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dirceu marroquim

"A ocupação dos holandeses no Brasil gerou a profissionalização deles no tráfico de pessoas escravizadas"

Dirceu Marroquim, Historiador e curador da exposição "1654 – 370 Anos da Rendição dos Holandeses em Pernambuco: Reflexões Históricas e Contemporâneas" explica a mostra que está no Museu do Estado de Pernambuco que propõe um olhar a partir da atualidade para esse período da história que está no imaginário cotidiano do pernambucano. Quem for à exposição 1654 – 370 Anos da Rendição dos Holandeses em Pernambuco: Reflexões Históricas e Contemporâneas – que está no Museu do Estado de Pernambuco até o dia 6 de outubro – não deve esperar um simples mergulho no período das lutas contra os batavos. Mas uma interessante experiência sobre como esse passado permeia o cotidiano dos pernambucanos. Também conduz o visitante a refletir sobre diversos aspectos que levaram ao apagamento do protagonismo de negros e indígenas na memória sobre essa época, e sobre questões que povoam o imaginário da terra dos altos coqueiros: A Pátria nasceu após a Restauração? Se os holandeses permanecessem, Pernambuco estaria melhor? A reflexão é feita a partir da contraposição de um discurso hegemônico representado, em obras seculares, como as que mostram homens (em sua maioria brancos) nas lutas contra os invasores, e artistas contemporâneos como Nathê Ferreira, que traz um grande painel destacando uma mulher nega que mata um leão por dia, que tem o provocativo título: Qual é a sua batalha? Cláudia Santos conversou com o historiador Dirceu Marroquim, curador da exposição juntamente com Maria Eduarda Marques e Helena Severo. Ele explica como a mostra foi montada e resgata informações pouco conhecidas como culto a Iansã no final do Século 18 que era uma celebração feita por escravizados no Monte Guararapes e que se perpetuou em territórios da população afrodescendente. Como é que surgiu a ideia dessa exposição? Ela surge da tentativa de olhar para uma data: os 370 anos da rendição dos holandeses. É uma história que permeia o imaginário da nossa população. Não é estranho você ver turistas na rua do Bom Jesus, por exemplo, e as pessoas dizerem para eles: essa é uma rua que é do tempo dos holandeses. Você encontra muitos vestígios dessa história na nossa vida cotidiana. Só que a gente não olha muito sobre os desdobramentos dessa memória ou de como ela foi construída. A exposição nasce com a tentativa de problematizar como foram construídos os discursos nacionalistas ou que se pretenderam tentar dar unidade a essa memória. O nosso ponto de partida é entender que essa é uma problemática presente e não sobre o passado. Apesar de o título da exposição ser 1654, ela não é uma exposição sobre o Século 17, mas sobre 2024. A nossa linha do tempo é de frente para trás, começa em 2024. A proposta dessa exposição foi tentar lançar muito mais perguntas do que oferecer respostas prontas, para que as pessoas saiam da exposição se perguntando: que história é essa? Lançando assim a boa dúvida. Procurando olhar para essa história colocando em dúvida essas batalhas, essa memória católica, que cai num certo discurso hegemônico. A pergunta que permeia a exposição – Qual é a sua batalha? – serve um pouco para ilustrar o intuito dela. Como é a exposição? Ela está dividida em quatro módulos. O primeiro deles trata sobre Presença, é basicamente uma tentativa de olhar para esses 24 anos de ocupação, entre 1630 e 1654. Só que a gente faz isso lançando mão de objetos e de reproduções que não remontem ao Século 17, mas que sejam olhares contemporâneos sobre esse passado. Na entrada da exposição tem uma reprodução feita por Marcelo Andrade, estudante de arquitetura da Unicap, que criou uma página chamada Mauritsstad Digital que foi fruto do trabalho de conclusão de curso dele. Ele reproduziu em 3D a Cidade Maurícia. Então, conseguimos dar uma dimensão material a essa cidade que a gente vê numa representação tão chapada. Em seguida, temos um setor de cartografia no qual vemos a cidade evoluindo, o tecido urbano que vai crescendo e ao mesmo tempo vemos as permanências, como a Praça da Independência, a Rua de São José, cujos traçados permanecem. Estamos falando dessas idas e vindas. Nesse módulo, inclusive, tem um quadro que é do parceiro Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, que retrata Maurício de Nassau e um homem escravizado atrás dele. Ao mesmo tempo, em frente a esse quadro, temos a obra do artista plástico contemporâneo James Duarte, cujo nome é Cimento Nassau, mas ele mostra um Nassau meio zumbi, com a mão putrefata. Trata-se de uma denúncia para mostrar que esse homem, a quem se atribui como ilustrado, quase um renascentista, representa a economia do açúcar que utilizava mão de obra escravizada. O segundo módulo é chamado Restauração, em que abordamos as guerras pela recuperação de Pernambuco que começam em 1645 e terminam em 1654. Só que a forma de abordar também tem as suas idas e vindas temporárias. De um lado, trazemos representações do Século 18 das batalhas dos Guararapes e das Tabocas. Temos uma representação feita por Victor Meirelles, que ficou pronta em 1879 e foi encomenda imperial, de certo modo uma ode ao gentil da terra, ou seja, à população local. Quem está à frente é o brasileiro Vidal de Negreiros. Por outro lado, temos a batalha da Nathê, artista plástica urbana extraordinária, que fez um painel intitulado: Qual é Sua Batalha? Ela morou nos Montes Guararapes, tem experiência grande no território. Na sua obra, a representação de uma batalha cheia de homens lutando desaparece. Ela mostra uma mulher negra lutando contra um leão. Então, seja no Século 17, seja hoje ou daqui a 100 anos, essa é uma imagem que constrói sentido e que aproxima o passado do presente. No centro desse módulo da Restauração há quatro totens que são os restauradores pernambucanos, a tetralogia: Henrique Dias, Felipe Camarão, André Vidal Negreiros e João Fernandes Vieira. Mas no centro, a gente procurou trazer uma espécie de memória de soldados. Conseguimos rastrear nas crônicas de guerra o nome dos terços que eram as tropas desses restauradores. Esses nomes

