Arquivos Z_Destaque_culturaHistoria - Página 11 De 45 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Z_Destaque_culturaHistoria

jonz skalze

John Scalzi estará no Recife para lançamento de livro e sessão de autógrafos

Escritor norte-americano faz sua primeira visita ao Brasil, com evento na Livraria Jaqueira do Recife Antigo Vencedor de prêmios internacionais de ficção científica, John Scalzi visitará o Brasil pela primeira vez e estará em Recife no dia 20 de setembro (sexta-feira), às 19h, na Livraria Jaqueira do Recife Antigo. Durante o evento, o autor vai autografar exemplares e participar do lançamento de sua nova obra, A Sociedade de Preservação dos Kaiju, que se passa durante a pandemia de Covid-19. O livro conta a história de Jamie Gray, que perde o emprego e começa a trabalhar como entregador. Quando faz uma entrega a um antigo conhecido, Jamie é convidado a participar de um misterioso trabalho de campo em outra dimensão, onde encontra criaturas gigantes chamadas kaiju, semelhantes a dinossauros. Esses seres, os maiores pandas do universo, estão ameaçados de extinção e Jamie precisa ajudar a preservá-los. Para garantir presença no evento, é necessário se inscrever gratuitamente através do site da Editora Aleph. A Livraria Jaqueira está localizada na Rua Madre de Deus, 110, Recife Antigo.

John Scalzi estará no Recife para lançamento de livro e sessão de autógrafos Read More »

musica petrolina

Aeroporto de Petrolina recebe maior projeto de música de câmara do Brasil

CCR Mobility Music promove apresentações gratuitas de artistas locais até outubro em 17 cidades de 10 estados brasileiros. O Aeroporto de Petrolina, administrado pela CCR Aeroportos, está sendo palco do maior projeto de música de câmara do país, o CCR Mobility Music, promovido pelo Instituto CCR. Com apresentações iniciadas no início de setembro, o projeto traz shows gratuitos de música clássica para o saguão do aeroporto, todas as segundas, quintas e sextas, até o dia 4 de outubro, das 9h às 11h. A iniciativa busca transformar espaços públicos em pontos de encontro entre a cultura e o público em trânsito. Jamerson Vasconcelos, gerente do aeroporto, destaca a importância do projeto para a região e para o terminal recentemente reformado. "Trazer apresentações como essas para o Aeroporto de Petrolina tem um gostinho especial, pois as obras de ampliação do terminal foram entregues no início deste mês. Acreditamos que a música e a cultura têm o poder de transformar a atmosfera do nosso aeroporto", afirma. A reforma, que contou com um investimento de R$ 56 milhões, trouxe mais segurança e conforto para os passageiros. O CCR Mobility Music já passou por cidades como Salvador e segue sua turnê por estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, até dezembro. No Aeroporto de Petrolina, o público pode prestigiar grupos como o Duo Instrumental Brasil e o Quinteto Instrumental Brasil, que já se apresentaram, além de novos concertos programados até o fim do projeto. O maestro Rodrigo Vitta, diretor artístico do projeto, explica a visão por trás da iniciativa: "Nossa ideia é mostrar que, assim como aconteceu no passado, na época dos grandes compositores, todas as pessoas podem ter acesso a esse estilo musical tocado por grandes grupos. Afinal, música é linguagem universal."

Aeroporto de Petrolina recebe maior projeto de música de câmara do Brasil Read More »

arraes livro

Livro sobre Miguel Arraes reúne histórias com humor e inteligência

Biografia traz relatos inéditos da vida pública e do exílio do ex-governador de Pernambuco O livro “Miguel Arraes - Histórias de lá e de cá” (Editora Cubzac) apresenta 82 histórias que revelam momentos marcantes da vida pública do ex-governador Miguel Arraes. Com textos recheados de humor e inteligência, o jornalista Ítalo Rocha reuniu relatos de familiares, amigos e ex-assessores de Arraes sobre o que ele viveu em Pernambuco e no Brasil. As publicações foram feitas nas redes sociais, sem seguir uma ordem cronológica, à medida que Rocha coletava as informações. Já as histórias do período de exílio, após o golpe militar de 1964, ficaram a cargo do médico e escritor Lula Arraes, filho do ex-governador, que também foi o idealizador do projeto de reunir essas histórias em uma única obra. Além de abordar o período de exílio, o livro rememora as três campanhas vitoriosas de Miguel Arraes como deputado federal e sua volta ao Palácio do Campo das Princesas para dois mandatos como governador de Pernambuco. A apresentação do livro foi feita pela socióloga Vanja Campos, ex-chefe de gabinete de Arraes durante seu terceiro mandato. O lançamento da obra será na quinta-feira, 19 de setembro, a partir das 18h, no Real Botequim, localizado na Avenida 17 de agosto, em Casa Forte, Recife.

