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Visit Pernambuco America Latina

Visit PE - América Latina projeta ter gerado R$ 82 milhões em negócios para o litoral sul

O Visit Pernambuco – América Latina, que aconteceu em Porto de Galinhas com o objetivo de promover o fomento do turismo do Estado, projeta a geração de R$ 82 milhões em negócios no Litoral Sul. O evento que contou na sua programação com rodadas de negócios, palestras e espaços para exposição para buyers (compradores) nacionais e internacionais com fornecedores (suppliers), promoveu 2,8 mil reuniões.  O montante do investimento foi levantado a partir de pesquisa realizada com os 61 buyers (nacionais e internacionais) e 45 suppliers. Esses números ainda podem ter um aumento, caso haja, um crescimento na conectividade aérea internacional. “O Visit Pernambuco - América Latina foi voltado estrategicamente para o mercado latino, já que retornamos com os voos diretos para Montevidéu e Buenos Aires, e com isso novos operadores puderam conhecer Porto de Galinhas e negociar presencialmente com os fornecedores locais. O que é esperado em negócios pode ser ainda mais alto, se for implementadas mais rotas no mercado internacional. O evento também trouxe muito conhecimento com as palestras do Summit, com temáticas atuais e de interesse do segmento”, comenta o presidente do Porto de Galinhas Convention, Otaviano Maroja. A pesquisa realizada aponta que 100% dos participantes pretendem participar novamente em 2023. Outro dado importante é o nível de satisfação com o evento, que foi apontado como excelente pelos participantes. Segundo a pesquisa focada para os expositores considerou que 81,2% dos acharam os contatos excelentes e que 54,55% superaram suas expectativas sobre as rodadas de negócio. O Visit foi realizado no Convention Center do Armação Resort, e conta com a idealização da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG) e o Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau (PGACVB).

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Serviços contribuem para alta menor do IPCA em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou alta de 0,41% em novembro. De acordo com os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador ficou 0,18 ponto percentual (p.p) abaixo do que foi apurado em outubro – 0,59%. Para o economista-chefe da Daycoval Asset, Rafael Cardoso, o número surpreendeu, pois a expectativa era de uma taxa um pouco mais alta.  “Frente ao nosso número, o IPCA foi uma surpresa baixista. O nosso número era de 0,50% e veio 0,41%. Podemos dizer que o IPCA foi uma surpresa relativamente generalizada, bem distribuída entre os itens. Quando a gente olha da ótica de livres administrados, a maior surpresa é de  8 pontos percentuais que se deu em livres, a nossa projeção era de 0,33% e veio de 0,22%”, explica Cardoso.  Outro aspecto importante a destacar em relação ao número do IPCA de novembro está relacionado ao grupo de industrializados, que foi de 0,12% frente a projeção de 0,21% da Daycoval Asset. Cardoso atribui ao mpacto da Black Friday, porém não descarta que isso se reverta em breve.  “Quando a gente vai detalhando o número, então olhamos para dentro dos preços livres que foi efetivamente o que ajudou o IPCA a ser mais comportado, principalmente a parte de serviços e produtos industriais que vieram abaixo do imaginado. Serviços que são a parte mais importante para o Banco Central, foi toda abaixo. Mas quando a gente olha o núcleo de serviços subjacentes, eles ainda rodam em 0,5% p.p.  Já na parte de industriais veio 0,12%  e a gente tinha 0,21%, atribuímos isso ao efeito da Black Friday que pega os itens bastante atingidos pelos descontos dessa época. Então, a gente olha com ressalva, pois pode ser que eventualmente adiante isso se reverta”, disse  Cardoso. Apesar da desaceleração do IPCA mostrada em novembro deste ano  - em novembro de 2021 o IPCA foi de 0,95% -, o economista-chefe do Daycoval Asset não vê o número como um "ponto de virada". Cardoso explica que, apesar dos serviços apresentarem queda, na análise qualitativa ainda há grupos que rodam em 0,50% p.p.  “Na avaliação qualitativa, você vê que o número do grupo de serviços não veio tão baixo como um todo. A gente sabe que tem uma reversão parcial pelo menos dessa parte de industriais e nos parece que esse número não é um game change. Muito provavelmente a gente vai ter uma normalização desses números um pouco adiante. Acreditamos em uma desinflação um pouco adiante, mas não acreditamos que esse número em si seja um ponto de virada. Achamos que é um número positivo de curto prazo, mas algumas indicações que têm aí devem se reverter um pouco adiante”, explica Cardoso. Para o economista-chefe da Daycoval Asset, da perspectiva do Banco Central o IPCA não muda nada e a projeção da Daycoval Asset é de cortes da Selic somente a partir de agosto de 2023, mas isso muito mais dependente de outras questões – como as fiscais –, do que da inflação propriamente dita. a gente continua com proteção de corte da Selic a partir de agosto de 2023, mas dependente de outras questões do que da inflação em si.                              Segundo o IBGE, a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 5,90%. No ano, o IPCA chega a 5,13%. A projeção da Daycoval Asset é que o IPCA feche 2022 em 5,9%. Para 2023, Cardoso destaca que a expectativa é de IPCA de 5,2% e, em 2024, 3,5%.

