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3 quadrinhos para ler antes (ou depois) de assistir o novo filme do Batman

*Por Eduardo Martins Enfim, vamos voltar a falar de quadrinhos. A saudade estava grande, estimados leitores. E nada melhor que recomeçar a Coluna Gibitown com o assunto mais quente do momento na cultura pop, no cinema e nos quadrinhos. Com estreia no dia 3 de março, THE BATMAN, dirigido por Matt Reeves e protagonizado por Robert Pattinson, é o mais novo blockbuster de sucesso de 2022.  Na primeira semana de exibição, o longa-metragem já arrecadou mais de 31 milhões de reais. Se juntar com a pré-estreia do filme, realizada no dia 1º de março, o valor total vai para 45 milhões de reais. Mais de 2,2 milhões de espectadores foram aos cinemas assistir ao novo filme do morcegão, segundo dados da pesquisa realizada pela ComScore. No calor do hype, nada melhor que entender quais são as referências que ajudaram a moldar a película de Reeves. Como aqui o assunto é quadrinhos, vamos nos ater apenas ao formato e não vamos falar do filme, “SEM SPOILERS”. Essa lista é tanto para você, que ainda não viu o filme, quanto para quem já assistiu. A ideia é mesclar quadrinhos lançados recentemente com outros nem tanto, tentando fugir dos clássicos que aparecem em todas as listas do Homem-Morcego. E assim, agradar, tanto o fã mais "raiz", quanto o novo leitor.  Batman - O Impostor Dentro dessa linha de raciocínio, a primeira HQ da lista tinha que ser essa, lançada aqui no Brasil pela editora Panini em outubro do ano passado. ⁣Há tempos que não lia algo tão legal do homem-morcego. História bem amarrada, desenhos realistas, cores sensacionais. Páginas que saltam do papel, tamanha é a semelhança com os movimentos vistos no novo longa-metragem. As aparências não param por aí, o jovem Bruce Wayne desenhado pelo artista Andrea Sorrentino tem o rosto praticamente idêntico ao de Robert Pattinson. Isso porque “Batman: O Impostor'', é escrita por Mattson Tomlin, que também é o roteirista do novo filme do morcego.  Contudo, mesmo que as aparências e o tom da série sejam reais, o quadrinho não é uma cópia da história vista nos cinemas. Em “Batman, O Impostor”, vemos o jovem Bruce Wayne como Batman há menos de um ano. Na página de abertura, já podemos sentir como será essa minissérie: realista e violenta, mesmo que o protagonista, por mais ridículo que isso possa parecer, use uniforme e máscara. As semelhanças, digamos, mais bobas param por aí. ⁣ Um fake Batman está aterrorizando Gotham City, sem piedade, e tudo feito diante das câmeras. Assassinatos a sangue frio ao vivo em vídeo. Na mira de poderosos criminosos e do Departamento de Polícia de Gotham City, o verdadeiro Batman trava um jogo de investigação para conseguir descobrir quem é o impostor e, assim, limpar seu nome. ⁣ Dividida em três partes, ainda conta com arte de Andrea Sorrentino (Gideon Falls e Coringa: Um Sorriso De Matar) e cores de Jordie Bellaire (Superman e Authority). Batman - Ego O maior inimigo do Batman é o próprio Batman. Em Batman - Ego, o vencedor do prêmio Eisner, Darwyn Cooke está no auge da sua curta carreira como quadrinista (ele faleceu aos 53 anos de idade, em 14 de maio de 2016, vítima de câncer), e faz uma viagem nas profundezas da mente perturbadora do herói. Não se engane com o traço mais cartunesco do artista, achando que apenas uma história para crianças.  Não é à toa que EGO foi o quadrinho escolhido por Matt Reeves e Robert Pattinson para guiar a criação da mentalidade do novo Batman dos cinemas. Antes do filme entrar em exibição, Reeves disse em entrevista a DC FANDOME que a história lançada no ano de 2000 por Cooke:  “Eu queria entrar na mentalidade do personagem e queria pensar na psicologia. Para mim, uma HQ que combina esses elementos é 'Ego'. Ele está enfrentando a fera que é o Batman e é esse tipo de dualidade que eu procurava. Há muito no que está tentando fazer na história sobre ele confrontando o lado sombrio de si mesmo e o grau que você tem de autoconhecimento.”  Já Pattinson disse ao Den of Geek que 'Ego' o influenciou para criar a abordagem psíquica justaposta de Batman com Bruce Wayne: “Bruce está totalmente comprometido em ser o Batman, que simplesmente não liga em ser visto pela cidade. Ele não deseja ser Bruce. Ele acha que é assim que ele pode se salvar, vivendo nesse tipo de estado zen como Batman, onde é apenas puro instinto e nenhuma bagagem emocional”.  “Batman: Ego e outras histórias” foi relançado em maio de 2021, também pela Editora Panini, como um compilado de histórias mais curtas. Batman: Ego (2000) 1, Batman: Gotham Knights (2000) 23 (II), 33 (II), Solo (2004) 1, 5, Harley Quinn Holiday Special 1, Selina's - Big Score 1. Essa última, é uma ótima HQ referência da Mulher-Gato do novo filme.   Batman - Terra de Ninguém É claro que, com o sucesso do novo filme do Reeves, uma continuação é mais do que esperada. Isso porque o final de THE BATMAN pode ter sido inspirado no extenso arco “Terra de Ninguém”, lançado em 1999. No total, "Terra de Ninguém" teve 80 edições mensais regulares, que foram reunidas posteriormente em uma enorme coleção de capa dura em cinco volumes, lançada no Brasil pela Editora Eaglemoss. Nos quadrinhos, a história começa com o arco “Cataclismo”, que descreve um grande terremoto que atingiu Gotham City. Como resultado, o governo dos EUA evacua oficialmente Gotham e depois abandona e isola aqueles que optaram por permanecer na cidade. Gotham é colocada em quarentena do resto do país com lei marcial em vigor. Cenário perfeito para estabelecer o caos, com uma galeria implacável de inimigos e poderosos tentando conquistar seus territórios. "Terra de Ninguém" mostra, em detalhes, um período da vida dos moradores da cidade, explicando todos os acontecimentos desde o momento do isolamento, até o momento da reabertura e o início da reconstrução. Sem querer entrar em detalhes, para evitar os malditos spoilers, Terra de Ninguém é

