia sem carro"? O primeiro dia sem carro celebrado por um país oficial e nacionalmente, no entanto, se daria na Inglaterra, que foi seguida pela França, em 1997. Foi só a partir do ano 2000 que se estabeleceu o dia 22 de setembro como Dia Mundial Sem Carro, a partir de uma campanha que se estenderia oficialmente por todo o continente europeu. Hoje celebrado em cidades do mundo todo, o Dia Mundial Sem Carro é uma oportunidade de refletir sobre os prejuízos sociais, ambientais e econômicos da cultura do carro e seus impactos nos territórios. Cada cidade adota medidas distintas, sempre tentando conscientizar a população de que outras formas de deslocamento não são apenas possíveis, como também eficientes, baratas e sustentáveis. Há cidades que restringem o uso do carro em algumas vias, outras fazem campanhas de conscientização e em alguns casos, ampliam a oferta de transporte público e coletivo. Na cidade de São Paulo, são realizadas atividades de conscientização sobre o uso excessivo de automóveis no dia 22 de setembro desde o ano de 2003, com pedaladas/bicicletadas; interlocuções com o poder público municipal; fechamento de vias para os carros e atividades culturais, quase sempre promovidas por movimentos sociais ou decorrentes da pressão realizada por eles. A partir de 2010, os dias sem carro passaram a ser celebrados em diversos estados do Brasil. Mas, o carro é mesmo um vilão?Se analisado individualmente, o automóvel não parece ser um grande problema: ao contrário, a facilidade e o conforto de se deslocar em um carro são sedutoras; a crescente tecnologia e segurança para os usuários também não ficam atrás. E não podemos deixar de lembrar que a indústria automobilística também é responsável pela geração de milhões de empregos e de movimentar fortemente a economia. Mas então, porque os carros hoje são vistos como ameaças? A resposta tem a ver com o uso que se faz dos automóveis. Além das altas velocidades praticadas nas vias urbanas, provocando acidentes e mortes que poderiam ser evitados, os custos de implantação e manutenção de

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Ilha de Deus sedia a 2ª Conferência Livre de Mobilidade do Recife

Em comemoração ao Dia Mundial Sem Carro, acontece hoje (22) e amanhã (23) de setembro a segunda edição da II Colmob - Conferência Livre de Mobilidade do Recife. O evento nasce em 2016, através da articulação em rede dos diversos movimentos sociais da mobilidade urbana e do direito à cidade da Região Metropolitana do Recife (RMR). Visando fortalecer e ampliar a incidência política sobre mobilidade urbana e suas transversalidades a partir da mobilização das periferias do Grande Recife. A abertura da 2ªConferência Livre de Mobilidade do Recife, acontece hoje, às 19h, na sede da Ação Comunitária Caranguejo Uçá, na Ilha de Deus, e surge da necessidade de dialogar a mobilidade urbana de uma maneira ampla, participativa, tendo em vista, o esvaziamento dos espaços oficiais de participação, como as Conferências Municipais de Trânsito e Transporte, que desde 2007 não ocorrem em Recife. “É urgente pensar e propor soluções de mobilidade que dialoguem com toda a diversidade sociogeográfica da cidade, e que contemplem não apenas as áreas de planície, mas também os morros e os rios. Além disso, essa conferência é um espaço livre para a incidência política a fim de garantir o direito constitucional ao transporte e a mobilidade com as nossas especificidades locais de cada território”, afirma o coletivo de organização idealizadora da ação. A programação do evento conta com mostra de filmes, apresentações culturais e mesas de diálogos. No sábado (23), a primeira mesa debate a Conjuntura da Mobilidade Pernambucana e a segunda tem como tema: As utopias que não são utopias: questões da mobilidade que parecem impossíveis, mas já estão acontecendo”.  O bate-papo terá a contribuição de representantes das organizações Ameciclo, Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência de Pernambuco (FND), Movimento Passe Livre, Coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste, Sindicato dos Metroviários de Pernambuco - Sindmetro-PE, Rede Meu Recife, Observatório de Mobilidade de Salvador e Bigu Comunicativismo. Vale destacar, que toda a construção de propostas da 2ªConferência Livre, servirá de subsídio para as conferências que pautarão as discussões em torno da mobilidade urbana das eleições municipais de 2024.  A iniciativa é uma realização da Bigu Comunicativismo, Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife - Ameciclo, Ação Comunitária Caranguejo Uçá, Rede Meu Recife, Movimento Passe Livre - Pernambuco, INCITI - Núcleo de Pesquisas Urbanísticas da UFPE e Escola de Ativismo.