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Marco fiscal e reforma tributária serão prioridades, diz Haddad

(Da Agência Brasil) A discussão sobre o novo marco fiscal, a reforma tributária e a revitalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia serão prioridades da equipe econômica no primeiro ano de governo, disse o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Pouco após ser confirmado ao cargo, ele concedeu uma rápida entrevista aos jornalistas. O ministro disse ter em mente alguns nomes para a equipe econômica, mas que só começará a fazer os convites agora, após ter sido confirmado ao cargo. Sobre a preparação para assumir o Ministério da Fazenda, Haddad informou que a Prefeitura de São Paulo ganhou grau de investimento (selo de bom pagador) durante sua gestão. “É só olhar o histórico e ver que a Prefeitura de São Paulo recebeu investment grade [grau de investimento], pela primeira vez, durante minha gestão. Quem não olha o histórico cai em fake news", disse Haddad, antes de deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Em relação à discussão sobre o novo marco fiscal, o futuro ministro disse que o novo governo está obrigado a definir um substituto para a regra do teto de gastos após a aprovação, pelo Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. “A [versão atual] da PEC dá um prazo para que a gente faça isso”, disse Haddad. O texto aprovado no Senado estabelece até agosto do próximo ano para que o futuro governo envie uma nova regra fiscal por meio de um projeto de lei complementar. O novo ministro disse que a equipe econômica será “plural” e que será combinada junto com o Ministério do Planejamento, pasta a ser recriada e cujo titular ainda não foi anunciado. “Preciso combinar com o ministro do Planejamento, para ter uma equipe coesa”, disse. Haddad prometeu conceder uma entrevista na próxima terça-feira (13). Ontem (8), o novo ministro da Fazenda reuniu-se pela primeira vez com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O encontro ocorreu fora da agenda oficial e só foi confirmado após o fim da reunião.

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Reuniao Consorcio Nordeste

João Azevedo assume Consórcio Nordeste

Em reunião online, governadores da região elegeram quem vai comandar a instituição pelos próximos 12 meses  Durante assembleia geral ordinária, por videoconferência, nesta quinta-feira (08.12), os nove governadores do Nordeste elegeram por unanimidade João Azevedo para o comando do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da região. O governador reeleito da Paraíba ficará à frente do Consórcio Nordeste pelo próximo ano. Durante a reunião, o governador Paulo Câmara, atual presidente, fez um balanço de sua gestão. "Para além de todas as conquistas que o Consórcio obteve durante seus quatro anos de existência, seja na captação de investimentos, seja no intercâmbio com outros estados brasileiros e diversos países, nossa instituição exerceu um importante contraponto político num momento tão difícil da história nacional", afirmou Paulo Câmara. O presidente eleito discursou, declarando ser uma honra assumir este cargo, principalmente, nesse momento do País. "Com a eleição do presidente Lula, vamos viver uma nova fase. Todos nós sabemos o tamanho que o Consórcio tem e o papel político do Nordeste no contexto nacional. Somos uma região de resistência e, nessas eleições, consolidamos essa posição. É uma responsabilidade tocar esse grupo no mesmo nível que meus antecessores. Mas vamos dar continuidade a esse trabalho e buscar a unidade cada vez maior", assegurou João Azevedo. Em convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento-BID e atendendo ao plano de trabalho da Câmara Temática de Meio Ambiente, o Consórcio vem coordenando um estudo sobre ações de combate aos efeitos das mudanças climáticas e os ativos ambientais da região. Entre outras ações, estão as iniciativas das Câmaras Temáticas de Energias e de Turismo, com realização de eventos, que ampliaram as discussões do grupo. Além disso, nas relações internacionais, foi destaque a participação dos Estados do Nordeste na 38ª edição da Feira Internacional de Havana (FIHAV 2022). Durante a feira, a delegação Nordeste pode tratar de projetos sobre intercâmbio científico, especialmente nas áreas de agricultura e indústria farmacêutica. A economista Tânia Bacelar acompanhou o encontro, no Palácio do Campo das Princesas, e realizou uma apresentação com o tema "Reposicionamento estratégico do Nordeste, no desenvolvimento inclusivo e sustentável do Brasil". Participaram da reunião virtualmente os governadores Paulo Dantas (Alagoas), Rui Costa (Bahia), Izolda Cela (Ceará), Carlos Brandão (Maranhão), Regina Sousa (Piauí), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte) e Belivaldo Chagas (Sergipe). Presencialmente, estiveram ainda o secretário executivo do Consórcio, Carlos Gabas e o secretário executivo adjunto, Glauber Piva.