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Fundaj avança na preservação do acervo de Josué de Castro

Documentação do médico e geógrafo pernambucano passa por catalogação e digitalização, com planos de seminários e publicações sobre seu legado A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) intensificou o tratamento técnico do acervo do renomado médico e geógrafo Josué de Castro, visando ampliar o acesso e a preservação de sua obra. O acervo, sob os cuidados do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), está em processo de catalogação e digitalização, com 2.662 itens já disponíveis online. Além disso, uma agenda de seminários e publicações está sendo preparada para difundir o legado de Josué de Castro, conhecido por seu pioneirismo nos estudos sobre a fome e a desigualdade social. Nesta quarta-feira (4), o presidente do Centro de Estudos e Pesquisas Josué de Castro, José Arlindo Soares, visitou o Cehibra e destacou a importância da preservação deste acervo no Nordeste. “O acervo está bem conservado e o processo de digitalização está avançado. A equipe é dedicada, e o nível de trabalho superou as expectativas. Este é o local mais adequado para garantir a preservação e o acesso ao acervo”, afirmou José Arlindo, ressaltando a importância de transferir à Fundaj os documentos que ainda estão sob posse da família. A presidenta da Fundaj, Márcia Angela Aguiar, também reforçou o compromisso da instituição com a difusão do acervo de Josué de Castro. Segundo ela, a acessibilidade a este acervo é crucial para pesquisadores e para a sociedade como um todo. A preservação e a disponibilização desse importante legado reforçam a missão da Fundaj em promover o conhecimento sobre temas centrais, como o combate à fome e à desigualdade social, temas amplamente abordados na obra de Josué. O trabalho da Fundaj não se limita à preservação documental. A instituição estabelece parcerias com outras entidades, como o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP) e o Centro Josué de Castro, para fomentar a pesquisa e a difusão do pensamento crítico sobre as questões sociais abordadas por Josué. Com iniciativas como essas, a Fundaj reafirma seu papel como guardiã de um acervo fundamental para o entendimento das causas da fome e das desigualdades no Brasil e no mundo.

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Sociedade luta pela preservação do patrimônio histórico do Paulista

