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Festival Aurora Instrumental faz edição dedicada às mulheres

Temporada batizada de O Som que NELAS Habita vai de 24 a 27 de novembro com sequência de oito concertos no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda O Festival Aurora Instrumental volta repleto de novidades em 2022. A primeira é a mudança de endereço: os shows saíram do Teatro Arraial, no Recife, e passam a ocupar o palco do Teatro Fernando Santa Cruz, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda. Consolidado como espaço de expressão da diversidade, tradição e renovação da música instrumental pernambucana, o festival oferece espetáculos liderados por mulheres, sob a curadoria da violeira Laís de Assis. A edição foi intitulada de “O Som que NELAS Habita”. O olhar feminino a partir de novas sonoridades e a união de diferentes linguagens são o foco do evento, contemplado pelo Funcultura. Serão oito concertos, de 24 e 27 de novembro (quinta-feira a sábado), sempre a partir das 19h, e no domingo, às 17h. Laís de Assis destaca o papel do evento de fomentador da produção feminina na música instrumental no Estado. “São poucos os espaços dados às mulheres, sobretudo, quando pertencentes a grupos étnico-raciais entendidos como minorias. Acompanhando estas mudanças, sugerimos um maior enfoque das produções das mulheres instrumentistas do Estado, potencializando a diversidade musical destas artistas”, comenta a curadora. A preocupação é reforçada pelo diretor artístico, o percussionista Gilú Amaral: “Precisamos repensar por que as mulheres estão fora deste mercado musical, ou os motivos para estarem em menor quantidade. É também uma questão política”, argumenta ele, que é um dos idealizadores do Aurora, ao lado do produtor executivo Félix Aureliano. A trombonista Neris Rodrigues e a rabequeira e violinista Aglaia Costa abrem a programação, no dia 24. A olindense Neris, graduada em Música pela UFPE, com Bacharelado em Trombone, assume influências afro-indígenas e latino-americanas, ao lado de programações sonoras eletrônicas e da improvisação. No repertório, coco, baião e choro são reinventados pela artista, que já tocou com Johnny Hooker, Banda Clave de Fá e o sambista Jorge Riba, além de Orquestra 100% Mulher e Cordel do Fogo Encantado. A porção armorial do festival vem com Aglaia Costa, uma das principais representantes da rabeca no Estado. Integrante da Orquestra Sinfônica do Recife por mais de 30 anos, quando se dedicava ao violino, ela abraçou a rabeca como instrumento principal. Para este show, Aglaia e sua rabeca estarão acompanhadas no palco por mais três violoncelistas, equilibrando o erudito e a percussão popular, com alfaia e tarol. No repertório, compositores pernambucanos (Edson Rodrigues, Sérgio Campelo, Antônio Madureira e maestro Clóvis Pereira) e músicas autorais. No dia 25, a flautista Ingrid Guerra faz sua estreia como atração principal, ao lado de Lígia Fernandes (violão e guitarra) e Diôgo Do Monte (percussão). Ao assumir o protagonismo, Ingrid satisfaz o desejo de abraçar a flauta popular, com predominância do frevo, e músicas que compõem sua memória afetiva, indo pelo forró, xote e salsa. Licenciada pela UFPE e técnica em flauta pelo Conservatório Pernambucano de Música, ela homenageia seus mestres, como César Michiles e Sérgio Campelo, e estrelas como Altamiro Carrilho e Sivuca. Em seguida, é a vez do Desdobrado Trio, liderado pela violeira Raquel Paz. O conjunto traz uma formação inusitada para o universo popular, ao unir um instrumento erudito de cordas friccionadas à sanfona e ao violão de 7 cordas de aço. Entre os shows da carreira, apresentações no Conservatório Pernambucano, Usina de Arte, Poço das Artes e na Mostra Canavial de Música Instrumental. Mistura peculiar A terceira noite de performances mostra uma mistura peculiar, ao unir a guitarra da garanhuense Lígia Fernandes à rabeca de Renata Rosa, de São Paulo, mas que divide sua rotina com Pernambuco desde os anos 90. Os estilos de tocar guitarra nas regiões N e NE do Brasil são evidenciados no show “Guitarra à brasileira”, do Lígia Fernandes Trio. Dedicada ao repertório de músicas instrumentais autorais, o grupo também aposta em releituras de compositores consagrados, a exemplo de Fred Andrade, Jacob do Bandolim e Armandinho. Por sua vez, Renata Rosa traz composições instrumentais, cavalos-marinhos e releituras de sua trajetória musical autoral, tendo como eixo a rabeca. Ela conta com a participação de Rodrigo Samico na viola e violão de sete cordas. A artista tem discos premiados no Brasil e no exterior, como o CD de estreia “Zunido da Mata” (Prêmio Choc de l'Année do Le Monde de la Musique). Produziu o primeiro CD de Mestre Luiz Paixão – “Pimenta com Pitú”. O Aurora também abraça a música instrumental do interior do Estado, ao convidar Vitória do Pife, para abrir a última noite. Ela apresenta composições autorais, como “Assobios ao Vento” e “A briga do Cachorro e Onça”, com a participação especial de Laís de Assis, fechando com “Baião Destemperado”. Luthier de pífanos, professora, musicista e compositora desde 2017, a caruaruense Vitória Maryellen adotou o nome artístico de Vitória do Pife por ser discípula do Mestre João do Pife, que a apresentou ao instrumento. A apoteose do Aurora será com Negadeza, residente no Rio de Janeiro. Neta de Dona Selma do Coco, ela iniciou há 25 anos o contato com a música, quando tinha 12 anos e começou a tocar mineiro na banda da avó. Filha de Aurinha do Coco e Zezinho, herdou a influência de outros nomes da cultura popular. Seu contato maior é com instrumentos percussivos; destaque para o pandeiro. Inclusão social Três pontos no Aurora Instrumental estão conectados à questão da inclusão social: 10% da bilheteria por dia será disponibilizado para pessoas trans e travestis (na lista Trans Free) e os ingressos possuem a meia-entrada a R$ 15, que dá acesso a pessoas com deficiência, idosos com mais de 60 anos e estudantes, além de professores e ID Jovem (de 15 a 29 anos, de baixa renda). O terceiro ponto é a arrecadação de absorventes higiênicos, junto aos espectadores, para instituições em Olinda que acolhem mulheres em situação de vulnerabilidade. SERVIÇO: Festival Aurora Instrumental – O Som que NELAS Habita. De 24 a 26/11, às 19h; 27/11, às 17h, no Teatro Fernando Santa Cruz (Mercado