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Cidades conectadas: Revolução do 5G

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com) O Recife se tornou neste mês a primeira capital do Nordeste a ter todos os seus bairros com cobertura 5G. Pernambuco também teve outro pioneirismo há um ano, quando a Stellantis, em Goiana, foi a primeira indústria do setor automotivo do País a utilizar a tecnologia em sua linha de produção. Os usos dessa nova revolução digital, que promete uma conexão com mais velocidade, mais estabilidade e menor latência (tempo necessário para a resposta de envio de informações dentro de uma rede), estão ainda nos primeiros passos. Mas devem ser bem mais amplos do que a maioria dos usuários está prevendo. O avanço das cidades inteligentes, a ampliação dos usos da telemedicina e a geração de uma gama de novos negócios estão no horizonte que se desenha para os próximos anos. A expansão da rede 5G para todos os bairros da capital pernambucana foi anunciada pelo próprio CEO da TIM Brasil, Alberto Griselli, em evento realizado neste mês no Recife. Apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba já tinham cobertura completa. A Vivo e a Claro também já oferecem o serviço em algumas regiões da cidade. A popularização do serviço, com a ampliação da base de usuários e o avanço das demais operadoras no Estado, são alguns dos próximos passos para a consolidação da tecnologia no Recife e, posteriormente, no Estado. Embora os consumidores da telefonia imaginem vantagens como a maior velocidade para assistir ou baixar um filme no celular, a transformação que o 5G promete para o Estado e para o País são bem mais ousadas. Tal como o 3G e 4G permitiram o surgimento de uma série de aplicações e negócios, a estabilidade e velocidade que a nova tecnologia trará aos telefones móveis também abriram caminho para novas aplicações. E a redução significativa da latência permitirá uma maior experiência para usuários de games, por exemplo, e segurança para procedimentos médicos remotos. Leia a reportagem completa na edição 200.2: assine.algomais.com

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Copergás bate recorde de clientes residenciais

A empresa pernambucana Copergás ultrapassou a marca de 70 mil clientes residenciais em 2022, atingindo um crescimento de 91,5% nos últimos quatro anos. O número foi obtido com a interligação do edifício Estação Monteiro, no bairro do Monteiro, Zona Norte do Recife. O prédio tem 56 apartamentos, todos agora com abastecimento de gás natural (GN). Considerando a média nacional de três moradores por domicílio, Pernambuco tem hoje mais de 210 mil pessoas com uso doméstico do GN, na capital e no interior, o que coloca a Companhia pernambucana como uma das maiores do País no segmento residencial. Em 2022, até novembro, a clientela residencial aumentou de forma recorde: foram 10 mil novos clientes, total superior ao de todo o ano de 2021. A meta para os próximos cinco anos é de dobrar o total de clientes residenciais, com expansão cada vez maior para o interior. “Nos últimos quatro anos, a gente praticamente duplicou o número de clientes residenciais. Eram cerca de 37 mil em janeiro de 2019, agora são mais de 70 mil, distribuídos por mais de 1.200 edifícios, na Região Metropolitana e no interior. Um resultado extraordinário, que significa que estamos colocando o gás natural ao alcance de mais e mais pernambucanos”, diz André Campos, presidente da Copergás. (Foto: Marlon Diego)

