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Mostra de cinema comemora 50 anos da animação em Pernambuco

Do litoral ao sertão, quatro cidades pernambucanas receberão uma programação cheia de debates e sessões de cinema para comemorar o legado da animação pernambucana. Refletir sobre a trajetória e os novos desafios da animação em Pernambuco; esse é o mote da “Mostra 50 anos da Animação em Pernambuco” que acontece entre os dias 30 de abril e 17 de maio em quatro cidades: Recife, Garanhuns, Triunfo e Petrolina. A programação é composta por uma sessão especial com 13 filmes que ajudam a contar a história e evolução da animação pernambucana, seguida por um debate com pesquisadores e cineastas sobre os desafios e perspectivas para o futuro. A entrada é gratuita, mediante a capacidade dos locais. A Mostra inicia seu percurso no Recife, dia 30/04, na UNICAP, às 18h30; depois, segue para Petrolina, no dia 11/05, no Espaço Cultural Janela 353, às 18h; passando por Garanhuns, dia 16/05, no Centro de Produção Cultural do SESC, às 19h; e finaliza na belíssima Triunfo, dia 17/05, no Cine Teatro Guarany, às 14h. O coordenador geral da Mostra é Marcos Buccini, cineasta e pesquisador na área de teoria e história da animação, dirigiu 9 filmes em animação digital e foi vencedor de 50 prêmios. Ele destaca que a Mostra “vai permitir ao espectador observar a evolução de como a filmografia animada de Pernambuco se iniciou artesanal, precária e, com muita luta, se tornou profissional, qualificada, sem nunca deixar de ser criativa e única”, comentou. Para a escolha das obras foi considerada a diversidade de técnicas, estilos, narrativas e linguagens, além da carreira em festivais e premiações recebidas pelos filmes. “Quando se tem um material tão fenomenal, o trabalho de curadoria se torna doloroso. Não se tratou de eleger os melhores, mas sim, seguir algumas diretrizes de selecionar filmes representativos dessa bela filmografia. Pernambuco tem muito mais a oferecer do que essa seleção de 90 minutos. Seria possível preencher facilmente quatro horas com filmes primorosos. Este é apenas um aperitivo do que foi realizado no Estado até o momento”, afirmou Buccini. A curadoria é assinada por Marcos Buccini e Lula Gonzaga, patrimônio vivo do cinema pernambucano. Breve histórico da animação em Pernambuco - Em 1972, Lula Gonzaga e Fernando Spencer lançaram o curta-metragem "Vendo/Ouvindo", marcando o início do cinema de animação em Pernambuco. Apesar de surgir depois do cinema live action, a animação pernambucana vem ganhando reconhecimento pela qualidade de suas obras. A filmografia animada do estado teve dois 'booms', o primeiro durante o Ciclo do Super-8, com 13 obras como os filmes: "Vendo/Ouvindo" (1972), “A Saga da Asa