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Exposicao Ponto de Nao Retorno IRB

Instituto Ricardo Brennand recebe a exposição “Ponto de Não Retorno”

A mostra conta com obras de seis artistas pernambucanos que residem na França e representam a sobrevivência no ecossistema humano Está em exibição na Pinacoteca do Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, a exposição Ponto de Não Retorno, que reúne trabalhos de seis artistas pernambucanos que residem na França - e que aborda temáticas referentes à natureza e às simbologias da terra e do tempo. O diversificado acervo, com cerca de vinte obras, ficará exposto até 4 de setembro e reúne o talento dos artistas Jaildo Marinho, Oscar Malta, Ana Araújo, Maurício Silva, Rodrigo Braga e Sérgio Bello, com trabalhos que versam entre fotografias, esculturas em cerâmica, telas e instalações artísticas. A exposição veio para Recife, por intermédio de Nara Galvão, diretora do Instituto Ricardo Brennand, e conta com apoio do Consulado Geral da França no Recife. "Durante minha pesquisa de doutorado na França, participei de um encontro com artistas franceses e brasileiros com intuito de debater e compartilhar diferentes expertises entre artistas, curadores e profissionais de museus. E a partir dessa conversa surgiu a ideia do Coletivo Brasil França e da exposição que teve amplo apoio do Consulado da França e do InstitutoRB", explica Galvão. A exposição “Ponto de Não Retorno” não é apenas um olhar sobre as simbologias da terra, mas um porvir conceitual, resultado de encontros com artistas nascidos ou criados em Pernambuco e que adotaram Paris como sua cidade mãe e que evoca o ausente presente na natureza. As obras selecionadas representam a sobrevivência no ecossistema humano. Sobre as obras Os artistas Ana Araújo e Oscar Malta assinam a instalação audiovisual que dá nome à exposição. Jaildo Marinho participa com a obra Fortaleza, uma outra instalação, em madeira e aço em grandes proporções composta de agulhas gigantes - um instrumento considerado ancestral para o artista. O Reuso também se faz presente na mostra. Maurício Silva se utiliza de materiais que seriam a princípio descartáveis a exemplo de Aller et retour, no qual o artista guardou bilhetes de metrô e utilizou em sua obra. Ele também buscou referências naquilo que ele denomina “arqueologia do futuro”. Rodrigo Braga indaga a efemeridade da vida através da instalação Plano Base, no qual dois corpos vegetais repousam em assentos concebidos para pessoas, ativando o imaginário de quem as observa.  Sérgio Bello é mais que oportuno também quando retrata as belezas de uma Amazônia sabotada e o nosso Planeta com seus Gritos da Terra. Sobre os artistas Jaildo Marinho - Nasceu em Santa Maria da Boa Vista, no interior de Pernambuco. Iniciou sua formação artística em Recife e aperfeiçoou suas técnicas em Paris, onde vive há quase 30 anos. Suas obras, conta com mostras internacionais como La Vide Oblique na Maison de l'Amérique Latine, a exposição Cristalização no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Derrière les Tableaux na Biblioteca Histórica da Cidade de Paris. Sérgio Bello - Nasceu em Recife, capital. Aos 15 anos iniciou sua formação artística, realizando suas primeiras esculturas em madeira. Mais tarde, concluiu seus estudos na Universidade Federal de Pernambuco e então nos anos 1970, a Licenciatura em Estética e Filosofia da Arte na Universidade Panthéon Sorbonne de Paris, onde vive há mais de 40 anos. De acordo com Sergio, suas obras são elementos que fazem parte dos três reinos sobre o nosso planeta: os reinos vegetal, mineral e animal. Oscar Malta e Ana Araújo - Oscar é cineasta e fotógrafo, possui formação voltada à arte visual a partir das experiências acadêmicas pela L'Institut Nacional de L'Audivisuel em Paris e Faculdade de Belas Artes em Portugal. De acordo com o artista, o segredo por trás da imagem está em questionamentos a partir dos próprios objetos e os espaços de arte. Ana, por sua vez, atua no campo cultural há mais de 20 anos, com destaque na música, onde tocou com grandes nomes da cultura pernambucana e brasileira como Erasto Vasconcelos, Naná Vasconcelos e Alceu Valença. Nos últimos anos, se dedica a projetos e curadoria entre o Brasil, França e Portugal. Maurício Silva - Outro artista nascido em Recife, utiliza vocabulário plástico diversificado a partir de suas pinturas, desenhos e esculturas. Nos anos 1990, adicionou a suas técnicas: fotografias, instalações e performances. Suas obras compõem coleções no Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco e Fundação Joaquim Nabuco. Expôs em mostras nacionais e internacionais, como a II Bienal do Mercosul, Galerie Pascal Odille e Galerie Debret em Paris (França). Rodrigo Braga - Nascido em Manaus, ainda na infância mudou-se para Recife, onde graduou-se em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pernambuco. Seu trabalho tem se desenvolvido através de imersões em diversas paisagens ao redor do mundo, com práticas presenciais e bastante físicas. Expondo desde 1999, em 2012 participou da 30ª Bienal Internacional de São Paulo. Um ano depois exibe a obra Tônus no Cinema do MoMA PS1 em Nova York, em 2016 realizou individual no Palais de Tokyo, Paris. Possui obras em acervos particulares e institucionais no Brasil e no exterior, como Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Maison Européenne de La Photographie - Paris. Serviço: Exposição “Ponto de Não Retorno”Curadoria: Coletivo Brasil FrançaLocal: Instituto Ricardo BrennandPeríodo: 2 de agosto a 4 de setembro de 2022Horário: 13h às 17h com última entrada às 16h30minValor: R$ 40,00 (inteira) e 20,00 (meia) Gratuidade: Crianças até 7 anos, Membros do Icom e Escolas públicas agendadas.