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JURANDY VALENCA Biblioteca Mario de Andrade

Miolo(s) Olinda reúne editoras e artistas independentes no Mercado Eufrásio Barbosa

(Da Cepe) Considerado um dos mais importantes eventos de arte gráfica e produção editorial independente do Brasil, a Feira Miolo(s) ganha pela primeira vez uma edição fora de São Paulo desde que foi criada em 2014. Integrando o Circuito Cepe de Cultura, a Miolo(s) Olinda acontecerá de 26 a 27 de novembro, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, contando com atividades prévias, o Esquenta Miolo(s), nos dias 24 e 25. Com curadoria da editora paulistana Lote 42, a feira será um importante espaço de discussão e divulgação do trabalho de editoras, coletivos e artistas das mais diversas áreas. Contará com a participação de 58 expositores de 14 estados. Aberta ao público em geral, tem toda programação gratuita. O Esquenta Miolo(s), ciclo de formação voltado para editores e artistas gráficos, propõe uma série de atividades, entre elas, oficinas de minizines com o artista visual  Fabio Zimbres, na quinta-feira (24), das 10h às 13h; de encadernação criativa com o escritor e editor Fred Caju (Castanha Mecânica) e outra de criação de cartazes com serigrafia ministrada pelo editor, encadernador, impressor e produtor gráfico Daniel Barbosa (Caderno Listrado) - ambas na sexta-feira (25), respectivamente nos horários das 10h às 13h30 e das 14h às 18h. Paulista radicado em Porto Alegre, Fabio Zimbres (FZ), é uma referência no universo dos quadrinhos e das publicações independentes. Foi um dos fundadores da revista de HQ underground Animal e criou a editora Edições Tonto, na qual publicou a Coleção Mini Tonto, reunindo livrinhos em quadrinhos de artistas brasileiros e latino-americanos, entre outras. Pernambucano, autor do poemário Nada Consta (Cepe Editora, 2018), Fred Caju é editor desde 2007. Criou, em 2018, a MOPI — Mostra de Publicações Independentes e em 2019 o Colofão.lab, um laboratório de experimentações analógicas no bairro de Santo Amaro. Curitibano, fundador do ateliê/editora Caderno Listrado, Daniel Barbosa Há mais de 15 anos se dedica a produção de livros e cadernos artesanais, além de impressos serigráficos para projetos de arte, design, literatura e quadrinhos.  Outro destaque será o debate sobre memória gráfica (sexta-feira, às 19h). A conversa, que reunirá os designers Camila Brito, Gabri Araújo, Fátima Finizola, Renata Paes - autora do livro Memória Gráfica da Arquitetura de Olinda (Cepe Editora, 2022) - e Tarcísio Bezerra, propõe discutir o design nas mais diversas áreas, como na arquitetura, artes gráficas e em projetos editoriais. As atividades do Esquenta Miolo(s) têm vagas limitadas. Interessados poderão se inscrever através através do endereço eletrônico https://linktr.ee/feiramiolos.  A confirmação da participação será feita pela organização da feira por e-mail. Fala Miolo(s) - Durante a feira, a atividade Fala Miolo(s) contará com uma farta programação de palestras que abordarão temas como circulação de produtos, criação e arte impressa. Serão cinco no sábado (26) e outras cinco palestras no domingo, sempre a partir das 14h. No sábado, às 14h, o paulista Gustavo Piqueira (Casa Rex) - artista gráfico, escritor e um dos mais premiados designers do Brasil - estará na palestra “Livro livre: deslocamentos, desmontes, baralhadas e transcodificações na ocupação do território impresso”, apresentando algumas de suas obras cujo cerne narrativo é o questionamento e a ruptura dos princípios de categorização do livro e das linguagens que o ocupam. Ainda no mesmo dia, a palestra “Do fanzine ao livro: a artesania da publicação” (16h), levará a editora, designer e produtora da Livrinho de Papel Finíssimo Editora (PE), Sabrina Carvalho, que falará sobre sua experiência editorial. Às 17h, em “alegria de um TIPO bem raro”, Cibele Bonfim, uma das fundadoras do Ateliê de Ofícios (BA), compartilhará com o público histórias que atravessam a memória gráfica, num arco de tempo/espaço, indo do Ceará à Bahia. O bate-papo abrirá espaço ainda para outros assuntos, como técnicas gráficas tradicionais e o legado de Flávio Oliveiras, seu companheiro, designer, grafiteiro, ilustrador e serigrafista que morreu no ano passado, vítima da covid-19. A programação do sábado fecha com a conversa “Ragu - experimentação nos quadrinhos, edição coletiva e autoralidade” (18h), que reunirá os pernambucanos Christiano Mascaro (jornalista, designer gráfico e ilustrador) e João Lin (com atuação na produção de quadrinhos, cartuns, ilustração, tatuagem, videoarte e música experimental). No domingo, às 14h, na conversa “Fora do centro: o potencial descentralizador das feiras de arte gráfica”, os jornalistas, editores da Lote 42 e criadores da Miolo(s), Cecilia Arbolave e João Varella, falarão sobre suas jornadas, a importância de eventos de publicações independentes e, sobretudo, o que tais encontros podem agregar culturalmente às cidades fora dos grandes centros urbanos. Às 15h, a designer e produtora recifense Gabriela L’Amour (Chuvisco Editora) conduz a conversa na palestra “O apego ao analógico: design e publicação independente” abordando temas como o apego material através dos livros, zines e revistas e a relação do design gráfico/mercado independente com esses produtos. O jornalista, escritor, ilustrador  e editor independente Aureliano (RN) estará na palestra “Um caminho para Xanadu: entrando na dança do mercado editorial”, às 16h. Falará sobre sua trajetória no mercado editorial - das produções autorais e experimentais às aventuras na literatura comercial, além do espaço conquistado nas mídias sociais. Às 17h, o escritor, editor da Mariposa Cartonera e ex-editor da Cepe, Wellington de Melo, estará na palestra “Publicação independente: um caminho das pedras” revelando sua experiência de editor e de como vem ajudando novos autores e autoras a publicar livros independentes. No último bate-papo do domingo, “Uma biblioteca no aqui e agora”, às 18h, Jurandy Valença (foto acima), artista visual, curador, jornalista e  diretor da Biblioteca Mário de Andrade, conversa com o público sobre a experiência de estar à frente da maior biblioteca de São Paulo (a segunda do país) e onde acontecem as edições da Miolo(s). Experiências gráficas -  A Miolo(s) Olinda também garantirá aos visitantes a oportunidade de participar de experiências gráficas. Uma delas é a de imprimir cartazes em serigrafia com Daniel Barbosa. E outra é uma vivência com carimbos, conduzida por Gilberto Tomé, da Gráficafábrica. A ideia é criar publicações e cartazes, tendo entre tantas fontes de inspiração, a arquitetura do próprio Mercado Eufrásio Barbosa e da cidade de Olinda. “Estamos com bastante expectativa com