Branca” (1979) e “Cotidiano” (1980). O segundo ‘boom’ aconteceu com a chegada de computadores com softwares de animação, por volta dos anos 2000, projetando o surgimento de uma nova geração de animadores. Nessa retomada, se destaca o curta “Ontem x Hoje” (1999), de André Rodrigues e Rafael Barradas, ex-alunos de Lula Gonzaga. O crescimento da animação também foi impulsionado pelo Edital do Funcultura Audiovisual, que contemplou o filme “Até o Sol Raiá” (2007), de Fernando Jorge e Leandro Amorim, o primeiro filme de Pernambuco a ganhar o principal prêmio no Anima Mundi. Outro fator decisivo para o desenvolvimento da animação foi o surgimento de Festivais e Mostras dedicados à animação (Animage, Brasil Stop-Motion e o Animacine), resultando na consolidação de um ecossistema de animação no estado, com intensa formação de público e profissionalização na produção. Com o crescimento da demanda por séries animadas, Pernambuco se consolida como um player dentro da cadeia produtiva brasileira. O carro-chefe foi “O Mundo Bita” (2012), grande sucesso infantil no Brasil e na América Latina. Recentemente, Lula Gonzaga voltou à produção cinematográfica e assinou a direção, junto com Tiago Delácio, do filme “Ciranda Feiticeira” (2023), que percorreu dezenas de festivais e mostras no Brasil e no mundo. Filmografia: Vendo / Ouvindo | 5’ | Lula Gonzaga e Fernando Spencer | PE | 1972A Saga da Asa Branca | 7’ | Lula Gonzaga | PE | 1979SomoS SomoS | 6’ | André Phyrrho e Paulo Leonardo | PE | 2005A Morte do Rei de Barro | 4’ | Marcos Buccini e Plinio Uchôa | PE | 2005Até o Sol Raiá | 11’ | Fernando Jorge e Leanndro Amorim | PE | 2007O Jumento Santo e a Cidade que Acabou Antes de Começar | 12’ | Leonardo Domingues e William Paiva | PE | 2007Voltage | 4’ | Felippe Lyra e William Paiva | PE | 2008As Aventuras de Paulo Bruscky | 20’ | Gabriel Mascaro | PE | 2010Visceral | 7’ | Bruno Cabús | PE | 2012Deixem Diana em Paz | 10’ | Júlio Cavani | PE | 2013O Ex-mágico | 11’ | Olímpio Costa e Maurício Nunes | PE | 2016Guaxuma | 14’ | Nara Normande | PE | 2018Um Peixe para Dois | 10’ | Chia Beloto e Marila Cantuária | PE | 2019 A “Mostra 50 anos da Animação em Pernambuco” é incentivada pelo FUNCULTURA, da Fundarpe, Governo do Estado de Pernambuco. Tem produção da Bonsucesso Comunicação e Cultura. Parceria com a Mostra Inhumas e apoio do SESC Pernambuco (CPC - Garanhuns), curso de Jogos Digitais da UNICAP, do Espaço Cultural Janela 353 e Cineteatro Guarany. Serviço: Mostra 50 anos da Animação em PernambucoEntrada gratuita | Sessão seguida de debate Recife30 de abril | 18h30 | Pavilhão Maker - UNICAPPetrolina11 de maio | 18h | Espaço Cultural Janela 353Garanhuns16 de maio | 19h | CPC - SESC GaranhunsTriunfo17 de maio | 14h | Cine Teatro Guarany