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Aniversário do Recife: cidade ganha exposição fotográfica gratuita

40 obras atravessam panoramas da cidade inspirada no pintor holandês Vincent Van Gogh A capital pernambucana, que faz 485 anos em 12 de março, recebe na véspera da data, presente à altura: uma exposição fotográfica gratuita.'O Recife de Van Gogh'propõe ao visitante um mergulho da cidade através da arte, natureza, poesia e cotidiano das pessoas. Cerca de 40 obras da fotógrafa Gisele Carvallo são inspiradas na arte de Vincent Van Gogh, pintor holandês, um dos nomes consagrados da pintura pós-impressionista. O evento marca a abertura da Galeria 180Arts, na Rua da Guia, nº 207, Bairro do Recife. O local está aberto para visitação até 20 de abril, sempre das 10h às 19h. O acesso é gratuito. Não é necessário agendamento, mas é preciso apresentar o comprovante vacinal contra a covid-19. Segundo a autora Gisele, o público vai encontrar na exposição uma cidade vestida de poesia, gentes, cenários urbanos, o rio que nos entrecorta. Um Recife melancólico e provinciano, um lugar intenso, de norte a sul, onde as cores dançam sinfonias de céu, terra e água, também faz parte da proposta. "Esperamos que as pessoas consigam enxergar a poesia nas coisas simples da cidade, naturezas-mortas, tipos humanos, nas paisagens que passam despercebidas ao olhar apressado do cotidiano", revelou Carvallo. Ainda segundo ela, a expectativa é que o público consiga ir além da percepção comum, encontre os traços das cores que banham a cidade, do calor e do sol. O evento que faz convite para um constante diálogo com o método iluminado das obras da expositora, tem a curadoria de Emerson Pontes. Para ele, a mostra precisa ser sentida por todos os públicos. “A exposição traz imagens esperançosas, de esplendor e de luz. Conceito contrastante com o estilo pessoal do artista, num tempo em que a imagem se tornou sua religião, em tempos sombrios. E eis que a mostra sugere ideias. Basta contemplar a paisagem fora da galeria", conclui Emerson. Sobre Van Gogh: A descoberta dos brancos e amarelos como efeito de contraste nas paisagens de gama fria foi um dos feitos emocionantes dentro do processo criativo do pintor Vincent Van Gogh (1853-1890). Os fundamentos visuais – da cor como luz – constituem um legado de atributos mensurados até hoje dentro da fotografia contemporânea. SERVIÇO:Recife ganha exposição fotográfica gratuita na semana de aniversárioAbertura: 11 de março, a partir das 19hPeríodo de cartaz: 12 de março a 20 de abril, das 10h às 19hEntrada: gratuitaOnde: Galeria 180Arts, Rua da Guia, 207, Bairro do Recife