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Sexteto GraVIs traz novo fôlego ao canto coral  

Grupo de cantores líricos realiza minitemporada em espaços culturais do Recife com quatro apresentações até dezembro, incentivadas pelo SIC, da Prefeitura do Recife. A estreia é dia 18 de novembro, no Conservatório Pernambucano de Música  Trilhar um caminho diferente de outros grupos vocais líricos, incentivando o novo na música, é o que mais interessa ao Sexteto GraVIs, conjunto de artistas pernambucanos que faz sua estreia em curta temporada de quatro apresentações gratuitas, entre os meses de novembro e dezembro, em espaços públicos do Recife. A ideia é valorizar o repertório local a cada concerto-aula, através das seis vozes masculinas, que mostram do frevo e maracatu a músicas sacras, sem acompanhamento instrumental (a cappella). A primeira apresentação será no dia 18 de novembro, no Conservatório Pernambucano de Música.   No repertório de oito músicas pinçadas do acervo de Henrique Albino, Dierson Torres e Lúcia Helena Cysneiros, além de Capiba e Clóvis Pereira, quatro composições são inéditas. O projeto foi aprovado pelo SIC – Sistema de Incentivo à Cultura / Fundação de Cultura Cidade do Recife / Secretaria de Cultura / Prefeitura da Cidade do Recife.   Eudes Naziazeno, Guilherme Jacobsen, Isaac Pedro, Marcelo Cabral de Mello, Osvaldo Pacheco e Rodrigo Lins, os integrantes do Sexteto GraVIs uniram seus talentos vocais como tenores e barítonos, naipes das vozes masculinas de um coral, ao lado criativo do diretor musical, maestro, arranjador e ensaiador Henrique Albino, que ajuda na condução das performances, além de ter criado duas das músicas do setlist e assinado seis dos oito arranjos mostrados em cena, com exceção das músicas de Lúcia e Dierson, que trazem arranjos originais dos próprios autores.    O formato das apresentações é semelhante ao de um concerto-aula, no qual os integrantes começam com uma introdução didática de 10 a 15 minutos, explicando quais estilos musicais farão parte do show. “A formação não é tão comum, então temos estes dois caminhos: fomentar obras e arrojá-las. É um concerto não-usual. Com o objetivo de formar plateias, fugindo da obviedade, aproximando o público da linguagem, para informar e fazer com que mais pessoas possam apreciar a música vocal”, afirma Eudes Naziazeno, que idealizou o projeto com Albino. Ele destaca também a questão social, pois, além de serem gratuitas, as performances ocorrem para o público em locais como o COMPAZ Miguel Arraes (na Avenida Caxangá).   Apesar de estar inserido no universo erudito, o GraVIs traz forte sotaque da cultura nordestina, pernambucana. Depois de se conhecerem no Departamento de Música na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), os artistas se reuniram e gravaram as primeiras músicas antes da pandemia, em 2019. Alguns integrantes já fizeram parte de outros grupos corais, regidos por Flávio Medeiros, a exemplo do Contracantos e Opus 2. “A formação de coral masculino é comum em outras culturas. Aqui é algo mais raro. Temos a influência dos aboios, com predominância maior dos homens cantando”, pontua Guilherme Jacobsen, que assina a coordenação pedagógica do Sexteto.  Para ele, a recepção da plateia ao trabalho do GraVIs costuma ser positiva. “Há um sentimento expresso de descoberta. Estamos em busca de dar um acesso gratuito e democrático à cultura”, observa.   FAIXA A FAIXA   O “Kyrie”, da “Grande Missa Armorial”, de Capiba, foi escolhido para fazer parte do show, assim como o “Glória”, de Clóvis Pereira, pela inserção dos sons, ritmos e melodias com forte ligação com o Movimento Armorial. Henrique Albino fez um grande esforço nos arranjos para trazer toda esta música só para a voz, levando a ela as nuances dos instrumentos. São usadas palmas com o corpo, assovios, outros elementos e sonoridades que não estão na música original. No Glória, o solista é Marcelo Cabral de Mello, que puxa a composição, mas mantém o coro assumindo gestos sonoros incorporados à interpretação.   Já “Maria”, faixa criada por Lúcia Helena Cysneiros, foi imaginada a partir de um poema de um livro escrito pelo pai da autora. Mostra uma criatura de alma ardente, enfrentando a frieza do mundo. A partir da música, chega aos ouvintes o momento de encanto que tal cena proporciona. A louca travessia de Maria é mostrada, a partir da perspectiva do poeta. A música tenta expressar simplicidade e uma energia surpreendente de vida.   A apresentação segue com a romântica “Amor de mi alma”, do norte-americano Zane Randall Stroope. É o momento da apresentação em que o grupo mostra algo de fora do Brasil, mas usando o arranjo de um compositor local, com experimentações em cima do original. Até pela sua origem, tem questões harmônicas e desenhos melódicos que permitem aproveitar a formação de sexteto para manter fraseados importantes. As diferentes modulações, tonalidades de vozes a cada repetição, fazem com que a parte do meio da música ecoe como um mantra, a exemplo de um órgão tendo o som de suas teclas apertadas reproduzido continuamente.   Em seguida, vem “Não quero saber, não (uma brincadeira bachiana)”, de Dierson Torres,  experimentando diversas vozes. Segundo Guilherme, é uma clara referência a Johann Sebastian Bach, suprassumo do contraponto musical, usando a linguagem contrapontística, brincando com a passagem de uma voz para outra, como na fuga (forma musical).    No “Stabat Mater” criado por Henrique Albino há desde uma polirritmia que remete à música medieval e aos impressionistas como Debussy, no século 19, até uma citação a Pergolesi, do período barroco. A sobreposição de tensões e dissonâncias, no trecho final, faz com que a música volte a ter um efeito mais sutil. No repertório sacro, o Stabat Mater fala da via-crúcis, descrevendo o sofrimento de Maria, a dor de ver o filho pendente na cruz.   No maracatu, também de autoria de Albino, ele brinca com a repetição insistente das vozes (ostinato), e inverte as sílabas da palavra, que se transforma em “Tumaracá”. Por fim, o show se encerra com a junção de dois frevos conhecidos do nosso Carnaval – o “Hino da Troça Ceroula” e “Cabelo de Fogo”, esta última do Maestro Nunes, desconstruídos através dos arranjos e vozes.   Serviço:   18/11, 19h, na Semana da Música do Conservatório Pernambucano de Música (Av. João de Barros, Boa Vista)   

