Arquivos Urbanismo - Página 91 De 96 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

10 concursos com inscrições abertas em Pernambuco

O Estado de Pernambuco tem 10 concursos e seleções. São 690 vagas em disputa com salários de até R$ 7,5 mil. As oportunidades são para profissionais de nível básico, médio e superior. Os processos abertos mais recentemente foram para a Prefeitura de Paranatama, para a Câmara de Itaíba e para a Autarquia Educacional de Serra Talhada. Seguem com inscrições abertas os concursos do UPE, IFPE, Funape, Funase, entre outros. Confira abaixo o quadro de vagas e as informações referentes às inscrições e salários de cada seleção. Prefeitura de Paranatama Vagas: 12 Oportunidades: Para médicos generalistas de plantões de 24 horas ou 40 horas semanais. Inscrições:  Devem ser feitas até 5 de julho na Secretaria de saúde (localizada na Praça João Correia de Assis, 28). A prefeitura oferece ainda alternativa de realizar as inscrições via correios ou pelo e-mail: saude.paranatama.inscricoes@gmail.com Salários: Entre R$ 6 mil e R$ 7,5 mil Baixe o edital: Edital Paranatama Câmara de Itaíba Vagas: 7 Oportunidades: Vagas de auxiliar de serviços gerais, assistente administrativo, auxiliar de controle interno, técnico em Contabilidade e coordenador de Controle Interno. Inscrições: Devem ser realizadas até o dia 14 de agosto de 2017, pela web: www.contemaxconsultoria.com.br. Salários: Entre R$ 937 e R$ 2,5 mil Baixe o edital: PoderExecutivo(20170622) Autarquia Educacional de Serra Talhada Vagas: 75 Oportunidades: Auxiliar de serviços gerais (21), auxiliar administrativo (17), professor de educação básica (22) e professor de ensino superior (15). Inscrições: Até o dia 3 de julho de 2017. Mais informações no Prédio da Autarquia Educacional de Serra Talhada, na Avenida Afonso Magalhães, 380 – Nossa Senhora da Penha – Serra Talhada. Salários: Para a função de Auxiliar de Serviços Gerais e Auxiliar Administrativo remuneração de R$ 937. Os profissionais de Educação Básica terão remuneração a depender do grau de formação: Graduado: R$ 9,58 (nove reais e cinquenta e oito centavos), hora-aula; Especialista: R$ 10,25 (dez reais e vinte cinco centavos), hora-aula; Mestre: R$ 10,97 (dez reais e noventa e sete centavos), hora-aula. Os Profissionais contratados para a função de Professor de Ensino Superior terão remuneração também variável de acordo com o a formação: Especialista: R$ 16,80 (dezesseis reais e oitenta centavos), hora-aula; Mestre: R$ 29,32 (vinte e nove reais e trinta e dois centavos), hora-aula; Doutor: R$ 33,56 (trinta e três reais e cinquenta e seis centavos), hora-aula. Baixe o edital: Seleção Simplificada da Aeset Universidade de Pernambuco Vagas: 338 Oportunidades: Médicos, assistentes técnicos e analistas técnicos em Gestão Universitária para serem ocupadas nas unidades de Arcoverde, Caruaru, Petrolina, Salgueiro, Serra Talhada, Garanhuns, Mata Norte, Mata Sul, Região Metropolitana do Recife e Complexo Hospitalar Inscrições:  Até o dia 16 de julho de 2017, pela internet, através do site do IAUPE (www.upenet.com.br/concursos/17_UPE_17/UPE_17.html) Salários: Até R$ 4.599,02 Baixe o edital: Concurso da UPE Secretaria Executiva de Ressocialização - SERES Vagas: 85 Oportunidades: Servidores da Seres (oportunidades para profissionais com ensino superior em qualquer área e portadores de habilitação na categoria "B") Inscrições: Entre os dias 7 de junho e 3 de julho de 2017, via internet, no endereço eletrônico www.cespe.unb.br/concursos/seres_pe_17 Salários: R$ 3.872,82 (vencimento mais as vantagens) Baixe o edital: Concurso para a Seres Conselho Nacional de Técnico em Radiologia - Regional Pernambuco Vagas: 3 vagas (mais 75 para o cadastro de reserva) Oportunidades: Uma vaga para gente fiscal, uma para auxiliar administrativo e uma para técnico em contabilidade. Inscrições: Até o dia 10 de julho, exclusivamente via site www.quadrix.org.br. Salários: R$ 1.069,20 (para auxiliar e técnico) e R$ 2.057,15 (para agente). Os profissionais terão direito ao valor de R$ 330 de vale refeição. Baixe o edital: Concurso do CONTER Conselho Regional de Biomedicina Vagas: 3 Oportunidades: Uma vaga destinada à fiscal de biomédico (para graduados em Biomedicina; registrados no Conselho Regional de Biomedicina; e com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) - categoria “B”) e duas vagas para agente administrativo (necessário ensino médio completo). Inscrições: Até o dia 5 de julho de 2017, exclusivamente via internet, pelo site www.eplconcursos.com.br Salários: Entre R$ 2.000 e R$ 4.200 Baixe o edital: Concurso do CRBM Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco (Funape) Vagas: 52 Oportunidades:  10 vagas para analistas jurídicos previdenciários e 42 vagas para analista em gestão previdenciária Inscrições: Entre os dias 19 de junho e 20 de julho pelo site da FCC (http://www.concursosfcc.com.br/) Salários: R$ 3.678,05 (com vale-alimentação de R$ 246,40) Baixe o edital: Concurso para Funape Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) Vagas: 100 Oportunidades: Para agentes socioeducativos (nível médio) nos municípios de Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns, Petrolina e Arcoverde. Inscrições: De 7 de junho a 14 de julho de 2017, via internet: www.institutodarwin.org Salários: R$ 1.320 Baixe o edital: Seleção para Funase IFPE Vagas: 15 Oportunidades: Para professor substituto para atuar nos campi Afogados da Ingazeira, Garanhuns, Ipojuca, Pesqueira e Recife Inscrições: Até o dia 6 de julho pelo site: http://cvest.ifpe.ed.br/ Salários: Até R$ 5,6 mil Baixe o edital: Edital do IFPE

