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Febraban alerta para risco de lavagem de dinheiro nas apostas esportivas

Presidente da entidade cobra maior regulação do setor e critica empresas que atuam “nas sombras” (Com informações da Agência Brasil) O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, fez um alerta contundente sobre o uso das apostas esportivas online — conhecidas como bets — como ferramentas para lavagem de dinheiro pelo crime organizado. Durante seminário realizado em Brasília, ele defendeu uma atuação conjunta entre o setor privado e o Estado para conter os riscos financeiros e sociais relacionados à atividade. De acordo com Sidney, os jogos de aposta online representam um canal vulnerável à ação de organizações criminosas. “Os jogos on-line de apostas são um canal de risco para lavagem de dinheiro. Estado e o setor privado precisam agir com firmeza para não permitir que o crime organizado os use para ampliar seus tentáculos e suas operações financeiras”, declarou, durante o evento promovido pelo Instituto Esfera Brasil e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O dirigente da Febraban também criticou a fragilidade regulatória e os impactos sociais do setor. “Há muito a ser feito sob o ponto de vista regulatório e de fiscalização. O poder público precisa separar joio do trigo e cuidar da saúde mental das pessoas”, afirmou, referindo-se ao crescimento de vícios em jogos, alimentado por excesso de publicidade e pela falta de controle. Sidney ainda reforçou que, embora as apostas tenham sido legalizadas por decisão legislativa, muitas empresas do setor atuam de forma pouco transparente. “Vemos um bombardeio de publicidade, enquanto empresas se movimentam nas sombras, até para ganhar em cima de pessoas com vulnerabilidade”, completou.

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Tesouro Direto investe R$ 4,5 milhões em startups com foco em inclusão e educação financeira

Seleção prioriza empresas que atuam com inteligência artificial, educação pública e uso social do Tesouro Direto Garantia O Tesouro Direto vai destinar R$ 4,5 milhões para até 14 startups com soluções voltadas à educação financeira e inclusão social. A iniciativa faz parte da segunda edição do programa Tesouro Direto Impacta e busca apoiar negócios inovadores que enfrentem desafios estruturais nas áreas de educação, tecnologia e finanças acessíveis. As inscrições vão até 28 de junho, pelo site www.tdimpacta.com.br. Com apoio da Artemisia, organização referência em aceleração de negócios de impacto, o programa selecionará empresas em estágio de tração ou escala, com faturamento mínimo de R$ 1 milhão nos últimos 12 meses e potencial de atuação em grande escala. Além dos recursos financeiros, as startups receberão capacitação online gratuita para desenvolver e adaptar suas soluções a desafios específicos. Entre os desafios propostos estão: formar professores de escolas públicas em educação financeira; criar assistentes educacionais com uso de inteligência artificial; e ampliar o uso social do Tesouro Direto Garantia em áreas como habitação e microcrédito. As empresas deverão propor Provas de Conceito (POC) ou parcerias estruturadas, com foco na personalização e escalabilidade das soluções. Os recursos para o TD Impacta vêm da taxa de custódia de 0,2% ao ano paga pelos investidores do Tesouro Direto à B3. Pelo contrato vigente, 20% da arrecadação anual com essa taxa – limitada a R$ 50 milhões – deve ser revertida para projetos sociais e sustentáveis. Na primeira edição do programa, R$ 5,2 milhões foram destinados a 40 startups. Serviço📌 Inscrições para o Tesouro Direto Impacta🗓 Até 28 de junho de 2025🌐 www.tdimpacta.com.br💼 Público-alvo: startups com impacto social e foco em educação financeira

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PIB Pernambuco

Pernambuco já recebeu R$ 15,8 bilhões do Novo PAC no primeiro quadrimestre de 2025