Instituto Histórico, Geográfico, Arqueológico e Antropológico do Paulista articula várias ações para preservar a memória da identidade local. *Por Rafael Dantas Vizinha de municípios com amplo patrimônio arquitetônico, como Olinda e Igarassu, a cidade do Paulista tem se destacado na luta pela preservação de sua história. Conhecida pelo passado industrial têxtil da família Lundgren, ainda abriga lugares de diferentes períodos históricos, como o Forte de Pau Amarelo, com aproximadamente 300 anos, e as ruínas da Igreja Nossa Senhora dos Prazeres de Maranguape. A criação recente do IHGAAP (Instituto Histórico, Geográfico, Arqueológico e Antropológico do Paulista), em 2023, um desdobramento do Movimento Pró-Museu, tem reforçado a defesa da preservação desses edifícios de grande importância para a identidade local. As iniciativas para preservar o patrimônio histórico do Paulista são variadas e ambiciosas, especialmente por meio do IHGAAP. “Queremos oficializar junto ao Iphan a existência de um centro histórico que reflita tanto o período colonial quanto o operário têxtil da cidade" que já foi o maior parque têxtil da América Latina. Essa história precisa ser resgatada”, afirma Ricardo Andrade, presidente do instituto e historiador. A falta de reconhecimento formal desse patrimônio dificulta o acesso a recursos financeiros para o município. Sem um centro histórico oficializado, Paulista ficou de fora dos investimentos do PAC Cidades Históricas. Recife, Olinda, Igarassu e Goiana, por exemplo, já possuem essa “distinção” e puderam concorrer. As disputas recentes mais intensas pela preservação do patrimônio arquitetônico da cidade estiveram em volta do Cine-Teatro Paulo Freire. Fundado em 1944, o espaço está em ruínas. Há um projeto municipal para a construção de um complexo multicultural, que derrubaria a estrutura atual. Mas a iniciativa recebe críticas dos cidadãos que têm interesse na preservação da memória da cidade. Uma ação de embargo evitou a demolição. Bernadete Serpa, escritora e ex-funcionária das fábricas têxteis da cidade, estava presente na inauguração do espaço, quando era criança. Na época, com o nome de Cine-Teatro Municipal, ele recebeu na sua cerimônia de abertura a visita do então interventor Agamenon Magalhães. Ela lembra que o político brincou com o cabelo dela ao entrar no prédio. “Sou da primeira turma do Grupo Escolar Dantas Barreto, fundado no dia 28 de maio de 1944, em plena guerra. Ele foi inaugurado no mesmo dia do teatro, eu não me esqueço porque Agamenon brincou com os cachinhos do meu cabelo quando ele entrou no auditório, de noite. Eu fui atriz do Teatro Paulo Freire, com uns 17 anos. Recentemente vieram com um megaprojeto para o local. Já está demolido o teto do grupo escolar e do teatro, além de uma sala anexa muito especial”, afirma a escritora. Além da destruição do prédio, que integra a identidade patrimonial da cidade, uma das críticas do instituto ao projeto é pelo fato de o teatro ter sua capacidade reduzida. Enquanto as instalações antigas comportavam 400 lugares, sua nova versão proposta pela prefeitura é de que tenha 250 assentos. A falta de diálogo com a classe artística no redesenho do projeto também é questionado pela população. O valor da obra de todo o complexo, anunciado no ano passado, foi de R$ 10 milhões. Só a construção do novo-cine teatro custará R$ 7 milhões segundo o último anúncio da Prefeitura do Paulista. Outra reclamação dos defensores do patrimônio do Paulista é acerca do Forte de Pau Amarelo. Ele foi construído no Século 18, tendo suas obras iniciadas em 1729. No século seguinte, após a chegada da família real ao Brasil, há um projeto de reconstrução, que duraria décadas. Apesar de uma trajetória secular, vindo ainda do período colonial e construída no local por onde os holandeses invadiram Pernambuco anteriormente, a fortificação foi abandonada. Nos últimos anos, a Prefeitura do Paulista anunciou uma revitalização, com previsão de restauro de equipamentos históricos, das instalações sanitárias, hidráulicas e elétricas, concretagem, remoção e reassentamento de telhas, pinturas, entre outros serviços. O investimento anunciado em 2023 era de R$ 340 mil. Neste ano, o poder municipal anunciou uma vistoria, mas sem declarar uma previsão de conclusão. “Para esse tipo de obra é preciso uma empresa com notória especialidade na área de preservação e restauro. As obras estão ‘às baratas’. O Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural está parado também. É o segundo de Pernambuco, após fundado o de Paulista. Infelizmente, essa pauta da preservação, da identidade e da memória não existe”, critica Ricardo. “Nossa luta no Instituto, o bom combate, é para que haja ações e políticas públicas voltadas para a preservação do patrimônio”. Procuramos o poder municipal para se pronunciar sobre as obras em andamento, mas até o final desta edição não houve resposta. PATRIMÔNIO RELIGIOSO O ícone mais conhecido da cidade de Paulista é a Igreja de Santa Isabel Rainha de Portugal. Inaugurada em 1950, ela está preservada e em atividade. Porém, o patrimônio religioso da cidade guarda outros templos importantes Quem redescobriu as ruínas da antiga Igreja Nossa Senhora dos Prazeres foi o padre Renato Maia, que chegou na cidade nos anos 1980. “Quando se fala em Paulista, o que vem à mente das pessoas é a história dos Lundgren, da Fábrica de Tecidos e das Casas Pernambucanas. Quando cheguei, falava-se de uma igreja em ruínas no meio da mata”, relembra o religioso. Ele relembra que ao estudar a obra do historiador Pereira da Costa descobriu que, para comemorar a expulsão dos holandeses, foram construídas duas igrejas em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres. Uma no Monte dos Guararapes e outra no chamado na época Monte Maranguape. Ela foi construída por Fernandes Vieira em 1656. “A igreja estava em ruínas, não tinha condições para nada. Era muito difícil de chegar, com muito mato ao redor. Descobrimos o lugar, fizemos caminhadas e celebrações nas proximidades das ruínas. Minha preocupação sempre foi de criar essa identidade e um sentimento pela história da cidade”, afirmou o padre Renato. O processo de ocupações irregulares na região é um fator atualmente que pressiona pela manutenção dessas ruínas. O pleito do religioso e dos membros do instituto é de que haja ao menos um

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Festival de Ópera de Pernambuco celebra compositor pernambucano Euclides Fonseca

