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Desigualdade: mulheres negras ganham 48% do salário dos homens brancos

(Com informações da Agência Brasil) De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), no primeiro trimestre de 2023, a remuneração média das mulheres negras no Brasil era de R$ 1.948, o que representa apenas 48% do salário médio recebido pelos homens brancos. Além disso, as mulheres negras ganham 62% do que as mulheres brancas recebem e 80% do que os homens negros ganham. A pesquisa também revelou que, apesar do aumento do número de mulheres negras na população em idade ativa e da ampliação da escolaridade, a desigualdade persiste. Entre o primeiro trimestre de 2012 e o de 2023, a população em idade para trabalhar no Brasil cresceu 13,4%, mas entre as mulheres negras esse crescimento foi de 24,5%, quase igual ao registrado para homens negros (22,3%). No entanto, o percentual de mulheres brancas e homens brancos nessa faixa etária teve um aumento bem menor, de apenas 1,9% e 2,8%, respectivamente. Apesar do aumento na participação de mulheres negras que chegaram ao ensino superior e concluíram o curso, que dobrou de 6% em 2012 para 12% em 2023, isso não foi suficiente para melhorar outros indicadores no mercado de trabalho para esse grupo. Apenas pouco mais da metade das mulheres negras com idade para trabalhar (14 anos ou mais) estavam empregadas ou buscando uma atividade remunerada no primeiro trimestre de 2023. Além disso, o desemprego entre as mulheres negras continua sendo maior do que a média nacional. As mulheres negras empregadas estão concentradas em funções que oferecem remunerações mais baixas e que são mais associadas à informalidade, como trabalhadoras dos serviços, vendedoras ou ocupações elementares. A pesquisadora Janaína Feijó ressalta que múltiplos fatores, incluindo preconceitos e falta de oportunidades de capacitação, contribuem para essa realidade. A informalidade também é comum entre as mães solos negras, que muitas vezes não têm uma rede de apoio financeira ou de cuidados para suas crianças pequenas.

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Mercado reduz previsão da inflação de 4,9% para 4,84% este ano

(Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,9% para 4,84% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,89%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos. A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em junho, houve deflação no país, ou seja, um recuo nos preços na comparação com maio. O IPCA ficou negativo em 0,08%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o quarto mês seguido em que a inflação perdeu força. Em maio, o IPCA foi de 0,23%. No ano, o índice soma 2,87% e, nos últimos 12 meses, 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e seguindo a tendência de queda apresentada desde junho de 2022, quando o índice estava em 11,89%. Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é a maior desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar. Em março de 2021, o BC iniciou um ciclo de aperto monetário, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Nessa semana, dias 1º e 2 de agosto, o Copom realiza a quinta reunião do ano para definir a Selic e, com a inflação em queda, o mercado espera uma redução de, pelo menos, 0,25 ponto percentual, para 13,5% ao ano. Para os analistas financeiros ouvidos na pesquisa Focus, a expectativa é de que os juros básicos encerrem o ano em 12% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. PIB e câmbio A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,24%, mesma do boletim da semana passada. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,3%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 1,97%, respectivamente. A previsão para a cotação do dólar está em R$ 4,91 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,00.

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ACLF projeta investir R$ 7 bilhões no Recife, em uma década

A ACLF Empreendimentos anuncia um ambicioso plano de investimentos para aquecer o mercado imobiliário do Recife. Com áreas já adquiridas, a construtora pretende construir 20 mil unidades habitacionais nos próximos dez anos, o que representa um potencial de venda de R$ 7 bilhões em valor geral de venda (VGV). EM PAULISTA A construtora já construiu 17 grandes empreendimentos em Paulista, totalizando 7.482 unidades habitacionais, além do Paulista North Way Shopping. O fundador e presidente da ACLF, Avelar Loureiro Filho, ressalta que as ações da empresa estão alinhadas com uma estratégia de planejamento urbano de longo prazo, visando requalificar a área urbana e promover um desenvolvimento sustentável. FUNDADOR “As ações da ACLF são pautadas numa estratégia de planejamento urbano de longo prazo. Nos requalificando a área urbana”, explica o fundador e presidente da ACLF, Avelar Loureiro Filho.