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Teatro nos Parques Unilever promove apresentações a céu aberto em Garanhuns

A 2a edição nacional (17ª temporada) reúne obras para públicos de todas as idades, encenadas por talentosos grupos Com a missão de formar público e democratizar o acesso da população às artes cênicas, o Teatro nos Parques Unilever chega a sua 17ª edição, com diversos espetáculos para pessoas de todas as idades, encenados por companhias consagradas. O projeto passa pela cidade pernambucana de Garanhuns, nos Parques Ruber Van Der Linder (Pau Pombo) e Euclides Dourado (dos Eucaliptos) nos dias 19 e 20 de novembro. A programação tem início com o espetáculo Luanda-Ruanda, do Coletivo Tear, que se apresenta no dia 19, às 11h, no Parque Pau Pombo. O espetáculo é resultado de um trabalho das artistas em comunidades quilombolas de Garanhuns e resgata histórias e lendas ligados à ancestralidade. Ainda no sábado, às 16h, no Parque Euclides Dourado, tem a peça Espavento, do Teatro de Retalhos. Na trama, o dono do cerco anuncia que procura artistas para montar o melhor espetáculo da Terra. Sem virtuosismo algum e pouquíssimo dinheiro, os palhaços contam com a memória dos circos que encantavam as cidades e, com a ajuda do público, até pode dar certo! No domingo, dia 20, às 11h, o Coletivo Tear volta ao Parque Pau Pombo para apresentar Ayô - Histórias de Griô, que resgata a figura dos griôs africanos, a partir de histórias reais e fictícias, fábulas e cantigas. E a programação se encerra com chave-de-ouro com o espetáculo de teatro de mamulengos Re Te Tei, da Tropa do Balacobaco, apresentado no domingo, às 16h, no Parque Euclides Dourado. A peça conta as peripécias de Chico Catolé, um moleque treloso, brincalhão e inventador histórias que está sempre se metendo em confusão. Desta vez, o menino perde o fígado em uma disputa com a figura do Papa Figo e precisa fazer tudo para recuperá-lo.

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O advogado Ticiando Gadelha e um dos organizadores do evento credito Erico Hiller

Recife sedia evento que debaterá os 100 anos da Semana da Arte Moderna no Brasil

Filhos de artistas como Cândido Portinari, Abelardo da Hora, Francisco Brennand e Di Cavalcanti participam de debates sobre o atual cenário cultural e os direitos autorais. Na foto, o advogado Ticiando Gadêlha, um dos organizadores do evento. Foto: Érico Hiller No ano em que se celebra os 100 anos da Semana da Arte Moderna, o Recife será sede de um evento que discutirá o mercado da arte no Brasil, revelando o atual cenário de artistas e familiares de grandes nomes da cultura que hoje lidam diretamente com a proteção dos direitos autorais e propriedade intelectual das obras. No formato de mesa redonda, o debate acontecerá no dia 17 de novembro, a partir das 8h30, no restaurante Solar do Douro, no Pina, e contará com a participação dos filhos de artistas como Cândido Portinari, Abelardo da Hora, Francisco Brennand e Di Cavalcanti. O evento será dividido em três momentos: um café da manhã seguido de dois painéis de discussão que abordarão os temas A arte de Pernambuco para o mundo e Os 100 anos da Semana que evidenciou o Brasil para o mundo. O primeiro debate contará com a participação de Leonora da Hora (Abelardo da Hora) e Maria Conceição Brennand (Francisco Brennand). Já o segundo painel será composto por Elisabeth Di Cavalcanti Veiga (Di Cavalcanti) e João Cândido Portinari (Cândido Portinari). A primeira realização da Semana de Arte Moderna anda de mãos dadas com um marco no desenvolvimento da regulamentação de direitos autorais no Brasil: a adesão ao Tratado de Berna, que ampliou internacionalmente os direitos autorais como direito de propriedade. Após a ebulição da arte moderna e contemporânea no país, em 1922, a discussão em torno das autorias das obras, apropriações, citações, entre outros pontos, foi aprofundada e a lei atual de Direitos Autorais, em vigor desde 1998, foi fundamental para preservar e proteger obras e grandes artistas. O evento está sendo organizado pelo advogado Ticiano Gadêlha, especialista em Propriedade Intelectual, através do escritório Tôrres Gadêlha Advocacia, em parceria com o Instituto de Advogados de Pernambuco (IAP), presidido por Gustavo Ventura. “Estamos reunindo as primeiras gerações diretas de importantes artistas da cultura pernambucana e brasileira para debatermos o atual cenário da arte no nosso país, incluindo os direitos autorais e a Propriedade Intelectual. Uma mesa redonda que vai celebrar não só os 100 anos da Semana da Arte Moderna, como também a preservação e evolução da arte. Teremos um debate enriquecedor”, afirmou Ticiano Gadêlha. Serviço: Direitos Autorais nos 100 anos da Semana da Arte Moderna 17 de novembro (quinta-feira) Horários: Café da Manhã: 8h30 às 9h10 Abertura: 9h10 às 9h20 1º Painel A arte de Pernambuco para o mundo: 9h20 às 9h50 2º Painel Os 100 anos da Semana que evidenciou o Brasil para o mundo: 9h50 às 10h20 Local: Restaurante Solar do Douro (Av. Antônio de Goes, 60 - Pina, Recife - JCPM Trade Center, Térreo)

