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Instituto Ricardo Brennand terá programação especial na 21ª Semana Nacional de Museus

Eleito como o melhor museu do país, o Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, vai integrar a 21ª Semana Nacional de Museus com uma programação especial entre os dias 16 e 21 de maio. Nesta edição, o tema escolhido pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) foi "Museus, sustentabilidade e bem-estar" e o objetivo é mobilizar equipamentos museais, instituições de memória, espaços e centros culturais de todo o país a intensificar a relação dos museus com a sociedade. A Semana Nacional de Museus propõe refletir sobre a importância dos museus na promoção da saúde mental, educação ambiental e inclusão social, e é um evento anual que faz parte das ações da Política Nacional de Museus do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Confira a programação: 16/05/ - CiME ( Cinema, Museu e Educação) às 14hExibição do curta-metragem “Crescer Onde Nasce o Sol”, de Xulia Doxágui. A história se passa no Alto do Sol Nascente, onde não há uma praça ou parque sequer. Assim sendo, Daffnny desafia sua sobrinha Hyally a demarcar com as próprias mãos, os territórios do brincar. Após a exibição, Xulia Doxágui, que é educadora social, roteirista e produtora, vai conversar com o público sobre a película. Inscrições gratuitas pelo link: https://bit.ly/CiME160523 (VAGAS LIMITADAS) 17/05 - Peça a Peça às 14hA ação educativa Peça a Peça contará com a palestra "Felicidade e Bem-estar" do Prof Dr. Bruno Severo Gomes da UFPE, popularmente conhecido como “Dr. Felicidade”, bem como também, com uma prática do pilates que será apresentada pela professora Fabiana Rolim. Além disso, haverá uma apresentação cultural com o pianista Caio de Marias e Raquel Paz na viola. Inscrições gratuitas pelo link: https://bit.ly/PaP156º (VAGAS LIMITADAS) 18/05 - CiME ( Cinema, Museu e Educação) às 14:00Exibição do curta-metragem "Ameaças Climáticas no Recife: desafios para áreas centrais e periféricas da Capital Pernambucana", de Iris Samandhi. O documentário aborda os contrastes dos efeitos das mudanças climáticas na Capital Pernambucana, desde as altas temperaturas até fortes chuvas, com objetivo de ampliar o olhar dos recifenses, na participação social de sustentabilidade, conhecimento e acesso às tecnologias de adaptação climática. Após a exibição, Íris Samandhi que é artista visual, gestora da Armário Produções, roteirista, jornalista e produtora independente de audiovisual em Pernambuco vai conversar sobre o curta com os presentes. Inscrições gratuitas pelo link: https://bit.ly/CiME180523 (Vagas LIMITADAS). 19/05 - Peça a Peça às 14hA ação educativa Peça a Peça vai contar com um bate papo com o artista plástico e historiador Francisco Mesquita sobre ‘Arte, Processos Criativos e Sustentabilidade’. Além disso, também terá uma oficina com a temática ‘Matéria como Matéria-Prima’, que será ministrada pela comunicadora e artista multimídia Kalor Pacheco. Inscrições gratuitas pelo link: https://bit.ly/PaP157º (VAGAS LIMITADAS). 21/05 - Museu Sonoro às 15:00Será um momento de inserção da música na experiência do visitante através de objetos de música do acervo do Instituto Ricardo Brennand, trabalhando a temática organologia e apreciação musical à luz dos avanços tecnológicos entre os séculos XIX e XX, que terá a mediação do pesquisador e historiador Wheldson Marques. Serviço:21ª Semana Nacional de MuseusData: de 16 a 21 de maioHorário: das 13h às 17h (Última entrada às 16h30).Endereço: Alameda Antônio Brennand, s/n - VárzeaMais informações: (21) 2121.0365/0334.