Livro sobre Miguel Arraes reúne histórias com humor e inteligência Read More »

sexta feira sangrenta

UPE realiza levantamento de alunos e servidores atingidos pela ditadura civil-militar

Pesquisa busca homenagear integrantes da comunidade acadêmica que foram vítimas da repressão entre 1964 e 1985. Foto: Evandro Teixeira/Instituto Moreira Salles A Universidade de Pernambuco (UPE) está conduzindo um levantamento para identificar estudantes e servidores (técnicos e docentes) que foram vítimas de perseguição durante a ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985). A iniciativa visa homenagear aqueles que, enquanto membros da antiga Fundação de Ensino Superior de Pernambuco (FESP), foram cassados, presos ou submetidos a outras formas de violência. A ação faz parte de um esforço para preservar a memória desses indivíduos e valorizar suas contribuições à luta pela democracia. De acordo com a reitora da UPE, Profa. Socorro Cavalcanti, alguns nomes já foram identificados a partir do Relatório da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, mas a pesquisa ainda busca mais informações. “Até o momento, chegamos a seis nomes, um docente e cinco estudantes. No entanto, é necessário aprofundar as pesquisas para reconhecer a luta de nossa comunidade acadêmica pela democracia. É fundamental valorizar a memória para que nunca se esqueça, para que nunca mais aconteça”, destacou a reitora. A UPE está recebendo contribuições da sociedade para o levantamento por meio de um formulário online, com prazo até 30 de setembro de 2024. As informações coletadas serão utilizadas para embasar a concessão de homenagens aos atingidos pelo Decreto 477, uma lei que, durante o regime militar, permitia a cassação de direitos civis de professores, alunos e funcionários de instituições de ensino. A pesquisa é coordenada por professores do curso de História do Campus Mata Norte, em colaboração com movimentos sociais. Durante a reunião do Conselho Universitário da UPE (CONSUN), a proposta foi recebida com apoio dos conselheiros, que ressaltaram a importância de valorizar a democracia e os direitos humanos. “A iniciativa é pela memória de todos que tombaram na luta pela democracia, para que jamais volte a acontecer”, afirmou a Profa. Aronita Rosenblatt, da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP-UPE). Os interessados podem colaborar preenchendo o formulário através do link: https://forms.gle/E4zXhzASZYdTCxUPA.

UPE realiza levantamento de alunos e servidores atingidos pela ditadura civil-militar Read More »

recife assombrado

Sexta-feira 13: cinco filmes imperdíveis para curtir no dia mais assombrado do ano

Marcada por superstições e mistérios, a sexta-feira 13 é conhecida como o "dia do azar" e carrega uma aura sobrenatural que intriga as pessoas há gerações. As lendas urbanas frequentemente associam essa data a eventos inexplicáveis, maldições e histórias de fantasmas, criando um clima de suspense. Recife, com suas ruas históricas e seu patrimônio cultural, é um dos locais mais reconhecidos no Brasil por suas histórias de assombrações. Adriano Portela, diretor do filme Recife Assombrado (2019), que terá uma sequência em 2025 e uma série em 2024, compartilha sua visão sobre o papel do terror no cinema e na sociedade: "O terror nos convida a refletir profundamente sobre a condição humana. O medo e o alívio são sensações poderosas. Trabalhar com esse gênero, que já foi tão marginalizado, é uma forma de explorar os dramas humanos. Um pouco de medo não faz mal a ninguém (risos)", destaca o diretor. Pensando nisso, Adriano preparou uma lista com cinco filmes de terror para você entrar no clima desta sexta-feira 13 e viver momentos de tensão e sustos. Siga o diretor no Instagram: @adriano.portelaa.

