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Futuro do Metrô do Recife: privatização revela impasses na política de transporte urbano

Decisão do Governo Federal frustra promessa de reestruturação feita por Lula. Foto: Wanderson Pontes O Governo Federal autorizou, na semana passada, a concessão do Metrô do Recife à iniciativa privada, o que provocou reação imediata do Sindicato dos Metroviários. A decisão contraria a promessa feita pelo presidente Lula de investir na recuperação da empresa, que enfrenta um processo acelerado de sucateamento desde sua inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND), ainda no governo Bolsonaro. Ontem, o sindicato intensificou sua mobilização: pela manhã, o presidente da entidade, Luiz Soares, participou de um debate na Rádio Jornal, com críticas diretas a Lula e à governadora Raquel Lyra. Já no início da noite, uma assembleia da categoria aprovou o estado de greve e a criação de um Comitê Permanente de Diálogo com o Governo Federal. Rejeição à concessão e alerta ao preço da passagem Durante um discurso incisivo, Luiz Soares manifestou forte oposição à recente resolução do Governo Federal que viabiliza a concessão do metrô do Recife ao Estado, com posterior repasse à iniciativa privada. Para ele, a medida representa um “não ao povo pernambucano”, prejudicando não apenas a categoria dos metroviários, mas milhões de trabalhadores da Região Metropolitana que dependem do sistema ferroviário diariamente. Vai acontecer aqui o que aconteceu com o metrô de BH. Está sucateado e a tarifa saiu de R$ 4,30 para R$ 5,50. Vocês acham que aqui vai melhorar? O povo precisa saber isso. Não vai melhorar.” (Luiz Soares) Ele lembrou ainda a experiência da Supervia, no Rio de Janeiro, que foi privatizada no passado e possui a maior tarifa do País, de R$ 7,90, sem ter recuperado o sistema. Cobrança de coerência ao presidente Lula No discurso, o dirigente sindical cobrou do presidente Lula o cumprimento de promessas feitas em campanha, nas quais teria garantido que não privatizaria o sistema metroviário. Luiz Soares afirmou que se sente traído pela nova diretriz publicada no Diário Oficial da União no dia 22 de maio. “Lula, recupere o metrô e revogue essa resolução. Conceder ao governo do Estado é privatizar. E nós não vamos aceitar isso”. (Luiz Soares) Outdoors comparam Lula e Bolsonaro Durante a passagem do presidente Lula em Pernambuco, nesta semana, o Sindmetro intensificou a campanha contra a privatização do Metrô do Recife, questionando o compromisso do presidente Lula com o transporte público acessível. Em outdoors espalhados pelo interior do estado, o sindicato compara Lula a Bolsonaro, que privatizou o Metrô de Belo Horizonte. “O Presidente Lula esteve em Salgueiro, e colocamos um telão de LED na entrada com a mensagem: ‘Se Bolsonaro privatizou o metrô de BH, Lula, você vai privatizar o do Recife? Porque, se fizer, estará se igualando a Bolsonaro” (Luiz Soares) Audiência pública na Câmara dos Vereadores do Recife e articulação em Brasília Durante a assembleia, o presidente informou que no dia 9 de junho acontecerá uma audiência pública na Câmara dos Vereadores do Recife, convocada pela vereadora Cida Pedrosa, para discutir o futuro do Metrô do Recife. Luiz Soares criticou duramente a falta de abertura de diálogo com o Governo do Estado sobre o projeto de concessão do Metrô do Recife e prometeu intensificar a comunicação com o Governo Federal, especialmente com a Casa Civil e com a Secretaria-Geral da Presidência da República.

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Falta de respeito no Senado expõe machismo e violência política de gênero