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Praca Mitica Foto Breno Laprovitera E

Oficina Francisco Brennand abre Chamada Pública para residências no Recife e em Nantes

São nove vagas para a atividade na capital pernambucana, com duração de cinco semanas, já a bolsa internacional selecionará artista residente na Região Metropolitana do Recife para ir à cidade francesa. Inscrições abrem nesta sexta-feira (12) e seguem até 31 de maio Estimulando a criação entre agentes culturais a partir de um espaço de reflexão e experimentação, a Oficina Francisco Brennand abre as Chamadas Públicas da Residência Cultural, na capital pernambucana, e da Bolsa Residência Internacional em Nantes para artistas moradores da Região Metropolitana do Recife. As inscrições começam nesta sexta-feira (12) e seguem até 31 de maio, propondo a convivência e o intercâmbio entre diferentes agentes profissionais para o desenvolvimento de processos de pesquisa, reflexão e criação nas áreas de arte, cultura e educação, tomando como base a cidade do Recife e a Oficina Francisco Brennand. O regulamento e formulários de inscrição estão disponíveis no site www.oficinafranciscobrennand.org.br/residencias. Para a chamada referente às atividades em solo recifense, serão selecionadas nove pessoas, distribuídas em dois grupos de residentes, com duração de cinco semanas em formato presencial. O programa, com acompanhamento curatorial da artista visual Lia Leticia, é estruturado como uma metodologia de formação, sendo voltado para profissionais das artes em suas inúmeras linguagens e transversalidades (visuais, sonoras, corporais, audiovisuais, cênicas, etc) - tendo intuito de não selecionar apenas artistas, mas trabalhadores da cultura, como educadores/as, pesquisadores/as, curadores/as entre outros ofícios no campo da produção cultural. Também entre os pré-requisitos para a inscrição estão ter mais de 18 anos e ter nascido no Brasil ou estar radicado em território brasileiro há pelo menos cinco anos.  “Na qualidade de instituição de arte e cultura, temos cada vez mais promovido iniciativas capazes de gerar trocas de conhecimento e a aproximação de diversos saberes para a produção de conhecimento. Resultados que sublinham a atuação deste espaço para além do seu aspecto museológico, trazendo importantes contribuições sociais irrigadas por meio da cultura, arte e educação”, pontua Marco Baptista, presidente da Oficina Francisco Brennand. A Residência Cultural oferecerá nove bolsas no valor de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) líquidos para o período de residência. A Oficina Francisco Brennand também oferecerá auxílio de hospedagem para as pessoas residentes fora do Recife e Região Metropolitana, bem como alimentação e transporte local quando necessário.  “A partir da concepção de fruto, que remete à ideia de preservação da terra, disseminação do conhecimento, transformação da matéria e reprodução, a Residência Cultural permite a confluência de diferentes linguagens, práticas e ideias que valorizem a relação entre natureza, cultura, território, memória possibilitando a criação de novas narrativas, aspectos que devem ser levados em conta durante todo o processo de pesquisa”, registra Ariana Nuala, da equipe de Curadoria da Oficina Francisco Brennand. Em 2021, a instituição promoveu dois projetos do tipo, a “Residência Cultural Moldar o Existir: Vivências Mediadas pelo Barro”, com coordenação de Renata Felinto, e a “Residência Processos de Criação em Educação”, conduzida por Gleyce Kelly Heitor. Responsável pelo acompanhamento curatorial, a artista visual gaúcha Lia Letícia tem na assinatura dos seus trabalhos a arte sob uma lupa que revela uma tensão entre práticas artísticas e a sua pretensa autonomia. Explorando a pintura em diversos suportes, inclusive o audiovisual, seus trabalhos transitam entre festivais de cinema e exposições de arte, além de projetos educativos e curatoriais, como o III Palco Preto (CARNI Coletivo, PE), a última edição do Abre Alas (Galeria A Gentil Carioca, RJ), o projeto Nove Solos (Brasil-Suíça) e o Cineclube O Canto da Sereia, realizado mensalmente na Embaixada da Ciranda (Ilha de Itamaracá). As chamadas públicas têm realização da Oficina Francisco Brennand. A bolsa para Nantes está sendo oferecida juntamente com o Consulado Geral da França no Recife, contando com a parceria do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), Prefeitura do Recife, Usina de Arte, Prefeitura de Nantes, Galerie Paradise e Embaixada da França no Brasil. Conexão artística Recife-Nantes Já aqueles que desejam concorrer à Bolsa Internacional para Residência em Nantes, França, precisam trabalhar dentro do âmbito artístico em suas inúmeras linguagens e transversalidades (visuais, sonoras, corporais, audiovisuais, cênicas, etc), sendo maiores de 18 anos de idade. Além disso, precisam dispor de 36 horas semanais para participação nas atividades síncronas e assíncronas, individuais e coletivas do programa.   O programa é fruto do termo de cooperação, estabelecido em 2003, entre a cidade de Recife e a cidade de Nantes, possibilitando diversos intercâmbios culturais e científicos entre esses dois territórios. Será selecionado um artista do Recife e/ou Região Metropolitana para residir seis semanas na cidade de Nantes e este receberá uma bolsa no valor de €2.500,00 (dois mil e quinhentos euros) líquidos para o período de residência. Serviço: Chamada Pública da Residência Cultural na Oficina Francisco Brennand e da Bolsa  Residência Internacional Recife/Nantes Período de inscrições: de 12 a 31 de maio  Regulamento: www.oficinafranciscobrennand.org.br/residencias Formulários para inscrição: https://forms.gle/8nJeD9TJKeMay6dE9 (Residência Cultural) e https://forms.gle/mHy24nrsVDd8NPcNA (Residência em Nantes); Resultado dos selecionados: 16 de junho