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Desafio do Desenvolvimento da RMR é o equilíbrio social e econômico

*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais Os potenciais e desafios da Região Metropolitana do Recife são tão extensos quanto a diversidade de atividades econômicas presentes nos seus 14 municípios. A RMR responde por aproximadamente 57% do PIB pernambucano, abrangendo simultaneamente os investimentos bilionários do Complexo Portuário-Industrial de Suape, o conjunto de fornecedores de referência global da Stellantis, em Igarassu, o parque tecnológico do Porto Digital e o robusto polo médico da capital. Esses são apenas alguns dos protagonistas da dinâmica dessa metrópole que, em contraponto, também apresenta taxas históricas de extrema pobreza, desemprego e indicadores preocupantes de moradia e mobilidade urbana. As tendências high tech e alguns problemas que se mantêm desde o período colonial convivem com poucas ruas de distância no mesmo território. Mesmo surfando em atividades de ponta, que nortearão os avan- ços globais nas próximas décadas, como a tecnologia digital ou a estruturação do polo de hidrogênio verde em Suape e de energias renováveis, o crescimento da RMR acontece em paralelo ao incômodo fenômeno da concentração de renda. “Desemprego, pobreza, miséria, violência urbana são a tatuagem da RMR. A região incha em termos populacionais, cresce economicamente, mas não se desenvolve e muito menos distribui a renda advinda desse crescimento. A concentração de renda, advinda do crescimento econômico da região, é um dos grandes problemas a ser enfrentado pelo novo governo”, aponta o economista Sandro Prado, conselheiro do Corecon-PE (Conselho Regional de Economistas). A DIFÍCIL FORMAÇÃO DOS TRABALHADORES Com uma área restrita, o Recife não é um destino recomendado para atividades industriais, mas focadas nos serviços. Um dos esforços públicos e privados para elevar o valor agregado dessas atividades nas últimas décadas foi o investimento no parque tecnológico do Porto Digital. Além de contribuir para criar uma nova dinâmica e recuperação do Centro Histórico do Recife, esse polo conecta a capital pernambucana com a economia do futuro, em um setor intensivo em mão de obra. O gargalo, porém, é que a demanda é por profissionais com uma qualificação elevada. Romero Maia, gestor de pesquisas do IBGE, traça dois cenários bem distintos para o futuro da RMR. Ele avalia que a região, principalmente o Recife, Olinda e Jaboatão, já estão conectados à economia do futuro e antenados com as principais tendências globais. Porém, ao observar os indicadores sociais, ele constatou que a maioria da população atual estará excluída das oportunidades que serão geradas nessas cidades. “Uma minoria do Recife conseguirá atender as demandas das tendências globais do mercado e participar desse futuro da RMR. Mas, no mínimo, dois terços da população não terão condições de se inserir nisso. O desenvolvimento chegou aqui em uma velocidade que ainda não atingiu as outras regiões do Estado, mas só para quem conseguir aproveitá-lo”. De acordo com os dados do IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores desses dois terços da população mais pobre da Região Metropolitana do Recife é menor do que o das regiões de Maceió e de João Pessoa. “Se observarmos os que não trabalham, os índices da RMR também são maiores do que os dos nossos vizinhos. Hoje, a taxa de desocupação é de 17,2% (pessoas de 14 anos ou mais de idade, no terceiro trimestre de 2022). Se observarmos os indicadores educacionais, cerca de metade da população só tem até o ensino fundamental completo. Enquanto isso, as oportunidades que estão surgindo no Recife, na área de TI, exigem pelo menos uma formação específica tecnológica. Apenas 18% da população tem hoje ensino superior incompleto ou completo. Não chega a duas para cada 10 pessoas”. Para minimizar os dramas sociais no curto e médio prazo, Romero Maia defende que o único caminho é um programa de renda mínima, além de seguir investindo forte na educação da população, com formação gratuita e ligadas ao mercado de trabalho do futuro. “O que vai crescer no futuro são oportunidades em inteligência artificial, big data, metaverso. Há uma grande demanda por profissionais de programação. Outro segmento que é a grande aposta da geração de oportunidades é o hub logístico de Suape. Mas a população mais pobre não terá tempo para ter capacitação suficiente para participar desse desenvolvimento. Devido aos indicadores sociais da RMR, no futuro, provavelmente será necessário um programa de renda básica universal. Não tem nada mais atual. A inovação é inevitável, mas nunca gerou desconcentração de renda”. Diante desse desafio e dessa oportunidade, os esforços do Porto Digital, das organizações empresariais do polo e do poder público têm sido no sentido de acelerar a formação de mão de obra no setor de tecnologia. Mais recentemente, esse foco está voltado, inclusive, para a juventude de baixa renda do Recife, conforme defendeu Pierre Lucena, em recente entrevista à Revista Algomais: “Queremos levar o jovem de periferia para o Porto Digital” . As ações nessa direção estão no Embarque Digital, que é a grande aposta da Prefeitura do Recife para inclusão dessa população. Frente a esse cenário de distância entre as oportunidades da economia do futuro geradas no Recife e a reduzida qualificação da população que mora na RMR, o gestor do IBGE indica ser fundamental o desenvolvimento das demais regiões pernambucanas para abraçar parte dos profissionais que não conseguirão se inserir no mercado. “O desenvolvimento sustentável da RMR depende das demais regiões. Não só para atender a demanda de consumo no Recife mas, também, para abarcar a sua população que não encontrará trabalho na capital e nas cidades da região”. Em outras palavras, o gestor de pesquisas observa nas próximas décadas, caso haja um processo de desenvolvimento do Agreste, Zona da Mata e Sertão, haverá uma tendência de que parte das populações de baixa renda e baixa escolaridade migre para regiões do interior, onde a transição tecnológica tende a ser menos veloz. COMÉRCIO E SERVIÇOS Com uma intensa atividade comercial, seja nas centenas de lojas de rua ou nos diversos shoppings espalhados pela RMR, o varejo é um setor que requer atenção especial nas discussões sobre o desenvolvimento local. De acordo com Fred Leal, presidente da CDL Recife, os desafios de revitalização