Sexta-feira 13: cinco filmes imperdíveis para curtir no dia mais assombrado do ano Read More »

porto recife 1925 1

10 imagens das reformas do Porto do Recife Antigamente

O Porto do Recife completou 106 anos ontem. A coluna Pernambuco Antigamente tratou de fazer um passeio no passado dessa região história do Recife, pelas páginas da Revista de Pernambuco, em 1925. Na época, ele estava em plena reforma. O porto recentemente celebrou a conquista de R$ 120 milhões do PAC, que serão investidos na dragagem do canal de acesso e na melhoria da infraestrutura, permitindo a chegada de navios de grande porte com até 12 metros de calado. As obras estão previstas para começar ainda em 2024. Além disso, em agosto, o porto realizou um leilão bem-sucedido que resultou na arrematação de três áreas portuárias, assegurando investimentos de cerca de R$ 60 milhões. Esses investimentos expandirão a capacidade do porto para movimentar açúcar, malte e grãos. Outro marco significativo é a mudança para um caixa superavitário, um feito notável após mais de duas décadas de déficit. Para completar as boas notícias, o primeiro semestre de 2024 trouxe um aumento de mais de 40% na movimentação de cargas em comparação com o mesmo período do ano anterior. 1. Avenida do porto sem o primitivo gradil 2. Dragagem para o Cais 3. Outra obra de serviço de dragagem do cais 4. Trabalhos de construção da avenida do porto 5. Aterro junto à Ponte Giratória 6. Novas linhas férreas em construção 7. Obras destinadas ao edifício de administração das docas 8. Armazém B em construção 9. Desenho interno do Armazém B 10. Edifício das Docas no dia da inauguração *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e assina as colunas Pernambuco Antigamente e Gente & Negócios (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

10 imagens das reformas do Porto do Recife Antigamente Read More »

Martins

Instituto Ricardo Brennand celebra 22 anos com show intimista de Martins

Evento reforça o papel cultural do espaço pernambucano Neste domingo (15), o Instituto Ricardo Brennand comemora seus 22 anos com um show especial do cantor pernambucano Martins, às 16h, na galeria do museu. O evento promete uma experiência intimista para o público em um dos maiores centros culturais do Brasil, localizado na Várzea, no Recife. Fundado em 2002, o Instituto é reconhecido por seu vasto acervo de obras de arte, armas brancas e documentos históricos. Desde sua criação, o espaço já recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes e foi premiado várias vezes pelo TripAdvisor como o melhor museu da América do Sul e do Brasil. A celebração com o show de Martins reforça o compromisso do Instituto em promover a cultura e a arte pernambucana, oferecendo uma programação que vai além da visitação tradicional, estimulando o encontro entre diversas formas de expressão artística. Serviço:

Instituto Ricardo Brennand celebra 22 anos com show intimista de Martins Read More »

garanhuns

11 fotos dos palácios municipais de Pernambuco antigamente

Ainda no clima das eleições municipais, a coluna Pernambuco Antigamente faz um passeio hoje pelos palácios ou casarões que sediam ou foram no passado a casa dos poderes executivo de vários municípios pernambucanos. Muitos desses prédios são verdadeiros ícones da arquitetura nas cidades do interior e da Região Metropolitana. A maioria das imagens resgatadas são de um século atrás, da Revista de Pernambuco. Nesse álbum que publicamos hoje há imagens também da Biblioteca do IBGE e dos próprios municípios. Alguns desses prédios permanecem como sede do poder municipal. Prefeitura de Olinda Prefeitura de Caruaru, maior município do agreste pernambucano Palácio dos Guararapes, em Jaboatão Prefeitura de Nazaré da Mata Prefeitura de Garanhuns Prefeitura de São Lourenço da Mata Prefeitura de Igarassu Prefeitura do Paulista Prefeitura de Petrolina Prefeitura de Inajá Para encerrar, uma imagem com um recorte de jornal de 1925. O prédio, que na época foi do Club Internacional, anos após foi adotado como Gabinete do Prefeito. A provável última sede antes da ida do poder municipal para o Cais do Apolo. A prefeitura mantinha outros edifícios na mesma Rua da Aurora, que também foram sede do poder municipal. O prédio se tornou museu e abriga atualmente o Mamam. Desde a década de 1930 se discutia no município a necessidade de construir um novo edifício para a prefeitura, que só veio a acontecer na década de 70, um projeto é do arquiteto Jorge Martins Junior. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) *