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Livraria do Jardim

Festival “Coração da Cidade” reúne atrações culturais gratuitas neste fim de semana

Neste fim de semana, a Livraria do Jardim, no bairro da Boa Vista, recebe o festival Coração da Cidade, um encontro que vai reunir música, literatura e cinema em um espaço de mais de cinco mil m² de área. A programação, voltada para todas as idades, vai acontecer na livraria e também fora dela, em um imenso e arborizado jardim. Na sexta (26), haverá uma mostra ao ar livre de filmes de cineastas pernambucanos. No sábado (27), o destaque serão as apresentações musicais e contação de histórias. Já o domingo (28) terá um piquenique para as famílias. A Livraria do Jardim tem estacionamento privado e com manobrista, além de bicicletário. A programação tem início na sexta-feira (26), a partir das 19h, com o Cine Jardim, uma mostra de cinema pernambucano com mais de 10 curtas de cineastas como Fernando Spencer, Adelina Pontual, Camilo Cavalcanti e Wilson Freire. Os filmes serão exibidos no jardim da Livraria, onde serão espalhadas cadeiras de praia e cangas para acomodação do público. Quem preferir também pode levar sua canga. Haverá distribuição de pipoca. A primeira sessão começa com uma homenagem ao cineasta pernambucano Wilson Freire, conhecido por seu longa "Encruzilhada dos Trilhos" lançado em 2024, sendo o primeiro filme de ficção em Pernambuco a ser todo gravado inteiramente com apenas um smartphone. Assim, serão exibidos três de seus curtas: “A Peleja do Mar Contra o Bicho Homem”, “São Paulo tem tudo para ser uma Grande Cidade” e “As Lágrimas de Rose-Lynn Fisher”. Na sequência, a segunda sessão será dedicada aos filmes selecionados por Felipe Karnakis, programador do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), e Priscila Urpia, responsável pelo projeto Cine de Rua. Estes curtas foram enviados por chamada aberta e contam com títulos como “Das Águas”, “Como é se apaixonar” e “Territória”. A última sessão da noite tem a mesma curadoria e será composta por seis curtas: “My Way” (Camilo Cavalcante), “Capiba, Ontem, Hoje e Sempre”, “Cinema Glória” e “Último Bolero em Recife” (os três são de Fernando Spencer), “Cachaça” (Adelina Pontual), e “A Batalha dos Guararapes Parte II” (produção conjunta de Geraldo Pinho, Fredi Maia e Paulo André Leitão). MÚSICANo sábado, o Festival parte para a música. A partir das 19h, a cantora Mariana Rocha sobe ao palco para apresentar as músicas de seu novo álbum ‘Paladar’, junto com outros sucessos do soul e R&B. Em seguida, a cantora e compositora Larissa Lisboa encantará o público com seu repertório de voz e violão. PARA AS CRIANÇASOs pequenos também foram prestigiados no Festival. No sábado (27), a partir das 10h, haverá apresentação de teatro e contação de histórias. Os professores Cris e Demétrio Rangel irão apresentar uma viagem pela história do Recife, desde o tempo dos holandeses até os dias atuais. No domingo (28), o Celeste Café irá promover o Piquenique no Jardim. O acesso ao espaço do piquenique custa R$ 39,90 por adulto. FEIRINHAEm paralelo à programação do sábado e domingo, a Livraria vai sediar mais uma edição da Feirinha de Marcas Autorais, uma instalação que estará disponível das 9h às 14h, reunindo uma ampla variedade de lojas totalmente recifenses. Dentre elas estão: Brisa Criativa (papelaria), Desdobrando as Mangas (vestuário), Loja Picoletti (roupas p/ bebês), Ateliê Zema Vipli (miudezas), entre outras marcas. A Livraria do Jardim fica na Av. Manoel Borba, 292, no mesmo endereço do Varejão do Estudante

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Emicida encerra turnê 'AmarElo' nesta sexta-feira, no Classic Hall, em Olinda

O cantor Emicida realiza um show de despedida da turnê "AmarElo" nesta sexta-feira, dia 26, no Classic Hall, em Olinda. Os ingressos estão disponíveis para compra na bilheteria do Classic Hall e online no site Ticket Master. Este evento marca a etapa final da turnê, chamada de "Última Gira", que passou por 12 cidades em todo o país. Iniciada em 2019 e pausada temporariamente pela pandemia, a jornada musical do álbum AmarElo foi retomada com vigor, conquistando os fãs ao redor do mundo. Com 120 apresentações em 9 países e 55 cidades, a turnê se destacou não apenas pela qualidade artística, mas pela conexão entre Emicida e seu público. A última etapa da turnê promete elevar a experiência do AmarElo ao vivo, com uma produção especial que inclui elementos visuais imersivos, participações especiais e outras surpresas. Emicida destaca a importância da sinergia entre artista e público, expressando gratidão pela resposta emocional e espiritual que cada show inspirou. O repertório inclui não apenas as faixas do álbum AmarElo, como "Principia", "Ismália" e "Ordem Natural das Coisas", mas também sucessos de sua carreira. A "AmarElo - A Gira Final" encapsula a mensagem e o impacto do projeto AmarElo. Com sua conclusão, Emicida encerra este capítulo com a mesma intensidade e autenticidade que caracterizaram toda a jornada. Serviço Emicida - despedida da turnê AmarEloData: 26 de abril de 2024 (sexta-feira) - Abertura dos portões: 18h30 | Horário do show: 20h30Local: Classic Hall - Av. Gov. Agamenon Magalhães, S/N - Salgadinho - Olinda/PEIngressos: A partir de R$ 95Classificação: 16 anos (Sujeito a alteração por Decisão Judicial)Bilheteria oficial: Classic Hall - Terça a sábado, das 10h às 17h.