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Yolanda Cruz no set de Hope Soledad

Festival de cinema OLAR une Pernambuco e América Latina

Promovido por cineastas pernambucanas, 1º Observatório Latino-Americano de Realizadoras tem programação online e gratuita de 16 a 26 de novembro Pensado para visibilizar o cinema latino-americano protagonizado por mulheres, o Observatório Latino-Americano de Realizadoras (OLAR), uma iniciativa comandada por cineastas pernambucanas, realiza seu primeiro festival de cinema entre 16 e 26 de novembro, com transmissão de aulas abertas e filmes gratuitamente através da Internet. O festival surge como um movimento que busca exercer a América Latina a partir do cinema. Para isso, proporciona um espaço de encontro e diálogo entre trabalhadoras do audiovisual de diversos países, promove a construção de memória das realizadoras do cinema latino-americano e a formação de profissionais. Idealizado por Cíntia Lima e Lilian de Alcântara, cineastas pernambucanas, o festival ganha corpo com dez dias de programação gratuita que protagoniza Pernambuco no circuito audiovisual latino-americano. “Nosso objetivo é fazer do OLAR um espaço de troca de conhecimento para que observemos e conheçamos o trabalho umas das outras”, pontua Cíntia.  PROGRAMAÇÃO - O 1º OLAR tem início na quarta e quinta (16 e 17/11), com a Oficina de Crítica Cinematográfica. Oito participantes de Brasil, Uruguai, Argentina, Colômbia e Cuba, selecionadas através de inscrições, embarcam em dois encontros online via Google Meet com a pesquisadora Mariana Souza. A atividade bilíngue vai propor escrita sobre os filmes exibidos e posterior publicação no site do festival.  No domingo (20) acontece a abertura das mostras de filmes, com uma live oficial no YouTube e no Facebook, e a Mostra Referência Olar, que coloca foco sobre a obra da realizadora indígena mexicana Yolanda Cruz. Até a segunda (21), o longa “Hope, Soledad” e o curta “Las lecciones de Silveria”, ambos de direção de Yolanda, podem ser assistidos gratuitamente pelo público no site do festival.  De terça (22) a sábado (26) entram em cartaz também no site do festival a Mostra Competitiva, que concederá o Prêmio Sara Gómez de Melhor Curta-metragem; a Sessão Relatos de Cine, com obras que abordam a participação das mulheres na história do cinema; e a Sessão Perspectivas Pernambucanas, que traz um panorama contemporâneo das produções do Estado. A curadoria de filmes é assinada pelas idealizadoras com participação de Caroline Pavez, cineasta mapuche chilena, nas duas primeiras sessões. Ao todo, as três mostras reúnem 20 curtas de diversos gêneros de Cuba, Brasil, Argentina, Chile, Guatemala e México.  Entre 23 e 25/11, o OLAR transmite aulas abertas através do YouTube sobre três temáticas - “Co-produção Internacional”, com Mariana Murillo; “Acessibilidade no Audiovisual”, com Danielle França; e “Olhares Lesbianos - Narrativas de (r)Existências”, com Thais Faria. Ainda no sábado (26) acontece uma live de encerramento do festival com a premiação do melhor curta da Mostra Competitiva Sara Gómez. Tanto os filmes quanto as aulas abertas contam com opções de legenda em português e espanhol, podendo ser conferidos de toda a América Latina. O 1º OLAR é uma realização da Olar Filmes com incentivo do Funcultura através da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco.  SERVIÇO:  1º Observatório Latino-Americano de Realizadoras (OLAR) De 16 a 26 de novembro Gratuito e online www.realizadoraslatinas.com 

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ANIMAGE no Teatro do Parque

12ª edição do Festival Animage começa na próxima terça (15)

