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Parceria entre Suape e o Cesar promove mais segurança e agilidade nas operações portuárias

O Complexo de Suape e o Cesar anunciam a entrega da primeira solução que permitirá ao atracadouro pernambucano integração e mais agilidade nas operações de cargas. O TOS (Terminal Operating System ou Sistema de Operação de Terminal) coloca o porto como pioneiro em um cenário digital no setor. A parceria promove a digitalização dos processos do porto, permitindo uma conexão em tempo real dos agentes portuários envolvidos nas movimentações de Suape. Ao centro de estudos coube criar um sistema que unificasse toda a comunicação em um sistema semelhante ao que portos da Europa utilizam para agilizar as atividades dos navios, de operadores e demais agentes. “Além de melhorar e facilitar o trabalho e gerar benefícios para os atores envolvidos, a plataforma aumentará o faturamento com o maior volume de navios em operação. Os produtos gerados com o CESAR serão patenteados e a estatal será, além de referência em porto e complexo industrial, exemplo nacional em termos de inovação nesse modal marítimo de cargas”, enfatiza o diretor-presidente de Suape, Francisco Martins. “Nosso objetivo é otimizar toda a complexidade que envolve a operação de Suape. Desde informações sobre quando e quantos navios de carga estão chegando, passando por entender os tipos de carga que transportam – líquida, sólida, contêiner ou outras – e que necessidades exigirão: alinhamento de atracação, programação de carga/descarga , bem como o próprio controle e monitoramento da operação e armazenamento”, explica Adriano Gomes, Gestor de Projetos do CESAR. “Será possível estar mais preparado para acelerar as operações e transações portuárias, o que se refletirá em mais agilidade. Ganha o porto em eficiência, com mais janelas para o uso do espaço, e os próprios operadores, pois atuarão com mais rapidez e eficiência”. 

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8 de janeiro: Entre a economia e as tensões políticas

O 8 de janeiro deixou um rastro de vidros quebrados, obras de arte violadas e centenas de pessoas presas. Mas, além dos impactos na vida política do País, esses atos podem gerar um efeito dominó também na economia. Alguns analistas apontam que a turbulência dos primeiros dias de 2023 tem a capacidade de adiar a esperada retomada após a sucessão de crises que o Brasil viveu nos últimos anos. Esse cenário de curto prazo, no entanto, ainda é nublado e só deve ter uma previsão mais clara com a volta das atividades do Congresso Nacional, em fevereiro. “Do ponto de vista econômico, embora os impactos diretos sejam de difícil mensuração, os atos ocorridos recentemente em Brasília tumultuam o ambiente político-institucional, reduzindo a previsibilidade sobre os rumos da economia brasileira e desestimulando investimentos que seriam fundamentais para alavancar o nível de atividade do País, após anos sucessivos de baixo crescimento”, considera o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/ Senac, Bernardo Peixoto. As previsões para o crescimento da economia brasileira feitas no quarto trimestre do ano passado já eram pífias. O último boletim Focus, do Banco Central, em dezembro, indicava apenas 0,75% de avanço do PIB, por exemplo. Em paralelo a isso, nas mãos do novo governo reside um conjunto de desafios, como a aprovação de uma reforma tributária, o estímulo à reindustrialização do País, com maior geração de empregos, e o socorro econômico às parcelas mais vulneráveis da população, com a reorganização dos programas de distribuição de renda. Bernardo Peixoto também avalia que haverá uma divisão de forças neste início do novo governo entre as pautas econômica e da defesa democrática. “As reformas esperadas para o ano de 2023 demandarão um nível elevado de entrosamento nas ações entre o Executivo Federal, governadores e o parlamento. Atos como os ocorridos no dia 8 de janeiro no Distrito Federal desviam o foco político e os esforços que deveriam ser canalizados para dar andamento a essas reformas. O recente anúncio de medidas econômicas pelo Ministério da Fazenda foi uma sinalização importante em prol da agenda econômica”. Em outras palavras, a atenção do poder executivo fica, portanto, dividida. De um lado, as urgentes pautas de estímulo econômico e, do outro, a vigilância e defesa da democracia. Há outros efeitos em cadeia contabilizados pelos economistas. “As consequências dos ataques, por uma multidão ensandecida e descontrolada, vão muito além do que apenas os prejuízos causados pelo quebra-quebra do patrimônio público. Respingam também efeitos colaterais econômicos, que ultrapassam as fronteiras nacionais, considerando a atual integração dos mercados”, avalia o economista Werson Kaval, professor do Unit-PE (Centro Universitário Tiradentes). Leia a reportagem completa na edição 202.3 da Algomais: assine.algomais.com