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AnimaSesc recebe a Mostra Animage com programação gratuita

O Sesc Casa Amarela recebe o projeto AnimaSesc, que traz uma extensa programação gratuita de cinema de animação para o público pernambucano. A partir de hoje (9), haverá oportunidades de formação, seguidas por sessões de exibição para o público infantil e adulto a partir do dia 13. Todas as informações sobre ingressos e a programação completa podem ser encontradas no site do Sesc (www.sescpe.org.br). Os ingressos para todas as atividades do Sesc Casa Amarela podem ser reservados através da plataforma online do Sesc PE, disponível em https://digital.sescpe.com.br. A disponibilidade está sujeita à lotação do local (60 lugares). A programação do Sesc Casa Amarela terá início no dia 13 de maio com o Mundo Bita, proporcionando uma tarde de diversão com a exibição de um curta-metragem e um show musical. O evento acontecerá na quadra da unidade e contará com recursos de acessibilidade. Além disso, haverá um bate-papo sobre economia criativa com João Henrique e Eduardo Padrão, respectivamente roteirista e coordenador de animação do Mundo Bita. Formação A Oficina de “Animação Stop Motion com dispositivos móveis”, facilitada por Jefferson Batista,vai trabalhar a técnica de pixilation com celulares e tablets. Direcionada ao público infanto-juvenil, as aulas acontecem de 9 a 12 de maio, sempre das 13h às 16h, no Sesc Casa Amarela. Inscrições na Central de Relacionamento da unidade, sendo R$22 para dependentes de comerciários e R$44 para o público geral.

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Caixa Cultural Recife recebe a nova formação do Núcleo Popular da Orquestra Criança Cidadã

O Núcleo Popular da Orquestra Criança Cidadã fará sua reestreia no Teatro da Caixa Cultural Recife nesta quinta-feira, dia 11 de maio. O concerto gratuito, marcado para as 19h30, apresentará uma nova faceta da OCC, valorizando a música popular brasileira. Sob a coordenação da professora Viviane Bezerra, o grupo trará canções de diversos artistas, como Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Alceu Valença, Tom Jobim, Titãs, Legião Urbana e AnaVitória, em um repertório plural que inclui sucessos regionais, MPB e pop/rock nacional. O retorno do Núcleo Popular, após quase três anos de hiato, promete surpreender o público com talentos descobertos e novos aprendizados musicais. As apresentações dos grupos representativos fazem parte do calendário oficial de concertos da Orquestra Criança Cidadã, que também realizará apresentações sinfônicas ao longo do ano. Para mais informações sobre o calendário completo, acesse o site da OCC: https://orquestracriancacidada.org.br/concertos

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Daniel de Moraes maestro Wendell Kettle Mariane Mariz profa. Rose Mary Martins e Elias Marques