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Macunamassa lança terceiro álbum da carreira

“Fissura” foi gravado ao vivo como um grito contra a tragédia que o País vive A banda Macunamassa lança, nesta terça, 1º de março, nas plataformas de música, o terceiro álbum de sua carreira, "Fissura". Gravado de uma “tacada só” e ao vivo, o trabalho foi transformado ao longo de sua produção. “A gente estava se reunindo aqui em casa para criar um EP de Soul e Funk, mas com a pandemia precisamos nos isolar, veio o aumento do caos político, social e de saúde, e nós fomos pesando a mão, até perceber que o repertório dançante não cabia mais ali”, destaca João Marinho Chinaski, designer e baterista da banda. O grupo de Escada, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, é reconhecido pela presença de palco marcante e por mesclar diferentes influências na sua musicalidade, que chama de “rock instrumental, etc e tal”. O novo trabalho marca um novo ciclo, com uso farto de Fuzz, característico do Stoner Metal, fazendo de Fissura o trabalho mais pesado da banda. “O disco é um grito de basta contra esse caos político e descaso com a saúde; é pra ser um despertar da consciência”, enfatiza Tomás Azevedo, guitarrista e vocalista. A adaptação da sonoridade não foi a única mudança. O próprio processo de produção precisou ser revisto em função das restrições por segurança sanitária. “Tivemos pouquíssimos encontros para ensaiar e gravar, tomando todos os cuidados, mas isso acabou somando a nova proposta de fazer um disco rápido e direto”, avalia Tomás. Como resultado, Fissura é um álbum denso e pesado, gravado inteiramente ao vivo em um único take, recebendo apenas overdubs de uma segunda guitarra para dar corpo à produção, após a gravação inicial. “Se errássemos, voltávamos para a primeira faixa, para fazer tudo ao vivo do zero”, reforça o baterista João Marinho. Nesse grito contra a tragédia que o País vive, as 4 faixas de Fissura trazem peso, fúria e o desejo - a “fissura” - de um novo momento social de segurança alimentar, social e sanitária, com encontros e uma volta plena aos palcos. O trabalho foi produzido pela própria banda e gravado, mixado e masterizado por Hilquias Souza, do HS Studio, em Escada/PE, fortalecendo a cadeia produtiva da música local. E conta ainda com apoio do selo independente Esperantivo - Casa, Comida e Cultura na promoção do trabalho.

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Fundaj lança Especialização em Conservação e Restauração do Patrimônio Cultural Edificado