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Bernardo Peixoto

“Entre as reformas, a tributária está no centro da agenda econômica em 2023”

Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, foi um dos entrevistados da edição da Algomais que circula neste final de semana sobre os impactos do 8 de janeiro na agenda econômica de 2023. Ele considera que a reforma tributária deve ser a prioridade do primeiro ano de gestão do Governo Lula, mas avalia que é preciso criar um entrosamento entre os poderes para avançar nessa questão sensível ao desenvolvimento econômico do País. Que tipo de impactos os atos do último domingo podem afetar na retomada da economia em 2023? A instabilidade política pode criar efeitos indesejados, como aumento de juros e fuga de investimentos do País? Do ponto de vista econômico, embora os impactos diretos sejam de difícil mensuração, os atos ocorridos recentemente em Brasília tumultuam o ambiente político-institucional, reduzindo a previsibilidade sobre os rumos da economia brasileira e desestimulando investimentos que seriam fundamentais para alavancar o nível de atividade do País após anos sucessivos de baixo crescimento. A maior atenção do Governo Federal a esse fator mais extremo da política pode atrasar a aprovação de reformas, que são esperadas pelos atores econômicos, como a tributária? As reformas esperadas para o ano de 2023 demandarão um nível elevado de entrosamento nas ações entre o Executivo Federal, governadores e o parlamento. Atos como os ocorridos no dia 08 de janeiro no Distrito Federal desviam o foco político e os esforços que deveriam ser canalizados para dar andamento a essas reformas. O recente anúncio de medidas econômicas pelo Ministério da Fazenda foi uma sinalização importante em prol da agenda econômica. Que pautas devem ser prioridade na agenda econômica nacional e local em 2023?Entre as reformas, a tributária está no centro da agenda econômica, justamente por ser um grande entrave ao crescimento do Brasil. O desafio é construir uma reforma que não signifique um novo aumento de impostos, pois nenhum setor da economia suporta mais carga tributária. Seria importante aproveitar o ambiente de negociação típico do início dos mandatos em ambas as esferas de poder para tocar a reforma tributária concomitantemente à reforma administrativa. Diante do fim do teto de gastos, a discussão em torno de uma nova âncora fiscal será de igual importância, até mesmo para que haja alinhamento com o Banco Central na tarefa de conter a inflação. (Foto: Maker Mídia)

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Desemprego recua para 8,1% no trimestre encerrado em novembro