Ópera O Professor de Música estreia no Dona Lindu

Depois do sucesso de público e crítica do Festival de Ópera, realizado no ano passado no Recife, será aberta a temporada artística 2023. O espetáculo O Professor de Música (Il Maestro di Musica), do italiano Giovanni Battista Pergolesi, será exibido nos dias 2 e 3 de maio, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. É mais uma produção da Academia de Ópera e Repertório e da Sinfonieta UFPE, sob a direção artística, cênica e regência do maestro Wendell Kettle. O maestro e a universidade têm realizado produções operísticas elogiadas pela qualidade, além de várias ações para a formação de profissionais e público para esse gênero artístico. O Professor de Música é uma ópera barroca, de curta duração – tem dois atos – por ser um intermezzo. “Os intermezzos eram pequenos dramas musicais apresentados nos saguões dos teatros, nos intervalos das grandes óperas, com estilo cômico. Então, o espetáculo que vamos apresentar também é uma obra cômica e é a primeira vez que será exibida no Recife”, esclarece Kettle. “Seu autor, Pergolesi, é um compositor muito famoso, tem uma história de vida muito interessante. Ele morreu com 26 anos, mas tem um extenso trabalho”, informa o maestro. “Escolhemos essa ópera para abrir nossa temporada 2023 pela beleza e atratividade que ela exerce sobre o público. A música e o enredo possuem grande vivacidade cênico-musical”. O espetáculo conta a história de um professor de canto lírico, que tem entre os seus discípulos uma aluna preferida, Lauretta, que faz o papel principal da ópera dirigida pelo professor. Ocorre que um empresário é esperado na sua escola para selecionar e contratar cantores para a prestigiada Ópera de Nápoles. O professor fica preocupado porque Lauretta é a aluna mais talentosa. “Na verdade, ele tem medo de perdê-la, pois se apaixonou por ela. Essa trama entre os três personagens faz a gente se envolver: será que ela vai aceitar o convite do empresário de ir para a Ópera de Nápoles ou ela vai ficar com o professor? E o final é surpreendente”, diz Kettle em tom de suspense. A produção traz no elenco Karla Karolla e Mariane Mariz, ambas no papel de Lauretta, Bruno Lacerda e Elias Marques, como Lamberto (o professor de música) e Daniel de Moraes, como Colagianni (empresário de ópera), além do Coro da Academia de Ópera e Repertório da UFPE. A montagem chama a atenção pela qualidade dos músicos e cantores e pela beleza do cenário e do figurino. Para chegar a esse patamar Kettle e seu grupo, no entanto, tiveram que usar de muito trabalho, criatividade e contar com a parceria da UFPE porque fizeram a montagem sem financiamentos. “Não usamos recursos de editais, mas a universidade está nos ajudando, em especial a pró-reitora de Extensão e Cultura, Conceição dos Reis”, conta o maestro. Para enfrentar as dificuldades, a ordem foi reciclar. “A UFPE nos emprestou os móveis históricos do seu acervo para compor o cenário. A professora Rose Mary Martins fez um fantástico trabalho de elaboração dos figurinos, ao reciclar peças, houve toda uma transformação. Quem já viu nosso ensaio aberto constatou que os figurinos estão belíssimos. Os alunos do curso de teatro vão fazer a iluminação”, conta Kettle. Não por acaso o maestro afirma ser um “um espetáculo raiz”, porque remontou ao período em que chegou à UFPE e começou a fazer atividade operística sem recursos. Na época, ele montou a ópera O Contrato de Casamento, de Rossini, com a mesma garra e criatividade de agora. “Nessa ópera voltamos às nossas origens. Os cantores estão sem cachê, porque estamos fazendo um trabalho de formação dos alunos e eles estão colocando a mão na massa. É bem interessante. Com essa configuração, o resultado se torna surpreendente”. O Professor de Música será exibido no Teatro Luiz Mendonça nos dias 2 e 3 de maio (hoje e amanhã) às 20h. Dentro da estratégia de formação de público, haverá a récita especial para alunos das redes públicas de ensino e comunidades do Compaz, às 17h. Todas as apresentações são gratuitas, com entrada no teatro 30 minutos antes do início do espetáculo, conforme a ordem de chegada.

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Guararapes, o imaginário da fé