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Concerto da Orquestra Criança Cidadã na Caixa Cultural encerra comemorações de 16 anos

Apresentação no centro do Recife quer dividir um pouco da história da música e da OCC com grande público Neste mês de julho, a Orquestra Criança Cidadã completa seus 16 anos de existência. E, para encerrar as comemorações, o local escolhido foi a Caixa Cultural Recife, no Recife Antigo, no próximo dia 31. O evento terá início às 15h30, com entrada gratuita sujeita à lotação do espaço. O espetáculo, que contou com uma primeira apresentação no Instituto Ricardo Brennand no dia 23, foi montado de modo a homenagear a história da OCC de diversas formas. Isso porque, com a maior formação até então, o maestro titular José Renato Accioly regerá 90 músicos entre alunos da Orquestra Jovem (a principal do projeto), seus professores e convidados da Orquestra Infantojuvenil. “Uma coisa que estou querendo muito neste aniversário é juntar todo mundo para que seja algo que integre toda a Orquestra Criança Cidadã”, explica Accioly, que também é regente adjunto da Orquestra Sinfônica do Recife. Outro ponto importante é que, desta vez, a localização no coração do Bairro do Recife, oferece mais acessibilidade ao público, para que este aniversário seja comemorado com toda a ênfase possível. Para o maestro, “cada aniversário é muito importante, é um momento de reflexão para celebrar a vida do projeto e para ganhar a oportunidade de avaliar, renovar e traçar novos rumos”. Essa ideia também permeia a escolha do repertório, repleto de nomes que transformaram a história da música, como Heitor Villa-Lobos (1887-1959), representado na abertura do evento com a Bachianas Brasileiras n° 4. Na sequência, a homenagem passa a ser ao compositor pernambucano Clóvis Pereira (1932), com a interpretação de suas Três peças nordestinas. Para finalizar o espetáculo, teremos a Suíte sinfônica nº 1 da ópera Carmen, composta pelo francês Georges Bizet (1838-1875). O local também é uma forma de celebrar a parceria com a Caixa Econômica Federal, que é patrocinadora máster da Orquestra Criança Cidadã há 14 anos. O calendário completo de concertos da OCC neste ano está disponível no site do projeto: http://orquestracriancacidada.org.br/concertos. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com realização da Funarte e patrocínio máster da Caixa Econômica Federal. SERVIÇO [MÚSICA] Concerto Oficial de aniversário da Orquestra Criança Cidadã – 2ª récita Local: Caixa Cultural Recife Data: 31 de julho de 2022 (domingo) Horário: 15h30 Entrada: Gratuita, sujeita a lotação máxima do local Classificação: Livre Patrocínio: Caixa

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Laurentino Gomes traz palestra sobre escravidão na Fundaj

Um dos mais importantes nomes na difusão contemporânea da História do Brasil, o escritor traz o terceiro volume da série “Escravidão” e relaciona seu conteúdo com os eventos da independência do Brasil. Será no dia 4 de agosto, às 17h, no Auditório Benício Dias/Cinema da Fundação As ações da Fundação Joaquim Nabuco em torno do Bicentenário da Independência do Brasil continuam no mês de agosto e recebem um convidado especial. O escritor Laurentino Gomes, uma das principais referências na difusão da História do Brasil, realizará a palestra “A escravidão e o seu legado no Brasil de hoje’ e lançará o terceiro volume da série de livros ‘Escravidão’. O evento está marcado para o dia 4 de agosto, realizado no Auditório Benício Dias/Cinema da Fundação, às 17h. A palestra será aberta ao público e contará com um intenso debate relacionando o término do momento colonial do país com a continuidade da estrutura econômica e social escravocrata, tanto a partir de 1822, como do volume III de Escravidão, cujo subtítulo da Independência do Brasil à Lei Áurea aponta essa dedicação sobre a questão durante o século XIX.  O volume III de Escravidão foi lançado neste ano e conta com mais de 500 páginas que abarcam as últimas sete décadas do período escravista do Brasil, dando sequência ao trabalho de Laurentino Gomes que começou a chegar ao público em 2019 com o primeiro volume da série. Ele mergulha no cenário da independência, pelos primeiro e segundo reinado, chegando nos movimentos abolicionistas e na assinatura da Lei Áurea, em 1888, quando o Brasil se tornou o último país da América a extinguir a escravidão.  Já 1822 volta às livrarias com uma edição especial,  no qual o autor se empenha em não só desmistificar todo o processo político que trouxe a Independência do Brasil, demonstrando como uma mistura de  sangue, sacrifício, acasos, improvisos e senso de oportunidades foram essenciais para os eventos marcantes daquele setembro histórico. A nova edição conta com ensaios dos historiadores Heloisa Murgel Starling, Jean Marcelo Carvalho França e Jurandir Malerba. Laurentino Gomes vem da cidade de Maringá, no Paraná, formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. Venceu sete vezes o prêmio Jabuti, o mais importante da literatura nacional. Além de Escravidão e 1822, é autor dos livros 1808, sobre a fuga da família real portuguesa para o Brasil, 1889, sobre a Proclamação da República e Caminhos do Peregrino, escrito em coautoria com Osmar Ludovico da Silva. Seus trabalhos se notabilizaram por unir uma densa pesquisa historiográfica com um texto leve e fluído, se tornando uma das principais referências na difusão da história do Brasil.  Serviço;Palestra “A escravidão e o seu legado no Brasil de hoje”, com Laurentino Gomes Quinta-feira, 4 de agosto, às 17h. Auditório Benício Dias/Cinema da Fundação, Campus Gilberto Freyre, em Casa Forte Aberto ao público