O 12º ANIMAGE - Festival Internacional de Animação de Pernambuco celebra e evidencia a originalidade e diversidade da animação mundial, entre os dias 15 e 20 de novembro de 2022, no Recife (PE). A edição 2022 volta a ocupar as salas de cinema com longas-metragens, competição internacional de curtas, mostras especiais em sessões exibidas no Teatro do Parque, no Cinema da Fundação Derby e Cinema da UFPE. Além da programação de filmes de animação para todas as idades, o festival oferece atividades formativas como masterclass e debate. No momento em que são celebrados 50 anos do cinema de animação em Pernambuco, o ANIMAGE segue consolidado como parte importante desse cenário cada vez mais crescente, sendo o maior festival de cinema de animação em atividade do país. Dois curtas de realizadores pernambucanos estão na Mostra Competitiva neste ano comemorativo. "Mais uma vez o ANIMAGE chega com uma programação forte, diversificada e representativa do melhor da animação mundial, o que reforça a posição do festival entre os mais importantes do país. Este ano, o ANIMAGE dobrou o número de inscrições recebidas do mundo todo para a Mostra Competitiva de curtas, bate recorde no número de longas exibidos e investe em uma mostra comemorativa dos 50 anos de animação pernambucana", observa Antonio (Gutie) Gutierrez, diretor do festival. Entre os destaques da programação, está o longa Perlimps, de Alê Abreu, diretor brasileiro indicado ao Oscar com o sucesso O Menino e o Mundo. O filme abre a programação do ANIMAGE no feriado de 15 de novembro, no Teatro do Parque. Na sessão diurna do mesmo dia, será apresentado o longa português Nayola, de José Miguel Ribeiro, já premiado em vários festivais. Estreiam no Brasil pelo ANIMAGE, My Love Affair With Marriage, de Signe Baumane (Letônia/EUA/Luxemburgo), Fritzi - Uma História Revolucionária, de Matthias Bruhn e Ralf Kukula (Alemanha) e Mironins, de Mikel Mas e Txesco Montalt (Espanha). Completam a programação de longas-metragens Meu Tio José, de Ducca Rios (Brasil), Home is Somewhere Else, de Carlos Hagerman e Jorge (México/EUA), Saules Aveugles, Femme Endormie, de Pierre Földes (França/Luxemburgo/Canadá) e La Traversée, de Florence Miailhe (França). As mostras especiais apresentadas este ano são a Mostra Africana, Mostra Pernambuco - 50 Anos, Mostra Brasil, Mostra Erótica e Poesia Óptica: Retrospectiva Oskar Fischinger, em associação com o Center for Visual Music. ANIMAGE em númerosA 12ª edição oferece 9 filmes de longa-metragem, 10 sessões da Mostra Competitiva (duas delas dedicada ao público infantil), 7 mostras especiais e 1 Masterclass. A programação completa exibirá um total de 183 filmes (174 são curtas-metragens, de 47 países - e 54 produções na programação são brasileiras. “Os novos rumos do cinema animado brasileiro mostram um resultado empolgante em direção ao futuro. É no festival que essa produção cultural animada ganha vida, toca as pessoas, impulsiona saltos e interage com filmes e artistas de todo o mundo.A equipe de curadoria teve acesso a uma oferta numericamente inédita de curtas e longas (nacionais e estrangeiros), o que estimulou critérios ainda mais exigentes no processo de seleção e resultou em uma programação coesa, distribuída em seis dias, e potente em seus alcances simbólicos. Em 2022, o ANIMAGE cria fluxos entre pioneirismos históricos e cenas contemporâneas”, comenta o curador do festival, Júlio Cavani. Destaques da programação LONGAS-METRAGENSEsta é a edição em que o ANIMAGE reúne o maior número de longas-metragens na programação, serão exibidos nove filmes, sendo dois deles produções nacionais. A seleção de 2022 traz obras de artistas consagrados e revelações. Perlimps, (Brasil, 2022, 80'), o novo e esperado filme de Alê Abreu, animador brasileiro indicado ao Oscar (O Menino e o Mundo), traz uma aventura mágica sobre criaturas poderosas e misteriosas que podem salvar a floresta e encontrar um caminho para a paz em tempos de guerra. Direcionado para todas as idades, o longa multicolorido tem vozes de Stênio Garcia, Lorenzo Tarantelli e Giulia Benite. Meu Tio José (Brasil, 2021, 89'), dirigido pelo baiano Ducca Rios e com voz de Wagner Moura, fará sua estreia em Pernambuco. Um filme afetivo, baseado em um recorte real da vida do diretor, que traz um drama familiar e político sobre a relação dele (ainda garoto) com seu tio ativista durante a ditadura militar. O longa apresenta um poema inédito de Torquato Neto, dedicado ao Tio José e a trilha sonora traz canções de Chico Buarque, em novas versões. Nayola (Portugal/Bélgica/Holanda, 2022, 90'), animação portuguesa de José Miguel Ribeiro estreia no nordeste pelo festival, é baseada na peça "A Caixa Preta" de autoria dos escritores africanos Mia Couto (Moçambique) e José Eduardo Agualusa (Angola). Em seu visual e requinte técnico mostra a excelência da animação portuguesa. A trama se passa em Angola, envolvendo três gerações de mulheres afetadas pela guerra civil, onde o passado e o presente entrelaçam-se. Todas as vozes das personagens são de atrizes e atores de Angola, o consagrado cantor Bonga também está no elenco e na trilha sonora. A exibição deste filme acontece pela parceria com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. My Love Affair with Marriage (Letônia/EUA/Luxemburgo, 2022, 108'), de Signe Baumane, lida com assuntos como a repressão social do patriarcado e restrições de gênero, tudo sem perder o humor de vista e com muita imaginação. O segundo longa da animadora letã (de Rocks in my Pockets) questiona o romantismo e contrasta o papel social feminino com as expectativas amorosas e artísticas de uma garota. Uma tragicomédia com fortes tons autobiográficos e elaborados números musicais. Fritzi - Uma História Revolucionária (Alemanha, 2019, 86'), de Matthias Bruhn e Ralf Kukula, tem narrativa na cidade de Leipzig na época dos movimentos que levaram à queda do Muro de Berlim, a partir do ponto de vista de uma adolescente. Engraçado, educativo e comovente, o longa alemão mostra o que aconteceu em 1989 nos países do antigo bloco soviético e oferece um destaque memorável: como a voz de muitos em protestos não violentos podem trazer mudanças duradouras e abalar o poder de poucos. A exibição do longa é fruto da parceria com o Consulado

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Provocações filosóficas na exposição do artista Antonio Mendes