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Consórcio Nordeste lança hoje (18) o Cena Nordeste Festival

Hoje, 18 de abril, marca o lançamento oficial do Cena Nordeste Festival, uma iniciativa que promete unir os nove estados da região em uma jornada artístico-cultural ao longo do ano, abrangendo todas as capitais nordestinas. A cerimônia de abertura acontece no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, Pernambuco, às 15h, com a participação das governadoras Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, atual presidente do Consórcio Nordeste, e Raquel Lyra, de Pernambuco, a anfitriã do evento. O Cena Nordeste Festival é uma ideia concebida pelo Consórcio Nordeste, gestada desde 2023 pela Câmara Temática da Cultura da entidade. Agora, em 2024, torna-se realidade através do esforço conjunto dos nove estados. Cada encontro programado contemplará uma variedade de expressões artísticas, incluindo audiovisual, grafite, teatro, dança, circo, forró, cultura popular e música. Ao longo do ano, serão realizados nove finais de semana de festival, cada um em um estado diferente. Em cada novo final de semana, os estados visitantes assumem a responsabilidade por uma linguagem cultural específica, garantindo que todos sejam anfitriões e participantes de todas as formas de expressão. Após o lançamento de hoje, os encontros do Cena Nordeste terão início nos dias 10 e 11 de maio, em João Pessoa, Paraíba. A escolha da cidade para sediar a abertura desta edição se deve à proposta apresentada no ano anterior por Pedro Santos, Secretário de Estado da Cultura da Paraíba e atual coordenador da Câmara Temática da Cultura do Consórcio Nordeste. O festival seguirá por Maceió, São Luís, Teresina, Recife, Natal, Aracaju, Fortaleza e Salvador, cada um recebendo sua vez de celebrar a diversidade cultural do Nordeste. As atrações em cada encontro serão selecionadas por curadores locais contratados pelos estados, garantindo a autenticidade e relevância cultural. Durante dois dias em cada cidade-sede, o público terá acesso gratuito a uma variedade de eventos, incluindo exibição de curtas-metragens, espetáculos de teatro, circo e cultura popular, apresentações de forró, dança e outras expressões musicais, além da produção de grafites em centros culturais locais. Fátima Bezerra, presidente do Consórcio Nordeste “Mais do que apenas uma celebração da arte e da cultura nordestina. O Festival Cena Nordeste simboliza o compromisso do Consórcio Nordeste em promover o intercâmbio cultural entre os estados da nossa região, em fortalecer nossa identidade regional e impulsionar o desenvolvimento econômico por meio do turismo cultural. É um movimento que busca democratizar o acesso à cultura, proporcionando ao país a oportunidade de vivenciar e apreciar as riquezas da nossa arte e tradição”. Cacau de Paula, secretária de Cultura de Pernambuco “Ver essa união dos estados nordestinos se concretizando em uma programação tão expressiva e potente para a nossa cultura é muito significativo. Esse encontro reforça também a atividade da Câmara Temática da Cultura no Consórcio Nordeste, que está colocando em prática um programa inovador e que, com certeza, vai impulsionar diversos outros movimentos culturais regionais. Vamos trabalhar de forma integrada e com muito diálogo para que o Cena Nordeste se expanda, visibilizando no plano nacional a rica e plural produção cultural nordestina, e seja um potencializador de novos talentos regionais em suas mais diversas linguagens”