Investimentos federais impulsionam renda, educação e infraestrutura no Estado Os investimentos do Governo Federal em Pernambuco vêm gerando impactos significativos na qualidade de vida da população e no fortalecimento da economia local. Entre 2023 e meados de abril de 2025, R$ 15,8 bilhões já foram executados no estado como parte do Novo PAC, que prevê, até 2030, R$ 44,2 bilhões em ações estruturantes. Esses recursos têm sido aplicados em diversas frentes, como saúde, educação, habitação e segurança hídrica, com reflexos diretos na geração de emprego e no aumento da renda domiciliar dos pernambucanos. Um dos principais destaques é o crescimento recorde do rendimento mensal real domiciliar per capita em Pernambuco, que atingiu R$ 1.412 em 2024, alta de 32,2% em relação a 2022. O índice de desemprego também caiu no estado, acompanhando a ampliação de programas como o Bolsa Família, que beneficia mais de 1,5 milhão de famílias, e o Pé-de-Meia, que alcançou 258,3 mil alunos do ensino médio. "Temos visto isso com o aumento dos investimentos no Nordeste e, em especial, em Pernambuco, com impacto sobre os indicadores. A queda no desemprego e aumento na renda são resultado de decisões e políticas públicas”, destacou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. A educação pública também avança com a construção de seis novos campi dos Institutos Federais em municípios como Goiana, Araripina e Bezerros, totalizando 8.400 vagas. Além disso, dados do Censo Escolar mostram crescimento expressivo nas matrículas em tempo integral em todas as etapas da educação básica, resultado de iniciativas como a ampliação da jornada escolar e a construção de novas unidades de ensino. A infraestrutura educacional ainda é reforçada por obras e entregas de veículos escolares em dezenas de municípios. Na área de infraestrutura, Pernambuco já conta com 219 obras do Novo PAC concluídas e outras 376 em execução. O estado foi contemplado com projetos de mobilidade, saúde, habitação e segurança hídrica, como a ampliação da capacidade de bombeamento do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que beneficiará 237 municípios do Nordeste. A previsão é que a obra impacte positivamente a vida de mais de 8 milhões de pessoas, promovendo acesso à água em regiões do Agreste e Sertão. Programas sociais e de saúde também receberam reforços. O Mais Médicos ampliou o número de profissionais em quase 100% desde 2022, com destaque para áreas de maior vulnerabilidade. Já o Farmácia Popular beneficiou cerca de 965,5 mil pernambucanos até o fim de 2024, enquanto o Desenrola atendeu quase 200 mil pessoas no estado. Esses investimentos federais, aliados à gestão integrada com estados e municípios, sinalizam uma mudança estrutural na oferta de serviços públicos e nas condições socioeconômicas da população de Pernambuco.

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Pesquisa revela que 84% dos recifenses mantêm viva a tradição do São João

Estudo da UniFafire aponta que festas juninas seguem enraizadas na cultura local, com forte valorização de elementos tradicionais. Caruaru, na foto acima, é o principal destino para quem vai viajar Mesmo diante das transformações sociais e culturais das últimas décadas, o São João continua sendo celebrado por 84% dos moradores da Região Metropolitana do Recife. A informação é de uma pesquisa inédita do Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFafire), que entrevistou 851 pessoas em diversas áreas da capital entre 29 de maio e 6 de junho. A maioria dos recifenses, segundo o estudo, opta por comemorar a data com a família, dentro de casa ou em eventos locais. O levantamento revela que apenas 27,65% dos entrevistados planejam viajar no período junino, reforçando o caráter intimista e comunitário da festa. “O São João é tido como um momento de reunião familiar, de fortalecimentos de laços comunitários e de valorização das tradições regionais”, afirma o coordenador da pesquisa, João Paulo Nogueira. Entre os que pretendem viajar, Caruaru lidera com 27,25% das preferências, seguido por Gravatá (16,04%) e praias (7%). Cidades como Bezerros, Campina Grande e Arcoverde também foram mencionadas, embora com percentuais mais discretos. Os elementos culturais tradicionais seguem predominando: 42,30% dos entrevistados preferem festas com forró pé de serra, quadrilha e fogueira. Já os grandes shows com artistas nacionais são preferência de apenas 9,75%. As celebrações em família, escolhidas por 20,45%, reforçam o perfil afetivo e seguro da festa. “Os números reforçam que, apesar das transformações sociais e da modernização dos formatos festivos, a essência do São João permanece viva no imaginário popular”, pontua Nogueira. A culinária típica também mantém seu protagonismo: o milho verde, assado ou cozido, lidera com 24,32% das preferências, seguido por canjica (22,68%) e pamonha (18,45%). Itens como bolo de milho, munguzá e pé de moleque completam a lista, reforçando a ligação afetiva dos sabores com a infância e as memórias familiares. “Esse conjunto de preferências reforça o vínculo emocional das pessoas com sabores que remetem à infância, à casa da avó e às celebrações comunitárias”, acrescenta o coordenador. O uso de roupas típicas também permanece relevante: 58,66% dos entrevistados afirmaram manter esse costume, sendo que 34,39% usam sempre e 24,27% ocasionalmente. “O uso da roupa típica é mais do que uma escolha estética. É um gesto simbólico que reforça a identidade cultural nordestina e contribui para a valorização das raízes populares”, conclui Nogueira.