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Na defesa das bikes e dos ciclistas

A quantidade de ciclistas circulando pelas ruas do Recife cresceu visivelmente nos últimos anos. Junto a essa mudança no perfil de mobilidade da cidade, aumentaram também as tensões na busca do respeito no trânsito, pelo direito de usar o espaço público e por melhor infraestrutura. Representando essas bandeiras, que pertenciam a cidadãos sem voz e sem organização, surgiu há 4 anos a Ameciclo (Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife), que hoje reúne cerca de 500 associados. De acordo com Lígia Lima, que é uma das coordenadoras da Ameciclo, a organização nasceu a partir do movimento Massa Crítica Recife. “É um movimento que tem como proposta se reunir uma sexta-feira por mês e pedalar na cidade sem um destino específico. Tem gente que quer lutar pela bicicleta vai para lá, tem gente que só quer passear. Mas chega uma época na cidade que começou a se falar muito de bicicletas, aí sentimos a necessidade de se aprofundar um pouco mais e de ser um grupo de referência para poder falar sobre esse tipo de modal”, afirma. Após organizado, a Ameciclo passou a se inserir em diversos espaços de discussão sobre mobilidade, defendendo o modal. O primeiro grande passo da Ameciclo aconteceu ainda na fase de construção da associação, quando seus coordenadores foram convidados a participar das discussões do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC). “Foi um período de muitas discussões, em que muitas de nossas sugestões foram acatadas. Isso foi estimulante. Conseguimos construir esse plano junto com o poder público”. O PDC foi pioneiro no País ao propor a construção de uma rede cicloviária de caráter metropolitano, integrando as bikes ao sistema de transporte coletivo. Outra iniciativa de relevância da associação foi a construção em conjunto com outros movimentos da 1ª Conferência Livre de Mobilidade do Recife. “Um dos objetivos dessa conferência era chamar atenção para os poucos espaços de participação que tínhamos dentro da esfera municipal. A Conferência Municipal de Trânsito e Transporte, que é a conferência oficial, que deveria acontecer de ano em ano, não acontece desde 2007”, declara Lígia. O evento teve a representação de mais de 70 instituições participando e lançou uma carta de propostas para os candidatos à prefeitura do Recife em 2014. Para qualificar as discussões e formulação de propostas para o poder público, a Ameciclo realiza também pesquisas relacionadas à mobilidade de bicicletas e participa de estudos em conjunto com outros grupos, inclusive nacionalmente. Entre as pesquisas estão as contagens de ciclistas (que são realizadas em cruzamentos durante todo o dia, das 5h às 20h). Em parceria com a Transporte Ativo, por exemplo, a organização contribuiu na realização da Pesquisa do Ciclista Brasileiro. “Foi a partir dessa pesquisa que entendemos que a maioria dos ciclistas recifenses são do perfil de renda de até dois salários mínimos, que são a população de baixa renda”. No retrospecto dos estudos realizados pela associação estão ainda um estudo qualitativo em parceria com a Valença & Associados (no momento em que foram implantadas as ciclofaixas de lazer) e o Ideciclo (Índice de Desenvolvimento Cicloviário). O Ideciclo, inclusive, foi uma metodologia criada pela associação para a avaliar a estrutura cicloviária no Recife, com o objetivo de mensurar como está evoluindo a malha cicloviária da cidade em termos de qualidade e quantidade. NA PRÁTICA Além dessas ações que são estratégicas para a promoção da bike como alternativa de mobilidade na cidade, a organização desenvolveu recentemente o projeto Bota pra Rodar. A iniciativa associou uma ação de reutilização de bicicletas a um sistema de compartilhamento de bikes em duas comunidades de baixa renda (Caranguejo e Tabaiares). O projeto conseguiu colocar 20 bicicletas para circular, organizou duas estações de reparo e dois bicicletários. “Essa foi a primeira vez que trabalhamos com o público que mais precisa, que são as pessoas de baixa renda do Recife. O projeto aconteceu durante o ano de 2016 e foi concluído em fevereiro deste ano. A própria comunidade montou o seu sistema de compartilhamento, desenvolveu o como seria cadastro, quanto tempo cada um ficará com a bicicleta. Eles se revezam para fazer o conserto e a manutenção. Um sistema comunitário autogerenciado”. (http://www.ameciclo.org/projetos/bota-pra-rodar)