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Novo binário inaugurado em Santa Cruz do Capibaribe

Nesta quinta-feira (21), a governadora Raquel Lyra realizou uma visita ao Agreste pernambucano, onde presidiu a inauguração do novo binário de acesso viário ao polo atacadista de confecções no município de Santa Cruz do Capibaribe. Este projeto visa simplificar o transporte de mercadorias na região, promovendo maior eficiência logística. Durante a visita, a governadora também inspecionou as obras em andamento no mercado público local, as quais foram retomadas pelo governo estadual em abril deste ano. A nova via, com uma extensão de 2,8 quilômetros, recebeu um investimento de R$ 12 milhões do Governo do Estado e foi executada pela Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab). Ela representa uma rota alternativa de acesso aos polos de confecções da região, incluindo o Calçadão Miguel Arraes de Alencar, o Moda Center Santa Cruz e o Altas Horas Outlet. “É uma alegria poder entregar o binário da moda de Santa Cruz do Capibaribe. Esta é uma conexão que permite o acesso por trás do Moda Center, interligando o outlet e permitindo que 18 mil veículos deixem de andar na PE-160 e possam entrar e sair do estacionamento, que também foi totalmente requalificado, garantindo o direito de ir e vir da população e o escoamento dessa mercadoria”, observou a governadora. Além da inauguração do binário, a governadora também anunciou melhorias para o Mercado Público de Santa Cruz, incluindo a instalação de cobertura para as bancas de vendas, visando aprimorar as condições de comercialização dos produtos no local.

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"A resolução da habitação e do saneamento pode aliviar a pressão ambiental do Rio Beberibe"