Por sua importância na formação histórica da nacionalidade brasileira, as colinas de Guararapes vieram a ser consideradas Monumento Nacional no ano de 1964; quatro anos depois, com a indenização paga aos monges beneditinos de Olinda, deu- -se início ao processo de desapropriação e criação do Parque Histórico Nacional dos Montes Guararapes, criado pelo Decreto Federal nº 68.527, de 19 de abril de 1971. Três colinas – conhecidas como Morro do Telégrafo, Morro da Ferradura e Morro do Oitizeiro – compõem os 225,40 hectares do Parque Histórico dos Montes Guararapes. Em seu sopé, travaram--se duas das mais renhidas batalhas contra os exércitos holandeses que ocupavam o Nordeste do Brasil desde 1630. Na primeira, em 19 de abril de 1648, 5 mil soldados da Companhia das Índias Ocidentais, sob o comando do general Sigmund von Schkoppe, foram derrotados por 3.500 combatentes comandados por João Fernandes Vieira, Vidal de Negreiros, Filipe Camarão e Antônio da Silva. Nas baixas do exército holandês figuravam 523 feridos e 515 outros, entre mortos e prisioneiros, dos quais 46 oficiais. No confronto, perderam as vidas os coronéis Hendrick van Haus, Cornelis van Elst e Servaes Carpentier, ficando feridos o general von Schkoppe e o coronel Guilherme Houthain. Do lado dos luso-brasileiros foram computados 84 mortos e mais de 400 feridos. A segunda batalha dos Montes Guararapes aconteceu 10 meses depois, em 19 de fevereiro de 1649, quando 2.600 homens que integravam as tropas luso-brasileiras, sob o comando do general Francisco Barreto de Menezes, vêm derrotar 3.510 combatentes do exército da Companhia das Índias Ocidentais comandados pelo tenente-general Johan van den Brincken. A derrota nas duas refregas veio a se tornar nos maiores fracassos da história dos exércitos holandeses. Enquanto nas perdas do lado luso-brasileiro foram computados 47 mortos e 200 feridos, do lado dos invasores perderam a vida o comandante-geral, tenente-general Johan van den Brincken, o vice-almirante Giesseling e 101 outros oficiais que, somados às demais baixas, perfaziam um total de 1.044 mortos e mais de 500 feridos. Estava, assim, selado o fim do Brasil Holandês em terras do Nordeste brasileiro: cinco anos mais tarde, acontece a rendição das tropas ocupantes, assinada por Sigmund von Schkoppe em 26 de janeiro de 1654. Em memória das duas batalhas dos Montes Guararapes, ocorridas nos anos de 1648 e 1649, o general Francisco Barreto de Menezes, mestre-de-campo, general do Estado do Brasil e governador da capitania de Pernambuco, mandou erguer uma capela em louvor a Nossa Senhora dos Prazeres. A partir de 1656, como era de se esperar, as gerações de pernambucanos que se sucederam jamais esqueceram os feitos gloriosos de seus antepassados, atribuindo à providência divina as vitórias de nossos desprovidos e despreparados exércitos contra forças numericamente superiores, adestradas e infinitamente bem armadas. Entende o imaginário pernambucano que fora a excelsa padroeira da Igreja dos Montes Guararapes a responsável pelas vitórias aqui alcançadas, daí sua presença nos painéis comemorativos mandados confeccionar pela Câmara de Olinda, em 1709, e nos dois da própria igreja, confeccionados em 1801, possivelmente pelo pintor José da Fonseca Galvão, e atualmente integrantes do acervo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Como centro de devoção e romarias, o santuário dos Montes Guararapes já era conhecido no Século 18, com a documentação da existência das casas destinadas aos romeiros de 1734. Sua festa, instituída por seu fundador em comemoração às vitórias alcançadas sobre os holandeses, que acontece anualmente na segunda segunda- feira após o Domingo de Páscoa, tomou caráter mais popular que religioso, sendo descrita com detalhes curiosos por Bernardino Freyre de Figueiredo Abreu e Castro, quando da publicação de seu romance, Nossa Senhora dos Guararapes, impresso no Recife em 1847. Já naquele tempo trazia em seu bojo uma forte presença das nações africanas – cabindas, cabundá, malabar, além dos devotos em geral, sendo marcada por verdadeiros banquetes regados por “vinhos portugueses das mais diferentes e consagradoras marcas”. Para o padre Lino do Monte Carmelo Luna, a festa se estendia por oito dias numa mistura de religiosidade e paganismo, venerando- se os santos padroeiros dos altares laterais e figuras de orixás criadas pelo imaginário do sincretismo religioso afro-brasileiro. O abade do Mosteiro de São Bento de Olinda, D. Pedro Roeser, nos dá informes curiosos sobre a Festa dos Prazeres, mostrando que, há mais de um século, o sincretismo religioso encontra-se presente como sendo “um exemplo de mistura de catolicismo e paganismo”. A festa de Nossa Senhora dos Prazeres era de grande pompa. Prolongava-se por oito dias. O primeiro era dedicado à Nossa Senhora do Rosário, o segundo à Nossa Senhora dos Prazeres, o terceiro à Senhora Santana, o quarto a São Gonçalo, o quinto ao Bom Jesus das Bouças, o sexto à Nossa Senhora da Soledade, o sétimo à Nossa Senhora da Conceição e o oitavo ao Deus Baco.