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Confira entrevista com Bruno Padovano (FAU-USP) sobre desenvolvimento urbano sustentável

Bruno Roberto Padovano, professor titular da Faculdade de Arquitetura de Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) respondeu entrevista por e-mail para a Revista Algomais sobre urbanismo sustentável e protagonismo cidadão. O tema ganhou a matéria de capa da edição de junho. Bruno Padovano é possui mestrado em Arquitetura (Harvard University) e em Desenho Urbano (Harvard University) e é doutor em Estruturas Ambientais Urbanas e Livre Docência em Arquitetura e Urbanismo (Universidade de São Paulo). Na USP ele exerce o cargo de Coordenador Científico do NUTAU/USP – Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. A ONU tem discutido como uma das metas para os próximos 20 anos da Nova Agenda Urbana Mundial 'tornar as cidades inclusivas, seguras e sustentáveis'. Dentro dessa discussão, qual é a sua compreensão sobre o que é "urbanismo sustentável"? Diria que o termo "Urbanismo Sustentável" reflete todo um trabalho de pesquisa, planejamento e projeto, realizado por agências internacionais (como a própria ONU), nacionais, regionais e locais (Primeiro Setor), para adotar medidas voltadas para o desenvolvimento urbano sustentável as grandes aglomerações humanas do mundo, concentradas principalmente em cidades e megacidades, mas também distribuídas na crescente urbanização difusa que diminui a diferença entre rural e urbano, no mundo inteiro. Este trabalho, hoje, inclui, além dessas agências, as empresas do Segundo e as ONGs do Terceiro, com alguns resultados bastante importantes sendo alcançados, especialmente nos centros urbanizados mais desenvolvidos do planeta, como Vancouver no Canadá. Por "Urbanismo Sustentável" entendo processos de requalificação de áreas urbanizadas existentes e de novas áreas a serem criadas, para abrigar as imensas populações do planeta de forma a garantir a permanência da vida na Terra, recuperando-se os ecossistemas, garantindo os direitos das atuais e futuras gerações para uma existência mais saudável e segura em seu local de permanência, com cidadania assegurada, de acordo com a tríade de aspectos essenciais associada à sustentabilidade: ambientais, econômicos e sociais, passando, evidentemente, pelos político-administrativos e culturais. Como você vê o desenvolvimento das cidades brasileiras? As cidades brasileiras encontram-se envolvidas neste grande esforço mundial em busca do desenvolvimento urbano sustentável, sendo algumas mais pró-ativas (Curitiba, por exemplo) e outras menos, em função da prioridade das gestões político-administrativas adotadas nos diversos municípios. De maneira geral, temos Secretarias do Verde e Meio Ambiente (como em São Paulo) em muitas destas que, somadas às secretarias semelhantes dos estados e ao Ministério das Cidades, que concentram os aspectos ambientais desta equação, perfazem um todo institucional bastante promissor para políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável nos três níveis do governo (federal, estadual e municipal) e os três setores da sociedade (Primeiro-Público, Segundo-Privado e Terceiro-Organizações Não-Governamentais). Infelizmente, não temos secretarias ou programas dirigidas de forma mais transdisciplinar para esta questão, que deveriam definir os parâmetros e as prioridades para ações saneadoras e preventivas que se fazem necessárias para fenômenos perniciosos e potencialmente dramáticos para a humanidade como um todo, tais quais o aquecimento global e a perda de biodiversidade, entre outros. Neste sentido, o desenvolvimento das cidades brasileiras é ainda pouco sustentável, ou mesmo insustentável, a curto e médio prazo, mesmo com os esforços mencionados.Isto significa que há muito o que ser feito, em todos os níveis, do educacional à atividade profissional, da participação à gestão, dentro deste novo conceito de urbanismo, uma profissão emergente de grande importância para o bem-estar social. Como você vê a participação dos cidadãos na busca por uma cidade mais sustentável (seja em movimentos como o Ocupe Estelita ou seja em outras instâncias, dentro das instituições) como uma forma de se apropriarem do espaço público? Como sendo essencial, já que o direito à plena cidadania deve se manifestar em todos os níveis da vida pública, com intensa participação, especialmente da população afetada por processos de planejamento e de intervenções urbanas promovidas pelos três setores antes mencionados. Nada mais pode ser realizado de cima para baixo, de forma a não envolver todos os interessados, até porque na interface dos diversos atores sociais podem surgir ideias muito melhores do que aquelas que muitas vezes se originam em paradigmas superados. Estado, Mercado e ONGs devem trabalhar juntos para estabelecer os padrões urbanísticos que interessam para a maioria da população urbana e não grupos de interesse restrito. Há um enorme campo de trabalho numa perspectiva mais harmoniosa do que a incompatibilidade de ações, que resulta em movimentos sociais importantes como Ocupe Estelita, que tendem a manifestar a angústia de grupos sociais com relação a situações insustentáveis por meio de demonstrações e confrontações. Precisamos trabalhar todos juntos, por meio de iniciativas como os Workshops de Recife, para criarmos excelência urbana, boa para todos os agentes do desenvolvimento sustentável, unindo o interesse público ao privado, e os dois ao das comunidades. Com a união de todos, além de boas doses de respeito mútuo, não há porque ficar brigando tanto. Um dos maiores problemas das grandes e médias cidades é a mobilidade. Quais as causas desse entrave e os possíveis caminhos para resolvê-lo? Creio que este tema tem sido muito discutido e que não é novidade para ninguém hoje que o assunto da mobilidade é central para o desenvolvimento urbano sustentável. A importância de dotarmos as nossas cidades com sistemas inteligentes de transporte público de qualidade é indiscutível: reduzindo a necessidade do uso do automóvel particular, podemos gerar cidades mais humanas, seguras e saudáveis, além de reduzir as emissões de CO2, tão nocivas para a saúde dos moradores e do planeta. A forte expansão do setor automobilístico, facilitado pela compra indiscriminada de veículos pelo crédito ampliado por todos os segmentos da população, tem trazido problemas seríssimos para os brasileiros, como para os habitantes de outras partes do globo. é necessário que o estado brasileiro garanta o direito de escolha da população nacional entre modalidades coletivas e as individualizadas de mobilidade urbana, com prioridade total para as primeiras. Além da integração de redes de metro e trens metropolitanos, como vem ocorrendo em São Paulo, a ampliação das redes de ciclovias e melhoras dos espaços públicos para a circulação de pedestres são alguns destes

