9 praças do Recife no século passado
A capital pernambucana dispõe de várias praças que guardam um pouco da história da cidade e do Estado. Com seus monumentos e fontes d'água, vários desses espaços foram perdendo a manutenção necessária para permanecerem como pontos de lazer e turismo do Recife, que agora voltam a ser alvo de uma série de ações de requalificação do poder público municipal. Selecionamos 9 imagens, do Acervo da Fundaj, que nos trazem uma ideia da rotina da cidade no século passado. Várias das praças do Recife foram desenhadas pelo paisagista Burle Marx, ainda na década de 1930. Muitos desses espaços foram reconhecidos em 2015 como patrimônio histórico e ambiental. 1. Praça da Independência "Situada no bairro de Santo Antônio, em pleno centro do Recife, a praça da Independência já figurava na planta da Cidade Maurícia como o Terreiro dos Coqueiros, local onde funcionava um grande mercado durante o domínio holandês. Neste período, o logradouro foi chamado ainda de praça Grande, praça do Comércio e praça da Ribeira. Em 1788, continha 62 casinhas que vendiam gêneros de primeira necessidade", afirma Semira Adler Vainsencher, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco. Apenas em 1833, o espaço recebe o nome de Praça da Independência. 2. Praça Rio BrancoMais conhecida como Marco Zero, a praça recebeu diversas modificações ao longo do tempo. A praça abriga um busto do Barão do Rio Branco (escultura do francês Félix Charpeutier), instalada em 1917. Em uma das reformas do lugar a escultura saiu do centro para a borda da praça, bem próximo ao Centro de Artesanato de Pernambuco. 3. Praça de Casa ForteLocalizado no antigo engenho de Anna Paes, esse espaço ganha em 1934 um projeto que foi idealizado pelo paisagista Burle Marx, no período em que ocupava o cargo de Diretor de Parques e Jardins do Governo do Estado de Pernambuco. 4. Praça do Derby"A Praça do Derby, projetada por Roberto Burle Marx, foi construída entre 1924 e 1926. Durante muito tempo, num dos seus tanques vivia um peixe-boi que fazia a alegria da criançada. À sua volta foram construídos diversos casarões, onde morava a aristocracia recifense. Hoje, em alguns desses casarões, funcionam diversas clínicas e consultórios médicos" - Lúcia Gaspar, bibliotecária da Fundaj. 5. Praça da RepúblicaDe acordo com Semira Adler Vainsencher, essa praça era um lugar muito apreciado por Maurício de Nassau ainda no século XVII. Lá foi erguido em 1642 o Palácio de Friburgo e onde era mantido também um parque zôo-botânico. O lugar ganhou o nome atual após a queda do Império no Brasil. 6. Praça Maciel Pinheiro"A atual Praça Maciel Pinheiro foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1876, no coração do bairro da Boa Vista, em comemoração à vitória das tropas brasileiras na guerra do Paraguai (1864-1870)." 7. Praça Arthur OscarMais conhecida como Praça do Arsenal. Era chamada anteriormente por praça Voluntários da Pátria e posteriormente por Arsenal da Marinha. O nome Artur Oscar é uma homenagem ao general que esteve entre os comandantes da campanha de Canudos. 8. Praça Sérgio LoretoO local teve outros nomes antes de ser conhecido por Praça Sérgio Loreto: Praça do Muniz, Campina do Bodé e Praça Siqueira Campos. "A Praça era considerada o mais belo jardim do Recife: possuía coreto em que bandas de música faziam retretas, existia a Ilha dos Amores e a calçada do jardim – conhecido por quem-me-quer –, de onde os rapazes dirigiam galanteios às moças que ali passeavam. No período de 1971-1975, na gestão do prefeito Augusto Lucena, houve a ampliação da Av.Dantas Barreto que mutilou parte do bairro de São José e da área da Praça Sérgio Loreto. Esta foi uma das alterações sofridas em suas linhas originais" - afirma Virgínia Barbosa, bibliotecária da Fundaj. 9. Praça DezesseteO nome dessa praça é uma referência ao marco histórico de 1817. Ela guarda o Monumento Português à Aviação, em homenagem a primeira travessia do Atlântico Sul, e tem uma vista privilegiada do Rio Capibaribe. Se você tem imagens de outras praças espalhadas pela cidade nos envie pelo e-mail rafael@algomais.com