Objetivando o aperfeiçoamento dos servidores públicos que trabalham na preservação de prédios históricos, a Fundação Joaquim Nabuco lança o edital do curso “Especialização em Conservação e Restauração do Patrimônio Cultural Edificado”. São 30 vagas disponíveis na capacitação, que é promovida pela Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP) da instituição. As aulas serão realizadas na modalidade de Ensino a Distância (EAD). As inscrições poderão ser feitas no período de 4 a 14 de abril. “No Brasil, existe uma carência de profissionais capacitados ao planejamento, elaboração de projetos e condução de obras de bens culturais edificados que são patrimônios das cidades, pois representam suas histórias. Visando minimizar essa carência, a Fundaj lança, em caráter inédito, a especialização que contribuirá efetivamente para a preservação do patrimônio cultural nordestino”, afirmou a coordenadora de Pós Graduação da Fundaj, Cláudia Verardi. Com duração total de 18 meses, o curso busca formar, prioritariamente, servidores públicos federais, atuantes no planejamento, elaboração de projetos e condução de obras de restauração e conservação de bens culturais edificados. Profissionais esses que são formados em arquitetura e engenharia. Das vagas oferecidas, 25% delas serão destinadas aos que se autodeclaram negros, indígenas, oriundos de povos e comunidades tradicionais, e pessoas com deficiência. Caso as vagas não sejam preenchidas pelos grupos prioritários, as mesmas serão abertas para os demais interessados. "Cada aluno vai trazer uma edificação histórica de valor cultural para desenvolver um projeto durante o curso. No final, serão trinta projetos devolvidos à sociedade. A ideia é capacitar servidores que já lidam com patrimônios de suas respectivas cidades, em questões como procedimentos técnicos e acompanhamento de obras. Vamos trazê-los ao olhar diferenciado que é preciso ter para esse tipo de edificação", afirmou Fred Almeida, coordenador pedagógico do curso. Durante as aulas, os alunos aprofundarão seus conhecimentos sobre arquitetura e patrimônio cultural, bem como acompanharão e fiscalizarão obras na área de conservação e restauração de monumentos e sítios históricos do Nordeste, além de aprenderem a diagnosticar as patologias das edificações históricas, e a propor soluções interventivas, corretivas e preventivas. Isso, visando à ampliação do tempo de vida útil de uma edificação histórica. Cada um também desenvolverá o projeto voltado para conservação e restauração de edificações históricas nordestinas. SeleçãoDividido em duas etapas, o processo de seleção para o curso será conduzido por uma comissão composta por três integrantes da Coordenação de Atividades de Cursos de Pós-graduação (Cac-Pós/Difor). A primeira etapa será a análise documental e a do Pré-Projeto (caráter eliminatório); e a segunda será a entrevista online (caráter classificatório). Dessa forma, o candidato será classificado com base nas informações prestadas e comprovadas na ficha de inscrição, na análise documental, no Pré-Projeto e no resultado da entrevista. As inscrições deverão ser realizadas, exclusivamente, pelo link disponibilizado no endereço eletrônico: https://www.gov.br/fundaj/pt-br/composicao/difor. Na hora de se inscrever, o interessado deverá anexar documentos como a ficha de inscrição disponibilizada no edital, o formulário do Pré-Projeto e o termo de compromisso. A lista final dos candidatos selecionados será divulgada no dia 20 de junho; as matrículas serão realizadas de 27 de junho a 1 de julho; e o início das aulas acontecerá no dia 6 de julho.

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Homem da Meia-Noite fará sessões de fotos exclusivas e abertas ao público

Calunga estará no Shopping Patteo Olinda no dia 06 de março e em sua sede no dia 12 de março, recebendo seus admiradores e trajando a roupa oficial dos seus 90 anos O Espaço Afetivo Homem da Meia-Noite, que homenageia a figura máxima do Carnaval de Olinda, está preparando uma surpresa para os amantes do Calunga. No domingo, dia 06 de março, o Homem da Meia-Noite estará na loja, localizada no piso L2 do Shopping Patteo Olinda, vestindo, exclusivamente neste dia, a roupa oficial dos seus 90 anos, para uma sessão de fotos especial e gratuita com os visitantes, das 12h às 21h. Já entre os dias 07 e 11 de março, o Gigante ficará em exposição no Patteo Olinda, junto com uma coletânea das principais roupas que marcaram suas nove décadas de existência. E para marcar o encerramento da temporada do Espaço Afetivo Homem da Meia-Noite no centro de compras, no dia 12 de março, aniversário de Olinda, o Calunguinha, mascote da agremiação, estará recepcionando os clientes do shopping, das 16h às 17h. “O tempo é de muita saudade, mas pensamos em uma programação especial e imperdível para os amantes do Homem da Meia-Noite. Além da visita ao nosso Espaço Afetivo no Shopping Patteo Olinda no dia 06 de março, no dia 12 de março, para comemorar o aniversário da sua cidade natal, o Calunga estará em sua casa, na Estrada do Bonsucesso, das 8h às 12h, vestindo o traje dos 90 anos, para outra sessão de fotos”, explica Luiz Adolpho, presidente da agremiação. Viva o Calunga - Criado para ser um ponto de encontros e compartilhamento de memórias, o Espaço Afetivo Homem da Meia-Noite foi inaugurado em dezembro de 2021 e teve a sua segunda etapa aberta em fevereiro de 2022. São mais de 200m² de loja projetados pela arquiteta pernambucana Cacau Araújo e com produção cultural e curadoria de Rafaela Mendes (Rafa Q Faz), tendo como parceiros grandes marcas como Sanvidro, Fino Toque e Decortudo. A Grife do Calunga está presente no local, com espaço para vendas da camisa exclusiva que celebra o nonagésimo aniversário do Homem da Meia-Noite. E para fomentar a economia local, 20 marcas criativas e artesanais expõem seus projetos na loja, desenvolvidos em coleções especiais em homenagem ao Gigante. Nas prateleiras, podem ser encontrados itens de moda casa, decoração, artes plásticas, acessórios e muito mais. O Espaço Afetivo funciona de acordo com o horário do centro de compras, de segunda a sábado, das 09h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 21h, com entrada gratuita. A programação de atrações culturais realizadas no local pode ser conferida pelo perfil @grifedocalunga no Instagram.