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capiba

“Capiba, pelas ruas eu vou” volta aos palcos no Teatro do Parque

Musical terá sessões nos próximos dias 20 e 21 na capital pernambucana O espetáculo “Capiba, pelas ruas eu vou”, do projeto Aria Social, está de volta aos palcos recifenses. O musical, que conta a história do compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa (1904-1997), mais conhecido como Capiba, estará em cartaz no Teatro do Parque, nos próximos dias 20 e 21, em sessões às 19h e 17h, respectivamente. Em cena, 45 bailarinos-cantores e 19 músicos, do projeto Aria Social, apresentam a história do artista num espetáculo que une música, dança, canto, teatro, fotografia e cinema. A obra de Capiba vai muito além do frevo, com criações de valsas e maracatus até sambas, marchas e música erudita. São mais de 200 composições, entre elas a ópera ‘Missa armorial’, uma obra-prima apresentada no musical. “É justamente isso que mostramos: a multiplicidade e a riqueza desse legado para a cultura não só de Pernambuco, mas nacional”, explica a bailarina, presidente do Aria Social e diretora-geral do espetáculo, Cecília Brennand. Durante uma hora, o musical apresenta a trajetória do menino nascido em Surubim, no Agreste pernambucano, no início do século 1920. Filho de um mestre de banda, Capiba já lia partituras muito antes de aprender a ler. Morou na Paraíba e veio para o Recife aos 26 anos, onde virou bancário. Cursou a Faculdade de Direito do Recife, mas nunca exerceu a profissão. Sua primeira composição foi “Valsa Verde”, em 1931. Os frevos dos anos 1930, as valsas apaixonadas, os sambas, maracatus, cirandas, marchas e ópera embalam as exibições de dança, teatro e música ao vivo - incluindo uma orquestra de câmara -, entrelaçadas por projeções de cinema e fotografias que fazem o público imergir no espetáculo. Para a diretora, maestrina e vice-presidente do Aria Social, Rosemary Oliveira, voltar aos palcos com o musical é sempre emocionante. “Do início ao fim, mostramos muitas faces do compositor e sempre, quando a gente olha para a plateia, percebemos olhares muito surpresos, como quem questiona: ‘Meu Deus, isso é Capiba?’. O público não espera uma musicalidade tão diversificada, envolvendo ritmos desde o baião até o maracatu”, observa. Serviço: Os ingressos custam R$ 25 e podem ser adquiridos online

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Exposição revela atuação do Ministério Público contra o racismo

Na mostra “Memórias: enfrentamento ao racismo”, organizada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em colaboração com o Laboratório de Expografia do Curso de Museologia da UFPE, os visitantes são convidados a interagir em três espaços distintos para conhecer a atuação da organização no combate ao racismo. A exposição, que conta com o apoio da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), foi inaugurada na Galeria Massangana do Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte, Recife, no último dia 5 de abril, e estará em exibição até 16 de junho. Por meio de fatos históricos e registros extraídos de processos e procedimentos em defesa das vítimas de crimes de racismo, a mostra narra a atuação do Grupo de Trabalho de Combate à Discriminação Racial (GT Racismo) do MPPE ao longo dos últimos 22 anos, o mais antigo em atividade no Brasil. Frases chocantes e pensamentos de combate ao racismo, como os do escritor indígena Aílton Krenak, estão exibidos em flâmulas de voile. Os visitantes têm a oportunidade de compartilhar ainda suas vivências com qualquer forma de racismo em uma linha do tempo marcada pelos anos de atuação do GT Racismo do MPPE. Além disso, são convidados a deixar suas impressões sobre obras visuais e audiovisuais de jovens artistas que abordam a questão da racialidade. Por fim, podem montar uma narrativa utilizando figuras de “amas de leite”, personagens do Brasil escravagista, em um retroprojetor. Com a curadoria dos professores Alexandre de Jesus e Elaine Müller, do Departamento de Antropologia e Museologia da UFPE, e do doutorando em antropologia Cássio Raniere, a exposição é uma iniciativa das divisões responsáveis pela memória e pelos arquivos do MPPE.

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maria flor

Companheira das horas

Paulo Caldas "Maria Flor", publicação assinada por Mitafá, a mesma autora do elogiado "Jorge, o guerreiro" destinado ao público infantojuvenil, traz no conteúdo entre outras virtudes a criatividade. Conhecida também no universo das contadoras de história, a autora conduz a tiracolo a arte das cores e formas das ilustrações da professora Rosália Cristina que completa com imagens caprichadas cenários onde se passam as cenas. A história revela o entrelaçado amoroso da protagonista com um ser inanimado, certo objeto por ela humanizado e que se torna parte de sua vida, seu bem viver, enquanto enfoca do seu cotidiano (do despertar ao adormecer, na escola, em casa, na rua), ao lado dos sonhos acalentados e desejos ansiados, ganhos ou frustrados. O livro, excelente opção para a literatura paradidática, possui requintada apresentação, teve o projeto gráfico consolidado pela Editora Plena Voz, impresso em papel couché em policromia, traz capa e diagramação de Monique Leite. Os exemplares podem ser adquiridos na Livraria do Jardim, Avenida Manoel Borba,  número 292, Telefone: (81) 2123-5853.