(Da Agência Brasil) A taxa de desocupação ficou em 8,1% no trimestre terminado em novembro. O percentual representa recuo de 0,9 ponto percentual (p.p.) na comparação com os três meses anteriores, quando atingiu 8,9%. É, ainda, o menor resultado desde o trimestre de fevereiro a abril de 2015. Com a queda para 8,7 milhões, o número de desempregados alcançou o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2015. Ao todo, são 953 mil pessoas a menos em busca de emprego no país, ou recuo de 9,8%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada ontem (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme a pesquisa, há seis trimestres móveis consecutivos, que a taxa de desocupação vem caindo de forma significativa. Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o motivo da retração no trimestre encerrado em novembro é o aumento de 0,7% na ocupação no período, que mais uma vez chegou ao maior nível da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O percentual equivale a um acréscimo de 680 mil pessoas no mercado de trabalho. “Embora o aumento da população ocupada venha ocorrendo em um ritmo menor do que o verificado nos trimestres anteriores, ele é significativo e contribui para a queda na desocupação”, observou. Ainda segundo a coordenadora, as quedas sucessivas na taxa de desocupação foram também um reflexo do aumento no número de ocupados, durante a recuperação do mercado de trabalho que foi verificada desde 2021. “A partir desse momento, houve essa expansão da população ocupada, primeiramente dos trabalhadores informais e, depois, do emprego com carteira assinada nos mais diversos grupamentos de atividades, como comércio e indústria. Mais recentemente, também houve aumento nos serviços, que exercem um papel importante na recuperação da população ocupada no país”. Com carteira Com a ampliação do seu contingente em 2,3% ou 817 mil pessoas a mais, a categoria de empregados com carteira assinada no setor privado provocou o principal impacto para o aumento da ocupação no trimestre de agosto a novembro. Adriana Beringuy informou que desde o segundo semestre de 2021, se verifica o crescimento dessa categoria. “É um registro importante, uma vez que não apenas indica o aumento do número de trabalhadores, mas também sinaliza a redução na informalidade da população ocupada”. A pesquisa indica que, no ano, o contingente de trabalhadores com carteira no setor privado cresceu 7,5%, o que significa mais 2,6 milhões de pessoas. Sem carteira O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável em relação ao trimestre anterior. No trimestre até novembro, o contingente era equivalente a 13,3 milhões de pessoas. No entanto, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve avanço de 9,3% ou 1,1 milhão de pessoas. Também no mercado de trabalho informal, os empregadores sem CNPJ permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2021. O número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ teve movimento diferente e recuou 2,9% frente ao trimestre anterior e foram menos 563 mil pessoas e 4,1% em relação ao trimestre terminado em novembro de 2021 ou menos 796 mil. Informalidade De acordo com o IBGE, esses resultados provocaram impacto de 0,8 p.p. da taxa de informalidade, que chegou a 38,9%, sendo a menor desde o trimestre terminado em novembro de 2020 ou 38,7%. A proporção corresponde a um contingente de 38,8 milhões de trabalhadores informais. “Nesse período, houve uma expansão do emprego com carteira de trabalho e também uma retração do trabalhador por conta própria, que responde por parte significativa do trabalho informal. A queda nesse número acabou influenciando a taxa de informalidade”, disse a coordenadora. Na soma de trabalhadores formais e informais, a categoria ficou estável na comparação com os três meses anteriores, mas apresentou crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2021. O número sofreu impactos, principalmente, do crescimento de 12,5% no número de empregadores com CNPJ, o que equivale a 389 mil pessoas. A pesquisa mostrou também que a partir do aumento do número de trabalhadores, o nível da ocupação, o percentual de ocupados na população em idade de trabalhar, foi estimado em 57,4%. Isso representa uma variação de 0,3 p.p. se comparado ao trimestre anterior, quando ficou em 57,1%. Desalentados A população fora da força de trabalho cresceu 1% no trimestre. Com este percentual, são 660 mil pessoas sem emprego. No caso das pessoas que não estavam ocupadas nem procuravam uma vaga no mercado, mas tinham potencial para se transformarem em força de trabalho, ou que formam a força de trabalho potencial, foi registrado um recuo houve uma redução de 454 mil pessoas ou de 5,8%. A estimativa é que no mesmo período, os desalentados somam 4,1 milhões. Frente ao último trimestre, houve redução de 4,8% ou menos 203 mil pessoas. Entre os grupamentos de atividades analisados pela pesquisa, houve alta de 2,6%, ou mais 307 mil pessoas, no contingente de trabalhadores dos setores de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Já nas de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais a elevação ficou em 1,8%, ou mais 319 mil pessoas. Nesta categoria, os segmentos de saúde e educação se destacaram no avanço da ocupação. Embora o setor comercial, geralmente ofereça mais oportunidades de trabalho com a proximidade das festas de fim de ano, foi um dos que não avançaram significativamente na comparação com o trimestre anterior. “Além do comércio, os outros grupamentos de atividades pesquisados também ficaram estáveis no trimestre”, informou. Rendimento A Pnad Contínua estimou o rendimento médio real em R$ 2.787, o que representa um aumento de 3% em relação ao trimestre encerrado em agosto. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento ficou em 7,1%. Houve avanço também na massa de rendimento nas duas comparações e chegou a R$ 273 bilhões, atingindo mais uma vez um recorde na série histórica da pesquisa. Em relação ao trimestre anterior, a elevação ficou em 3,8%, ou