Edilson Junior, mestre em desenvolvimento e meio ambiente pela UFPE e doutor em geografia pela UFES, pesquisou o Rio Beberibe durante a sua dissertação Nas Trilhas da Floresta Urbana: Gestão ambiental e conflitos na Mata do Passarinho. Mais que uma questão natural, relacionada aos efeitos das mudanças climáticas, o cenário vivido na comunidade emblemática vizinha ao rio é um problema de ordem social. O pesquisador destaca que os indicadores sociais dos bairros que convivem com o Beberibe são comparáveis aos países mais pobres da África. Nesta entrevista concedida ao jornalista Rafael Dantas para a série 3 Rios, 3 Comunidades, 3 Desafios, Edilson Junior trata ainda dos possíveis caminhos para recuperação do Rio Beberibe e das comunidades do seu entorno, mas alerta para o agravamento da situação social nas últimas décadas, com o crescimento demográfico das comunidades ribeirinhas. (Fotos: Midiã Tavares, especial para a Algomais) Qual a relação entre o poder público, a comunidade que vive na região e o Rio Beberibe? A relação entre o poder público e a comunidade é de abandono; entre a comunidade e o rio é de desprezo; e entre o rio e o poder público é de serventia. Explico: se traçarmos um panorama com indicadores de renda, saúde e educação, que são utilizados no Índice de Desenvolvimento Humano, dentro de um município, veremos que os bairros que margeiam essa porção do Rio Beberibe estão historicamente atrelados a resultados similares aos de países africanos pobres. São décadas de desamparo, falta de equipamentos urbanos e oportunidades de trabalho. A desigualdade é muito violenta, o que torna secundária a pauta da conservação ambiental. A exemplo da Reserva de Floresta Urbana (FURB) Mata do Passarinho, que foi seu objeto de pesquisa, como se caracteriza a pressão ambiental nessa região? Ninguém vai pensar nos impactos ambientais de derrubar a mata para construir sua casa, de retirar lenha para poder cozinhar suas refeições, ou nos problemas de lançar esgoto e lixo diretamente no rio, enquanto o poder público não atende sequer as demandas sociais básicas. É uma situação triste, pois o Beberibe e as Reservas de Floresta Urbana que o margeiam são, de certa forma, patrimônios vivos da nossa terra e estão diariamente sofrendo com este tipo de ação. Portanto, por necessidade, a população faz uso desses recursos naturais e não há ação de conscientização que possa impedir isso. Apenas a resolução das demandas de habitação e saneamento, anulando a necessidade de fazer uso desses espaços naturais, pode aliviar a pressão ambiental do Beberibe e das FURBs. Há mais de uma década a região foi alvo do Prometrópole. Esse programa era voltado para a Bacia do Beberibe e inclusive retirou a população da Vila do Tetra, que fica entre a FURB e o Rio. Mas a área foi reocupada e não foi construído o habitacional. O que aconteceu para esse projeto não ser executado? O programa Prometrópole, que este ano completa duas décadas desde o grande aporte financeiro recebido do Banco Mundial, é um caso emblemático, tanto pelo seu escopo quanto pelo seu resultado. Em teoria, ele iria garantir uma transformação urbanística completa das margens do Beberibe, servindo de vitrine para Pernambuco numa época em que diversas organizações intergovernamentais, como as Nações Unidas, estavam financiando projetos de urbanização no Brasil. No entanto, o que tivemos foi a fragmentação do programa em obras sem a devida efetividade, pouco integradas entre si ou fora dos fundamentos de saneamento e combate à pobreza do programa. Isso é completamente diferente do que foi apresentado à população. Até hoje, os habitantes dos bairros contemplados pelo Prometrópole lembram do projeto com frustração. Muitas das áreas de lazer propostas não foram construídas, o quantitativo de habitações entregues ficou aquém da demanda, a pavimentação e o esgotamento sanitário das ruas se arrastaram além do necessário, e o abastecimento de água ainda é deficiente. Isso sem falar na rede de serviços públicos, que não foi ampliada como anunciado. Sobre a Vila do Tetra, pode-se dizer que a questão até triplicou de tamanho, tanto no quantitativo populacional quanto na área ocupada. Isso ocorreu porque, diante do atraso ou da inexistência das obras, novas frentes de ocupações foram se formando ao longo do Beberibe, a exemplo do terreno no antigo endereço da Rádio Olinda. Acredito que o Prometrópole sofreu muito pela visão engessada de um "kit de urbanização" que não atendia às especificidades do povo atendido e do espaço que habitavam. A população vive numa situação de extrema vulnerabilidade social e sem saneamento básico. Quais os possíveis caminhos para encontrar uma solução que seja satisfatória para a população e para o Rio Beberibe? Não há solução efetiva que não seja através de um grande projeto integrado entre urbanização e demais questões sociais. Em uma situação ideal, a realocação da população para moradias mais adequadas e a consequente proteção das margens seriam o melhor caminho. No entanto, isso tem um custo político e orçamental que pouquíssimas gestões municipais estão dispostas a enfrentar. Além disso, desde a Lei 14.285/2021, os municípios detêm competência para regularizar todas as ocupações urbanas nas margens dos rios, chancelando a transformação do que deveriam ser áreas de proteção em tecido urbano consolidado. É esse caminho que tem sido adotado, normatizando a precarização das margens dos rios. Dessa forma, temos o próprio poder público a "planejar" desastres, como os provocados por enchentes. O que fica claro é que qualquer projeto precisa contemplar as dimensões sociais e ambientais, pois não é possível pensar em recuperar um rio enquanto a população sofre necessidades mais urgentes como emprego e habitação. A história do Prometrópole mostra isso. A população se queixa da maior intensidade de eventos de enchentes nos últimos anos. Podemos inferir alguma relação com as mudanças climáticas e a maior intensidade de chuvas, num período mais curto de tempo? Não apenas as mudanças climáticas estão propiciando mais eventos hidrológicos extremos, mas também as características da suburbanização a partir do médio curso do Beberibe estão contribuindo para as situações de enchentes. Na verdade, as questões relacionadas a como produzimos a nossa cidade

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Seminário Nacional sobre Saneamento acontecerá no Recife neste mês

O Seminário Nacional "Saneamento & Desenvolvimento Sustentável" vai reunir especialistas de todo o país para debater questões cruciais relacionadas ao saneamento no Brasil. O evento, organizado pelo Instituto Brasileiro Pró-Cidadania, está agendado para os dias 27 e 28 de setembro e será realizado no Mar Hotel, localizado na zona sul do Recife. Profissionais da infraestrutura, líderes de empresas de saneamento, gestores municipais, parlamentares, membros de órgãos de controle e representantes do terceiro setor de todas as regiões do Brasil se reunirão para compartilhar suas experiências sobre modelos de gestão voltados para a universalização do acesso à água tratada, sistema de esgoto e limpeza urbana, que ainda não estão disponíveis para mais de 30 milhões de brasileiros. O seminário abordará temas cruciais, como o cumprimento de metas estabelecidas pelo marco legal, execução de contratos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões, estratégias para alcançar a universalização dos serviços em diversas regiões do país, além da questão do financiamento e da estruturação de projetos para viabilizar investimentos. Já confirmaram presença Karla Bertocco, Sócia da Mauá Capital e Presidente do Conselho de Administração da SABESP, Márcia Conrado, Presidente da AMUPE e prefeita de Serra Talhada, além dos Deputados Federais Fernando Marangoni (SP), Fernando Monteiro (PE) e Pedro Campos (PE), Danilo Cabral, Superintendente da Sudene, Paulo Câmara, presidente do BNB e Ranilson Ramos, Presidente do TCE. Roberto Tavares, que contribui com a parte técnica do evento, destaca que "o empoderamento dos Municípios e da Sociedade Civil na questão do saneamento pode ajudar a tirar os projetos do papel e se transformar em melhorias efetivas no abastecimento de água e na coleta e tratamento de esgotos." As inscrições podem ser feitas no site www.procidadania.org.br