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Inflação da Copa do Mundo pode inibir festa do torcedor

Alta dos preços de itens como carnes, cerveja, televisores e a camisa da seleção é de até 100% A seleção brasileira faz sua estreia na copa do Catar nesta quinta-feira (24), com a seleção da Sérvia, no Estádio Nacional de Lusail, em Lusail no Catar e o torcedor se prepara para reunir família e amigos para torcer pela seleção brasileira. No entanto, uma pesquisa realizada pela XP investimentos mostra que torcer pelo Brasil em 2022 está 100% mais caro que na última Copa. O levantamento indica que os itens mais consumidos durante o período como cerveja, carnes e televisores, chegaram a dobrar de preço. Registrando inflação de dois dígitos desde 2018. O que explicam as altas? Para assistir ao jogo, como a grande maioria dos torcedores não irá até o Catar em novembro, a televisão é quase indispensável – são poucos aqueles que ainda acompanham pelo rádio ou assistem na tela pequena do celular. E se o brasileiro quiser trocar a TV por um modelo maior ou melhor, deve desembolsar em média 17% mais que em 2018. Curioso é que este é o único item a registrar quedas consistentes de preço desde 2006, por conta dos ganhos de produtividade e mudança rápida da tecnologia. Com os efeitos da pandemia, porém, o aumento da demanda e o setor severamente impactado pela disrupção da cadeia global de suprimentos, os preços passaram a subir. E se a ideia é fazer um churrasco para acompanhar o jogo, o brasileiro vai desembolsar em média 80% mais para comprar a carne, 18% para cerveja e 24% para o refrigerante e a água. "O aumento no valor de mercado do primeiro item está associado a uma maior demanda global após a recessão provocada pela crise da pandemia. Além disso, a alta das exportações, e a elevação dos custos de grãos e queda da área de pastagens com a crise hídrica de 2020/21. Já a cerveja e o refrigerante, em paralelo, tiveram alta relevante de custos, especialmente por conta das embalagens, com cotação em dólar", afirma Paulo Pereira Filho, líder regional da XP em Pernambuco. Além dos torcedores caseiros, existem também aqueles que preferem acompanhar os jogos fora de casa, num bar, por exemplo. Se este é o seu caso, você vai gastar cerca de 15% a mais para comprar a cerveja e +20% para água e refrigerante. "Neste caso, a inflação é levemente menor se fizermos um comparativo em relação à compra no supermercado. No entanto, vale lembrar que, de maneira geral, consumir fora do domicílio acaba sendo, em média, 15% mais caro", ressalta o líder da XP. Se você não deixa de se uniformizar para assistir aos jogos, se prepare: para adquirir uma camisa oficial da Seleção Brasileira você vai desembolsar R$ 349,99 (site oficial da Nike), superando em 40% o valor pago em 2018, e bem acima da inflação acumulada no período (26,8%). Em relação a isso, é importante lembrar que o setor de vestuário vem batendo seus recordes para variação em 12 meses – a maior desde 1995, em meio ao Plano Real – e chegou a alcançar 16,66% em julho em decorrência de dois fatores (1) desajustes nas cadeias que fornecem matéria prima para o setor, forçando o repasse do aumento de custos para os consumidores, e (2) retomada do consumo com a reabertura da economia em meio ao motivo anterior. Por fim, o aumento e volatilidade do câmbio tem parte nisso, dado que o produto é tabelado (tem o mesmo valor em dólares para todo o mundo). Se além de comemorar você quiser participar da tradição de trocar figurinhas com os amigos em busca de completar o álbum, os preços podem assustar: o álbum oficial (versão tradicional) subiu 16,5%, enquanto o pacote com cinco figurinhas dobrou de preço (variação observada também em relação à última Copa). Como foi nos outros anos?