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Balança comercial tem superávit de US$ 61,8 bilhões em 2022

(Da Agência Brasil) O valor total exportado pelo Brasil em 2022 cresceu 19,1% e o valor importado foi 24,3% maior do que o registrado em 2021. Assim, o superávit na balança comercial do país fechou o ano em US$ 61,8 bilhões, um pouco superior aos US$ 61,4 bilhões de 2021. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), no Indicador de Comércio Externo (Icomex). Segundo a instituição, o saldo em novembro e em dezembro surpreendeu com a melhora das vendas para a China, com destaque para a agropecuária. O superávit do setor extrativo caiu e o déficit da indústria de transformação aumentou. “As restrições da oferta agrícola associadas à guerra na Ucrânia e questões climáticas elevaram os preços agrícolas, pois o aumento no volume exportado foi 2,6% menor do que o da indústria de transformação. Na extrativa, preços e volume das exportações recuaram com o desempenho do minério de ferro desfavorável. O déficit na indústria de transformação é recorrente na balança comercial do Brasil desde 2009”, informou a FGV/Ibre. Cenário mundial Para este ano, o instituto projeta um menor crescimento da economia mundial, com taxa de expansão do Brasil abaixo de 1% e redução tanto nas exportações como nas importações. No cenário internacional, o crescimento mundial pode ser afetado positivamente pelo relaxamento da política de covid zero na China, que projeta crescimento de 5% em 2023. Na União Europeia, a crise energética pode levar a um menor crescimento. “O preço do petróleo irá continuar sendo afetado pelas questões geopolíticas e a recuperação das exportações da extrativa depende também da recuperação das vendas de minério de ferro para a China. No caso das manufaturas, a crise da Argentina não favorece o aumento das exportações de maior valor adicionado do setor automotivo. Numa primeira leitura, o saldo comercial de 2023 deverá ser menor que o de 2022”, destacou a FGV/Ibre. Resultados A principal contribuição para o aumento nos valores do comércio exterior foi a variação dos preços, com aumento de 13,7% para as exportações e de 21% nas importações na comparação de 2022 em relação a 2021. Em volume, a exportação cresceu 4,4% e a importação subiu 2,7%. A participação das commodities (mercadorias) exportadas permaneceu a mesma com 68% do valor total e aumento de 13,9% dos preços e de 4,4% do volume. As não commodities variaram 13,5% em valores e 4,7% no volume. O índice de preços ficou em 130,2, queda de 6,7% em relação a 2011. Já o índice do volume exportado das commodities alcançou o pico em 2022, com aumento de 2,4% em relação ao maior nível anterior registrado em 2020: 180,2. Nas importações, as commodities passaram de 8,5% para 11,7% na participação do valor, com o crescimento dos preços de 47,9% entre 2021 e 2022. Em volume, a variação foi de 15,3%. Para as não commodities, as variações foram de 18,3% nos preços e 1,4% no volume. Segundo o instituto, o aumento de preços das importações de commodities foi o maior registrado na série histórica, iniciada em 2008. “A guerra na Ucrânia, os efeitos climáticos nas lavouras e os gargalos herdados e ainda não totalmente superados da covid 19 explicam o aumento nos preços das importações, o que impactou na inflação mundial e do Brasil”, explicou a FGV/Ibre. Setores Na avaliação da fundação, o valor adicionado da agropecuária deve diminuir no ano, afetando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todos os produtos e serviços finais produzidos no país). Mas, segundo o instituto, o setor contribuiu positivamente para a balança comercial, com o saldo do setor passando de US$ 46,5 bilhões para US$ 65,8 bilhões entre 2021 e 2022. Na indústria extrativa, houve queda do superávit, que passou de US$ 63 bilhões em 2021 para US$ 45,5 bilhões em 2022. O setor foi o responsável por 22,8% das exportações do país. A indústria de transformação ampliou o déficit de US$ 45,3 bilhões para US$ 48,5 bilhões, respondendo por 55,7% das exportações brasileiras. A agropecuária correspondeu a 21,3%. Por setor, a agropecuária teve variação de 34% nos preços e o volume cresceu 2,6%. Na indústria de transformação, os preços subiram 15,7% e o volume, 8%. Na indústria extrativa, a queda registrada foi de 3,6% no preço e de 0,4% no volume. A soja permanece como o principal produto exportado, seguido do petróleo bruto e o minério de ferro, apesar das vendas terem recuado em 35,3% com queda no preço e no volume. Importação No ano, a indústria de transformação foi responsável por 86% das importações brasileiras, seguida da extrativa (11,3%) e da agropecuária (2%). A extrativa teve alta de 79,6% em relação a 2021, com o aumento nos preços de 75,1% e de 3,8% no volume. O FGV/Ibre aponta que o resultado se deve à compra de óleos brutos de petróleo, que tiveram aumento de 148,2% no valor, devido ao aumento nos preços de 47,5%. A importação de bens de capital na agropecuária subiu 54,2% em volume, indicando que o setor espera um melhor resultado para 2023 na safra. Já na indústria de transformação, o volume de bens intermediários importados desacelerou diante de uma expectativa de menor crescimento da demanda. Mercados Com relação a mercados com os quais o Brasil mantém relações comerciais, o superávit com a China teve queda de US$ 11,3 bilhões na comparação com o ano anterior. O déficit com os Estados Unidos aumentou em US$ 5,7 bilhões. Com isso, esses dois países contribuíram para uma queda de US$ 17 bilhões no saldo comercial de um ano passa o outro. Houve aumento de volume exportado para todos os mercados, exceto a China, que anotou queda de 2,8%, afetada pela diminuição no minério de ferro. Já a carne bovina teve aumento de 81% nas exportações para a China. Com relação à Argentina, o agravamento da crise no país e as restrições cambiais levaram a uma redução de 22,1%. Já para a União Europeia, houve crescimento das exportações de 15,8% na comparação anual. Pelo volume importado, a China teve alta de 12,6% e União Europeia subiu 3,8%. Quanto