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Dom Helder e Tarcisio

A história de Tarcísio Pereira, o livreiro que conquistou o Recife

(Da Cepe) Tarcísio Pereira, o homem que na década de 1990 conduziu a maior livraria do Brasil, tem o seu perfil publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). O título foi escrito pelo jornalista Homero Fonseca e apresenta a trajetória do livreiro e da icônica Livro 7, inaugurada no Recife em 27 de julho de 1970 e fechada em 2000. O lançamento será às 19h de quarta-feira (27/07), no Paço do Frevo, localizado no Bairro do Recife, e remete à data de fundação da livraria. É aberto ao público, com apresentação de orquestra de frevo e homenagens de amigos. “Mesmo sem ter sido um criador de conteúdo, Tarcísio teve a maior importância na vida cultural de Pernambuco”, destaca Homero Fonseca, ao falar sobre a publicação Tarcísio Pereira - Todos os livros do mundo, da Cepe Editora. Ele nasceu em Natal (RN), migrou para o Recife com a família, ainda adolescente, e morreu em 25 de janeiro de 2021, aos 73 anos, por complicações da covid-19. Na capital pernambucana, também foi editor e atuou como superintendente de Marketing e Vendas da Cepe. A publicação, com 308 páginas, traz relatos de parentes, amigos, ex-funcionários e admiradores do livreiro, que se vestia de azul da cabeça aos pés. “O homem de azul se tornou a persona de Tarcísio, isto é, sua imagem pública. Uma imagem que começou espontaneamente, mas logo seria consolidada numa construção milimétrica. Um conjunto formado por vários elementos: gosto, comodidade, moda, superstição, marketing”, escreve Homero Fonseca num trecho do livro. O trabalho é o resultado de um ano de pesquisa e estudo, informa o autor, que optou por fazer um perfil biográfico, “com os rigores possíveis de uma biografia e toques de ensaio jornalístico.” No livro, ele resgata as origens da família de Tarcísio no interior do Rio Grande do Norte, os efeitos de ter sido criado numa casa com predominância feminina, o espírito agregador presente em toda a sua vida, a história da Livro 7, a vocação de mecenas do movimento cultural do Recife e a troça Nóis Sofre, Mas Nóis Goza, agremiação carnavalesca da livraria. “Antes de focar na trajetória pessoal de Tarcísio Pereira, havia a necessidade incontornável de mostrar o contexto da época. Contar a trajetória de Tarcísio é contar a história da Geração 68, da juventude que saiu às ruas no mundo para se expressar”, afirma Homero Fonseca. A livraria fundada no dia 27 do mês 7 de 1970 por Tarcísio Pereira - integrante dessa geração e supersticioso com o numeral 7 -, em plena ditadura militar no Brasil, logo se tornou “um canal de manifestação dessa juventude estudantil pela cultura”, diz ele. A Livro 7 surgiu num espaço exíguo no nº 286 da Rua Sete de Setembro, bairro da Boa Vista, Centro do Recife. “Era tão pequena e tão atulhada de livros que a gente entrava, escolhia um, saía para o corredor para poder tirar a carteira do bolso da bunda e voltava para pagar no caixa.” A descrição, reproduzida no livro, é do escritor e dramaturgo Hermilo Borba Filho (1917-1976). De 1974 a 1978 a Livro 7 funcionou no casarão 307 da mesma rua e de 1978 a 1998 ocupava um galpão de 1.200 metros quadrados no imóvel 329, sempre na Sete de Setembro. No Guinness Book, o livro dos recordes, apareceu como a maior livraria do Brasil de 1992 a 1996. Frequentada por intelectuais da direita e da esquerda, era reconhecida como ponto de encontro dos recifenses. “É célebre a tirada do deputado Ulysses Guimarães, num jantar após o lançamento do seu livro Rompendo o cerco: Em Pernambuco, não existem só dois partidos, o MDB e a Arena. Aqui há um terceiro partido: a Livro 7”, recorda Homero Fonseca numa passagem do livro. Ao traçar o perfil do livreiro, ele compartilha com os leitores histórias curiosas sobre a vida do menino e do jovem Tarcísio. Também aborda problemas que levaram à falência da livraria: planos econômicos implantados nos anos 1990, a decadência do Centro e a inadimplência de consumidores. “Era uma relação comercial de bodega a que estabeleci com os clientes”, reconhece Tarcísio Pereira, em entrevista concedida dois anos após o fim da Livro 7. Ele pretendia abrir uma livraria no Mercado da Torre, na Zona Oeste do Recife, mas morreu antes, diz Homero Fonseca. Serviço O que: Lançamento de Tarcísio Pereira - Todos os livros do mundo Quando: 27 de julho em evento aberto ao público Local: Paço do Frevo (Rua da Guia, s/n, Bairro do Recife) Hora: 19h Preço do livro: R$ 45 (impresso) e R$ 18 (e-book) Trecho do poema Saga de um semeador, de Marcelo Mário de Melo, publicado no livro Ele juntou sete sonhos e plantou dentro de um livro numa manhã de setembro. Depois de sete semanas brotaram sete mil frutos. E continuou plantando. Sua vida virou livros em ciranda e carnaval com sete orquestras tocando. 