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Novo Atacarejo prevê abertura de mais 4 lojas ainda neste ano

O Novo Atacarejo celebra quatro anos de atuação no mercado e continua em expansão. A rede, que teve início em Carpina, já inaugurou cinco unidades este ano e planeja abrir mais quatro até o final do ano. Atualmente, são 23 lojas em funcionamento, sendo 22 em Pernambuco e uma na Paraíba, gerando aproximadamente oito mil empregos diretos. “Com a receptividade e resultado das vendas, o Novo Atacarejo está seguro em seguir com a expansão de novas lojas e levar desenvolvimento às cidades onde atuamos”, adiantou o CEO da rede, Daniel Costa. CONTRATAÇÕES Com um investimento de R$150 milhões, a empresa tem buscado novas áreas e realizado estudos de viabilidade de mercado para definir os locais das futuras lojas. O processo seletivo para contratação de pessoal está sendo realizado por meio da plataforma: https://novoatacarejo.jobs.recrut.ai/#openings. CAMPANHA DE ANIVERSÁRIO Para comemorar o mês de aniversário, o Novo Atacarejo lançará uma campanha que oferecerá R$400 mil em premiações. Serão prêmios semanais de TV, Iphone e 40 vales-compra, além de quatro carros zero quilômetro e quatro motos na premiação final. Os clientes poderão concorrer aos prêmios a cada R$200 em compras pelo Clube Novo.

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Banco do Nordeste baixa juros de crédito para microempreendedores

O Banco do Nordeste (BNB) anunciou que a partir de 1º de agosto, a taxa de juros mensal do programa Crediamigo, de microcrédito urbano, será reduzida de 3,2% para 2,53% ao mês. Essa medida tem o objetivo de tornar o acesso ao crédito mais fácil para microempreendedores em toda a região de atuação do Banco, que inclui além do Nordeste, parte de Minas Gerais e Espírito Santo. Com essa redução, o BNB espera que os valores liberados pelo programa, que já é considerado o maior da América Latina, alcancem R$ 13 bilhões até o final do ano, representando um aumento de 30% em relação ao total contratado no ano passado. Segundo o presidente do BNB, Paulo Câmara, essa diminuição na taxa de juros é parte dos esforços da instituição em contribuir com as ações do Governo Federal para impulsionar o crescimento econômico do país, e o banco está preparado para realizar novos cortes, seguindo as tendências do mercado. "A redução de 21% na taxa de juros do Crediamigo é de grande importância para os empreendedores que buscam apoio para iniciar ou expandir seus negócios. Essa mudança significativa fará diferença no valor mensal pago pelos empreendedores. Estamos atentos ao mercado e, caso o Banco Central reduza a Taxa Selic, o Banco do Nordeste poderá diminuir ainda mais suas taxas de juros, beneficiando ainda mais os microempreendedores", assegurou Paulo Câmara.

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Dólar cai para R$ 4,73 e fecha no menor valor em 15 meses

(Da Agência Brasil) Influenciado pelo mercado externo, o dólar aproximou-se de R$ 4,70 e fechou no menor valor em 15 meses. A bolsa de valores teve a terceira alta consecutiva e superou os 121 mil pontos. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 4,733, com queda de R$ 0,047 (-0,99%). A cotação chegou a operar em alta no início do dia, mas passou a despencar após a abertura dos mercados norte-americanos. Na mínima do dia, por volta das 12h30, chegou a R$ 4,72. Com o desempenho desta segunda-feira, a moeda norte-americana está no menor nível desde 20 de abril do ano passado, quando tinha fechado em R$ 4,61. A divisa acumula queda de 1,19% em julho e de 10,36% em 2023. O euro comercial fechou a R$ 5,23 e atingiu o menor valor desde o último dia 30. No mercado de ações, o dia também foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 121.342 pontos, com alta de 0,94%. O indicador chegou a abrir próximo da estabilidade, mas disparou influenciado por ações de mineradoras e de petroleiras, os papéis mais negociados. A bolsa brasileira está no maior nível desde 1º de abril do ano passado. O mercado financeiro global vive dias de expectativa, com a reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) nesta terça (25) e quarta-feira (26). O órgão poderá executar o último aumento dos juros básicos da maior economia do planeta, encerrando um ciclo de alta que começou em abril do ano passado. Países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil, foram beneficiados pela valorização de preços de grãos no mercado externo, após o fim do acordo de exportação de cereais da Ucrânia. Apesar da restrição na oferta global de trigo, o bloqueio resulta em aumento no preço de bens primários.