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Desempenho da indústria cai 2,3% em Pernambuco em 2022

Ainda sem contabilizar o mês de dezembro de 2022, a indústria Pernambucana registrou um acumulado nos 11 primeiros meses do ano de retração de 2,3% da atividade no setor. Se observarmos apenas o mês de novembro, último balanço recém anunciado pelo IBGE, a queda foi de 2% em relação ao mês de outubro. Os segmentos que tiveram cresceram no acumulado do ano passado (até novembro) foram fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (41,9%), fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal (7,0%), fabricação de produtos de borracha e material plástico (4,9%) e fabricação de produtos alimentícios (3,5%). A fabricação de bebidas terminou sem variação (0,0%). Já aqueles que tiveram variação negativa foram em sequência: fabricação de produtos têxteis ( -18,5%), seguido por fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,4%), fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (16,6%), fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-12,9%), metalurgia (-12,1%), fabricação de produtos de minerais não metálicos (-8,7%), indústrias da transformação (-2,3%) e fabricação de outros produtos químicos (-2,1%)

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Volume de serviços de Pernambuco ficou estável em novembro

De acordo com o IBGE, o volume de serviços em Pernambuco ficou em (0,8%) em novembro, em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Em outubro o desempenho foi de recuo (-4,1% ). Apesar da estabilidade de novembro e da redução da atividade em outubro, no acumulado do ano, o volume de serviços avançou 11,7% frente a igual período do ano anterior, e o acumulado nos últimos doze meses assinalou 11,5%. Em novembro, os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 13,2%, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e aos correios avançaram 13% e os serviços de informação e comunicação subiram em 2,9%. Por outro lado, tiveram baixa as atividades serviços prestados as famílias (-7,9%) e outros serviços (-2,0). Com o desempenho, Pernambuco teve o 5º maior volume de serviços (0,8%) ficando abaixo apenas de Rio de Janeiro (2,2%), Rio Grande do Sul (1,7%), Paraná (1,7%) e Amapá (1,1%). TURISMOEm novembro de 2022, o índice de atividades turísticas decresceu 7,9% em Pernambuco frente a outubro. Houve quedas em seis dos 12 locais pesquisados. A influência negativa mais relevante ficou com Pernambuco (-7,9%), seguido por Bahia (-2,4%) e Santa Catarina (-2,9%). Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (7,4%), São Paulo (0,7%) e Paraná (5,3%) assinalaram os principais avanços.