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CAU-PE abre convocatória para selecionar iniciativas por cidades sustentáveis

As iniciativas selecionadas serão apresentados no Fórum Internacional HOJE Implementando Cidades Sustentáveis, que reunirá urbanistas e gestores públicos entre 25 e 27 de julho. Apesar de todos os conhecidos desafios enfrentados nos centros urbanos, nota-se uma lenta transformação em curso. São muitas as ideias e ações que contribuem para a construção de cidades mais sustentáveis no Brasil e em todo mundo. Com o objetivo de (re)conhecer essas iniciativas e disseminar o debate de ideias inspiradoras, o Fórum Internacional HOJE Implementando Cidades Sustentáveis, promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), abre inscrições para projetos e práticas que contribuem para a promoção do desenvolvimento urbano sustentável. As inscrições podem ser feitas até o dia 3 de julho, neste link, por pessoas que participaram de projetos ou práticas dos setores público, privado ou da sociedade civil, propostos ou realizados na última década no Brasil. As iniciativas selecionadas por comissão instituída pelo CAU/PE serão apresentados no Fórum, que acontece junto ao 4º Congresso de Municípios de Pernambuco, entre os dias 25 e 27 julho, no Centro de Convenções do Estado, reunindo mais de 4 mil gestores públicos, arquitetos e urbanistas. “A ideia é que, por meio da apresentação iniciativas bem-sucedidas, o evento ajude a promover políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de cidades inclusivas, sustentáveis, seguras e com economia vibrante”, explica o presidente do CAU/PE, Roberto Montezuma, lembrando os princípios da Nova Agenda Urbana, estabelecidos na Conferência Habitat III realizada pela ONU, em 2016. O FÓRUM – Sob o tema “A cidade que precisamos”, o Fórum Internacional HOJE Implementando Cidades Sustentáveis tem o objetivo de provocar os gestores públicos a pensarem no projeto de cidade que promova inclusão, sustentabilidade, resiliência, criatividade, inovação, desenvolvimento, etc. A partir do conceito de pensar global e agir local, o Fórum pretende difundir e debater com os gestores municipais os pontos centrais da Nova Agenda Urbana, documento resultante da Conferência Habitat III, realizada pela ONU em 2016, que aponta diretrizes para o desenvolvimento urbano sustentável.

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Revista realizou o primeiro CAM - Cidades Algomais em Caruaru

Uma das novidades da Revista Algomais em 2017 é o projeto CAM - Cidades Algomais. A iniciativa consiste numa série de eventos de conteúdo que tem a proposta de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem sucedidas. O primeiro CAM teve como palestrantes a prefeita de Caruaru Raquel Lyra, o consultor Francisco Cunha e o empresário Gustavo Maia, fundador da Colab. O evento de estreia aconteceu na Caruaru, no Teatro Empresarial Difusora. Foram tratados temas como protagonismo cidadão, uso de tecnologia para promover a participação cidadã da gestão, cidades caminháveis e planejamento estratégico. O público teve oportunidade de fazer perguntas aos palestrantes ao final das apresentações. Empresários de diversos segmentos, acadêmicos, universitários, representantes de movimentos sociais, membros da gestão pública e jornalistas de diversos veículos estiveram presentes no CAM. Veja na próxima edição da Revista Algomais a cobertura do evento. Em breve você terá notícias dos próximos encontros promovidos pela Algomais e em parceria com a Mova. Alguns destaques da fala dos nossos palestrantes Francisco Cunha - "As cidades brasileiras não foram planejadas para as pessoas, mas para os carros. As cidades precisam ser caminháveis, pois todos somos pedestres" Gustavo Maia - "Nossa proposta é transformar a sociedade de dentro do governo, ajudando-o a fazer um País melhor para o cidadão e com o cidadão" Raquel Lyra - "O nosso desafio não é olhar a cidade apenas a partir da Av. Agamenon Magalhães, mas observar a realidade e as necessidades da periferia e do meio rural. A partir desse pensamento estamos desenvolvendo uma gestão orientada por territórios"  