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capa 200.3

Desafio do Desenvolvimento da Zona da Mata pernambucana

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais D a Zona da Mata pernambucana são produzidos dois dos principais produtos de exporta- ção do Estado: derivados da cana-de-açúcar e os carros. A monocultura da região passou a dividir o protagonismo na última década com a indústria automotiva e também de alimentos. Enquanto no norte a aposta do crescimento econômico é no adensamento da cadeia produtiva conectada à Stellantis, no sul estão em andamento investimentos importantes no turismo de sol e mar. Para o economista Sandro Prado, conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon), a recente industrialização da região é um fenômeno que contribui para reduzir o êxodo da juventude, mas o esforço pelo desenvolvimento da Zona da Mata deve ser ainda maior. “A região vem experimentando uma recente industrialização trazendo novas perspectivas através da diversificação das atividades produtivas, com destaque para o município de Goiana, porém ainda com uma empregabilidade aquém da necessária para reverter os altos índices de desemprego”. Ele considera que a formação econômica da região atrelada à atividade canavieira deixou traços marcantes na sociedade e na economia, com alguns desafios que ainda não foram superados. “A crise do complexo sucroalcooleiro iniciada nos anos 90, bem como os efeitos negativos que a sazonalidade do setor trouxe para o mercado de trabalho, deixaram muitos problemas. A região ainda possui uma elevada escassez de alternativas econômicas capazes de gerar emprego e renda para o grande contingente populacional o que, ainda hoje, provoca uma migração contínua dos jovens para a Região Metropolitana de Recife e para outros Estados”. *Leia a reportagem completa na edição 200.3: assine.algomais.com

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Bruno Bezerra CDL SCC

"É essencial melhorar a qualidade do urbanismo nas cidades do interior"