Com curadoria de Bete Gouveia, "Entre dissonâncias e silêncios", traz 27 pinturas em acrílico e já aberta aberta ao público Sempre fascinado pela filosofia oriental e civilizações antigas, o artista plástico Antonio Mendes apresenta seu novo projeto: "Entre dissonâncias e silêncios", exposição em cartaz na Arte Plural Galeria (APG), espaço instalado no bairro do Recife. Totalmente inspirado por paisagens subjetivas, lugares pouco comuns, arquetípicos, sonhos e aspectos do zen, do taoísmo e do budismo, o artista traz 27 pinturas em acrílico, que ficarão em cartaz até 07 de janeiro de 2023. “É um convite a uma observação mais apurada, um percorrer com todos os sentidos apurados em percepções para encontrar espaços, vazios, construções, casas, a si mesmo. Um caminhar para observações, reflexões e pausas”, explica o artista. Com curadoria de Bete Gouveia, a exposição faz referência a pontos da filosofia oriental, como a permanência e a impermanência, o nascer e o morrer, a noite e o dia, o bem e o mal - opostos, e ao mesmo tempo, complementares, no jogo da dualidade. “Nesses caminhos, faço reflexões sobre as sensações, os sentimentos, as experiências que são comuns aos humanos e que vibram entre o vazio e o cheio, entre o escuro e o claro, entre a luz e a sombra, a agitação e a calma, a alegria e a tristeza”, complementa Antonio. “É um grande convite para que o espectador reflita, para que ele se encontre e se perca por esses caminhos, que na verdade são uma grande metáfora do caminhar humano, pelos acontecimentos e pelas experiências que nós humanos vamos passando na nossa trajetória de vida”, finaliza o artista. Grande amizade - Antonio Mendes é artista plástico e psicólogo. Nasceu em Recife, no ano de 1965. Iniciou seus estudos de desenho e pintura com o professor Amaro Crisóthomo, em 1987. Posteriormente fez cursos no Museu de Arte Contemporânea de PE. Recorre às paisagens de Olinda para desenvolver sua técnica, iniciando sua narrativa de contextos paisagísticos em cores vivas e pinceladas intensas. Neste período, a Artista Maria Carmem o convida a ter um cavalete no seu atelier-residência, desenvolvendo-se uma grande amizade. Essa foi uma experiência estrutural na sua pintura. Iniciando nas pinturas à óleo, e a partir do final da década de 90, passa a trabalhar com tinta acrílica sobre tela. Também, possui trabalhos em monotipia e desenhos. Iniciou suas exposições em 1990. Ganhou o Prêmio Imagem, em 1992, no Concurso de pintura da Caixa Econômica Federal “Pintando o Natal”. A exposição "Entre dissonâncias e silêncios" fica em cartaz até 7 de janeiro de 2023 e pode ser conferida gratuitamente, de segunda a sexta, das 9h às 18h e aos sábados de 14h às 18h. ARTE PLURAL GALERIAInstalada no centro histórico do Recife desde 2005, mais precisamente na Rua da Moeda 140, a APG se consolidou como referência no Nordeste no cenário cultural, com mais de uma centena de mostras realizadas, além de outros projetos culturais. A Galeria está aberta ao público de segunda a sexta, das 9h às 18h e aos sábados de 14h às 18h.ServiçoExposição "Entre dissonâncias e silêncios" de Antonio MendesArte Plural Galeria - Rua da Moeda, 140, Recife AntigoVisitação: de segunda a sexta, das 9h às 18h e aos sábados de 14h às 18h, até 7 de janeiro de2023.Entrada gratuita

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Sob o tema “A Cultura Refloresce”, Festival Arte na Usina – Safra 2022 chega à 8ª edição na Mata Sul

Entre 10 e 13 de novembro, evento oferece ampla programação gratuita na Usina Santa Terezinha. No line-up de shows, nomes como Alceu Valença, Vanessa da Mata, O Conde, Jorge de Altinho, Martins e Almério. Ponto de culminância das ações desenvolvidas pelo projeto Usina de Arte, que tem recolocado o entorno do distrito de Santa Terezinha, em Água Preta, em marcha socioeconômica pelos vetores da cultura, turismo e educação, o Festival Arte na Usina – Safra 2022 movimenta a Mata Sul do Estado entre os dias 10 e 13 de novembro, com uma programação gratuita de shows, performances, teatro, palestra e oficina. Trazendo como tema central “A Cultura Refloresce”, a 8ª edição do festival ainda marcará a inauguração do Fab Lab Mata Sul - Usina de Arte e do Teatro Aberto Camilo Simões no complexo do equipamento cultural, com apresentação do Grupo Magiluth. Um dos principais eixos do conjunto de atividades ao longo de quatro dias, a programação musical tem a produção assinada por Tadeu Gondim, Atos Produções e coordenação técnica Luciana Raposo e levará ao palco armado no Pátio de Eventos da vila de Santa Terezinha um mix de nomes e estilos da cena local, pernambucana e nacional. No line-up de estreia da quinta-feira (10/11), estão Alceu Valença, Bruno Lins, DJ Pepe Jordão e o DJ Nelson Neto. Já na sexta-feira (11), é a vez do O Conde, ícone do movimento Brega, Marlos Rocha e DJ Pepe Jordão, que também abre a noite do sábado (12), seguido pelo shows de Almério e Martins (cantando juntos) e Jorge de Altinho. Encerrando o festival no domingo (13), sobem ao palco a mato-grossense Vanessa da Mata e Silvério Pessoa. Se as apresentações musicais movimentam a parte da noite, também haverá programação diária ao longo do dia. No dia 10/11, o curador da Usina de Arte, Marc Pottier comanda a palestra “Arte pública, da pré-história aos dias de hoje, da escultura às novas tecnologias e arte de rua" na Biblioteca e Centro de Conhecimento do espaço, que também será palco para a apresentação das artistas Maria Macedo e Yara Pina, no dia  11. No sábado, a partir das 16h30, será inaugurado a nova estrutura da Usina de Arte, o Teatro Aberto Camilo Simões, instalado em frente à antiga usina, com a montagem “Luiz Lua Gonzaga” do Grupo Magiluth de Teatro. Já do domingo, vai rolar a oficina Pintando na Praça, em parceria com o Instituto de Belas Artes Vale do Una, a partir das 9h30 na Praça Santa Terezinha, além da Apresentação do artista Abiniel Nascimento, às 16h, na Biblioteca e Centro de Conhecimento da Usina de Arte, e performance sonora do artista francês Igor Porte no Teatro Aberto Camilo Simões. “Na Safra 2016 do Festival, trouxemos como tema  ‘A Arte Resiste e Transforma’. Ao longo desses anos, assistimos o germinar de tantas sementes lançadas ao fértil solo da Mata Sul, e seu rico tecido social, que com muito trabalho, dedicação e cuidado vem fertilizando as mentes fazendo despertar a esperança, a autoestima e a determinação de construir um futuro melhor. ‘A Cultura Refloresce’ veste esta 8ª edição do festival por representar esse momento de assistir essa primavera de resultados e conquistas tangíveis e subjetivas”, pontua Bruna Pessoa de Queiroz, presidente da Usina de Arte. O Festival tem patrocínio do Governo do Estado, via Secretaria de Turismo e Lazer do Estado e EMPETUR, com apoio do Sebrae Desenvolvimento socioeconômico, tecnológico e empreendedorismo maker A Safra 2022 do Festival também marca a chegada do Fab Lab Mata Sul - Usina de Arte à Mata Sul do Estado. Fab Lab Mata Sul – Usina de Arte. Voltado para educadores e estudantes da região, é o primeiro laboratório de fabricação digital em funcionamento da Mata Sul, estimulando a população a reconhecer o seu potencial criativo, produtivo e colaborativo a partir de formação em Cultura Maker, Design e Empreendedorismo. O projeto se inicia com aulas no curso online “Eu, Maker”, em seguida com o programa Empreendedorismo Maker. As instituições de ensino que já estão sendo contempladas com o Curso “Eu, Maker” são a Escola Estadual Professor Eliseu Pereira de Melo e o Centro de Educação Dimensão, em Palmares; a Escola de Referência em Ensino Médio Eduardo Campos e a Escola Municipal Fernando Augusto Pinto Ribeiro, em Joaquim Nabuco. E aquelas que, além dessa formação, também serão contempladas pelo curso de Empreendedorismo Maker são a Escola de Referência em Ensino Médio João Vicente de Queiroz, no distrito de Santa Terezinha e o Colégio João Pereira Sobrinho, no município de Xexéu. Durante o festival, acontecerá a primeira culminância do curso oferecido pela Usina com entrega de certificados de conclusão, e as peças pioneiras produzidas a partir da formação estão expostas e à venda no Moenda Digital, um espaço do Sebrae para comércio de empreendedores locais.  Estímulo ao empreendorismo que, aliás, está no campo das ações promovidas pelo Usina de Arte ao longo do ano, viabilizando, em parceria com o Sebrae, consultorias e qualificações para os moradores do distrito de Santa Terezinha e entrono. Com foco no Festival, essa agenda segue nesta quarta e quinta-feira (3 e 4/11) com quatro oficinas: Atendimento ao Público, Preço de Venda, Marketing Digital e Apresentação de Produto. “Procuramos fazer com que o Festival também seja um momento de criar as estruturas para a geração de renda e valor para a comunidade. Os moradores hospedam os visitantes em suas próprias casas, são capacitados, vendem artesanato e alimentação no evento e participam da imersão no processo artístico. É um momento importante para a autoestima, pertencimento e perspectivas de futuro dos moradores da região”, comenta Bruna Pessoa de Queiroz. Programação: Shows (Pátio de Eventos de Santa Terezinha) Quinta-feira 10/11 20h - DJ Pepe Jordão 21h - Bruno Lins 23h - Alceu Valença 0h30 - DJ Nelson Neto Sexta-feira 11/11 20h - DJ Pepe Jordão 21h – Marlos Rocha 23h – O Conde Sábado 12/11 20h - DJ Pepe Jordão 21h – Almério e Martins 23h – Jorge de Altinho Domingo 13/11 20h - DJ Pepe Jordão 21h – Silvério Pessoa 23h –