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Conselho abre convocatória para iniciativas de cidades sustentáveis

Apesar de todos os conhecidos desafios enfrentados nos centros urbanos, nota-se uma lenta transformação em curso. São muitas as ideias e ações que contribuem para a construção de cidades mais sustentáveis no Brasil e em todo mundo. Com o objetivo de (re)conhecer essas iniciativas e disseminar o debate de ideias inspiradoras, o Fórum Internacional HOJE Implementando Cidades Sustentáveis abre inscrições para projetos e práticas que contribuem para a promoção do desenvolvimento urbano sustentável. As inscrições podem ser feitas até o dia 3 de julho, neste link, por pessoas que participaram de projetos ou práticas dos setores público, privado ou da sociedade civil, propostos ou realizados na última década no Brasil. As iniciativas selecionadas por comissão instituída pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE) serão apresentados no Fórum Internacional HOJE Implementando Cidades Sustentáveis, que acontece junto ao 4º Congresso de Municípios de Pernambuco, entre os dias 25 e 27 julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, reunindo mais de 4 mil gestores públicos, arquitetos e urbanistas do Estado. “A ideia é que, por meio da apresentação iniciativas bem-sucedidas, o evento ajude a promover políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de cidades inclusivas, sustentáveis, seguras e com economia vibrante”, explica o presidente do CAU/PE, Roberto Montezuma, lembrando os princípios da Nova Agenda Urbana, estabelecidos na Conferência Habitat III realizada pela ONU, em 2016. O FÓRUM - Promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), o Fórum Internacional HOJE Implementando Cidades Sustentáveis acontece junto ao ao 4º Congresso Pernambucano de Municípios, da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Na ocasião, arquitetos e urbanistas somam-se a prefeitos e secretários dos 185 municípios do Estado sob o tema “A cidade que precisamos”. O evento pretende difundir e debater os pontos centrais da Nova Agenda Urbana, que aponta diretrizes para o desenvolvimento urbano sustentável.

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O poder do marketing de experiências