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Agenda Cultural para o feriadão do Dia do Trabalhador

Galeria Marco Zero homenageia pluralidade da arte de Montez Magno em ‘Canto à Liberdade’ Após o sucesso de Montez Magno na SPArte, a Galeria Marco Zero, liderada por Marcelle Farias e Eduardo Suassuna, apresenta um novo recorte da trajetória do artista pernambucano. Com curadoria de Itamar Morgado e Bete Gouveia, a exposição "Canto à Liberdade" conta com mais de 100 obras distribuídas em dois pavimentos da galeria. A mostra tem como ponto de partida um poema visual que retrata o olhar livre e atemporal do artista. Com entrada gratuita, a exposição estará aberta ao público a partir desta quinta-feira (27) até o dia 22 de junho. A Galeria Marco Zero está localizada na Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, no bairro de Boa Viagem. 'Encanto, a Família Madrigal' retorna ao Teatro Barreto Júnior No próximo domingo, dia 30/04, o Teatro Barreto Júnior, localizado no bairro do Pina, receberá a produção "Encanto, a Família Madrigal", da Humantoche Produções. Com sessão marcada para às 16h30, o espetáculo promete muita animação e beleza, incluindo efeitos em 4D, como uma chuva de papel picado e até neve. Além disso, a iluminação especial completa a encenação. Inspirado na animação homônima da Disney, o espetáculo conta a jornada de Mirabel Madrigal em busca de seu poder mágico, em uma reflexão sobre autoconhecimento, família, perdão e redenção. Os ingressos estão disponíveis para compra no Sympla, com valores de R$ 70 (inteira), R$ 35 (meia) e R$ 35 + 1kg de alimento não perecível (ingresso social). A portaria do teatro abrirá meia hora antes da apresentação, e os assentos são de livre escolha de acordo com a ordem de entrada. Vale lembrar que crianças de até 12 anos pagam meia entrada. Parte da arrecadação dos ingressos será doada ao abrigo infantil Lar Paulo de Tarso. Museu de Cera em Porto de Galinhas é uma opção cultural para o feriadão Uma opção de lazer para toda a família durante o feriado prolongado do Dia do Trabalhador é o Museu de Cera Dreamland, em Porto de Galinhas. O espaço conta com mais de 80 réplicas de celebridades, políticos, jogadores de futebol, personagens fictícios e históricos. Recentemente, o espaço recebeu novas estátuas, como a do Papa Francisco, do Príncipe William e do ator Bruce Willis. Durante o feriadão, o museu terá horário especial de funcionamento, das 9h às 22h20. O espaço também conta com acessibilidade, loja temática e áreas instagramáveis. O museu fica na Rua Esperança, 163, em Porto de Galinhas. Praça do Sebo, no centro do Recife, recebe a 5ª edição do Abril Pro Livro A Praça do Sebo, localizada no Centro do Recife, será o cenário do Abril Pro Livro, evento organizado por livreiros e sociedade civil que ocorrerá no próximo sábado (29) em celebração ao Dia Mundial do Livro. Com recital de poesias, apresentações musicais e roda de diálogos, o evento terá como tema "histórias que curam" e contará com a presença de bibliotecárias e psicólogas para discutir a influência da literatura, arte e cultura na promoção do autocuidado e saúde mental. O Abril Pro Livro é uma iniciativa que busca reativar as atividades culturais da Praça do Sebo, que completa 42 anos de existência e resistência em 2023, e que já foi palco de grandes encontros e agitos literários.

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Orquestra de Câmara encerra turnê por Pernambuco em Camaragibe

A música armorial, representação artística sonora do Movimento Armorial encabeçado por Ariano Suassuna é tema, em abril e junho, da Orquestra de Câmara de Pernambuco (OCPE). Inspirado nos 50 anos do Armorial, o conjunto, comandado pelo maestro José Renato Accioly, se lança no Circuito de Música de Câmara – Edição Armorial, realizando cinco concertos gratuitos em cidades de Pernambuco e do Maranhão. Depois de passar por Sertânia e pelo Recife, a turnê chega, nesta sexta-feira (28), ao Teatro Bianor Mendonça Monteiro, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Depois de Camaragibe (28/4), na Região Metropolitana do Recife, as maranhenses Santa Rita (9/6) e Itapecuru Mirim (10/6) serão as próximas a receber o grupo. "Camaragibe, pela proximidade com o Recife, acaba não recebendo apresentações de orquestras, assim como Santa Rita e Itapecuru Mirim, que também são próximas a São Luís. Então será a oportunidade de alcançar essas cidades sem tradição neste tipo de música”, ressalta a produtora Carla Navarro.