O maestro Wendell Kettle foi responsável por orquestrar a obra "A Princesa do Catete", que integra o acervo da biblioteca do Instituto Ricardo Brennand. O Festival de Ópera de Pernambuco (FOPE), que teve início na última sexta-feira (23), no Teatro de Santa Isabel, chega à sua quinta edição trazendo uma homenagem aos 170 anos de nascimento do compositor Euclides Fonseca (1854-1929), o primeiro compositor de óperas nascido em Pernambuco. O evento, que segue até o dia 08 de setembro, é uma realização da Academia de Ópera e Repertório e da Sinfonieta da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sob direção artística do maestro Wendell Kettle, com incentivo do Funcultura para duas óperas. Nesta edição, entre os trabalhos que serão apresentados, o maestro Wendell Kettle resgata a obra "A Princesa do Catete", ópera composta por Euclides Fonseca em 1883 e que integra o acervo da Biblioteca José Antônio Gonsalves de Mello, do Instituto Ricardo Brennand. A obra foi composta a partir do libreto escrito pelo também pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913), escritor conhecido e um dos fundadores da Academia Pernambucana de Letras. A parceria entre o compositor e o escritor resultou em uma comédia única, com valor imensurável para a cultura de Pernambuco e do Brasil. A montagem desta ópera é mais do que uma celebração da história musical do estado, ela se revela, acima de tudo, como um convite para que o público conheça e valorize essa herança. "Essa dobradinha entre Euclides Fonseca e Carneiro Vilela é de um valor cultural muito importante. Então queremos que todos possam vir, assistir e prestigiar, para conhecer e para valorizar a ópera produzida aqui no nosso Estado", destaca o maestro Wendell Kettle. O trabalho exigiu a orquestração de "A Princesa do Catete", que é a definição de quais instrumentos tocam em cada parte da música, as melodias, as harmonias e os ritmos. "É sempre um desafio você traduzir na composição textural de uma orquestra a linguagem que o compositor expressou no piano. Então eu procuro sempre ter um estudo do ritmo dramático da obra para saber como orquestrar determinado momento", explica o maestro e idealizador do festival Wendell Kettle. Essa não é a primeira vez que Wendell Kettle faz o trabalho de orquestração de óperas de Euclides Fonseca. O mesmo trabalho precisou ser feito com as óperas "Leonor" e "Il Maledetto", apresentadas em edições anteriores do FOPE. "A primeira ópera de Euclides Fonseca, "Leonor", tem duas versões. Uma versão de 1883, que ele mesmo orquestrou, e depois ele fez uma versão com piano, em 1915. Nós juntamos essas duas versões para que a gente pudesse ter uma ópera de uma duração maior", explica o maestro. A restauração das obras de Euclides Fonseca é um trabalho meticuloso, que envolve não apenas a modernização da orquestração, mas também a preservação da essência original das composições. O processo de orquestração é crucial, ainda, para a valorização e modernização do repertório operístico local, possibilitando que essas obras sejam mais acessíveis e atraentes para novos públicos. "Também restauramos a obra "Il Maledetto", um drama bíblico em um ato, baseado na história de Caim e Abel. Do "Il Maledetto", a gente tem uma abertura orquestrada, mas com uma orquestração não convencional para os dias de hoje. Então nós modernizamos a orquestração da abertura, colocamos o violoncelo e complementamos com alguns outros instrumentos", complementa Wendell Kettle. A Academia de Ópera e Repertório da UFPE tem desempenhado um papel crucial nesse processo de restauração e divulgação das obras de Fonseca. A expectativa é que o projeto se complete no próximo ano, com a montagem de "As Donzelas d'Honor". Além disso, há planos para uma parceria com a Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenada pela professora Melina Peixoto, que estudou "A Princesa do Catete" em seu doutorado, visando ampliar a visibilidade das obras de Fonseca. Sobre Euclides Fonseca Euclides de Aquino Fonseca é uma figura histórica de grande importância para a música pernambucana. Natural do Recife, ele foi pioneiro na composição de óperas no estado. No festival deste ano, a escolha de "A Princesa do Catete" reflete a vontade de resgatar e celebrar o legado cultural deixado por Fonseca. Abolicionista, compôs em 1888 um Te Deum para comemorar a abolição dos escravos. O compositor atuou também como crítico musical, professor, pianista e maestro, com atuação de destaque no Club Carlos Gomes, sociedade artística amadora atuante no século XIX em Pernambuco. É patrono da cadeira de no 26 da Academia Brasileira de Música e membro da Academia Pernambucana de Música. Em 1925, escreveu e publicou, pela editora do Diario de Pernambuco, o livro "Um século de vida musical em Pernambuco". Euclides Fonseca chegou a ser convidado a continuar os estudos de piano na Alemanha, mas recusou o convite com receio da distância da família, bem como de tornar-se ingrato ao seu país. Por razões semelhantes, recusou convites feitos por Carlos Gomes, o compositor de ópera mais importante do país, para trabalhar em Belém, no Pará, e também a proposta feita pelo regente Alberto Nepomuceno, para seguir para o Rio de Janeiro. Sobre o V Festival de Ópera de Pernambuco O Festival de Ópera de Pernambuco começou na última sexta-feira (23) e segue até 08 de setembro, no Teatro de Santa Isabel. A realização é da Academia de Ópera e Repertório e da Sinfonieta UFPE, sob direção artística do maestro Wendell Kettle. No primeiro fim de semana, o público conferiu a obra "O Menino Maluquinho", ópera composta pelo maestro Wendell Kettle em homenagem ao icônico personagem do escritor Ziraldo. O elenco do espetáculo infanto-juvenil era composto apenas por crianças. No último fim de semana do evento, a ópera apresentada será “O Elixir do Amor", trabalho do italiano Gaetano Donizetti. Os ingressos custam a partir de R$ 30 (meia-entrada) e podem ser adquiridos apenas presencialmente na bilheteria do Teatro de Santa Isabel. Programação "A Princesa do Catete", de Euclides Fonseca; dias 29/08, 30/08 e 31/08 (20h) e 01/09 (19h) | | Ingressos: R$ 30 (meia-entrada) e R$ 60 (inteira) "O Elixir

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Lançamento literário celebra 150 anos da imigração italiana no Brasil

Evento gratuito acontece na UNICAP no dia 30 de agosto No dia 30 de agosto, a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) será palco do lançamento da obra "Memória dos 150 Anos da Imigração Italiana no Brasil". O evento, que acontecerá no Auditório Dom Helder Câmara às 18h30, comemora os 150 anos da chegada dos primeiros imigrantes italianos ao Brasil, oferecendo ao público uma antologia que destaca a rica herança cultural italiana no país. O livro é resultado de uma colaboração entre a Editora Inhouse e o Comites Nordeste - Comitê dos Italianos Residentes no Nordeste, com apoio cultural do Instituto Humanitas da UNICAP. Organizado por Maria Carolina Russo, presidente do Comites Nordeste, pela conselheira Gabriela Weber Buonocore e pelo editor Márcio Martelli, da Editora Inhouse, a obra reúne contribuições de 42 escritores de todo o Brasil. Com 274 páginas, o livro apresenta relatos e memórias dos descendentes de italianos que buscaram uma vida melhor no Brasil, ajudando a moldar a sociedade brasileira. Aberto ao público, o lançamento promete ser uma noite de celebração e reflexão sobre o impacto da imigração italiana no Brasil. Além da apresentação do livro, o evento contará com discursos de representantes das instituições envolvidas e atividades que ressaltam a importância deste marco histórico. Serviço: Lançamento da obra "Memória dos 150 Anos da Imigração Italiana no Brasil" Data: 30 de agosto de 2024Horário: 18h30Local: Auditório Dom Helder Câmara, Bloco A, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)Entrada: Gratuita