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Rio Beberibe: águas que alcançam os invisíveis

Série "3 Rios, 3 Comunidades, 3 Desafios" apresenta os problemas ambientais e sociais que se entrelaçam na Região Metropolitana do Recife. Ouvimos estudiosos e o poder público sobre como solucioná-los. A produção é apoiada pelo Programa Acelerando a Transformação Digital, desenvolvido pelo International Center for Journalism (ICFJ) e Meta, em parceria com associações brasileiras de mídia. *Reportagem: Rafael Dantas *Fotos: Midiã Tavares Apoio Pernambuco é um Estado de relações conflitantes com as águas. Uma tensão que vai do processo de desertificação no interior às chuvas intensas e enchentes na Região Metropolitana do Recife. A capital é uma cidade anfíbia, entre as águas do mar, dos seus três rios e mais de 100 riachos. Muitos viraram canais, com cursos d’água quase mortos pela poluição. Com o advento das mudanças climáticas, uma série de problemas sociais e históricos, que estavam escondidos nos cantos dos municípios, começaram a surgir aos olhos da cidade formal. Escombros de realidade passaram a emergir nos dias de chuvas mais intensas, cada vez mais frequentes. Nesta série que começamos hoje, visitaremos os problemas mais emblemáticos que habitam às margens do Rio Beberibe, por onde começaremos, seguindo nos próximos meses pelos cursos do Tejipió e do Capibaribe. Nascido nas matas de Aldeia, em Camaragibe, o Beberibe atravessa o Recife e Olinda, se une ao Capibaribe no Bairro do Recife e deságua no oceano. Cada curso d’água tem suas nuances e desafios. O Beberibe, segundo o professor Wemerson Silva, do Departamento de Ciências Geográficas da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), está diretamente relacionado com o alto contingente de comunidades de baixa renda que vivem nas suas margens, em alguns casos dentro do seu leito e em extrema vulnerabilidade social. A vida do rio está implicada com a dos moradores que lhe são vizinhos. “O Beberibe, do médio para o baixo curso, tem uma altíssima densidade habitacional, chegando praticamente sobre a área do rio”, afirmou o docente. Adelma da Silva, 45 anos, mora no bairro de Dois Unidos, no extremo da Zona Norte do Recife. Natural de Cupira, município do Agreste, ela encontrou há 22 anos um lugar para chamar de lar pertinho das margens do Rio Beberibe. Vizinha de outros familiares, ela enxergava na capital mais oportunidades que na sua cidade natal. A primeira casa, que ela diz que era “um barraquinho", não aguentou as cheias que passou a enfrentar em cada inverno. Com as paredes cedendo e chão rachando, ela recorreu aos parentes para reconstruir tudo. “Qualquer chuva que dava já enchia. Todo ano tinha. A casa ficou muito ameaçada, eu tinha medo dela cair com a gente dentro. Minha família ajudou a aterrar 80 centímetros, justamente por causa das águas. Fizemos a base dobrada. Ficou cinco anos sem encher”, lembrou Adelma. Ela pensou que não veria mais as águas do rio entrarem nos seus cômodos e destruírem sua mobília. Mas, no ano passado, em um dia de temporal no Recife, ela saiu de casa com água próximo aos ombros. Após esse episódio extremo, teve até vizinho que abandonou a residência. Mas, a opção para a maioria é continuar e seguir resistindo. Novos moradores, inclusive, chegaram. Em 2023, as águas avançaram até o segundo degrau da casa. Ameaçou, mas não entrou. Mais de duas décadas após sua chegada, com três filhos e agora já com um netinho, Adelma continua convivendo com o medo dos dias e noites de chuvas mais intensas. “Foi algo que eu nunca tinha visto. Antes, a gente já tinha saído com água acima do joelho. Mas, assim do jeito que foi no ano passado, acima dos peitos, eu nunca vi. Os móveis da vizinha da frente ficaram boiando. Perdemos centro, raque, cama. O fogão já ficou dentro d'água umas três cheias”, relatou a moradora. Na saída às pressas da última cheia mais forte, a cama do filho mais novo, Anthony da Silva, 11 anos, foi atingida pelas águas. Os dias de chuvas intensas e alagamentos estão nas lembranças de normalidade da criança. Meio lúdicas, meio amedrontadoras. O rio que o assiste brincando com os amigos ao longo do ano quase o encobriu. “A gente até gosta de passar por dentro d'água que está geladinha. E, às vezes, fico com medo da água aumentar e invadir a casa. Eu tive medo da última vez, quase me cobriu, ficou perto da minha boca. Uma chegou no meu peito, na outra semana ia me cobrindo”. A percepção de Adelma do surgimento de chuvas mais intensas está ligada às mudanças climáticas, na avaliação de Wemerson Silva. “Há uma relação de aumento dos processos de inundação e chuvas com as mudanças climáticas. Os danos são intensificados devido à presença de moradias em espaços que deveriam ser preservados, não ocupados”. Anthony viveu na pele os efeitos dessa mudança do clima do planeta e ficou alguns dias sem cama até receber uma doação. Essa rotina de perder os móveis e eletrodomésticos e lutar para conquistar de novo se repetiu muitas vezes na vida da família de Adelma e das pessoas que moram também do outro lado do Rio Beberibe, já em Olinda. O OUTRO LADO DO RIO Enquanto no lado do Recife as vilas que estão às margens do rio são pequenas, conjunto de casebres que se espremem em meio aos becos que partem da avenida principal do bairro, em Olinda o número de moradores é mais extenso. Centenas de casas ocuparam em 1994 uma área verde da margem no bairro de Passarinho, entre o Rio Beberibe e o terreno da antiga Rádio Olinda. Com a vitória da seleção brasileira na Copa do Mundo, o lugar passou a se chamar Comunidade do Tetra. As primeiras vias abertas, mesmo de barro, ganharam nomes dos jogadores tetracampeões. Quase 30 anos após a conquista daquela copa, a vila permanece sem saneamento, sem uma rua calçada, com muitos postes de madeira, com fiação irregular inclusive que vem do outro lado do rio. As ruas exalam mau cheiro de lixo e dos esgotos que navegam por entre as casas até o Beberibe. E em muitos dias