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Orquestra de Câmara de Pernambuco faz turnê por cidades de Pernambuco e do Maranhão

Circuito de Música de Câmara – Edição Armorial tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, e realiza concertos gratuitos em Sertânia, Camaragibe, Recife e em Santa Rita e Itapecuru Mirim (MA) Uma música que bebe na fonte da tradição popular, mergulhando na raiz do maracatu, do caboclinho, dos aboios e do terno de pífanos, transportando esta riqueza para o universo de uma orquestra. A música armorial, representação artística sonora do Movimento Armorial encabeçado pelo escritor Ariano Suassuna, ganha, nos meses de abril e junho, bela homenagem da Orquestra de Câmara de Pernambuco (OCPE). Inspirado nos 50 anos do Armorial, o conjunto, que tem à frente o maestro José Renato Accioly, se lança no Circuito de Música de Câmara – Edição Armorial, anunciando cinco concertos gratuitos em cidades de Pernambuco e do Maranhão. A estreia será no dia 21, no pequeno distrito de Algodões, em Sertânia, Sertão pernambucano. O Circuito de Música de Câmara – Edição Armorial tem produção de Carla Navarro e conta com o incentivo do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. “Este foi um projeto idealizado para 2020, no máximo, 2021, para marcar os 50 anos da música armorial, mas a pandemia nos fez adiar. Estamos muito felizes em poder fazê-lo agora e oferecer às novas gerações a possibilidade de conhecer essa música. Tenho filhos de 26, 28 anos, que não tiveram contato com essa música e com a força do Armorial para a cultura brasileira”, afirma o maestro. Além da pequenina Algodões – que está envolvida na reforma do seu Clube Recreativo para receber pela primeira vez uma orquestra -, serão contempladas no projeto as cidades de Camaragibe (28/4), na Região Metropolitana do Recife, e as maranhenses Santa Rita (9/6) e Itapecuru Mirim (10/6). Completa o circuito a capital pernambucana (23/4). “O Recife entrou na rota porque é a nossa casa, é a sede da Orquestra de Câmara, mas todas as demais cidades não têm tradição em abrigar orquestras. Camaragibe, por exemplo, pela proximidade com o Recife, acaba não recebendo apresentações de orquestras, assim como Santa Rita e Itapecuru Mirim, que também são próximas a São Luís”, ressalta a produtora Carla Navarro. Na caravana da OCPE viajam 25 pessoas, entre músicos, maestro e produção. Em cada uma das paradas do circuito, eles realização um concerto-aula, sempre à tarde, e à noite, o concerto. “Realizamos o concerto-aula com muito carinho, apresentando didaticamente os instrumentos que formam a orquestra, como cada um contribui para o resultado final, e as músicas; no caso, as peças armoriais. Será a hora de falar um pouco do que foi o movimento e as características dessa música que nasceu dentro desta escola”, revela José Renato, que também é maestro assistente da Orquestra Sinfônica do Recife. O maestro explica o que dá importância à produção armorial. “Foi o movimento que mais profundamente mergulhou na tradição popular, no folclore. Ele faz uso da rítmica, das melodias modais nordestinas, da harmonia que essas melodias produzem, dando a esta raiz musical uma roupa de orquestra, uma roupa de sonoridade europeia, por se tratar de uma orquestra com formato europeu, com violinos, violoncelos, contrabaixo e violas, incorporando ainda duas flautas e um conjunto de percussão. Fazendo alusão ao popular, as duas flautas representariam os pífanos; as cordas representariam as rabecas, e a percussão traz a zabumba, o triangulo e o pandeiro da tradição dos brinquedos populares”, conclui. A viagem musical por Pernambuco e Maranhão prenuncia um animado calendário para a Orquestra de Câmara de Pernambuco em 2023. “Temos muita coisa boa para este ano, como mais uma edição do São João Sinfônico, por exemplo. Nosso objetivo, além de oferecer espetáculos pautados pela excelência, é formar plateias. Quando a gente passa por cidades tão carentes de cultura, a gente coloca uma semente no coração daquele público. E é daí, desses momentos, que fomentamos o músico profissional. Temos vários casos de profissionais que despertaram para a música em apresentações como essas. Essa é uma responsabilidade que abraçamos com muita alegria”, finaliza Carla Navarro. SERVIÇO: 21/4 – Clube Recreativo de Algodões (Sertânia), 15h (concerto-aula) e 19h (concerto) 23/4 – Concatedral de São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro, Recife), 15h (concerto-aula) e 17h (concerto) 28/4 - Teatro Bianor Mendonça Monteiro (Camaragibe), 15h30 (concerto-aula) e 19h30 (concerto) 9/6 – Santa Rita, Maranhão. (local a definir), 16h (concerto-aula) e 19h (concerto) 10/6 – Itapecuru Mirim, Maranhão. (local a definir), 16h (concerto-aula) e 19h Todas as apresentações são abertas ao público. PROGRAMA 1. Três Peças Nordestinas - Clóvis Pereira 2. Aboio - Cussy de Almeida 3. Suíte Sem Rei, Nem Rei - Capiba 4. Chegança - Benny Wolkoff 5. Toada e Desafio - Dierson Torres 6. A Pedra do Reino - Suite Armorial - Jarbas Maciel        