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recife leitora

Recife cidade leitora

*Por Débora Echeverria Livros são suportes onde a humanidade registra ideias e conhecimentos. Graças a eles, é possível transportá-los (ideias e conhecimentos) no tempo e no espaço. São registros de significativa parte do patrimônio cultural da humanidade. Inúmeras bibliotecas foram queimadas e destruídas no mundo por serem a elas atribuídas a difusão de ideais e teorias filosóficas capazes de transformar realidades – sintoma da potência desses espaços. Para além da possibilidade de registrar e entregar conhecimento e informação, os livros trazem também os textos literários. Ao analisar a literatura, Antônio Cândido a distingue em três faces: “(1) ela é uma construção de objetos autônomos como estrutura e significado; (2) ela é uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão do mundo dos indivíduos e dos grupos; (3) ela é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa e inconsciente.” Para Cândido, o efeito das produções literárias se deve à atuação simultânea desses três aspectos – quando o(a) poeta ou o(a) narrador(a) elabora uma estrutura “nos propõe um modelo de coerência, gerado pela força da palavra organizada”. Segundo ele, “o caráter de coisa organizada da obra literária torna-se um fator que nos deixa mais capazes de ordenar a nossa própria mente e sentimento”. A defesa do direito à literatura nada mais é que garantir a todos os benefícios que os textos literários podem proporcionar. Espaços públicos para educação não formal, aquela que é ofertada fora das escolas, as bibliotecas ganharam força na cidade do Recife nos últimos anos. Em 2016, a prefeitura cria a Rede de Bibliotecas pela Paz incorporando as duas unidades fundadas nos anos 50 do século passado – Biblioteca Popular de Casa Amarela e Biblioteca Popular de Afogados – somadas às bibliotecas dos quatro Compaz inaugurados nos anos subsequentes. Em 2024 inauguram-se dois novos Compaz, espaços públicos onde as bibliotecas têm centralidade. E, no mesmo ano, mais uma biblioteca é inaugurada, esta na antiga passarela da Av. Herculano Bandeira. Somadas, o Recife conta hoje com nove bibliotecas públicas municipais. Construir com tijolo e cimento tem sua complexidade. Em seguida, é necessário transformar a obra em “espaços existenciais”, atribuindo- -lhes conceito, “alma” e expertise. Em 2022, a Rede de Bibliotecas Pela Paz elaborou o Projeto Recife Cidade Leitora. Este foi transformado em programa de governo, por meio do Decreto Nº 35.746/2022 assinado pelo prefeito e pelos secretários de Segurança Cidadã, de Educação e de Cultura. Com o programa, as três secretarias se comprometem a reunir esforços para fazer do Recife uma cidade leitora. O compromisso demanda o desdobramento da política pública em diferentes ações, cujo principal objetivo é a democratização do acesso ao livro e a formação de leitores. Para tanto, no dia 13 de junho passado, na biblioteca do Compaz Escritor Ariano Suassuna, representantes do poder público e da sociedade civil se uniram em reunião ampliada para apresentar propostas para construção do PMLLLB (Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca). Na ocasião, o grupo gestor para construção do plano foi composto por 12 representantes, sendo seis da sociedade civil e seis do poder público. Capital de um Estado de grandes poetas e escritores, o Recife dá um passo importante ao elaborar um plano decenal de fomento ao setor do livro e da leitura, compreendendo que as bibliotecas – públicas, escolares e comunitárias – têm papel fundamental na democratização do acesso ao livro e na formação de leitores. São espaços públicos de convivência, fruição cultural e combate às desigualdades sociais. Viva o Recife Cidade Leitora! *Deborah Echeverria é designer, editora da Cubzac, gerente da Rede de Bibliotecas pela Paz (Prefeitura do Recife), realizadora do Seminário Biblioteca nas Escolas.

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Cida Pedrosa e Raimundo Carrero participam do Festival Palavra Cifrada

Atividades acontecem na Biblioteca Pública Estadual e na Livraria do Jardim a partir das 15h. Hoje (28), o Festival Palavra Cifrada recebe a poeta Cida Pedrosa, vencedora do Prêmio Jabuti de Literatura, para uma aula máster sobre "A poesia feminina e as conquistas feministas no mundo". O evento, que acontece às 15h na Biblioteca Pública Estadual de Pernambuco, vai explorar a produção poética das mulheres e os avanços feministas globais. Além do Jabuti, Cida Pedrosa é reconhecida pelos prêmios Guerra Junqueiro Lusofonia e APCA. Logo após, às 16h, na Livraria do Jardim, o escritor Raimundo Carrero apresenta a conferência "A palavra-amigo, a palavra-saudade", refletindo sobre a amizade e a contribuição de Ariano Suassuna para a literatura, teatro e cultura brasileira. Carrero, conhecido por sua vasta obra literária, trará uma perspectiva íntima e pessoal sobre Suassuna (1927-2014). Ainda na quarta-feira, a Livraria do Jardim será palco para uma sessão de cinema com o filme "Sargento Getúlio", adaptado da obra de João Ubaldo Ribeiro e dirigido por Hermano Penna. Considerado um dos cem melhores filmes brasileiros, a exibição será seguida por um debate com Jonatas Ferreira e Marcelo Perez. A discussão abordará as mensagens cifradas presentes tanto no livro quanto no filme e suas interpretações no contexto atual do Brasil. A sessão começa às 18h. O Festival Palavra Cifrada, realizado pela produtora Nós Pós e dirigido por Alexandre Melo, com produção de Hudson Wlamir, é apoiado pelo Funcultura e conta com a curadoria de Sidney Rocha. Todas as atividades são gratuitas e incluem tradução em LIBRAS. Mais informações estão disponíveis no Instagram da produtora: @nosposprodutora. Serviço: Festival Palavra CifradaLocal: Recife (Biblioteca Pública Estadual de Pernambuco, Livraria do Jardim, Espaço Pasárgada e Erem Pe. Nércio Rodrigues)Data: Até 31 de agostoInstagram: @nosposprodutoraEntrada: Gratuita