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IPCA na Região Metropolitana do Recife fecha 2022 com crescimento de 5,80%

(Do IBGE) O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA na RMR divulgado hoje mostra um avanço de 0,88 nos preços durante o mês de dezembro, acumulando alta de 5,80 ao longo do ano de 2022, bem próximo ao resultado nacional de 5,79%. Com esse resultado, a RMR tem a 4ª maior inflação do país no mês de dezembro e a 7ª maior inflação do país no ano. O IPCA acumulado em 2022 foi de 5,80%, abaixo dos 10,42% acumulados em 2021. Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas o grupo de habitação apresentou retração de preços de 0,15%, influenciado pelo recuo nos preços da energia elétrica de 0,52% com resultado da redução das alíquotas de PIS e COFINS. Os destaques de alta ficaram pelos grupos de saúde e cuidados pessoais com alta de 1,73% e de vestuário, com avanço de preços de 1,48% no mês. Já o grupo de Alimentação e bebidas, o de maior peso na composição do índice, variou 0,72%. Esse resultado impacta mais fortemente as famílias com menor poder aquisitivo e que têm na alimentação o maior dispêndio no orçamento familiar. Ao longo do ano, o grupo de vestuário foi o que apresentou maior avanço nos preços, com aumento de 15,61%, seguido pelo grupo de saúde e cuidados pessoais que teve alta de 11,97%. Os grupos de comunicação, com recuo de 1,89%, habitação com 1,43% e transportes 1,07% acumularam deflação ao longo do ano, influenciados principalmente pela redução no ICMS da energia elétrica, combustíveis e comunicação.

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Reconstrução pós-pandemia: Desafios do Governo Raquel Lyra em Pernambuco