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Doutores da Alegria oferece curso livre de palhaçarias para jovens

Curso gratuito tem duração de sete meses e possibilita uma iniciação nos estudos e práticas da palhaçaria. Inscrições vão até o dia 15 de abril. Os 25 jovens selecionados vão receber ajuda de custo mensal de R$ 650 Há 33 anos, Doutores da Alegria inaugurou a presença do palhaço nos hospitais, sendo pioneira nessa iniciativa. Ao longo do tempo, além das visitas hospitalares, a organização expandiu suas atividades, integrando as áreas de saúde, cultura, assistência social e educação. Em Recife, a Escola Doutores da Alegria está com inscrições abertas para o Curso Livre de Palhaçarias para Jovens, destinado a jovens entre 17 e 25 anos em situação de vulnerabilidade social. Gratuito, o curso tem duração de sete meses, de maio a dezembro, oferecendo aos participantes uma introdução aos estudos e práticas das palhaçarias, explorando sua diversidade na linguagem cômica. É importante ressaltar que o Curso Livre de Palhaçarias para Jovens não está relacionado à seleção de elenco para os Doutores da Alegria nem à atuação nos hospitais. “Há muitos anos, tínhamos o desejo de investir na formação de jovens. Esse é um curso livre que estimula o estudo, a pesquisa, o aprofundamento na palhaçaria e discute oportunidades para jovens nesse campo na nossa cidade”, conta Arilson Lopes, coordenador artístico de Doutores da Alegria no Recife. No ano passado, a Escola Doutores da Alegria ofereceu o curso de formação Jovens Brincantes – Iniciação à Palhaçaria, que serviu como um piloto para o programa ofertado agora em 2024. Neste novo formato, a grade curricular foi ampliada e organizada em seis eixos temáticos: ludicidades, sonoridades, narratividades, habilidades, oportunidades e contextualidades. Disciplinas e demais atividades de eixos distintos vão acontecer de modo concomitante. Embora o curso ainda não seja profissionalizante, os participantes vão discutir possibilidades de inserção no mercado da economia criativa no setor da cultura. “No eixo oportunidades, queremos discutir temas como empreendedorismo e protagonismo juvenil, passando pela economia criativa e o conhecimento de editais públicos para a criação de oportunidades de trabalho e de renda”, complementa Luciano Pontes, formador da associação. Estão sendo oferecidas 25 vagas para o curso. Para participar, é preciso cumprir alguns pré-requisitos: ter entre 17 e 25 anos; residir no Recife ou na Região Metropolitana; estar inscrito e com cadastro atualizado no CadÚnico, do Governo Federal; estar em situação de vulnerabilidade social, de acordo com a Política Nacional de Assistência Social; ter concluído o Ensino Fundamental ou estar matriculado na rede pública de ensino; e não estar matriculado em nenhum curso de formação gratuito ou pago de formação de média ou longa duração.As inscrições vão até o dia 15 de abril e podem ser feitas por meio de um formulário disponível no site de Doutores da Alegria (doutoresdaalegria.org.br). A seleção vai contar com análise documental, oficinas e entrevistas. O resultado será divulgado no dia 6 de maio. Os selecionados vão receber uma ajuda de custo mensal de R$ 650. As aulas serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. O Compaz Dom Hélder Câmara, localizado no bairro da Joana Bezerra, é parceiro do curso, tendo cedido o espaço para a realização das aulas. Serviço:Curso livre de Palhaçarias para JovensPúblico-alvo: Jovens entre 17 e 25 anos, em situação de vulnerabilidade social, interessados em formação artística em palhaçariaInscrições: Até 15 de abril, on-line, pelo site www.doutoresdaalegria.org.brQuanto: gratuito. Os alunos selecionados recebem uma bolsa mensal de R$ 650Aulas: de 17 de maio a 13 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, no Compaz Dom Hélder Câmara (Rua Lourenço de Sá, 140, Ilha Joana Bezerra)Outras Informações: (81) 3466-2373/ 3463-0866, pelo Whatsapp (81) 99112-4676 ou pelo e-mail palhacarias@doutoresdaalegria.org.br.