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CDL Recife celebra 65 anos destacando força do comércio local

Com mais de 8 mil associados, entidade reforça papel estratégico no desenvolvimento econômico da capital pernambucana. Fotos: Janaína Pepeu/Secom A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife comemorou, nesta quinta-feira (19), seus 65 anos de atuação como uma das principais entidades de representação do comércio na capital e em Pernambuco. A celebração reuniu autoridades e lideranças do setor produtivo para marcar mais de seis décadas de contribuição ao fortalecimento do varejo local e à promoção da atividade econômica. Compromisso com os lojistas Com um universo de mais de 8 mil estabelecimentos associados, a CDL Recife tem papel ativo na defesa dos interesses dos lojistas e na articulação de parcerias institucionais. “Os 65 anos chegam com muita representatividade. Nós trabalhamos com o lojista, que é o nosso principal foco. Agradecemos as parcerias do Governo do Estado, principalmente a Polícia Militar, por meio da segurança, parceiro em todos os momentos”, afirmou o presidente da entidade, Fred Leal, que entregou um quadro comemorativo à governadora Raquel Lyra. Comércio como motor da economia Presente à cerimônia, a governadora destacou a força do setor de comércio e serviços em Pernambuco, bem como os investimentos públicos em infraestrutura e recuperação do Centro do Recife. “Pernambuco é terra de mascates, o comércio sempre foi um serviço muito forte na nossa região. Apesar de todas as adversidades, nosso setor de serviço e de comércio cresce, acompanhando aquilo que vem acontecendo no nosso estado ao longo dos últimos tempos”, declarou Raquel Lyra. Investimentos e crescimento do PIB Os dados recentes reforçam o bom momento vivido pelo setor. Apenas em 2024, Pernambuco investiu mais de R$ 2,8 bilhões, o que impulsionou um crescimento de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB), o maior dos últimos 15 anos. O ambiente favorável, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, é resultado da aproximação com o setor privado e da modernização de processos que impactam diretamente o ambiente de negócios.

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Copom eleva juros básicos da economia para 15% ao ano