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espetaculo serra talhada

Serra Talhada vai receber o espetáculo O Massacre de Angico – A Morte de Lampião

As apresentações serão entre os dias 27 e 31 de julho, sempre às 20h, na Estação do Forró O espetáculo teatral O Massacre de Angico - A Morte de Lampião foi exibido pela primeira vez há 10 anos e está mais uma vez na programação do Tributo a Virgolino - A celebração do Cangaço, evento promovido pela Fundação Cabras de Lampião, e que vai ser realizado entre os próximos dias 27 e 31 de julho. A peça, voltada para toda a família, vai acontecer em todos os dias do evento, sempre às 20h, na Estação do Forró em Serra Talhada. A entrada é gratuita e a expectativa é que mais de 50 mil pessoas confiram o trabalho ao longo dos cinco dias.  O Massacre de Angico - A Morte de Lampião relembra o encontro entre os militares do governo Getulista e os cangaceiros liderados por Lampião e Maria Bonita. O casal e outros nove integrantes do bando foram mortos no dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe, o que praticamente pôs fim a Era do Cangaço. O texto dramatúrgico foi escrito pelo pesquisador do Cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu, e onde a peça será encenada. Para Anildomá, o “molho” que rege toda esta história é o perfil apresentado do homem, símbolo do Cangaço, visto por um viés bem mais humano. “Mostraremos ao público um Lampião apaixonado, que sente medo, que é afetuoso, e que não representa somente a guerra travada contra os coronéis e fazendeiros, contra a polícia e toda estrutura de poder. Vamos mostrar o homem que amava as poesias e sua gente”, revela o autor. Com o lema “O Maior Espetáculo ao Ar Livre do Sertão Nordestino”, O Massacre de Angico - A Morte de Lampião conta com 30 atores, 70 figurantes, além de 40 profissionais na equipe técnica e administrativa. A direção é de Izaltino Caetano, mestre responsável por grandes produções teatrais ao livre em Pernambuco.  No elenco, atores de Serra Talhada, e também do Recife, de Limoeiro e de Olinda, além da atriz/cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita e é natural de Maceió, Alagoas, mas passou toda a infância em Serra Talhada. O ator e dançarino, Karl Marx, vive o protagonista Lampião.  “A responsabilidade é grande porque trata-se de uma personagem que mexe com a imaginação das pessoas, que influenciou a cultura popular sertaneja, os valores morais e até o modo de viver do nosso povo. Para mim, que sou da terra de Lampião, que nasci e me criei ouvindo histórias sobre esses homens que escreveram nossa história com chumbo, suor e sangue, me sinto feliz e orgulhoso pela oportunidade de revelar seu lado humano, suas emoções, seus medos e todos os elementos que o transformaram nessa figura mítica”, declarou Karl Marx . “Este trabalho é mais do que um desafio profissional. É quase uma missão de vida, ainda mais quando se trata de Cangaço, tema polêmico que gera divergências, contradições e até preconceitos”, acrescentou ele. Trata-se de uma realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, com incentivo do FUNCULTURA/Secretaria de Cultura/Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Serra Talhada, além de diversas empresas locais. A montagem teve a sua estreia em julho de 2012. História - O espetáculo reconta a vida do Rei do Cangaço, Lampião, desde o desentendimento inicial de sua família com o vizinho fazendeiro, Zé Saturnino, ainda em Serra Talhada, até a sua morte. Na história, para evitar uma tragédia, o pai, Zé Ferreira, fugiu com os filhos para Alagoas, mas acabou sendo assassinado por vingança. Revoltados e querendo fazer justiça com as próprias mãos, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos entregaram-se ao Cangaço, movimento que deixou políticos, coronéis e fazendeiros apavorados nas décadas de 1920 e 1930 no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por outros, os cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições sociais da época.ResponderResponder a todosEncaminharVA

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Orquestra Jovem Criança Cidadã comemora 16 anos com “orquestra gigante” no Instituto Ricardo Brennand