Em cinco anos de atuação, a Mova investiu num perfil de comunicação que está em ascensão no mundo inteiro: o marketing de experiências ou live marketing. “Relações humanas são essencialmente analógicas e nós acreditamos que relações entre marcas e consumidores também devem ser. Por isso, criamos experiências que envolvem relações diretas e autênticas. Juntamos entretenimento com conteúdo. Gerenciamos sensações para criar vivências únicas. E, assim, criamos memórias e histórias que são compartilhadas”, explica Lula Pessoa de Mello, um dos sócios da empresa que cresceu o faturamento numa média de 30% ao ano desde 2012. O maior case de sucesso da empresa é a realização do The Final (que antes era conhecido como Champions Experience), da Heineken, que une a marca da cerveja à exibição da partida final da UEFA Champions League em um lugar de grife, como o castelo do Instituto Ricardo Brennand. “Esse evento, que acontece desde 2012, representa bem o que é a Mova. Criamos do zero esse conceito de reunir formadores de opinião para assistir aos jogos”, afirma Lula. A ação da Heineken atinge diretamente 400 pessoas. Nesse grupo estão 16 formadores de opinião, chamados capitães, cada um desses convida mais 10 pessoas para formar seu time “O impacto direto do evento é pequeno, mas cada capitão tem uma rede social com no mínimo de 5 mil a 10 mil pessoas. Um deles chega a ter 300 mil seguidores no Instagram. Um post, via um formador de opinião, tem muito mais impacto do que a empresa falando dela mesma, com uma publicação patrocinada”. Os outros convidados são capitães de anos anteriores e parceiros comerciais da Heineken. O executivo afirma que o crescimento do marketing digital tem potencializado o live marketing. “Experiências presenciais nunca foram tão valorizadas. Com os influenciadores digitais corretos podemos ampliar exponencialmente o número de pessoas impactadas e, consequentemente, o retorno do investimento feito pelo cliente”. Por ano, a empresa promove entre 30 e 50 eventos. Entre eles, lançamentos de veículos, como Hilux e Etios, e a inauguração de lojas, a exemplo da Harley Davidson. Nessa, uma ação ousada foi fazer o sorteio de seis tatuagens da marca de motocicletas para os participantes do evento. Para a surpresa dos organizadores, dos 350 convidados, 100 se inscreveram para concorrer. “Parece surreal que a pessoa queira tatuar uma marca no seu corpo. Mas nesse caso, ela representa atitude, um estilo de vida. Com marcas assim nosso trabalho fica facilitado”, afirma. Essas experiências foram tão positivas que algumas empresas que promoveram lançamentos passaram também a investir em um outro segmento que a Mova está apostando, o marketing com eventos esportivos. Junto à Heineken foram organizados a Champions Cup (Torneio de Futebol) e o Champions Bowling League (campeonato de boliche). Essas competições têm a proposta de levar uma estrutura de esporte profissional para amadores. No segmento esportivo, outro evento de destaque foi a realização de um rally em Gravatá, promovido pela Toyolex, e o Torneio Lagoa Azul de Tênis, de iniciativa de Sérgio Monteiro Cavalcanti. Apesar de promover eventos de grande porte, a Mova tem um time enxuto, de 11 pessoas. Mas chega a envolver até 200 em uma ação. Os sócios são Lula Pessoa de Mello, Jorginho Peixoto, Gabriel Freire, Henrique Pereira e Anselmo Albuquerque. A empresa se uniu à Duca, liderada por Queiroz Filho e Daniel Queiroz. “O grupo Duca tem um ambiente que cria uma sinergia muito bacana entre as empresas, o que favorece a inovação e criatividade”, elogia Lula. Em 2016, com a crise, a Mova repensou algumas estratégicas e está construindo um novo direcionamento que seguirá por três frentes: gestão de experiências, eventos esportivos e de conteúdo. “Agora que entramos para o grupo estamos focados não somente em realizar eventos para clientes, mas também em criarmos eventos que atendem diretamente uma necessidade do mercado, que são financiados por patrocínio e ingressos”. A primeira ação dentro do segmento de marketing de conteúdo será o Cidades Algomais – CAM, realizado em parceria com a Algomais. “Esse projeto tem como principal objetivo promover iniciativas positivas e transformadoras ligadas a temas urbanos”. Caruaru foi a cidade escolhida para fazer o lançamento do projeto. “O marketing de conteúdo tem um poder muito forte. A inspiração mexe com o sentimento das pessoas”. Lula defende que eventos como o CAM podem ajudar a transformar a experiência urbana de uma cidade como o Recife ou Caruaru. E essa expectativa de transformação gera grande interesse da população e das marcas. (por Rafael Dantas - repórter da revista Algomais)

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Urbanismo Sustentável: quando o cidadão se apropria da cidade