Taxa Selic está no maior nível desde julho de 2006 (Da Agência Brasil) Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano. Embora houvesse divisões, a decisão surpreendeu parte do mercado financeiro, que esperava a manutenção em 14,75% ao ano. Em comunicado, o Copom informou que deverá manter os juros em 15% ao ano nas próximas reuniões, enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais altas, caso a inflação suba. “Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, destacou o texto. “O comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, acrescentou o BC. Essa foi a sétima elevação seguida dos juros básicos. A Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Esse deve ser o último aperto monetário, antes da interrupção no ciclo de alta, no segundo semestre. De setembro do ano passado a maio deste ano, a Selic foi elevada seis vezes. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto. Inflação A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial, recuou para 0,26%, mesmo com a pressão de alguns alimentos e da conta de energia. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em junho de 2025, a inflação desde julho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em julho, o procedimento se repete, com apuração a partir de agosto de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano. No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 5,1% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho. As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,25%, quase 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,5%. O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA acumulado em 12 meses chegará a 4,9% em 2025 (acima do teto da meta) e 3,6% no fim de 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses. O Banco Central aumentou levemente as estimativas de inflação deste ano e manteve a do próximo. Na reunião anterior, de novembro, o Copom previa IPCA de 4,8% em 2025 e de 3,6% em 12 meses no fim do segundo trimestre de 2026. Crédito mais caro O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2025. O mercado projeta crescimento melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,2% do PIB em 2025. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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Educação e Aprendizado: A Revolução do Conhecimento com IA

Como a inteligência artificial está transformando o ensino, desafiando modelos tradicionais, levantando dilemas éticos e abrindo caminhos para uma educação mais inclusiva — ou mais desigual. *Por Rafael Toscano A inteligência artificial está mudando a maneira como aprendemos. E não se trata apenas de tecnologias novas em sala de aula, mas de uma transformação mais profunda: uma mudança na própria lógica do ensino. Em vez de um modelo único, centrado no professor como transmissor de conteúdo, começa a emergir um modelo adaptativo, centrado no aluno — um aprendizado sob medida, moldado por algoritmos que aprendem com o estudante. Sistemas de IA já conseguem identificar onde um aluno está com dificuldade, adaptar o conteúdo, mudar o ritmo e até sugerir novas abordagens de ensino. Essa personalização, que seria inviável para um único professor em uma sala cheia, torna-se possível com o apoio de plataformas inteligentes. O resultado? Um aprendizado mais eficiente, mais envolvente e mais respeitoso com as individualidades. Mas isso levanta uma pergunta importante: a quem pertence esse aprendizado? Quando a IA coleta dados sobre o desempenho dos alunos, seus hábitos de estudo, seus erros e acertos — como essas informações são usadas? A privacidade dos estudantes, especialmente de crianças e adolescentes, precisa ser tratada com o máximo cuidado. A promessa da personalização não pode se tornar uma ferramenta de vigilância. Além disso, há o risco de dependência tecnológica. Um aluno que só aprende com mediação algorítmica talvez tenha dificuldades em desenvolver habilidades que envolvem diálogo, escuta, improvisação — competências humanas que nascem do convívio. É fundamental lembrar que educar não é apenas transmitir informação, mas formar cidadãos, com senso crítico, empatia e capacidade de conviver com o diferente. A IA pode ser uma excelente aliada, desde que usada com responsabilidade. Pode corrigir automaticamente provas, gerar planos de aula, sugerir recursos pedagógicos e até simular experimentos complexos. Com isso, libera o professor para o que mais importa: o contato humano. O papel do educador, nesse novo cenário, não desaparece — ele se transforma. Ele deixa de ser apenas fonte de informação e passa a ser guia, curador, facilitador da aprendizagem. A IA também abre caminhos incríveis para a educação inclusiva. Alunos com deficiências visuais podem contar com softwares de leitura inteligente. Estudantes com dificuldades de aprendizagem podem ter conteúdos adaptados ao seu ritmo. E em comunidades remotas, tutores virtuais podem oferecer apoio que antes era impensável. A tecnologia, nesse contexto, é ponte — não barreira. Mas para que essas promessas se cumpram, é preciso enfrentar um problema estrutural: o acesso desigual à tecnologia. A revolução da IA na educação corre o risco de aprofundar desigualdades se apenas alguns puderem se beneficiar dela. É preciso garantir conectividade, equipamentos, formação de professores e políticas públicas que democratizem essas inovações. Outro ponto crítico é a formação ética dos próprios educadores. Professores precisam ser preparados não apenas para usar ferramentas de IA, mas para refletir sobre elas. Entender seus limites, seus impactos e seus potenciais. A alfabetização digital e ética passa a ser tão importante quanto ensinar matemática ou português. Há também um campo emergente e promissor: o uso da IA na pesquisa educacional. Com grandes volumes de dados, é possível entender melhor o que funciona no ensino, o que precisa ser melhorado, e como diferentes contextos influenciam o aprendizado. A IA pode nos ajudar a tomar decisões mais baseadas em evidências e menos em suposições. No entanto, é essencial manter o olhar humano. A empatia, a escuta ativa, o estímulo ao pensamento crítico — essas são qualidades que nenhuma IA, por mais avançada que seja, poderá replicar com a mesma intensidade. A educação, no fim das contas, é um encontro entre seres humanos. E é nesse encontro que o aprendizado mais profundo acontece. A inteligência artificial pode nos ajudar a ensinar melhor. Mas quem ensina a IA o que é importante ensinar? Quem define o que é essencial para o futuro de uma criança, de um jovem, de uma sociedade? Essas são perguntas que exigem mais do que programação. Exigem sabedoria, diálogo e compromisso com o humano. Por isso, a revolução do conhecimento que a IA traz não é apenas tecnológica. Ela é pedagógica. É filosófica. É política. E, acima de tudo, é uma oportunidade de reimaginar o papel da escola, do professor e do aluno no século XXI. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School, engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos e ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) da Prefeitura do Recife. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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Marilan celebra cinco anos em Pernambuco e anuncia expansão do portifólio