Gratuita, a apresentação presta homenagem à amplitude do projeto que, desde 2006, resgata e profissionaliza crianças e jovens de comunidades em Recife e região (Da Coordenação de Comunicação) Os dezesseis anos da Orquestra Criança Cidadã serão comemorados como devem ser: com uma reverência à história das artes. Essa é uma parte do conceito que circunda o Concerto Oficial de Aniversário do projeto, que será realizado no próximo dia 23, no Instituto Ricardo Brennand, às 15h30, com entrada gratuita. Desta vez, a história da própria Orquestra é revelada pelo seu tamanho: em sua maior formação até agora, com 90 músicos, a Criança Cidadã deve se apresentar com todos os alunos de seu grupo principal, a Orquestra Jovem, junto a professores e músicos convidados da Orquestra Infantojuvenil. “Quero muito que façamos uma grande celebração, com todo mundo de todas as equipes, para que todos vejam como o projeto é extenso”, explica o maestro titular, José Renato Accioly. “Neste aniversário, quero juntar todo mundo e trazer do motorista ao coordenador geral, das auxiliares de limpeza ao soldado que nos ajuda”, reforça. O espetáculo, programado para acontecer na Galeria do Instituto que expõe arte de todo o mundo, possui um repertório que deve causar o mesmo efeito: o concerto se inicia com a Bachianas Brasileiras n° 4, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959); as Três peças nordestinas, de Clóvis Pereira, que completou 90 anos em maio passado, e, como encerramento, a Suíte sinfônica nº 1 da ópera Carmen, do compositor francês Georges Bizet (1838-1875). Este também será o segundo concerto de aniversário que Accioly rege, contando com o especial gravado em 2021 para as comemorações de 15 anos, mas a primeira como maestro titular, e ao vivo e aberto ao público. “Da outra vez fizemos uma gravação também no Instituto Ricardo Brennand, mas sentimos muito: não há nada como ter público. A gente faz isso para eles”, afirma. Finalizando a programação de concertos de aniversário, no próximo dia 31 a Orquestra Criança Cidadã deverá se apresentar na Galeria 1 da Caixa Cultural Recife, às 15h30, em um concerto também gratuito, repetindo o repertório tocado no Instituto Ricardo Brennand. O calendário completo de concertos da Orquestra Criança Cidadã neste ano está disponível no site do projeto: http://orquestracriancacidada.org.br/concertos. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com realização da Funarte e patrocínio máster da Caixa Econômica Federal.

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Entre nos talvez estejam multidoes Aiano Pedro Maia

Janela de Cinema realiza edição especial

A programação é realizada de 12 a 24 de julho, com mostras no Cinema da Fundação  e Cineteatro do Parque, pré-estreias, aulas presenciais e online, oficina e lançamento de nova cópia do filme "A Rainha Diaba" (1974), estrelado por Milton Gonçalves. O festival Janela Internacional de Cinema do Recife realiza uma edição de transição de 12 a 24 de julho. A programação marca o retorno do evento às salas de cinema do Recife, com duas mostras especiais e inéditas, além de pré-estreias e atividades especiais. Em 2021, o festival foi realizado em formato experimental e online, devido a pandemia da Covid-19. A última edição presencial foi em 2019. O ciclo de atividades antecede a retomada do formato tradicional do festival, que terá sua décima quarta edição em novembro deste ano, com mostras competitivas. O Janela traz nesta edição especial uma mostra com todos os longas-metragens da cineasta estadunidense Kelly Reichardt, considerada um dos principais nomes do cinema independente mundial; a mostra  Ladrões de Cinema, com curadoria dedicada à presença marcante de atores e atrizes negras na história do cinema brasileiro; as estreias dos premiados longas brasileiros “Rio Doce”, de Fellipe Fernandes, e “Entre nós talvez estejam multidões”, de Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito, a pré-estreia do longa de terror “Crimes of The Future”, de David Cronenberg, exibido no Festival de Cannes; uma obra inédita comissionada da artista Anti Ribeiro; o programa de curtas comissionados Eu Me Lembro; cinco aulas-encontros com diferentes temas e formatos, incluindo uma conversa com Antônio Pitanga; e o workshop 2ª Janela de Criação, dedicado a se debruçar sobre arquivos fotográficos de populações trans. A curadoria desta edição especial é formada por Luís Fernando Moura, Lorenna Rocha e Rita Vênus. Na terça-feira (12/07), às 19h, o festival