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Bancos renegociam cerca de R$ 500 milhões em dívidas pelo Desenrola

(Da Agência Brasil) Mais de 2 milhões de registros de clientes de bancos que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 foram desnegativados nos últimos cinco dias, a partir do Programa Desenrola Brasil. O montante de renegociação somou cerca de R$ 500 milhões em volume financeiro em mais de 150 mil contratos de dívidas. Os dados foram divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).  Os clientes poderão aderir ao programa até o dia 31 de dezembro. “Os números reforçam o compromisso dos bancos brasileiros com o sucesso do programa Desenrola Brasil”, apontou a entidade, em nota. A Febraban, no documento, salientou que cada banco tem uma estratégia de negócio e, por isso, adota políticas próprias para adesão ao programa. “As condições para renegociação das dívidas, nessa etapa, serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-la”, explicou a entidade.  A Febraban ratificou que apoia o programa idealizado pelo governo federal para “reintroduzir pessoas com restrição de crédito na economia”. Um dos exemplos foi divulgado, na sexta (21), pela Caixa Econômica Federal, que havia informado ter renegociado mais de R$ 51 milhões em dívidas nos primeiros dias do programa Desenrola Brasil. O banco divulgou que há espaço para aumentar o número de renegociações uma vez que tem 13 milhões de clientes com dívidas. Banco do Brasil Além do que foi divulgado pela Febraban em relação às instituições financeiras associadas, o Banco do Brasil (BB) anunciou que terminou a primeira semana do Desenrola Brasil com renegociações de R$ 1 bilhão em dívidas. A instituição financeira apontou que 75,8 mil clientes refinanciaram débitos entre 17 e 21 de julho. Além das pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil, o Banco do Brasil teve como foco as renegociações para os demais públicos inadimplentes, micro e pequenas empresas e pessoas físicas em geral. No caso do Banco do Brasil, clientes interessados em negociar dívidas podem usar o aplicativo ou o site da instituição. Pessoas físicas, podem entrar no endereço da página na internet. As empresas devem fazer o pedido no site.

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Bancos alertam para golpes no Programa Desenrola Brasil

(Da Agência Brasil) A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou alerta para golpes envolvendo o Programa Desenrola Brasil, que entrou em vigor no último dia 17, que tem como principal objetivo reintroduzir pessoas com restrição de crédito na economia, permitindo melhores condições de renegociação de dívidas bancárias. Segundo a entidade, criminosos podem aproveitar o programa para aplicar golpes por meio de links falsos e da engenharia social, que usa técnicas para enganar o usuário para que ele forneça dados confidenciais, além de realizar transações financeiras para o golpista. Nessa primeira fase do programa, as instituições financeiras limpam o nome das pessoas com débitos de até R$ 100. A dívida não é perdoada. Apenas o devedor deixa de ficar com o nome sujo e pode contrair novos empréstimos e fazer operações como fechar contratos de aluguel. Há ainda a possibilidade de renegociação de débitos com bancos por devedores com renda de até R$ 20 mil. O Desenrola só abrange dívidas contraídas até 31 de dezembro do ano passado. “É muito importante que o cliente não clique em links recebidos por aplicativos de mensagens, de redes sociais e patrocinados em sites de busca. Faça você mesmo o contato com o seu banco. Fique atento para que não sejam aceitas propostas de envio de valores com a finalidade de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. Reforçamos que somente é possível renegociar as dívidas nos canais oficiais dos bancos”, disse, em nota, Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban. A Febraban orienta que as pessoas interessadas em renegociar as dívidas dentro do Desenrola Brasil busquem informações apenas dentro dos canais oficiais dos bancos que aderiram ao programa, como nas agências, no internet banking ou em seus aplicativos bancários. Se for negociar no internet banking, a entidade orienta que, para o acesso, o próprio usuário digite o endereço da instituição financeira. Se o cliente desconfiar de alguma proposta ou do valor, ele deve em contato com o banco nos seus canais oficiais. Além disso, somente após a formalização de um contrato de renegociação é que o usuário pode ter os valores debitados da conta, nas datas acordadas. Outro alerta é, em caso de boletos, checar na hora do pagamento se está sendo feito realmente para a instituição financeira com a qual o cliente tem a pendência. A Febraban acrescenta que não envia comunicado para renegociar dívidas no Desenrola. Caso receba qualquer mensagem com o logotipo da entidade ou de bancos, o cliente deve descartá-la e entrar em contato com os canais oficiais da instituição financeira, como agência, internet banking e aplicativo bancário.