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Armando Babaioff e Gustavo Rodrigues balde bucket foto Victor Pollak

Neste fim de semana, Recife recebe a premiada peça “Tom Na Fazenda”

O espetáculo - vencedor dos prêmios da Associação de Críticos de Teatro de Québec, Cesgranrio, Shell, APTR, Botequim Cultural, Questão de Crítica, Cenym e APCA – terá duas apresentações no Recife, nos dias 15 e 16 de abril, no Teatro do Parque Comemorando seis anos em cartaz, incluindo duas temporadas em Paris e participação de sucesso no Festival de Avignon, na França, chega ao Recife pela primeira vez o espetáculo “Tom na Fazenda”. Serão duas apresentações, nos dias 15 e 16 de abril, às 20h e 19h, respectivamente, com o apoio da Lead! Hub, Arvo/Voar e Moendo na Laje do Moinho. Os ingressos já estão à venda no Sympla (https://www.sympla.com.br/tom-na-fazenda__1907043) e custam R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada). A montagem, idealizada por Armando Babaioff com direção de Rodrigo Portella, já foi assistida por mais de 45 mil pessoas e traz no elenco Soraya Ravenle, Gustavo Rodrigues e Camila Nhary, além do próprio Babaioff, em um drama forte e potente que aborda a inabilidade do indivíduo para lidar com o preconceito, violência e fracasso. Tom na Fazenda é baseada na obra "Tom à la Farme", do autor canadense Michel Marc Bouchard. Foi numa conversa com um amigo que Babaioff tomou conhecimento do filme Tom na Fazenda (2013), adaptação da peça homônima, com direção do franco-canadense Xavier Dolan. Arrebatado pela obra, o ator começou a traduzir a peça, que conta uma história universal, comum entre jovens de várias gerações, de diferentes culturas. São homens e mulheres que, por conta do preconceito, aprendem a mentir antes mesmo de aprenderem a amar. As famílias, guardiãs das normas sobre a sexualidade, garantindo sempre a heteronormatividade, inserem nos próprios membros a semente da homofobia. Em cena, o publicitário Tom (Armando Babaioff) vai à fazenda da família para o funeral de seu companheiro. Ao chegar, descobre que a sogra (Soraya Ravenle) nunca tinha ouvido falar dele e tampouco sabia que o filho era gay. Nesse ambiente rural e austero, Tom é envolvido numa trama de mentiras criada pelo truculento irmão (Gustavo Rodrigues) do falecido, estabelecendo com aquela família relações de complicada dependência. A fazenda, aos poucos, vira cenário de um jogo perigoso, onde quanto mais os personagens se aproximam, maior a sombra de suas contradições. Vencedor dos Prêmios APCA, APTR, Shell, entre outros, o espetáculo já completou mais de 250 apresentações com temporadas no Rio de Janeiro; São Paulo; Curitiba; Porto Alegre; Brasília; São Luiz; em Montreal, no Canadá; em em Paris, na França, entre outros. Serviço Tom na Fazenda 15 de abril (sábado), às 20h 16 de abril (domingo), às 19h Teatro do Parque Vendas de Ingressos: Sympla (https://www.sympla.com.br/tom-na-fazenda__1907043) Valor: R$ 100,00 (inteira) / R$ 50,00 (meia-entrada) Classificação etária: 18 anos Duração: 120 minutos

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