realiza um diálogo online da equipe de curadoria com o público através do site do festival. Como parte da mostra Ladrões de Cinema, em parceria com a organização Cinelimite e o laboratório Link Digital, o Janela promoveu a digitalização dos negativos do filme "A Rainha Diaba" (1974), que será apresentado pela primeira após a ação de preservação. Estrelado pelo ator Milton Gonçalves, falecido este ano, o filme cinquentenário é dirigido por Antonio Carlos Fontoura, que estará presente no festival para debate, bem como a consultora do processo de digitalização, Débora Butruce. O festival Janela de Cinema mais uma vez se dedica a trazer filmes inéditos e especiais, difundir e preservar os arquivos de cinema e promover trocas de conhecimento e experimentos sobre o audiovisual e a cultura brasileira contemporânea e mundial. As sessões e atividades do ciclo são realizadas no Cinema da Fundação (Derby) e Cineteatro do Parque, além de dois encontros online. Toda a programação detalhada e sinopses estarão disponíveis no site https://www.janeladecinema.com.br/.  A edição especial do Janela de Cinema é realizada pela Cinemascópio Produções com incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura, Governo de Pernambuco e apoio da Embaixada da França. O Janela tem direção artística de Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux, coordenação de programação de Luís Fernando Moura, coordenação de produção de Dora Amorim, assistência de produção de Juliana Soares, e produção executiva de Carol Ferreira, assessoria de imprensa de Flora Noberto e conteúdo para redes sociais do Mirah Ateliê de Ideais (Juliana Santos e Paula K.). A identidade visual do Janela é assinada pela designer e artista Clara Moreira a partir de imagens da intervenção do coletivo Coque Vídeo no Centro do Recife, realizada pelo festival em 2021. "No final do ano, o Janela deve retomar o formato que conhecemos antes do início da pandemia, e esta edição de agora marca um retorno do Janela à cidade – mais um experimento, e também extremamente especial, que montamos com olhos e ouvidos atentos", diz Luís Fernando Moura. "Nesta edição, trazemos o conjunto da obra de Kelly Reichardt pela primeira vez ao Brasil, propomos um olhar para a filmografia brasileira com cópias raras ou inéditas e exibição de filmes especiais. Em torno disso, estamos experimentando o que é retornar às salas também através das Aulas do Janela, atividades em que nos debruçamos sobre as imagens que nos cercam, dos arquivos, aos ícones, ao que vemos na internet. Um festival de cinema é um espaço de formação em muitos sentidos, é um lugar de experimentação coletiva em torno de imagens", explica.  MOSTRAS - A mostra Kelly Reichardt Integral traz pela primeira vez ao país o conjunto de sete longas-metragens da cineasta estadunidense: "Rio de Grama", "Antiga Alegria", "Wendy e Lucy", "O Atalho", "Movimentos Noturnos", "Certas Mulheres" e "First Cow: A Primeira Vaca da América". Reconhecida pela crítica mundial e presente nos principais festivais, sua obra dirige um olhar contemporâneo à identidade do continente americano e particularmente dos Estados Unidos, revisitando os efeitos da colonização nos EUA e o estado de espírito de personagens forasteiras, frequentemente mulheres, através de dramas íntimos, histórias de viagem e amizade e uma versão própria de uma perspectiva sobre gêneros do cinema americano, como o western. Outro destaque será a mostra Ladrões de Cinema, uma seleção dedicada a olhar a história do cinema brasileiro a partir do protagonismo dos artistas negros e negras. A mostra é uma pequena seleção de cinco longas-metragens, filmes de 1957 a 2018, a partir de cópias digitais disponíveis para cinema, em DCP, que investigam a ideia de Brasil com as presenças marcantes de artistas como Grande Otelo, Léa Garcia ou Antonio Pitanga. "Nesta mostra, a ideia de autoria é de certo modo subvertida, sendo que o eixo com que olhamos a história passa a ser o que e quem está em frente às câmeras, particularmente estes artistas que, através da atuação, indicam que há uma história da arte a ser contada a partir destas presenças memoráveis, incontornáveis, mobilizadoras de todo um imaginário", diz Luís Fernando Moura.  Entre os filmes da Mostra Ladrões de Cinema, está “A Rainha Diaba” (1974), protagonizado por Milton Gonçalves, grande talento da dramaturgia brasileira que faleceu recentemente. Com roteiro de Plínio Marcos, Milton interpreta um personagem inspirado em João Francisco dos Santos,