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Cepe lança HQ Ragu 9 

Publicação experimental conta com 35 quadrinistas e traz um olhar para a periferia e para as questões identitárias Provocados a refletir sobre o futuro, quadrinistas, editores e ilustradores exibem suas narrativas experimentais - escritas e gráficas - sobre o que nos espera lá adiante. Muitos deles miram também no espaço periférico e nas questões identitárias, na mais nova publicação do Selo Cepe HQ, Ragu 9. O título será lançado dia 28 de outubro, às 20h, na Casa Balea, no Carmo, em Olinda. Em seguida, no dia 12 de novembro, a HQ será lançada em São Paulo, às 16h, na Ugra Press. Com edição de Christiano Mascaro, João Lin, João Pinheiro, Mitie Taketani, e pelo editor da Cepe, Diogo Guedes, a HQ traz 132 páginas. “Nesses momentos que virão, após a crise no mundo inteiro, a revista olha para frente”, declara o quadrinista e editor João Lin. “Perspectivas de futuro se mostram em várias faces: distopia, projeções que deram errado, outros tempos”, resume o editor da Cepe, Diogo Guedes. Como o nome já diz, ragu, o prato ensopado, troca o mix de carnes pelo de artistas. A diversidade é característica imutável da publicação e, portanto, cá estão 35 quadrinistas convidados, entre o pessoal “das antigas” e a galera que está começando. “Vemos claramente o ecletismo nas pautas sobre questões identitárias: gênero, racismo e fascismo”, revela João Lin, apontando também a forte presença do diálogo com o universo periférico. “Trata-se de uma periferia de ficção científica, com toda a sua precariedade e riqueza de elementos ao mesmo tempo”, enfatiza Lin.   A Ragu passou a ser publicada pela Cepe a partir do número oito, lançado durante a pandemia, em 2021. “Do ponto de vista temático, essa nova publicação é uma espécie de continuação da anterior, pois naquela pedimos para que os quadrinistas trabalhassem aquele momento difícil, com isolamento e contexto político de ultra direita”, recorda Lin, pontuando que a revista não perdeu seu caráter independente no jeito de pensar experimental, tanto do ponto de vista do roteiro, quanto do pictórico. E isso, de acordo com os editores, graças à liberdade editorial que a Cepe possibilita.  “Nem toda editora pública tem abertura para a construção de discursos experimentais, muito menos cria um selo de HQ”, avalia Lin. A revista começou com a edição número zero, há cerca de 20 anos, quando Christiano Mascaro e João Lin iniciaram a publicação com a proposta despretensiosa de apenas escoar a produção, que trazia mais uma característica de fanzine. “A ideia era ser uma revista regional”, lembra Mascaro. Atualmente, o alcance é nacional mas a diversidade continua direcionando o ritmo. Acho que passamos a um patamar mais consolidado com a edição 7, que trouxe muitos nomes internacionais, e era uma espécie de ‘edição Mercosul’”, recorda Mascaro, que assina a edição de arte, ou seja, é responsável por ‘costurar’ as histórias. “Consiste na apropriação de um material muito heterogêneo. O desafio é dar um ritmo à edição”, revela o editor, que vê o refinamento dos autores e da revista a cada novo número. “Por isso minha Ragu preferida é sempre a última”, opina o Christiano Mascaro. 

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