As casas do Recife eram voltadas para o Rio Capibaribe nos primórdios da cidade. Com a modernização da capital pernambucana e o crescimento da indústria dos automóveis no País, o modelo de urbanização foi invertido. A população deu as costas ao seu principal ativo ambiental e se voltou para as avenidas. A mobilidade ancorada pelos veículos motorizados individuais resultou numa experiência urbana caótica e poluída. Desse desconforto cotidiano e da eclosão de movimentos sociais em defesa de uma cidade mais humana e verde operou-se uma mudança. O recifense voltou a olhar para o rio, a andar de bicicleta e a cobrar por mais qualidade nas calçadas. Nasceu um novo protagonismo cidadão que associa conhecimento técnico e mobilização popular por um urbanismo sustentável. A criação do Jardim do Baobá, nas Graças, representa bem essa tendência na luta por uma cidade mais sustentável. Ele é uma das peças do Parque Capibaribe, que é a principal aposta do poder municipal de reordenamento urbano para o Recife num cenário de longo prazo. “O Jardim do Baobá é o marco zero de um modelo que pretendemos implantar na cidade. O parque traz um alto padrão de mobiliário urbano, com prioridade aos pedestres e ciclistas”, diz Bruno Schwambach, secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente. Schwambach considera como um dos diferenciais da iniciativa a intensa participação popular. “Não é um projeto da prefeitura, mas da cidade”. Para envolver a sociedade, segundo o secretário, foi fundamental o convênio com o Inciti/UFPE, que promoveu diversos fóruns e debates com atores locais para discutir o projeto. “Para que haja sustentabilidade as decisões não podem ser tomadas sem a conexão com a população, precisa de um amplo engajamento”, ressalva Schwambach. Outros movimentos de apropriação do espaço urbano fervilharam no Recife nos últimos anos. Desde grandes mobilizações, como no caso do Ocupe Estelita, até a organização de vários grupos locais, como o Instituto Casa Amarela Saudável e Sustentável. A associação surgiu para combater a insegurança local e acabou atuando na defesa de um bairro mais humanizado. Possui cinco núcleos que cuidam de áreas específicas da comunidade, como o Sítio da Trindade, a Biblioteca Municipal (reaberta com a ação dos moradores) ou a Horta Comunitária (plantada num terreno baldio adotado pelos vizinhos). “O mais importante é engajar as pessoas na preocupação com o espaço público. A horta era uma área com lixo que foi ocupada e é cuidada pela população. Virou um point ambiental, criado sem recursos, mas com muito carinho da comunidade”, afirma o coordenador Vandson Holanda. Movimentos semelhantes se espalham por diversos bairros, como em Casa Forte, Setúbal, Graças e Brasília Teimosa. O doutor em Estruturas Ambientais Urbanas e professor da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Padovano, considera essencial essa participação dos cidadãos. “Nada mais pode ser realizado de cima para baixo, sem envolver todos os interessados, até porque na interface dos diversos atores sociais podem surgir ideias muito melhores do que aquelas que muitas vezes se originam em paradigmas superados”. Nos últimos anos cresceu também o número de movimentos que criticaram o padrão de mobilidade. Surgiram o Olhe Pelo Recife – Cidadania a Pé, a Frente de Luta pelo Transporte Público e a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo). O assunto é estratégico, pois a forma como os pernambucanos se locomovem tem um grande impacto ambiental. Segundo o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Cidade do Recife, 65% do CO2 emitido na capital provém do transporte. Com quatro anos de atividade, a Ameciclo ampliou sua atuação ao mesmo tempo que aumentou sensivelmente o número de ciclistas na cidade. O movimento participou da construção do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana, promoveu a primeira Conferência Livre de Mobilidade do Recife e desenvolveu um sistema de reutilização e compartilhamento de bikes em duas comunidades carentes do Recife, o Bota pra Rodar. Além disso, tem investido na realização de pesquisas para embasar sua atuação. “É importante fazer o Recife ter uma estrutura urbana mais humana. Quando toda malha viária é construída para o automóvel, você tira a cidade das pessoas e as ruas viram apenas canal de passagem e não de vivência”, afirma Lígia Lima, uma das coordenadoras da Ameciclo e integrante do Observatório do Recife. Ela afirma ser necessário diminuir a velocidade nas ruas, diversificando o modo como as pessoas fazem seus percursos no dia a dia, estimulando principalmente o andar a pé e de bicicleta. “Quando as pessoas não só passam pelas vias, mas vivem a cidade, passam a se preocupar com esse espaço se fosse sua própria casa. A partir daí, começam a querer cuidar mais da área pública”, avalia.   Uma característica desse novo protagonismo cidadão é a preocupação com o longo prazo. Uma organização da sociedade civil especializada nessa perspectiva é a Agência Recife para Inovação Estratégica (Aries). “É do povo que emergem as prioridades, a alma do tipo de cidade que queremos ser. Só acertando a interpretação dessa vontade que vamos conseguir um projeto de longo prazo que represente de verdade o recifense”, declara Guilherme Cavalcanti, diretor da Aries. “A cidade precisa ser tratada como o complexo e estratégico sistema que é, caso contrário, sofreremos as consequências de soluções pontuais desconectadas, que formam um verdadeiro Frankenstein e não o lugar que merecemos. Precisamos partir de uma visão macro, que responda à pergunta “qual é a cidade de que precisamos?”, afirma Roberto Montezuma, presidente do CAU-PE. (Reportagem do jornalista Rafael Dantas - rafael@revistaalgomais.com.br)   LEIA TAMBÉM: Três perguntas para Roberto Montezuma sobre urbanismo sustentável “O Recife precisa ter uma estrutura urbana mais humana”, entrevista com Lígia Lima, da Ameciclo

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"O Recife precisa ter uma estrutura urbana mais humana", entrevista com Lígia Lima, da Ameciclo