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SILVANIA RAMOS FOTOGRAFA MORGANA NARJARA 2

Mostra de dança exalta a mulher nas danças de matriz afro-indígena

A I Mostra Obinrin-Kunhã de Dança acontecerá nos dias 14, 15 e 16 de julho, no Youtube, com a exibição de 17 solos inéditos e rodas de diálogos entre mulheres. (Foto: Morgana Narjara) Com o intuito de jogar luz na beleza, na força e no protagonismo das mulheres nas danças populares de matriz e motriz afro-indígena, sendo este um importante espaço para a visibilidade, o empoderamento e o fomento artístico feminino, a I Mostra Obinrin-Kunhã de Dança acontecerá virtualmente nos dias 14, 15 e 16 de julho (quinta e sexta-feira a partir das 20h, e sábado a partir das 19h) com acesso livre pelo Youtube (canal I Mostra Obinrin-Kunhã de Dança) - link disponível no Instagram @mostraobinrinkunha. O projeto possui incentivo da Lei Aldir Blanc 2021. Nos três dias de programação, serão apresentados 17 solos inéditos de dança, cada um com duração de até 10 min, exaltando o brilho de mulheres com trajetórias expressivas em seus movimentos e danças tradicionais como caboclinhos, maracatu, afoxé, xaxado, cavalo-marinho, frevo, samba-de-roda, coco, capoeira, entre outras, além de rodas de diálogos. Os trabalhos serão distribuídos em eixos que dialogam sobre re(existência), memória, espiritualidade, história, ancestralidade e continuidade. Entre as participantes que apresentarão seus solos, estão mestras da cultura popular, artistas da dança, brincantes e criadoras-intérpretes. São elas: Zenaide Bezerra, Mestra Jeane Ferreira, Mestra Nice Teles, Maria Inêz, Denise Maria, Luciana Souza, Mirtes Ferreira, Iara Campos, Taynã Fortunato, Janaína Santos, Juliana Ramos, Silvania Ramos, Priscilla Tawanny, Josy Siqueira, Islene Martins, Marcela Santos e Marcela Rabelo, que também é produtora cultural e idealizadora da mostra. Nas rodas de diálogo, para pensar a trajetória e os desafios de ser mulher da dança e da cultura popular, estarão presentes as artistas da dança Vilma Carijós, Amélia Veloso, Adriana do Frevo, Zenaide Bezerra, Janaína Santos, Marcela Rabelo e a historiadora e pesquisadora da cultura popular Carmem Lélis. “Obinrin (Obìnrin em Yorùbá, mulher, força do feminino) e Kunhã (do tronco tupi-guarani, mulher, moça, liderança feminina) são palavras que se apresentam para nomear a mostra numa perspectiva de reflexão, de busca e de retomada de valores e princípios para pensar as danças populares, afro-indígenas e brasileiras como lugar de produção de conhecimento, reconhecimento de nossa história e do papel das mulheres neste processo. Através dos trabalhos solos apresentados por artistas da dança e da cultura popular, a mostra visa ressaltar o trabalho de mulheres, que através do fazer artístico, sociocultural e ritualístico, reconhecem sua própria identidade e história, frente a um mundo que cada vez mais insiste no apagamento, desvalorização e na invisibilidade da importância destas danças para o entendimento de si  enquanto ser protagonista de uma humanidade que preza a coletividade dos seres”, explica a artista da dança Marcela Rabelo, produtora cultural e idealizadora da mostra.             A Mostra, que possui incentivo da Lei Aldir Blanc 2021, conta no total com uma equipe de 40 profissionais, onde 80% são mulheres. Com coordenação de Marcela Rabelo, produção executiva de Felipe França e produção de Marriane Costa, a mostra também buscou, desde o processo de sua elaboração, o posicionamento do lugar de protagonismo e poder de decisão das mulheres integrantes de cada uma das etapas e funções desempenhadas no projeto. Para Marcela, este é um passo importante não só como mulher, mas como artista da dança, onde as decisões na feitura do projeto são centradas a partir do posicionamento das artistas envolvidas, respeitando suas escolhas e o tempo cotidiano de participante (tendo em vista que além do trabalho com a dança, com a comunidade e com o entorno que ela propicia, muitas das artistas e mestras também são mães). “Viabilizar não só espaços de visibilidade e fala para as mulheres artistas da dança e da cultura popular, mas poder de decisão sobre os recursos é também reparação histórica. Que mais e mais de nós possamos protagonizar e decidir”, negrita a idealizadora da mostra. PROGRAMAÇÃO DIA I | 14/07 | OBINRIN-KUNHÃ: RE(EXISTÊNCIA) E MEMÓRIA A FORÇA DAS RUAS (1min30) Josy Siqueira PENACHO AMARELO, MULHER E ANCESTRALIDADE CABOCLA (7min) Mestra Jeane Ferreira IJÓ ASÈ ERÊ (4min) Janaina Santos  CORPO MEMÓRIA (7min28) Taynã Fortunato SOU A BELEZA QUE DANÇA E NÃO SILENCIA (3min 46) Juliana Ramos A RESISTÊNCIA DO MARACATU FEMININO DE BAQUE SOLTO CORAÇÃO NAZARENO (4min) Denise Maria RODA DE DIÁLOGO DIA II | 15/07 | OBINRIN-KUNHÃ: ESPIRITUALIDADE, HISTÓRIA E REVOLUÇÃO JACIRA (5min39) Iara Campos O FUTURO DO PASSADO E O PASSADO DO FUTURO (2min30) Islene Martins MARAVILHOSAS PERNAMBUCANAS (7min) Priscilla Tawanny MINHA DANÇA TEM HISTÓRIA! (6min) Mirtes Ferreira TAPUIA DO CANINDÉ (8min) Silvania Ramos SAUDAÇÃO AS YÁBÁS (5min) Maria Inêz RODA DE DIÁLOGO DIA III |16/07 | OBINRIN-KUNHÃ:  ANCESTRALIDADE E CONTINUIDADE DE RAIZ PRA RAIZ (5min) Marcela Santos NO PASSO DA VIDA...SÃO DOIS PARA LÁ DOIS PARA CÁ (3min) Zenaide Bezerra O LEGADO (8min) Mestra Nice Teles FOLHAS (3min) Luciana Souza DA SERPENTE À ROSEIRA, SALVE AS ARRUACEIRAS! (8min) Marcela Rabelo RODA DE DIÁLOGO

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Sumaya Espelho dagua

MAMAM recebe exposição colaborativa Isto é um roçar de mãos?