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Entrevista com Gisela Abad: "Continuamos sendo o Leão do Norte"

Designer lança livro em que analisa como um animal que não pertence à fauna brasileira tornou-se símbolo da identidade pernambucana, como nas revoluções deflagradas no Século 19. Ao longo do tempo, ele também passou a estampar estandartes de maracatus, escudo de time de futebol e até logomarcas. Quem nasce nesse lindo rincão/Do Norte brasileiro em geral/É hospitaleiro de coração/E tem na luta uma bravura sem igual/Eu sinto orgulho em ouvir/O coração no transporte/Repetir: Eu sou de Pernambuco/ Leão do Norte. O trecho do frevo de bloco Eu Sou de Pernambuco, de autoria do “velho Raul Moraes” demonstra toda a potência simbólica contida na imagem do Leão do Norte para refletir a identidade dos pernambucanos. Destaque-se a “bravura sem igual”, demonstrada nos vários movimentos revolucionários. Presente nos brasões do Estado e do Recife, no escudo do Sport, nos estandartes dos maracatus, nas criações do artesão Nuca, a figura do leão, no entanto, sofreu, ao longo dos anos, mudanças, desde que passou a estampar marcas e produtos. É o que constata a designer Gisela Abad no seu livro Um Leão na Paisagem, que será lançado no sábado (31). “É engraçado, quando o leão vira marca, parece que foi domesticado. É hilário, em algumas delas, ele parece um cãozinho”, constata a designer. Mesmo sendo “domesticado” ao figurar em embalagens de produtos ou logomarca de empresas, o Leão do Norte, segundo Gisela , permanece como representação da identidade pernambucana, denotando coragem e ousadia. “No campo político, o pernambucano continua se representando como o Leão do Norte. Como Estado, a gente ainda se coloca e diz mesmo: “Eu sou Leão do Norte!”, assegura a designer. Como surgiu a ideia de pesquisar a simbologia do Leão do Norte? Em 2004, a Fundação Gilberto Freyre digitalizou um acervo de marcas e rótulos registrados pela Junta Comercial de Pernambuco do ano de 1876 até 1926. A 2Abad (sua empresa de design) criou a imagem para esse projeto e foi quando eu tive contato com essas marcas fenomenais, que representam quase um marco inaugural do design pernambucano. Então, quando eu entrei no mestrado em 2008, me lembrei desse acervo e resolvi me debruçar sobre ele. Quando cataloguei, vi que a maior parte das marcas eram representadas por animais e, entre esses animais, em primeiro lugar sobressaía o elefante e, em segundo lugar, o Leão do Norte. Eu analisei as marcas registradas, mas ao pesquisar em jornais, é possível encontrar farmácias, tinturarias, vassouras, bolachas, vários comércios e produtos que utilizam a figura do Leão do Norte e que não foram registradas. E aí me perguntei por que tanta marca de Leão do Norte, se nem é um animal da fauna brasileira? E por que o pernambucano é conhecido como Leão do Norte? Bom, sabemos que, geograficamente Pernambuco fazia parte da região Norte e depois passou a ser Nordeste. A leitura também pode ser feita a partir do brasão de Duarte Coelho, mas outras províncias também tinham brasões e isso não as fez ser golfinho do Sudeste, por exemplo. Só o fato de estar no brasão de Duarte Coelho não é suficiente, é apenas um fator que começa no que eu chamo da paisagem semiótica. Então, que coisa tão forte é essa em termos de signo que passa a representar os pernambucanos ou Pernambuco e que salta para as marcas? E quando ela salta, como se comporta? Quando desenhamos os vetores do nosso Leão do Norte, percebemos que ele é insurreto, corajoso, bravio, ele não se curva. E esse brasão de Duarte Coelho já existia desde que ele veio de Portugal? Não. Ele só recebe o brasão em 1545, perto de falecer. Ele não era uma figura de nobreza, a mulher dele, dona Brites, era. Inclusive ela acabou se tornando nossa governadora porque ele voltou para Portugal e ela ficou aqui. Ela era um Leão do Norte, ficou sendo governadora por mui- to tempo com o brasão do leão. Também havia outros tipos de leão. Certamente, o leão de Judá tem um papel nessa identificação do pernambucano como Leão do Norte, mas não encontra- mos desenhos dele em lugar nenhum por causa da perseguição aos judeus. Também havia o brasão da família de Nassau, que é o da Casa de Orange, que tem três leões. Além desses, também tem o Leão Coroado, personagem da Revolução de 1817, que tinha uma careca redondinha – como uma coroa – mas não havia ilustração, quadro ou representação dele. Não existe sequer uma descrição física do Leão Coroado, só se sabe que ele tinha essa tonsura na cabeça. Existe também o leão de São Jerônimo que, no sincretismo com a África, é Xangô, um orixá muito forte. E São Jerônimo é aquele santo, reza a lenda, que, no século 3 depois de Cristo, tirou uma farpa da pata de um leão, que ficou domesticado. O leão também é bastante representado no Maracatu, não é? O Maracatu, na verdade, começa como nação, depois vira uma manifestação de grupo, de dança, de festa carnavalesca, e você encontra uma quantidade enorme de maracatus representados por leões: tem Leão Mimoso, Leão Formoso e o Maracatu Leão Coroado, que é um dos mais antigos. Algo curioso que descobri recentemente é que há muitas figuras de leões na região de Carpina pois, antes de ter este nome, entre as décadas de 30 e 40 do século passado, Carpina se chamava Floresta dos Leões. Por que o Leão do Norte virou rótulo? Como se deu esse processo dele enquanto marca? Fala-se muito da união dos brasileiros com portugueses, mas há alguns pontos históricos em que essa relação desanda e, no Século 19, foi bem grave, porque enfrentávamos um grande declínio econômico, já existia a separação entre Brasil e Portugal e não nos sentíamos confortáveis com os portugueses tomando conta do nosso mercado. Assim, a denominação de Leão do Norte era usada para o filho da terra ou para a própria terra, Pernambuco. Então, ao colocar o nome Leão do Norte numa padaria, o proprietário está dizendo: sou pernambucano, sou da terra.