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Coco Raizes de Arcoverde Credito Leandro Toledo

Coco Raízes de Arcoverde lança músicas e clipes inéditos gravados na África

(Foto: Leandro Toledo) O “PE em Moçambique”, que levou a os artistas Dayane e Kell Calixto, do grupo Samba de Coco Raízes de Arcoverde, à cidade de Maputo para um intercâmbio com os membros da Associação Cultural Hodi Maputo Afro Swing, chega à sua culminância com um evento especial, no próximo dia 03 de abril, na EREM Carlos Rios, em Arcoverde. Na ocasião, os artistas, junto ao mestre Assis Calixto e às presenças virtuais de Elias e Augusto Manhiça, da Hodi, compartilharão suas vivências no projeto, com mediação de pesquisadores da diáspora africana e das culturas afro-brasileiras. Também serão apresentadas três músicas inéditas, com performances gravadas no país africano, e um vídeo da oficina de trupé oferecida pelos pernambucanos a crianças moçambicanas. Idealizado com o objetivo de estreitar os laços entre culturas que compartilham, além da língua, muitos traços, das sonoridades às expressões das artes do corpo, o “PE em Moçambique” deixou ecos nos artistas de Arcoverde e do país africano que ainda devem render muitos frutos. Isso porque, além da semana que passaram em Moçambique, no final de agosto de 2023, para divulgar o trupé, Dayane e Kell Calixto, do Coco Raízes de Arcoverde, trouxeram consigo memórias e experiências que continuam a reverberar. “A experiência em Moçambique foi muito única, especial, porque, antes de tudo, sempre ouvi a música africana, sempre gostei, admirei as danças, as vestes, a cultura. Sempre estava ali vendo vídeos, cantando, aprendendo. Quando eu fiquei sabendo que iria ter Moçambique, meu coração saltou de alegria. Era um sonho e foi realizado. O que mais me impactou foi quando nos reunimos com o grupo Hodi porque parecia que a gente já se conhecia há anos. Quando nos reunimos para fazer os ensaios, para fazer a junção das duas culturas, a pernambucana, do Sertão, de Arcoverde, com a moçambicana, fizemos com muita facilidade. Que essa conexão permaneça e que nós possamos voltar outras vezes ou que eles consigam vir aqui”, conta Kell. Em Moçambique, os pernambucanos apresentaram o trupé, a pisada acelerada com som produzido pelas tamancas de madeira, um elemento característico da cultura afrodiaspórica de Arcoverde. Lá, também participaram, entre outras ações, do XI Festival Nacional de Cultura, realizado em Maputo, experiência que os impressionou. “O que mais me impactou foi o desfile, com a gente representando a cultura, não só de Arcoverde e de Pernambuco, mas do Brasil. Quando entramos no estádio com a placa do Brasil, todo mundo começou a gritar o nome do nosso país. Foi muito emocionante”, lembra Dayanne. Outro momento inesquecível para os integrantes foi a oficina de trupé que eles ofereceram para crianças na Escola Primária Matchik Tchik, no bairro de Polana Caniço, em Maputo. A oficina apresentou uma leitura da pisada do tamanco desde os primeiros passos até o repicado frenético da batida no tablado, além de apresentar os instrumentos musicais utilizados no coco. Para a surpresa dos artistas arcoverdenses, os pequenos aprenderam rápido os passos, como se já conhecessem a cadência e os movimentos do coco. Do intercâmbio, além de tecidos típicos da região, como o capulana, que já está sendo usado pelo Coco Raízes de Arcoverde para a confecção de figurinos, os artistas também trouxeram novidades para a sua música. “Carro ou Trem”, canção do grupo pernambucano, ganhou um novo título ("Chapa ou Trem"), com alusão à forma como alguns automóveis são referenciados em Moçambique, e refrão traduzido para ronga, uma das línguas originárias de Maputo. Já os integrantes da Hodi adaptaram a canção por completo para o seu idioma, incorporando-a ao seu repertório. Entre as obras audiovisuais que serão exibidas no auditório do EREM Carlos Rios, estão “Kaya + Chapa ou Trem”, “Were Were” e “Nicinha”, todas parcerias com a Banda Hodi. Todos os vídeos foram gravados como performances ao vivo, em Polana Caniço, bairro da periferia de Maputo onde a Hodi exerce suas atividades, e contaram com a presença de moradores da região. O material audiovisual será disponibilizado no canal do Coco Raízes de Arcoverde no YouTube e as músicas também estarão disponíveis nas plataformas de streaming, a partir de 25 de abril. DIÁLOGOS DIASPÓRICOS Para contextualizar a importância do projeto “PE em Moçambique, Dayane, Kell e o mestre Assis Calixto, que é Patrimônio Vivo de Pernambuco, irão conversar com os alunos da EREM Carlos Rios, em Arcoverde, onde durante o Laboratório que irá acontecer no dia 03 de abril. De Moçambique, Elias e Augusto Manhiça também compartilharão suas impressões do processo vivido junto aos brasileiros. A conversa será mediada pelo professor Jaelson, do EREM Carlos Reis, e contará ainda com as presenças dos pesquisadores Auxiliadora Martins, doutora em Educação pela UFPE, com pesquisas e atuação voltadas para temas como Africanidades e Afrodescendências; José Nilton, docente no Departamento de Educação da UFRPE, onde ministra a disciplina de Educação das Relações Étnico-raciais; e Daniel Soares, professor no Curso Superior de Tecnologia em Produção Fonográfica na FATEC Tatuí (SP). SERVIÇO“Laboratório PE em Moçambique”Data e horário: 03 de abril, a partir das 13h30Local: EREM Carlos Rios (Rua Maria José de Santos Moreno, s/n, Arcoverde)Mais informações: @cocoraizesdearcoverde (Instagram)