Infraestrutura viária, abastecimento de água e redução da violência urbana são alguns dos principais desafios elencados por Bruno Bezerra, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Cruz do Capibaribe, para o desenvolvimento do Agreste. Para além das questões econômicas, ele é uma das vozes que defende a melhoria da qualidade do urbanismo das cidades do interior. O crescimento econômico, sem o devido investimento em serviços e na organização dos municípios, é um filme recorrente em muitos pólos pelo País, como o de confecções. Integrande da ONG Bichos da Caatinga, ele destaca também a necessidade de cuidar do bioma e de promover a preservação ambiental na região. Quais os principais desafios para o desenvolvimento do agreste, na sua opinião? Quais as maiores demandas de infraestrutura da região? Nós temos problemas que precisam ser de fato tratados urgentemente como desafios estratégicos e não apenas como base para discursos eleitorais. Alguns desses problemas são básicos e se arrastam por décadas a fio, como é o caso do abastecimento d’água, um problema que é praticamente um ancião, desrespeitado por quase todos os governos na maior parte do tempo. Hoje um dos problemas mais graves de todo o interior de Pernambuco é a situação da nossa infraestrutura viária, que nos últimos anos foi negligenciada, provocando mortes, mutilações e ainda atrofiando o desenvolvimento do interior. Cada vez mais os negócios são digitais, mas o fluxo de produtos precisa de uma boa estrutura viária, tudo que nós não tempos em Pernambuco. A pauta deveria ser internet via fibra ótica, 5G e os avanços tecnológicos, mas seguimos travados com pautas miúdas, que discutem ações do tipo operação tapa-buracos. É muito atraso para um estado como Pernambuco, que sempre esteve na vanguarda. Outro desafio é a segurança, pois muitas cidades interioranas estão desprovidas de sossego em função dos altos índices de criminalidade. Existem desafios que não podemos esquecer como é o caso da capacitação profissional, além da desburocratização e simplificação do ambiente de negócios, especialmente da pequena empresa. Vale lembrar que 7 em cada 10 empregos no Brasil são gerados pela energia empreendedora dos pequenos negócios. Investir na pequena empresa é investir na geração de empregos, não tem mistério, mas tem muita omissão por parte dos governos. Sobre o polo de confecções, que é uma das grandes forças econômicas da região, quais as principais demandas empresariais para aumentar a competitividade? O grande desafio do pólo é seguir firme e forte popularizando a transformação digital. Costumo dizer que o problema não é o que a tecnologia pode fazer conosco, mas sim, o que podemos fazer com todo esse potencial tecnológico disponível hoje em dia. A transformação digital é uma mega oportunidade. Contudo, é uma transformação muito mais de pessoas do que de máquinas e sistemas de tecnologia da informação. É uma questão de mudança de atitude, de mentalidade, de fortalecer uma das nossas mais importantes habilidades: a capacidade de adaptação. Dito isso, é fundamental investir na capacitação das pessoas. É primordial criar políticas públicas para valorização das costureiras. E mais uma vez, é muito importante desburocratizar o ambiente de negócios. O Governo de Pernambuco precisa investir forte nas rodadas de negócios que existem hoje no Polo de Confecções, investir em eventos com o Estilo Moda Pernambuco (EMP) em Santa Cruz do Capibaribe e no Festival do Jeans de Toritama. Dinheiro para isso tem, o FUNTEC (Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Têxtil e de Confecções) é um tributo que tem uma boa arrecadação, sobretudo no agreste. Lamentavelmente, esse recurso não é reinvestido no Polo de Confecções como deveria. Mais uma vez precisamos citar as péssimas condições das estradas que tem atrapalhado muito o desenvolvimento do Pólo de Confecções, a falta d’água e os altos índices de violência, inclusive nas estradas, e de maneira alarmante em Santa Cruz do Capibaribe, a violência contra as mulheres. Nas duas últimas décadas, a região recebeu investimentos universitários, como a chegada de campus da UFPE e UFRPE. Essa contribuição da formação de mão de obra local já tem resultados no desenvolvimento regional? Os resultados já começam a impactar de maneira positiva nosso ambiente de negócios com a chegada de profissionais com melhor qualificação. Todavia, é necessário viabilizar uma maior interação da academia com o mercado, especialmente com a estrutura do Pólo de Confecções. Sendo o nosso principal desafio a capacitação de pessoas, o papel da universidade é estratégico nesse contexto. Isso sem falar na carência que temos de pesquisas do nosso ecossistema empreendedor. Nesse quesito a Universidade pode fazer a diferença. Para além da economia, quais as principais necessidades da região para promoção da qualidade de vida no agreste? Tenho dito que cuidar da cidade é a melhor forma de cuidar de si e de todos ao mesmo tempo. As cidades precisam ser boas para se viver, caso contrário, o desenvolvimento econômico não faz sentido algum. As cidades precisam ser pensadas e planejadas para potencializar o bem-estar das pessoas. É essencial melhorar a qualidade do urbanismo nas cidades do interior para que elas possam crescer promovendo a qualidade de vida na dinâmica urbana. É preciso melhorar e ampliar os serviços de saúde e, nesse contexto, temos a deficiência no saneamento básico, que é um problema gravíssimo. Melhorar cada vez mais a qualidade do ensino nas escolas públicas deve ser algo permanente. Investir em espaços de lazer e diversão para a população. Cuidar verdadeiramente do meio ambiente. Os dois principais rios do agreste, Capibaribe e Ipojuca, estão entre os mais poluídos do Brasil. O bioma Caatinga, que predomina no agreste, sofre impactos violentos em função do desmatamento e da ocupação desordenada e irregular das áreas rurais.

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