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"A redução da Selic permitirá que investimentos voltem a ser viáveis"

Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio-PE afirma, a partir dos dados do setor, que o comércio teve um primeiro semestre difícil, enquanto o setor de serviços cresceu nos primeiros meses do ano. Nessa entrevista, ele aponta as agendas econômicas estratégicas para o setor que estão no radar e destaca os benefícios que a reforma tributária deve trazer para a economia. No curto prazo, é a redução da taxa de juros uma das principais demandas para a reativação mais forte da atividade econômica no País. Vocês têm números do desempenho dos setores do comércio e dos serviços em Pernambuco no primeirosemestre? Qual o balanço do período? Houve uma retração nos números do desempenho do setor de comércio no primeiro semestre em Pernambuco. De acordo com o IBGE, de janeiro a abril de 2023, houve um recuo de 3,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Uma das principais influências para essa queda acumulada, especialmente no comércio varejista ampliado, está na relação negativa entre o consumo de bens duráveis, o endividamento e a inadimplência das famílias, juntamente com o aumento dos preços dos automóveis nos primeiros meses do ano. Por outro lado, no setor de serviços, há um contraste, com um crescimento de 6,8% entre janeiro e maio de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Após uma leve desaceleração em abril, os dados mais recentes de maio mostram uma reaceleração nesse setor, que é o que mais emprega no país. Como as principais agendas econômicas nacionais, como a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária, podem impactar a economia pernambucana? As principais agendas econômicas em nível nacional impactarão positivamente a economia pernambucana. O arcabouço fiscal determina as expectativas de gastos do governo nos próximos anos e indicou o grau de responsabilidade fiscal do Governo Federal. A economia pernambucana, assim como a de outros estados, é influenciada por tais expectativas. Isso ocorre porque o gasto descontrolado do governo pode gerar inflação, aumento da taxa de juros da economia, câmbio desvalorizado e, por fim, atrapalhar a atividade econômica. Enquanto isso, a reforma tributária simplifica a tributação da população brasileira, que contará ao final desse período de transição com apenas dois impostos, um de caráter federal e outro de gestão estadual e municipal. A reforma tributária ainda precisa de leis complementares, mas a facilidade com que passou na Câmara indica que há um forte alinhamento das forças políticas em construir um robusto sistema tributário que desonere principalmente a classe mais baixa da população. Quais as conquistas que a reforma tributária traz? A reforma tributária traz uma série de conquistas significativas para os empreendedores do setor de comércio. Entre os benefícios, destacam-se: Alíquotas diferenciadas: A reforma tributária propõe alíquotas diferenciadas para vários segmentos do setor de serviços. Isso significa que empresas desse ramo poderão contar com uma tributação mais adequada à sua realidade, considerando suas particularidades e necessidades específicas. Não cumulatividade plena dos impostos: A proposta de reforma tributária visa a implementação da não cumulatividade plena dos impostos. Essa medida tem como objetivo evitar a incidência múltipla de tributos sobre uma mesma operação, o que reduzirá os custos para as empresas do comércio. Geração de créditos para empresas do Simples Nacional: A reforma tributária também prevê a possibilidade de geração de créditos por parte das empresas enquadradas no Simples Nacional. Isso permitirá que essas empresas tenham mais flexibilidade financeira e possam compensar impostos pagos em outras etapas da cadeia produtiva. Fim da guerra fiscal entre os estados: A proposta de reforma tributária tem como objetivo acabar com a guerra fiscal entre os estados. Esse conflito ocorre quando os estados concedem benefícios fiscais para atrair empresas, o que acaba gerando desigualdades e distorções no sistema tributário. Com o fim da guerra fiscal, as empresas do comércio terão um ambiente mais equilibrado e justo para competir. Estímulo ao investimento e segurança tributária: A reforma tributária visa a estimular o investimento por meio da criação de um ambiente mais seguro e previsível em termos tributários. Com regras mais claras e estáveis, as empresas do comércio terão maior segurança jurídica para realizar investimentos e expandir suas operações. Essas conquistas da reforma tributária são de extrema importância para o setor de comércio e serviços, uma vez que proporcionam vantagens competitivas, reduzem a burocracia e os custos operacionais, estimulam o crescimento econômico e oferecem um ambiente mais favorável para os empreendedores. A Federação de Comércio de Bens e Serviços tem uma postura favorável e encoraja a implementação da reforma tributária. Acreditamos que uma reforma tributária bem-sucedida trará benefícios substanciais para o setor do comércio, promovendo uma simplificação do sistema tributário, reduzindo a carga tributária e gerando um ambiente mais favorável aos negócios. Essas mudanças serão fundamentais para estimular o crescimento econômico, impulsionar o empreendedorismo e aumentar a competitividade das empresas do comércio, permitindo uma maior geração de empregos e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país. A Federação está engajada em colaborar com os debates e contribuir com propostas construtivas para aprimorar o processo de reforma tributária, visando sempre o fortalecimento do setor e a melhoria do ambiente de negócios como um todo. Há algum programa do Governo Federal ou do Estado aprovado ou anunciado neste semestre com potencial de dinamizar o comércio e os serviços? Com certeza, a recente portaria que regulariza o programa do governo federal “Desenrola” promete retirar boa parte da população da inadimplência. Atualmente, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da CNC, 8 a cada 10 famílias pernambucanas estão endividadas e há cerca de 162 mil pernambucanos inadimplentes. O retorno dessa população, antes restrita de consumir a prazo por conta do nome sujo, para o comércio de bens e serviços é um importante incremento no volume de vendas dos setores. É um projeto promissor e é esperado que haja forte aderência popular. Para o setor, quais as principais medidas são esperadas para melhorar o desempenho no segundo semestre? A redução da taxa SELIC seria uma delas? A redução dos juros do cartão de crédito na modalidade rotativa já está no radar