“Isto é um roçar de mãos?'' é a pergunta-provocação que nomeia a próxima exposição coletiva no Aquário Oiticica, sediado no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam). A mostra reúne os trabalhos dos artistas Kaísa Lorena, Mitsy Queiroz e Sumaya Nascimento que, a partir de reuniões iniciadas em janeiro deste ano, apresentam 23 obras-híbridas, nas quais a mistura de linguagens, processos criativos, afetos, materiais, técnicas, suportes e conceitos serviram enquanto mote expositivo. A exposição contou com a curadoria de Guilherme Moraes, editor da Revista Propágulo e pesquisador no Programa Associado de pós-graduação em Artes Visuais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Ana Gabriella Aires, professore, escritore e pesquisadore associada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Em conjunto, a dupla de co-curadores atuou enquanto testemunhas, ouvintes e conversadores dentro dos encontros, contribuindo com interrogações e observações que se transformavam, gradativamente, em debates metalinguísticos sobre os processos de curadoria, socialização e criação coletiva desenvolvidos ao longo dos últimos seis meses. “Isto é um roçar de mãos?'' foi incentivado pela Prefeitura do Recife, por meio do edital de fomento à cultura Recife Virado, e é um desdobramento da pesquisa de Mestrado de Kaísa, intitulada “O entretecer estético-político para criação poética de imagens híbridas: um estudo teórico e prático de criar em rede tecendo junto a corpos dissidentes”. Dentro da pesquisa, a artista-proponente da mostra pretende investigar processos criativos dentro de dinâmicas de criação em rede, herança de uma auto-observação: “comecei a pensar sobre como era mais estimulada a criar quando estava com outras pessoas”, explica em uma das reuniões. Partindo da observação da bricolagem como forma de produção, isto é, um trabalho manual feito de improviso e que aproveita materiais diferentes, o ponto de partida para a reunião dos três artistas foi o ato de entretecer, que significa vamos tecer juntos. Por isso, durante o período de imersão, os artistas compartilharam uma espécie de diário de campo coletivo, em que foram estimulados a incorporar o imprevisível dos percursos de produção artística ao diálogo e dinâmicas de produção construídas entre eles em cada encontro. “Pudemos ver Mitsy Queiroz, artista e arte-educador, desafiar suas colegas a partir de produções suas, solicitando, para o encontro seguinte, a realização de imagens fotográficas arranjadas em frase. Em um encontro seguinte, após a socialização e conversa sobre o exercício posto por Mitsy, a artista Sumaya Nascimento foi propositora de uma nova partida que se sucederia: cada um dos outros dois artistas deveria, em uma semana, apresentar-lhe uma produção tridimensional. Desses entrecruzamentos foi-se criando um processo de socialização de inquietações e vontades relativas a cada investigação individual em curso, como também sendo propostos, paulatinamente, pontos de contato e contaminação entre poéticas dispostas a se parearem no espaço-tempo desta ação”, explicou Guilherme Moraes no comentário curatorial da Exposição. A exposição “Isto é um roçar de mãos?'', pergunta retirada do poema de Carlito Azevedo, crítico e poeta brasileiro, não deve ser pensada enquanto produto final, mas enquanto processo de constante construção. “As reuniões foram momentos de andanças em direção aos outres”, escreve Euana, autora do texto curatorial. “Entretecidos entre si e entre as obras – que em dado momento têm a autoria contaminada – ficamos todos. Como não ficar, no aqui e no agora? […] Eis, pois, a mostra de diálogos, afetos, a mostra do contato que para acontecer sempre tiveram e continuam tendo os próprios afetos enquanto guia, um roteiro errante”, pontua em outro trecho. Após a inauguração, a mostra colaborativa fica aberta para visitação até 30 de julho, de terça-feira a sábado, das 12h às 17h. Ao todo, somam-se 23 obras, entre elas, 12 fotografias, uma instalação, 4 esculturas e 2 livros-objetos. SERVIÇO MAMAM recebe exposição colaborativa Isto é um roçar de mãos Siga no Instagram: @entre_tecer

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Fotografia Eliza Albuquerque

Sertão é tema de exposição no Recife com diversas expressões de arte

21 artistas compõem ‘Entre Sertão e Versos’, mostra que acontece no Bairro do Recife até o dia 27 de julho (Foto: Eliza Albuquerque) A galeria 180Arts, na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, recebe até o dia 27 de julho a exposição "Entre Sertão e Versos”. A entrada é gratuita. A mostra coletiva apresenta obras de 21 artistas com recortes de sentimentos, arte, olhares e personalidade do povo sertanejo. “Memórias afetivas, cotidiano, terras abstratas, versos sobre imensidão, todas as expressões artísticas desta exposição formam um mapa poético da essência de vida que vibra sob as terras do Sertão”, conta Yasmin Batista, uma das curadoras da exposição. Para Gisele Carvallo, a outra curadora da mostra, o Sertão é sinônimo de vida que pulsa intensamente, histórias de luta, de amores, sorrisos e lágrimas. “Na terra, entre as pessoas, no sol que se põe magicamente, no céu estrelado que surge como tapete de reticências, reticências que faz o povo sonhar”, conta Carvallo sobre referências do recorte principal da obra. Diante dos olhos florescem esculturas, pinturas, fotografias e poemas que evocam histórias do Sertão. Os artistas da exposição são Adilson A. Silveira Júnior, Alexsandro S. Maior, Antonio Monteiro, Bella Soares, Cíntia M. da Silva, Diego de A. Martins, Eliza Albuquerque, Flávio H. Nascimento Miranda, Jacira Nascimento, Josiane Nardaci Rodrigues, Kallynny B. Marinho Carvalho, Mariane Paiva, Mayssa L. C. C. Leão, Nilo dos Anjos, Noilton Pereira, Paulo Romão, Pollyanna Queiroz, Romulo Barros, Silvana de Andrade, Vivian Matias dos Santos e Wilder Barros. SERVIÇO: Exposição coletiva Entre Sertão e VersosQuando: até 27 de julhoOnde: Galeria 180Arts, rua da Guia, 207. Bairro do RecifeVisitação:Quarta a sexta: das 10h às 12h e das 14h às 18hSábados e domingos: das 14h às 18hEntrada: gratuita

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