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Flaira Ferro: "A arte foi um hospital de almas durante a pandemia"

Flaira Ferro, cantora, compositora e dançarina, que tem uma forte relação com o Carnaval, fala sobre a não realização da Festa de Momo, das releituras do frevo misturado a outros ritmos, da sua trajetória e ressalta a importância das expressões artísticas nestes tempos de crise da Covid-19. Flaira Ferro nasceu em pleno Carnaval e ao fazer 6 anos de idade pediu para a mãe levá-la para conhecer o Galo da Madrugada. Ao chegar no maior bloco de rua do mundo, ela começou a imitar a multidão dançando frevo e logo uma roda se formou em torno dela de pessoas admiradas com a destreza da pequena passista. Com tal habilidade, ela foi estudar na Escola Municipal de Frevo com o mestre Nascimento do Passo e chegou a trabalhar com Antônio Nóbrega. Mesmo com toda essa biografia, a dançarina, cantora e compositora diz estar resiliente com o fato de não haver folia este ano. “A prioridade tem que ser a saúde pública e todas as formas de sustentar a vida”. Uma resiliência que não a impediu de cantar a música com PC Silva Um frevo pra pular fevereiro (https:// youtu.be/WVRNYsoLGyE), um lamento pela não realização da Festa de Momo, cujo clipe foi muito visualizado na pandemia. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Flaira falou das novas releituras do frevo, dos seus projetos e da importância da arte neste período de pandemia. “Ela foi o nosso álibi, nosso lugar de nutrição do espírito, porque o que seria da gente sem poder ouvir música, sem poder assistir a filmes, sem poder ler livros?” Sua voz doce e tranquila cria um contraste interessante quando fala da fúria das suas letras sobre a condição da mulher e da sua geração que deu um novo impulso às questões feministas. “A raiva tem uma função fundamental para trazer equilíbrio quando as coisas estão muito opressoras.” Como tem sido pra você, que nasceu em pleno Carnaval, passar esse segundo ano sem a folia de Momo. “Me diz como a gente consegue esperar mais um ano?” como diz a canção Um frevo pra pular fevereiro. É sempre com muito pesar que a gente tem que atravessar esse momento, ainda mais pelo motivo que está impedindo o Carnaval de acontecer que é, de fato, essa pandemia em que a prioridade tem que ser a saúde pública e todas as formas de sustentar a vida. Então, óbvio que olhando mais do ponto de vista pessoal, a gente fica triste, querendo que que isso seja atravessado da forma mais rápida possível. Fico querendo inventar formas de criar um Carnaval em casa. Mas, se é pelo bem maior, acho que é muito importante trazer a consciência de que a gente não tem uma festa separada do contexto em que ela vive, né? O Carnaval, inclusive, é reflexo do momento histórico que a gente atravessa. Então, estou resiliente neste momento. É verdade que você começou a dançar frevo desde muito pequena? Minha relação com o Carnaval se deu logo na primeira infância, quando eu pedi de presente de aniversário de 6 anos a minha mãe para conhecer o Galo da Madrugada que é o maior bloco de rua do mundo. Eu via na televisão e ficava muito encantada com as imagens. Aí minha mãe atendeu o pedido e ali foi meu primeiro contato de que eu tenho a memória de estar adiante da dança do frevo, da música, com muita efervescência e me encantar muito com as pessoas, com aquela força lúdica, de ver os homens pintados, as mulheres fantasiadas, os idosos cheio de glitter. Lembro como um grande portal que eu estava conhecendo. A partir dali, eu imitava as pessoas nas ruas, imitava o povo dançando. Pedi para minha mãe uma sombrinha, mas era supercara R$ 50, que na época era muito dinheiro. Veio uma moça, amiga de minha mãe, que me deu a sombrinha e comecei a imitar as pessoas dançando. Logo se formavam rodas ao meu redor de pessoas apreciando ao me ver dançar. Eu tinha já uma facilidade de aprender, tinha uma coordenação motora que assimilava rápido os movimentos e a minha mãe viu que eu fiquei muito feliz. A partir daquele momento, teve todo um processo não de coincidências, eu diria de sincronicidades, que fizeram com que eu fosse parar na Escola Municipal de Frevo. E lá comecei a estudar com o fundador da escola, e criador do primeiro método de ensino do frevo que era Nascimento do Passo. Comecei a ter aulas, a participar de concursos, comecei a me destacar ganhando alguns prêmios como passista. E aí fui desembestando nos festivais de dança do Brasil, ganhando prêmios, sendo reconhecida e foi chegando a notoriedade, as mídias. Até hoje a dança é meu carro-chefe, é a minha primeira língua das artes, assim como o frevo é a matriz. Como você encara o frevo hoje? Muita gente reclama que é uma música só para o Carnaval, mas existem algumas releituras e misturas do ritmo e, por exemplo, na música Revólver você coloca uma atitude rock’n’roll no frevo. característica principal do frevo é a espontaneidade, é a improvisação, é a relação do povo em catarse. A música e a dança são meros reflexos dessas transformações do indivíduo, do corpo humano de quem nasce aqui, de quem bebe desse contexto de manifestações. Então, acredito que o frevo precisa acompanhar o nosso tempo e acompanhar as transformações das novas gerações que estão aí e das que estão vindo. Acho muito importante e é muito saudável a gente ter essa relação entre a tradição e a inovação de mãos dadas. Quando eu propus a música Revólver era o desejo mesmo de fazer uma canção que falasse de questões que estamos atravessando hoje, essa questão armamentista, essa ideia de solucionar a violência pelas armas, era um pouco essa brincadeira de falar do estado de espírito como o principal revólver para as transformações sociais. A própria estética sonora de fazer a música toda praticamente pelo computador, os beats serem timbres eletrônicos, era o desejo de experimentar estéticas