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6 imagens da Prefeitura do Recife antigamente

As eleições municipais tomaram as ruas, as redes e, em breve, chegarão à televisão. Nesse momento em que a população olhar com mais atenção ao poder público da sua cidade, a coluna Pernambuco Antigamente faz um passeio pela sede da maior Prefeitura do Estado, ao Palácio Capibaribe Antônio Farias, no Recife. O projeto é do arquiteto Jorge Martins Junior. As obras do edifício tiveram início no final do ano de 1967. O site oficial do poder municipal da capital pernambucana informa que "O edifício-sede da Prefeitura do Recife, Palácio Capibaribe Antônio Farias, foi construído no final dos anos 60, e inaugurado em 1975." Os jornais da época indicam que houve uma cerimônia de inauguração em 10 de fevereiro de 1977, conforme a notícia abaixo do Diario de Pernambuco. A notícia indica que antes da sede atual, a prefeitura funcionavam prédios alugados ou de propriedade do município nas "Ruas da Aurora e Afonso Pena, na Praça da República e próximo ao Mercado da Encruzilhada". Inicialmente, chamava-se apenas Palácio Capibaribe. O nome do prédio é uma homenagem dada ao prefeito do Recife entre os anos de 1975 e 1979, o empresário e político Antônio Farias. Marcelo Alcoforado afirmou que ele " Não era um político arrebatador ou dono de grandes dotes oratórios, mas era prospectivo, ancorado na racionalidade, sensatez, objetividade e correção em tudo que envolvesse o seu nome. Assim, como prefeito, Antônio Farias não aumentou tributos, dedicou-se ao social, enfrentou uma grande enchente, investiu na infraestrutura dos alagados e morros, e aumentou o número de unidades de saúde e educação".  A imagem de abertura é da Biblioteca do IBGE, um registro belíssimo do prédio. Não há informação da data da foto. Abaixo, uma fotografia publicada na página Recife de Antigamente, coletada originalmente no Diário da Manhã, de 1968, com o prédio ainda em obras. As duas fotografias abaixo são do ano de 1979, uma contribuição do Acervo do Patrimônio Cultural da Secretaria executiva de Licenciamento da PCR. Elas são do bairro, mas o edifício do poder municipal se destaca. O destaque da foto abaixo é para o porto, mas o palácio da prefeitura aparece ao fundo, no lado superior esquerdo. Do mesmo Acervo do Patrimônio Cultural da Secretaria executiva de Licenciamento da PCR, a foto abaixo data de 1988, da Rua do Apolo, tendo o prédio do executivo municipal do Recife também ao fundo da imagem. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Cuando llegue la Inundacion de Antonio Lomas Domingo ESP