11 fotos dos palácios municipais de Pernambuco antigamente Read More »

vera holtz

Vera Holtz apresenta Ficções no Recife

Espetáculo de sucesso com mais de 85 mil espectadores será encenado no Teatro do Parque Após uma temporada aclamada em Portugal, Vera Holtz retorna ao Brasil com o espetáculo Ficções, inspirado no best seller "Sapiens", de Yuval Noah Harari. A peça, que já percorreu 25 cidades e atraiu 85 mil espectadores, será apresentada no Teatro do Parque, nos dias 10, 11 e 12 de setembro, às 20h. Com uma narrativa fragmentada e provocante, o espetáculo explora o poder das ficções criadas pela humanidade, como deuses, nações e sistemas políticos. A adaptação teatral é assinada por Rodrigo Portella, que transforma as reflexões de Harari em uma experiência cênica envolvente e interativa. Vera Holtz se desdobra em diversos personagens, improvisa e dialoga diretamente com o público, enquanto é acompanhada pelo músico Federico Puppi, autor da trilha sonora original. O objetivo é desafiar o espectador a refletir sobre as "ficções" que moldam a sociedade contemporânea, em uma montagem que mistura teatro, performance e música. Produzido por Felipe Heráclito Lima, Ficções não pretende apenas traduzir o conteúdo do livro de Harari para o palco, mas sim criar um espaço de interação e questionamento. A peça questiona a nossa insatisfação diante das inovações e ficções que dominam o mundo, provocando o público a participar ativamente da construção do espetáculo, que é uma verdadeira performance em constante evolução. Serviço:Ficções com Vera HoltzDatas: 10, 11 e 12 de setembro, às 20hLocal: Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 - Boa Vista, Recife)Ingressos: R$ 21 (meia, plateia popular) a R$ 160 (inteira, plateia nobre)Ingressos à venda: Sympla e bilheteria do teatroDesconto Vivo Valoriza: 50% de desconto para clientes (não cumulativo com meia entrada)Acessibilidade: Intérpretes de Libras em todas as sessões

Vera Holtz apresenta Ficções no Recife Read More »

dirceu marroquim

"A ocupação dos holandeses no Brasil gerou a profissionalização deles no tráfico de pessoas escravizadas"