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Empório Pernambucano homenageia Paulo Freire com evento no dia 19

O Empório Pernambucano abre as portas de uma maneira especial neste domingo (19/09), celebrando o centenário de Paulo Freire. Além de encontrar produtos gastronômicos e artesanais, o público do estabelecimento poderá conferir um evento cultural inspirado no educador pernambucano. A partir das 15h, haverá uma roda de diálogo embaixo da mangueira com participação dos professores Rozélia Bezerra (do Departamento de História UFRPE) e Silvio Cadena (UFRPE). Na ocasião também será inaugurada uma placa comemorativa do centenário de Paulo Freire. "Nosso objetivo é fazer uma singela homenagem a nosso vizinho ilustre, e discutir/celebrar o seu legado", afirmam Laysa Lima e Igor Alves, proprietários do Empório Pernambucano. A empresa faz uma ponte entre os consumidores recifenses e os produtores de várias partes do interior nordestino. Com suas andanças por diversos lugares, Laysa e Igor reúnem produtos como o queijo coalho de Seu Romildo de Venturosa, eleito o melhor de Pernambuco (2017 e 2018), e o queijo de manteiga feito por Dona Gertrudes no sertão do Seridó (RN), bi-campeão do Nordeste. Também são encontrados produtos como o alfenin de Agrestina, café orgânico de Triunfo, as linguiças artesanais de Sanharó, carne de sol de Cachoeirinha e ovos de capoeira de Moreno, entre outros. Pela página do Empório Pernambucano no site Delivery Direto, é possível contribuir financeiramente para a realização do evento. SERVIÇO Um Vizinho Ilustre Homenagem ao Centenário de Paulo Freire no Empório Pernambucano Data: 19 de Setembro, Domingo. Horário: Das 15h às 20h Local: Estrada do Encanamento, 675, Casa Forte Informações: 97914-3028 https://www.instagram.com/emporiopernambucano

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