Curtas-Metragens selecionados para a Mostra Competitiva do 14º Animage

Festival Internacional de Animação de Pernambuco anuncia 71 filmes na competição de 2024 O ANIMAGE - Festival Internacional de Animação de Pernambuco anunciou os curtas-metragens selecionados para a Mostra Competitiva da sua 14ª edição, que ocorre de 1 a 6 de outubro de 2024, no Recife. O festival deste ano bateu recorde de inscrições, com 2.200 filmes de 100 países. Desses, 71 curtas foram escolhidos para participar do circuito competitivo, representando 32 países, incluindo 10 produções brasileiras. O evento contará com uma programação gratuita e variada, acessível a todos os públicos, distribuída em cinco locais da cidade. Os curtas selecionados serão exibidos durante o festival e competirão em nove categorias, incluindo Melhor Curta - Grande Prêmio ANIMAGE, que oferece um prêmio em dinheiro de R$ 4.000,00, além da estatueta. Outras categorias premiadas incluem Curta Infantil, Curta Brasileiro, Direção, Roteiro, Direção de Arte, Técnica, Som e Prêmio do Público, este último definido pelo voto dos espectadores. A comissão de seleção desta edição foi composta por profissionais de diversas regiões do Brasil, garantindo uma seleção diversificada e representativa do cinema de animação mundial. Os filmes selecionados para a mostra são:A Drifting Guitar, de Sophie Roze (França, 2024, 29´)  A Menina com os Olhos Ocupados, de André Carrilho (Portugal, 2024, 8´)  A Menina e o Pote, de Valentina Homem (Brasil, 2024, 12´)  A Night at the Rest Area, de Saki Muramoto (Japão, 2024, 11´)  Absorta, de Luiza Pugliesi Villaça (Brasil, 2024, 8´)  Ahoj leto, de Martin Smatana e Veronika Zacharová (Eslováquia, 2024, 11´)  Ana Parideira, de Juliana Barretto (Brasil, 2024, 13´)  Au Revoir Mon Monde, de Estelle B, Florian M, Quentin D, Baptiste D, Maxime F e Astrid N (França, 2023, 5´) Baghe Golabi, de Shadab Shayegan (Alemanha, 2024, 7´)  Baking With Boris, de Maša Avramović (França, 2023, 8´)  Beautiful Men, de Nicolas Keppens (Bélgica, 2023, 18´)  Becarias, de Marina Donderis, Núria Poveda e Marina Cortón (Espanha, 2023, 10´) Cacophonie, de Vincent de Lille (França, 2024, 3´)  Carrotica, de Daniel Sterlin-Altman (Alemanha, 2024, 13´)  Cherry, Passion Fruit, de Renato José Duque (Portugal, 2024, 5´)  Cuando llegue la Inundación, de Antonio Lomas Domingo (Espanha, 2024, 6´) Detlev, de Ferdinand Ehrhardt (Alemanha, 2024, 13´)  DIVVY: A Voodooville Short, de Nova Chimera (Reino Unido, 2024, 5´)  Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (Brasil, 2023, 20´)  Egor!, de Maria Afonina (Rússia, 2023, 3´)  Fly By, de Filip Dobeš (República Tcheca, 2023, 3´)  Freak of Nature, de Alexandra Lermer (Alemanha, 2024, 8´)  Gina Kamentsky’s Pinocchio in 70mm, de Gina Kamentsky (Estados Unidos, 2024, 3´) Hadu, de Damilola Solesi (Nigéria, 2024, 7´)  Hermanos Casablanca, de Santiago O´Ryan e José Navarro (Chile, 2023, 8´)  Hide & Seek, de Rami Abbas (Palestina, 2024, 7´)  I Am a Chair, de Mingzhu Jing (Reino Unido, 2023, 1´) I Will Die in This House, de Adriana Bendžalová (República Tcheca, 2023, 7´)  Its a Gray, Gray World, de Seyed Mohsen Pourmohseni Shakib (Irã, 2023, 6´)  JOKO, de Izabela Plucinska (Polônia, 2024, 15´)  Kakomando, de Alexandra B, Delaly T, Bertil S e Clémence C (França, 2023, 7´) Kissing Day, de Ligebita Libera (Turquia, 2024, 8´)  La Eterna Búsqueda del Quién, de Raquel Salome Velasquez (Colômbia, 2024, 2´) Lastsummer, de 玉珠 林, 尤尤 KE (Taiwan, 2023, 4´)  Lulina e a Lua, de Marcus Vinicius Vasconcelos e Alois Di Leo (Brasil, 2023, 14´) Madeleine, de Raquel Sancinetti (Canadá, 2023, 15´)  Manu Sonha com Onças, de Daniel Oliveira Garcia (Brasil, 2023, 5´)  Márcio Gomes, o Astronauta no Espaço, de Pedro Brum (Brasil, 2024, 3´)  Matta and Matto, de Bianca Caderas e Kerstin Zemp (Suíça, 2023, 10´)  Mee and Burd, de Greg McLeod (Reino Unido, 2023, 8´)  Moja Mama, de Agnieszka Popińska (Polônia, 2024, 13´)  Nebsei, de Gabrielle Frewayni Tesfaye (Etiópia, 2023, 11´)  Noggin, de Case Jernigan (Reino Unido, 2024, 7´)  Nube, de Diego Estrada e Christian Narvaez (México, 2023, 7´)  OOMPH, de Oliur Rahman e Henry Egware (Reino Unido, 2023, 3´)  Our Uniform, de Yegane Moghaddam (Irã, 2023, 6´)  Papillon, de Florence Miailhe (França, 2024, 15´)  Pária, de Daniel Bruson (Brasil, 2023, 8´)  Pietra, de Cynthia Levitan (Portugal, 2024, 13´)  Play With Me, de Julie Zheng (China, 2024, 2´)  Poppy Flowers, de Evridiki Papaiakovou (Estônia, 2024, 4´)  Rainboy, de Barbara Brunner (Suíça, 2023, 5´)  Receita de Vó, de Carlon Hardt (Brasil, 2024, 3´)  São Só Diabretes, dos Estudantes da Escola Básica Maria Pais Ribeiro - A Ribeirinha, Leonor Pacheco e Dimitrije Mihajlovic (Portugal, 2023, 3´)  Shoes and Hooves, de Viktória Traub (Hungria, 2024, 15´)  Sopa Fria, de Marta Monteiro (Portugal, 2023, 10´)  Stuffed, de Louise Labrousse (França, 2024, 10´)  Tapir Memories, de Pedro Nel Cabrera Vanegas (Colômbia, 2023, 9´)  The Car That Came Back From the Sea, de Jadwiga Kowalska (Polônia, 2023, 11´) The Death Of James, de Sam Chou (Canadá, 2024, 13´)  The Deer, de Baran Sedighian (Holanda, 2023, 5´)  The Meatseller, de Margherita Giusti (Itália, 2023, 17´)  The Moving Canvas - EXIDE, de Arjun Mukherjee (Índia, 2023, 2´)  The Wild-Tempered Clavier, de Anna Samo (Alemanha, 2024, 7´)  Théo là-haut, de Rachel A, Lien F, Laurent G, Antonin J, Caroline L e Arthus M (França, 2023, 4´) There Are People in the Forest, de Szymon Ruczynski (Polônia, 2023, 10´) Tri ticice, de Zarja Menart (Eslovênia, 2024, 8´)  Tümpel, de Lena von Döhren e Eva Rust (Suíça, 2023, 8´)  Usual Day, de Heorhii Vasiliovich Blinov (Ucrânia2024, 1´)  Votre Attention S'il Vous Plait, de Colette Natrella (França, 2024, 4´) Wander to Wonder, de Nina Gantz (Bélgica, 2023, 13´) O festival é realizado com apoio de várias instituições culturais e governamentais, incluindo o Sistema de Incentivo à Cultura da Fundação de Cultura Cidade do Recife, FUNCULTURA, e o Governo de Pernambuco, entre outros parceiros. O ANIMAGE é uma celebração da criatividade e inovação no cinema de animação, oferecendo ao público uma oportunidade única de apreciar algumas das melhores produções do gênero no cenário global.

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