Com 400 colaboradores, fábrica lança panetone exclusivo e cracker adaptado ao paladar nordestino; produção deve crescer até 19% no segundo semestre A unidade do Grupo Marilan em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, completou cinco anos de operação consolidando seu papel estratégico na expansão da marca no mercado nordestino. Para marcar o aniversário, a empresa anunciou a produção de dois novos itens desenvolvidos com foco no consumidor regional: o Marilan Cream Cracker Nordeste e o Panettone Bello Forno, este último criado exclusivamente para o público da região. Expansão com geração de empregos Com um portfólio nacional de mais de 200 produtos, a companhia reafirma sua aposta na planta pernambucana como base de crescimento e inovação. “Para o futuro, nossa expectativa é manter um ritmo consistente de crescimento, com a expansão da área construída, explorando novos segmentos e categorias de produtos, além de fortalecer ainda mais nossa presença no mercado”, destacou o diretor-presidente Rodrigo Garla durante evento comemorativo, com presença de autoridades estaduais e representantes do setor industrial. Fábrica estratégica no Nordeste A fábrica de Igarassu já conta com quatro linhas de produção e emprega 400 pessoas diretamente. Durante o pico de vendas de panetones, no segundo semestre, o quadro deve crescer em até 19%, impulsionado pela produção da linha Bello Forno, voltada ao mercado nordestino. Outro destaque é o Cracker Nordeste, que apresenta sabor mais tostado e salgado, adaptado ao gosto local, sendo fabricado exclusivamente em Pernambuco. Capacidade produtiva e infraestrutura Inaugurada em 2020, a planta Iracema Fontana Garla abastece os mercados do Norte e Nordeste, com capacidade anual de 30 mil toneladas de biscoitos e 3 milhões de panetones e pascoattones. A unidade ocupa 30 mil m² de área construída em um terreno de 250 mil m² e tem sido essencial para ampliar a capilaridade do grupo na região. Com sede em Marília (SP), o Grupo Marilan está presente em mais de 70% dos lares brasileiros e exporta para mais de 30 países. A empresa, que completou R$ 3 bilhões de faturamento em 2024, conta hoje com cinco fábricas no Brasil e 4,5 mil colaboradores.