Lígia Lima é uma das coordenadoras da Ameciclo, que é a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife. Nesta entrevista concedida ao jornalista Rafael Dantas, ela avalia a implementação do  Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana e fala da relevância do incentivo ao modal para tornar a capital pernambucana numa cidade mais humana. Qual a sua avaliação sobre os avanços da implantação do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC)? LÍGIA - Avançou bem pouco. Tem uma parte da sua malha que é para o Estado fazer e tem uma parte que é para as cidades executarem, cada uma das 14 cidades. Sendo que a maior parte dessa malha está dentro do Recife. A ideia do plano é interligar as várias zonas da região metropolitana para onde tem mais empregos, que é o Recife. O plano foi bem construído e bem pensado, mas está sendo negligenciado até hoje. A PCR não executou esse plano. O projeto que eles têm de infraestrutura cicloviária é o das 12 rotas, que é a parte do PDC. Destaco que o plano partiu de pesquisas de contagem de ciclistas, de destinação, motivos de cidade e da avaliação das zonas de maior perigo. Tem toda justificativa para a malha correr naquelas vias que o PDC indica. O Governo do Estado começou a trabalhar esse plano recentemente. O plano tem metas de curto, médio e longo prazos. O Estado lançou nesse ano o primeiro trecho, de cinco quilômetros. Ele vai da Av. Rio Branco até a Fábrica do Tacaruna. Em 2016 o Estado tinha construído um projeto para ciclofaixa na Avenida Caxangá. Mas o projeto ficou atrelado ao corredor do BRT. Pelo que nos informaram, a ciclofaixa da Caxangá só sairia depois que o corredor do BRT estiver completamente terminado. Nossa luta hoje é para descasar esse projeto do BRT para ver se ele sai antes. Recentemente a questão da ciclomobilidade foi para secretaria de turismo. Está a passos lentos, mas ao menos o Governo do Estado está trabalhando para o plano se concretizar. Como o estímulo ao uso das bicicletas na cidade contribui para o desenvolvimento do urbanismo sustentável? A gente conversa muito sobre a importância de fazer o Recife ser uma cidade mais humana. Ter uma estrutura urbana mais humana. Quando toda sua malha viária é construída para o automóvel, você tira a cidade das pessoas e as ruas viram apenas canal de passagem e não de vivência. Quando diminui a velocidade na cidade é possível fazer que as pessoas não só passem pelas vias, mas vivam a cidade. E uma das formas de reduzir essa velocidade é diversificando o modo como as pessoas fazem seus percursos no dia a dia, estimulando principalmente o andar a pé e o andar de bicicleta, que são os percursos de menor distância. Quando as pessoas vivem a cidade, elas conseguem enxergar tanto as potencialidades que ela tem quanto as suas mazelas. E aí, enxergando as mazelas, a população passa a se preocupar com o seu bem estar, como se preocupa com a sua casa. Isso faz com que as pessoas comecem a querer cuidar mais do espaço público. Isso gera um sentimento de cidadania e um empoderamento coletivo, de responsabilidade coletiva maior. Isso é muito a visão que a gente tem de quem começa a andar de bike. Os novos ciclistas passam a ter esse outro olhar da cidade. Deixam de ver as ruas apenas como ponto de passagem e começam a enxergar a cidade inteira como sua casa. E começam a se engajar e exercer a sua cidadania. Do ponto de vista ambiental, qual o impacto na inversão dessa lógica de deslocamento? A Secretaria de Meio Ambiente do Recife conseguiu fazer em 2014 o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa, a partir dos dados de 2012. A partir desse cenário a gente vê que 69% das emissões de gases de efeito estufa têm especificamente origem no transporte. E Recife é uma das cidades listada pelo IPCC como uma das que mais vai sofrer com as mudanças climáticas no mundo. Literalmente vai ficar metade do seu território embaixo d'água. Precisamos começar a construir ações de mitigação por causa desses efeitos. Ano passado a prefeitura lançou um Plano de Baixo Carbono que abraça o PDC como um dos eixos prioritários de ação, que é justamente diminuir as emissões. Quando se consegue tirar as pessoas que estão no carro para usar o transporte coletivo e usar as bicicletas, andar um pouco mais a pé, vamos fazer cair drasticamente as emissões de gases no Recife. É gritante que mais da metade dessa poluição seja do transporte. Nesse ponto é importante a gente dizer que não negamos a necessidade do carro, mas ele não pode ser o principal modal de transporte do dia a dia. Isso é insustentável em qualquer cidade do mundo. Todas as principais cidades que estão conseguindo resolver os problemas do trânsito estão fazendo a partir dos eixos do que fala a Política Nacional de Mobilidade do Brasil, que é primeiro mobilidade a pé, segundo os meios ativos, que é onde está a bicicleta. E o terceiro o transporte público. O uso do carro é direcionado para viagens, compras, emergências ou alguns tipos de profissionais que realmente precisam, mas não é uma opção para todo mundo. Vocês têm ideia de qual a participação das bicicletas na mobilidade do Recife? A gente não tem um número certo. A última pesquisa de Origem-Destino aqui foi feita em 1997. Tem uma nova do Instituto Pelópidas Silveira (IPS), mas não dá para comparar porque a metodologia é diferente. Essa nova, do IPS, aponta que a mobilidade de bicicletas está entre 10% e 14%. A pesquisa antiga indicava em torno de 7%. Não conseguimos dizer se aumentou, porque as metodologias são diferentes. Mas como o estudo promovido pelo IPS será realizado a cada ano, poderemos comparar se aumentou ou não. O que poderíamos dizer, a partir da nossa observação nas ruas, é que aumentou a quantidade de ciclistas desde o

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CAM - Cidades Algomais acontecerá em Caruaru

A Revista Algomais lança na próxima terça-feira (13/06) o CAM - Cidades Algomais. O projeto compreende uma série de eventos que tem o intuito de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. O workshop de inauguração acontecerá em Caruaru, no Teatro Empresarial Difusora, a partir das 8h30. Os palestrantes serão o consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha, o fundador da Colab, Gustavo Maia, e a prefeita de Caruaru Raquel Lyra. "O primeiro evento do CAM será um debate sobre inovações na gestão de cidades e como a iniciativa privada pode contribuir com os gestores públicos", afirma o diretor executivo da Algomais Ricardo de Almeida. As inscrições para o evento serão gratuitas. Os interessados em participar deverão fazer seu cadastro enviando o nome completo pelo email: ingresso@cidadesalgomais.com.br     CAM. O Cidades Algomais é uma das novidades da Revista Algomais em 2017, numa proposta criada em parceria com a Agência Mova – Live Marketing, que pertence ao Grupo Duca. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais, que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência nas cidades”, contextualiza Luiz Pessoa de Mello, diretor da Mova. “Acreditamos no poder transformador da inspiração e que exemplos positivos contagiam”, reforça.  

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