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Pernambuco tem pela primeira vez uma mulher eleita governando o Estado. Raquel Lyra assumiu nesta semana a liderança do Palácio do Campo das Princesas, encerrando um ciclo de 16 anos do PSB, em um momento de muitas dificuldades econômicas e sociais no País. Além da crise interna que rachou o Brasil em dois polos, os desafios ambientais se acumulam diante do avanço das mudanças climáticas. Durante o Painel Anual da Agenda TGI, o consultor Francisco Cunha apontou algumas das prioridades de desenvolvimento do Estado que podem nortear as ações públicas nos próximos anos. VISÃO PARA 2037 Na Agenda TGI e no documento Pernambuco Além da Crise, produzido pela TGI em parceria com a Algomais e Rede Gestão e enviado aos candidatos ao Governo nas eleições 2022, o consultor apresentou a Visão de Pernambuco para 2037 (quadro abaixo), que tem como pilares o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida, com a promoção da justiça social, da responsabilidade ambiental e investimentos robustos em educação, ciência, tecnologia e inovação. Essa visão de longo prazo destaca também o desafio do Estado de fomentar o empreendedorismo e de avançar na eficácia na gestão pública. “Depois de muitas discussões de diversos especialistas chegamos à seguinte conclusão, pensando na visão de longo prazo: a visão começa pela importância do incentivo à ciência, tecnologia e inovação, articulado com o reforço ao empreendedorismo dinâmico e à gestão pública. Isso só pode ser desenvolvido com CT&I. Não é possível avançar além do que se tem, se não tiver articulação adequada com a academia e institutos de pesquisa. Isso tem que ser o local de onde parte a motivação para o aperfeiçoamento”, defendeu Francisco Cunha. Francisco Cunha considera estratégico preparar as bases para um salto de qualidade capaz de adequar o modelo de desenvolvimento de Pernambuco às novas exigências políticoeconômico- sociais-ambientais, nacionais e internacionais. Uma novidade do Painel Anual da Agenda TGI, porém, foi expor os desafios considerados estratégicos para os próximos quatro anos, que compreendem esse período da gestão de Raquel Lyra. Francisco Cunha apresenta como sugestões para a governadora: “Preparar as bases para um salto de qualidade capaz de adequar o modelo de desenvolvimento estadual às novas e acentuadas exigências político-econômico-socio-ambientais, nacionais e internacionais, decorrentes da pós-pandemia, da nova geopolítica mundial e das mudanças climáticas aceleradas”. CONTAS PÚBLICAS EM EQUILÍBRIO Para conduzir o Estado a essa transição do modelo de desenvolvimento, um dos fatores positivos que Raquel Lyra deve encontrar é o equilíbrio fiscal. Enquanto o Estado tem importantes problemas a serem superados nos próximos anos, como destacamos na série Desafios do Desenvolvimento de Pernambuco, no que diz respeito às contas públicas, Raquel Lyra assumirá um cenário reverso do nacional. Enquanto no País houve expansão da dívida nos últimos anos, no contexto local ela foi reduzida a patamares históricos. “Pernambuco tem um ponto relevante na passagem de governo que temos que destacar, que são as contas públicas, pois atingiu o seu menor endividamento em 21 anos. Pernambuco reduziu a dívida pública estadual que caiu de 53,18% em 2019 para 21,5% em 2022. Isso é muito importante, porque o Estado está com o menor endividamento da sua história recente e a capacidade de crédito restaurada”, destacou o consultor Francisco Cunha. Para se ter ideia do respiro que esse ajuste de contas proporciona para o Governo do Estado, a dívida pública pernambucana chegou a ser de 130,7% do PIB no começo do século. Esse endividamento reduziu para 38,3% em 2011. Ela voltou a subir, chegando a 72,5% em 2015. Nesse momento inicia uma trajetória decrescente até o patamar atual. “Isso é importante, porque o governo encerra esse ciclo com dinheiro no caixa e o Estado pode contrair outras dívidas para investimento”, ressaltou Francisco Cunha. MERCADO GLOBAL PASSA POR SUAPE A conexão do Estado ao mercado global tem em Suape um dos protagonistas. O principal polo de atração de investimentos do Estado, o Complexo Industrial e Portuário de Suape, também tem um caminho traçado para os próximos anos. Os anúncios dos investimentos bilionários do segundo terminal de contêineres pela Maersk (R$ 2,6 bilhões) e do novo Terminal Regás que será explorado pela holding brasileira OnCorp (R$ 2 bilhões), além da construção da Transertaneja, empreendimento da Bemisa que conectará Suape a Curral Novo, no Piauí (que mobiliza R$ 5,7 bilhões da ferrovia, mais R$ 1,5 bilhão para o Terminal de Granéis Sólidos Minerais) são os protagonistas do novo ciclo dessa região. “A chegada do segundo terminal de contêineres deve baixar os custos de Suape. Outro fator importante foi a retomada da autonomia do Porto, 10 anos depois”, destaca Francisco Cunha. Suape está inserido também numa das grandes tendências globais que é o hidrogênio verde (H2), com a perspectiva de instalação de um polo dessa fonte energética. Com a demanda mundial elevada desse combustível, a produção pernambucana tem grande potencial de exportação para a Europa e mesmo de atrair para o Complexo mais indústrias que utilizem o H2. A consolidação desses investimentos no Estado, com atração de novos players e acompanhamento dos que já foram anunciados, é um dos desafios no horizonte da nova governadora que estão antenados com a internacionalização da economia de Pernambuco. Na capital pernambucana, uma das expectativas da gestão é o apoio ao Porto Digital, principal polo tecnológico, conectado ao mercado global, que tem sofrido especialmente com a escassez de mão de obra. Na contramão das demais atividades econômicas, é a ausência de profissionais que cria riscos ao setor e que deve estar na agenda de prioridades do Governo do Estado. FORTE DESAFIO SOCIAL Os últimos relatórios sobre os cenários socioeconômicos do País expõem que entre todas as metas dessa visão, a justiça social é onde está o maior desafio. No Ranking da Pobreza (2021), elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, Pernambuco aparece como o 4º lugar no País, com 50,32% da sua população com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 497 mensais. Embora esse seja um problema histórico, ele foi muito agravado pela pandemia. Em 2019, último ano antes da chegada

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