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Pernambuco lidera crescimento nacional do setor de serviços em abril, aponta IBGE

Estado registrou alta de 5,3% no volume de serviços, o melhor desempenho entre todas as unidades da federação e um sinal de recuperação após queda no mês anterior Pernambuco teve o maior crescimento no volume de serviços do país em abril de 2025, com uma alta de 5,3% em relação a março, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE. O desempenho marca uma retomada significativa após a retração de 3% registrada no mês anterior e supera o resultado de abril de 2024, quando a variação foi de apenas 0,1%. Esse crescimento coloca o estado na sétima melhor posição de sua série histórica desde 2011 e o aproxima dos níveis anteriores à pandemia, ficando atrás apenas do patamar de agosto de 2018 (6,7%). O desempenho positivo foi puxado, principalmente, pelas atividades de transportes, setor que também influenciou o crescimento nacional, que foi mais modesto (0,2%). “Em abril, o resultado positivo do setor de serviços no Brasil se junta aos aumentos observados nos meses de fevereiro e março, acumulando alta de 1,5% nos últimos três meses. A trajetória recente do setor é impactada principalmente por uma melhora observada no setor de transportes, bem como um maior dinamismo dos serviços de tecnologia da informação e serviços técnico-profissionais”, destaca o analista da pesquisa, Luiz Almeida. Além de Pernambuco, outros estados como Roraima (3,7%), Amazonas (3%) e Mato Grosso (2,8%) também apresentaram crescimento expressivo. No entanto, estados como Rio de Janeiro (-3,2%), Bahia (-2,4%) e Goiás (-3,2%) tiveram quedas relevantes no período. No segmento turístico, Pernambuco também avançou 2,6%, consolidando a melhor variação mensal desde novembro de 2024. De acordo com o IBGE, o crescimento das atividades turísticas foi impulsionado pelo aumento no transporte aéreo e rodoviário de passageiros, refletindo positivamente em receitas de hotéis e empresas de reservas. A próxima divulgação da PMS, com os dados de maio de 2025, está prevista para o dia 11 de julho.

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Investimento em infraestrutura deve crescer 4,2% em 2025, aponta CNI

Mesmo com avanço nos aportes, participação no PIB deve cair para 2,21%, revelando desafios estruturais e necessidade de políticas mais eficazes no setor Os investimentos em infraestrutura no Brasil devem alcançar R$ 277,9 bilhões em 2025, de acordo com estimativa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O montante representa um crescimento de 4,2% em relação ao ano passado, sinalizando uma tendência de recuperação no setor. No entanto, em termos relativos, o percentual sobre o Produto Interno Bruto (PIB) cairá de 2,27% em 2024 para 2,21% neste ano. A CNI alerta que o país ainda investe abaixo do necessário para manter a qualidade dos serviços e a conservação dos ativos. “Em algumas atividades, o país investe menos do que o necessário para suprir a própria depreciação desses ativos. Isso se reflete, na prática, em estradas com conservação inadequada, instabilidade em termos de fornecimento de energia e serviços de telecomunicações, e, ainda, em precariedade no abastecimento de água e no tratamento de esgoto”, afirma o analista Ramon Cunha. Entre os setores que devem puxar o crescimento dos investimentos neste ano estão o saneamento básico e os transportes. A CNI também destaca que a maior parte dos aportes deve continuar vindo da iniciativa privada: 72,2% dos recursos projetados em 2025 serão de origem privada, mantendo o padrão observado desde 2019. Apesar dos avanços pontuais, o Brasil ainda enfrenta entraves significativos para consolidar uma infraestrutura moderna e eficiente. O estudo da CNI elenca desafios como insegurança jurídica, morosidade no licenciamento ambiental e regulação ineficaz. A entidade reforça que é preciso transformar o investimento em infraestrutura em uma política de Estado, com maior governança e critérios rigorosos para investimentos públicos e parcerias. Entre as recomendações estratégicas da CNI estão o fortalecimento do BNDES como estruturador de projetos sustentáveis, o aumento da participação do mercado de capitais no setor e a ampliação gradual dos aportes até atingir 4% do PIB. Segundo a entidade, esses pilares são fundamentais para melhorar a competitividade do Brasil no cenário global.

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