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1964: Conheça a história das Fake News contra a esquerda antes do golpe

Antes do golpe, Pernambuco também foi alvo de uma atuação de desinformação política contra a esquerda. O IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), fundado em 1959, recebia contribuições de empresários brasileiros e estrangeiros com o propósito de combater o comunismo no Brasil e influenciar os rumos do debate econômico, político e social do País. A instituição se dedicava a promover ideias e políticas alinhadas aos interesses dos seus financiadores, em um contexto de intensa polarização ideológica. Manoel Moraes conta que após a eleição de Miguel Arraes, foi criada uma CPI do IBAD, no Congresso Nacional, que não chegou a ser concluída devido ao Golpe Militar de 1964. “A CPI do IBAD investigou as atividades desse instituto que, juntamente com e IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), foram duas iniciativas financiadas pela CIA para disseminar propaganda e fake news contra o comunismo, antes do golpe militar. Eles tentavam convencer a população de que Cuba representava uma ameaça, exibindo comerciais nos cinemas, propagandeando falsidades sobre a vida na ilha. Infelizmente, muitos artistas e jornalistas foram pagos para difundir essas ideias, uma forma de infiltração e manipulação política”, afirma o professor da Unicap. O docente considera que esses esforços influenciaram a campanha contra Arraes mas, apesar do despejo de recursos durante as eleições de 1962, a Frente Popular terminou vitoriosa naquela eleição. “Isso demonstra a complexidade dos eventos pré-golpe de 1964. Arraes levou mais de 500 documentos ao Congresso Nacional, o que gerou um grande escândalo. A CPI resultante foi o início do que viria a se tornar o golpe militar de 1964. As forças conservadoras fizeram parte do parlamento que deu apoio ao golpe. Isso demonstra que o golpe não foi apenas militar, mas também civil, contando com o respaldo de grandes mídias e conglomerados empresariais que tinham interesses próprios, alimentando o cenário político da época”, conta Moraes.

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