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Fazenda aumenta previsão de crescimento do PIB para 2,5% este ano

(Da Agência Brasil) A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda elevou de 1,9% para 2,5% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). A estimativa para a inflação caiu. As previsões estão no Boletim Macrofiscal. Segundo o Ministério da Fazenda, a revisão no crescimento foi motivada pelo aumento de 1,9% do no primeiro trimestre e pela expectativa de queda dos juros no segundo semestre por causa da desaceleração da inflação. A estimativa de crescimento para 2024 foi mantida em 2,3%. As projeções de crescimento melhoraram para todos os setores. Para o agropecuário, a projeção passou de 11% para 13,2%. Para a indústria, a estimativa avançou de 0,5% para 0,8%, enquanto a projeção para serviços passou de 1,3% para 1,7%. No início do mês, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, anunciou que a projeção para o PIB deste ano ficaria entre 2,5% e 3%. Na ocasião, ele ressaltou que, no início do ano, o mercado financeiro previa expansão de apenas 1% para a economia brasileira neste ano. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, usou as redes sociais para celebrar os novos números. Destacando o trabalho do ministro da Fazenda, afirmou que "o Brasil está de volta". Inflação A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,58% para 4,85%. A estimativa está acima da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior é 4,75%. Para 2024, a estimativa caiu de 3,63% para 3,3%. Segundo a SPE, a expectativa de inflação para 2023 foi revisada para baixo com base na forte desaceleração do IPCA em abril e maio. Também contribuíram para a queda na projeção o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e as revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e de ônibus urbano. Para 2024, a projeção menor reflete a queda do dólar para abaixo de R$ 5, a queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional), além dos menores reajustes previstos para preços monitorados. De acordo com a SPE, a revisão para o próximo ano ocorreu tanto por causa da desinflação esperada para 2023 como por causa das condições projetadas para a demanda externa. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para estabelecer o valor do salário mínimo e corrigir aposentadorias, deverá encerrar este ano com variação de 4,48%, segundo a previsão da SPE, contra 5,34% previstos no boletim anterior, divulgado em maio. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui o setor atacadista, o custo da construção civil e o consumidor final, caiu de inflação de 2,06% para deflação de 2,21%. Médio prazo Após a melhora das projeções para este ano, a SPE espera leve desaceleração para 2024. Segundo o órgão, isso ocorrerá por causa da diminuição da demanda internacional, que fará o Brasil exportar um pouco menos, e pelo menor crescimento projetado para o setor agropecuário, que se acomodará no próximo ano após crescer mais de 10% este ano. Mesmo com a desaceleração, a SPF projeta que o crescimento do PIB será mais bem distribuído entre os setores da economia em 2024, com a indústria e os serviços melhorando em relação a este ano. “Esses setores devem se beneficiar com a melhoria no ambiente de negócios e redução de incertezas decorrentes da aprovação das reformas fiscal e tributária”, ressaltou o relatório. Outro fator que impedirá uma desaceleração maior no próximo ano será a recuperação da demanda doméstica. O consumo será impulsionado pela queda nos juros e pela adoção de medidas de estímulo, como o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as políticas sociais. “O consumo e o investimento devem ganhar novo impulso com a redução dos juros e da inadimplência e com o novo PAC, focado na transformação energética. A redução da desigualdade, resultante de políticas de valorização do salário mínimo e igualdade salarial entre mulheres e homens, do novo Bolsa Família e do programa Minha Casa, Minha Vida também devem ajudar a elevar a absorção doméstica, garantindo crescimento sustentável e inclusivo”, concluiu a SPE.

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