Dirceu Marroquim, Historiador e curador da exposição "1654 – 370 Anos da Rendição dos Holandeses em Pernambuco: Reflexões Históricas e Contemporâneas" explica a mostra que está no Museu do Estado de Pernambuco que propõe um olhar a partir da atualidade para esse período da história que está no imaginário cotidiano do pernambucano. Quem for à exposição 1654 – 370 Anos da Rendição dos Holandeses em Pernambuco: Reflexões Históricas e Contemporâneas – que está no Museu do Estado de Pernambuco até o dia 6 de outubro – não deve esperar um simples mergulho no período das lutas contra os batavos. Mas uma interessante experiência sobre como esse passado permeia o cotidiano dos pernambucanos. Também conduz o visitante a refletir sobre diversos aspectos que levaram ao apagamento do protagonismo de negros e indígenas na memória sobre essa época, e sobre questões que povoam o imaginário da terra dos altos coqueiros: A Pátria nasceu após a Restauração? Se os holandeses permanecessem, Pernambuco estaria melhor? A reflexão é feita a partir da contraposição de um discurso hegemônico representado, em obras seculares, como as que mostram homens (em sua maioria brancos) nas lutas contra os invasores, e artistas contemporâneos como Nathê Ferreira, que traz um grande painel destacando uma mulher nega que mata um leão por dia, que tem o provocativo título: Qual é a sua batalha? Cláudia Santos conversou com o historiador Dirceu Marroquim, curador da exposição juntamente com Maria Eduarda Marques e Helena Severo. Ele explica como a mostra foi montada e resgata informações pouco conhecidas como culto a Iansã no final do Século 18 que era uma celebração feita por escravizados no Monte Guararapes e que se perpetuou em territórios da população afrodescendente. Como é que surgiu a ideia dessa exposição? Ela surge da tentativa de olhar para uma data: os 370 anos da rendição dos holandeses. É uma história que permeia o imaginário da nossa população. Não é estranho você ver turistas na rua do Bom Jesus, por exemplo, e as pessoas dizerem para eles: essa é uma rua que é do tempo dos holandeses. Você encontra muitos vestígios dessa história na nossa vida cotidiana. Só que a gente não olha muito sobre os desdobramentos dessa memória ou de como ela foi construída. A exposição nasce com a tentativa de problematizar como foram construídos os discursos nacionalistas ou que se pretenderam tentar dar unidade a essa memória. O nosso ponto de partida é entender que essa é uma problemática presente e não sobre o passado. Apesar de o título da exposição ser 1654, ela não é uma exposição sobre o Século 17, mas sobre 2024. A nossa linha do tempo é de frente para trás, começa em 2024. A proposta dessa exposição foi tentar lançar muito mais perguntas do que oferecer respostas prontas, para que as pessoas saiam da exposição se perguntando: que história é essa? Lançando assim a boa dúvida. Procurando olhar para essa história colocando em dúvida essas batalhas, essa memória católica, que cai num certo discurso hegemônico. A pergunta que permeia a exposição – Qual é a sua batalha? – serve um pouco para ilustrar o intuito dela. Como é a exposição? Ela está dividida em quatro módulos. O primeiro deles trata sobre Presença, é basicamente uma tentativa de olhar para esses 24 anos de ocupação, entre 1630 e 1654. Só que a gente faz isso lançando mão de objetos e de reproduções que não remontem ao Século 17, mas que sejam olhares contemporâneos sobre esse passado. Na entrada da exposição tem uma reprodução feita por Marcelo Andrade, estudante de arquitetura da Unicap, que criou uma página chamada Mauritsstad Digital que foi fruto do trabalho de conclusão de curso dele. Ele reproduziu em 3D a Cidade Maurícia. Então, conseguimos dar uma dimensão material a essa cidade que a gente vê numa representação tão chapada. Em seguida, temos um setor de cartografia no qual vemos a cidade evoluindo, o tecido urbano que vai crescendo e ao mesmo tempo vemos as permanências, como a Praça da Independência, a Rua de São José, cujos traçados permanecem. Estamos falando dessas idas e vindas. Nesse módulo, inclusive, tem um quadro que é do parceiro Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, que retrata Maurício de Nassau e um homem escravizado atrás dele. Ao mesmo tempo, em frente a esse quadro, temos a obra do artista plástico contemporâneo James Duarte, cujo nome é Cimento Nassau, mas ele mostra um Nassau meio zumbi, com a mão putrefata. Trata-se de uma denúncia para mostrar que esse homem, a quem se atribui como ilustrado, quase um renascentista, representa a economia do açúcar que utilizava mão de obra escravizada. O segundo módulo é chamado Restauração, em que abordamos as guerras pela recuperação de Pernambuco que começam em 1645 e terminam em 1654. Só que a forma de abordar também tem as suas idas e vindas temporárias. De um lado, trazemos representações do Século 18 das batalhas dos Guararapes e das Tabocas. Temos uma representação feita por Victor Meirelles, que ficou pronta em 1879 e foi encomenda imperial, de certo modo uma ode ao gentil da terra, ou seja, à população local. Quem está à frente é o brasileiro Vidal de Negreiros. Por outro lado, temos a batalha da Nathê, artista plástica urbana extraordinária, que fez um painel intitulado: Qual é Sua Batalha? Ela morou nos Montes Guararapes, tem experiência grande no território. Na sua obra, a representação de uma batalha cheia de homens lutando desaparece. Ela mostra uma mulher negra lutando contra um leão. Então, seja no Século 17, seja hoje ou daqui a 100 anos, essa é uma imagem que constrói sentido e que aproxima o passado do presente. No centro desse módulo da Restauração há quatro totens que são os restauradores pernambucanos, a tetralogia: Henrique Dias, Felipe Camarão, André Vidal Negreiros e João Fernandes Vieira. Mas no centro, a gente procurou trazer uma espécie de memória de soldados. Conseguimos rastrear nas crônicas de guerra o nome dos terços que eram as tropas desses restauradores. Esses nomes

"A ocupação dos holandeses no Brasil gerou a profissionalização deles no tráfico de pessoas escravizadas" Read More »