Rio Beberibe: águas que alcançam os invisíveis Read More »

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"Prefeitura do Recife lança programa para requalificar praças da cidade"

O Prefeito João Campos lançou o Programa Tá Aprumado Praças, que  promete revitalizar e transformar 120 espaços de lazer, incorporando a participação popular através do aplicativo de mensagens WhatsApp, com o objetivo de fazer o recifense viver a sua cidade. O investimento será de R$ 60 milhões. O Programa Tá Aprumado Praças se baseia em pilares como a inclusão direta da população no processo de tomada de decisão (Com uso do aplicativo WhatsApp, cada recifense terá a oportunidade de escolher quais praças serão revitalizadas em suas comunidades e até mesmo sugerir os equipamentos que serão implantados), foco no bem-estar das crianças e a conservação do patrimônio urbano. A Prefeitura irá revitalizar, até o início de 2024, todas as 15 praças  desenhadas e projetadas pelo paisagista Roberto Burle Marx na década de 1930. O trabalho já está em andamento na Praças do Derby; Entroncamento, nas Graças; Arthur Oscar (Praça do Arsenal), no Recife Antigo; e na de Casa Forte. A ação continuará na Praça Chora Menino, Praça Maciel Pinheiro, Praça Dezessete, Largo das Cinco Pontas, Largo da Paz, Praça Salgado Filho e no Jardim da Capela da Jaqueira. Com o envolvimento direto da população, o programa vai transformar 50 praças em locais novos a partir das sugestões coletadas. Isso incluirá recuperação completa, paisagismo integrado, módulos para crianças e a restauração de áreas esportivas para a comunidade desfrutar. PARTICIPAÇÃO - A participação ativa da população no programa Tá Aprumado Praças se dará de três formas. O cidadão poderá responder uma enquete sobre qual praça deve ser priorizada,  entrando no link https://taaprumadopracas.recife.pe.gov.br/votacao-da-selecao-de-pracas/; optar sobre qual é a vocação da praça, por exemplo se ela deve ser priorizada como área verde, de esportes, espaço para academias de saúde ou atividades infantis, no link https://taaprumadopracas.recife.pe.gov.br/vote; para as empresas, adotar uma praça obtendo selo de distinção de acordo com a contribuição concedida (https://taaprumadopracas.recife.pe.gov.br/adote-uma-praca/). Para participar, é preciso se cadastrar no Conecta Recife, clicar no ícone "Tá Aprumado Praças" e receber uma mensagem pelo Whatsapp para confirmar sua identidade.

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