Ataques sexistas contra a ministra Marina Silva durante audiência revelam desafios ainda enfrentados por mulheres em espaços de poder no Senado Federal. *Por Rafael Dantas Durante uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi alvo de ataques misóginos e sexistas que interromperam o debate e evidenciaram a persistência da violência de gênero no ambiente político. A ministra teve seu direito de resposta cerceado, com o microfone cortado em meio às intervenções, além de ouvir afirmações que a mandavam “se colocar no seu lugar”, expressão que representa o machismo estrutural que ainda permeia as relações de poder no país. O episódio expôs a dificuldade que mulheres enfrentam para ocupar e serem respeitadas em espaços públicos e decisórios. Além do ataque direto à ministra, o ocorrido revelou uma violação clara do Regimento Interno do Senado, que assegura o direito à tréplica em debates legislativos, o que não foi respeitado durante a sessão. A situação escancarou não apenas o desrespeito institucional, mas também a tentativa de silenciamento de uma voz feminina que ocupa cargo de destaque no governo. O episódio ocorreu em um momento simbólico, quando o Congresso discute a reforma eleitoral e a necessidade de ampliar a participação feminina na política, apontando a urgência de enfrentar as desigualdades de gênero que dificultam essa ampliação. "Sou ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima e foi nesta condição que fui convidada a falar na Comissão de Infraestrutura do Senado (27). Ouvir de um senador que não me respeita como ministra, não me deu outra opção a não ser deixar a comissão. Ainda mais porque essa agressão veio do mesmo senador que, na outra vez em que estive no Senado, também como convidada, disse que foi muito difícil para ele me ouvir durante seis horas e 10 minutos sem me enforcar. E hoje ele, novamente, veio me agredir", afirmou Marina Silva. Este caso reforça que a violência política de gênero não é um problema isolado, mas uma realidade recorrente para muitas mulheres no cenário político brasileiro. A exposição desses atos machistas no Senado serve como alerta para a necessidade de fortalecer mecanismos de proteção e promover uma cultura de respeito e igualdade nos espaços públicos. A ministra recebeu inúmeros gestos de apoio ontem (27), após deixar o Senado Federal. O Observatório do Clima emitiu uma nota de apoio à Ministra, ressaltando as entregas na pauta ambiental na atual gestão. Covardia e ódio contra uma mulher. Foi o que se viu nesta terça-feira (27/5) no Senado Federal, em ato de violência política de gênero contra a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Os agressores são os senadores Plínio Valério (AM), líder do PSDB, e Marcos Rogério (PL-RO), que presidia a audiência pública da Comissão de Infraestrutura, em mais um capítulo da pressão pela exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas. A agredida é uma mulher negra da Amazônia e ministra de Estado pela segunda vez. Em dois anos, o trabalho da equipe liderada por ela resultou numa redução de 46% do desmatamento na Amazônia em relação a 2022, segundo dados do Inpe. Marina é muito maior do que eles. O Observatório do Clima (OC), rede com 133 organizações, repudia qualquer ato de machismo e violência política e espera que os senadores sejam punidos. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, também se manifestou sobre o episódio. "Minha solidariedade à ministra Marina Silva. É inaceitável que comportamentos desrespeitosos continuem acontecendo contra mulheres na vida pública. Discordâncias fazem parte da democracia. Desrespeito, não. Marina merece respeito." O episódio vivido pela ministra Marina Silva durante a audiência na Comissão de Infraestrutura remete a práticas autoritárias e opressivas que parecem saídas diretamente da Idade Média, quando as vozes das mulheres eram sistematicamente silenciadas e sua participação pública era severamente limitada. Esse tipo de comportamento, marcado pelo desrespeito, pela tentativa de calar e pela imposição do poder masculino, revela um retrocesso simbólico, como se alguns setores do poder ainda estivessem presos a uma lógica medieval de dominação e exclusão. Essa associação histórica evidencia o quanto ainda há de atraso na luta por igualdade de gênero e o quanto é urgente desconstruir essas práticas para avançar rumo a um ambiente político mais democrático.

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Ultracargo anuncia investimento de R$ 155 milhões para expansão em Suape

Ampliação deve aumentar a capacidade de armazenagem de combustíveis líquidos no porto, com início das obras previsto para 2025 e operação a partir de 2028. A Ultracargo, empresa do Grupo Ultra, vai investir R$ 155 milhões na ampliação da unidade de armazenagem de granéis líquidos no Complexo Industrial Portuário de Suape. O plano de expansão, apresentado na última quarta-feira (21), prevê a construção de quatro novos tanques para gasolina e etanol, com obras previstas para começar ainda em 2025. A operação das novas estruturas deve ter início em 2028. Durante reunião com o diretor-presidente do porto de Suape, Armando Monteiro Bisneto, representantes da Ultracargo detalharam o projeto. Participaram do encontro o presidente da empresa, Décio Amaral; o vice-presidente executivo, Helano Pereira; e o vice-presidente Comercial e de Novos Negócios, Fulvius Tomelin. A reunião foi realizada na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Sdec), no Recife. “O projeto de ampliação da Ultracargo reforça a importância estratégica do nosso porto para armazenamento e distribuição de combustível para toda a região e outras partes do Brasil, além do exterior. É mais um movimento para consolidar Suape como líder na operação de granéis líquidos no país”, comenta Armando Bisneto. Com a expansão, serão adicionados quatro tanques com capacidade de 10 mil m³ cada, medindo 25 metros de diâmetro e 21,6 metros de altura. A unidade passará a contar com capacidade total superior aos atuais 157.910 m³, distribuídos em 39 tanques e uma esfera de 5.000 m³ destinada ao armazenamento de butadieno. O Grupo Ultra, que também opera a Ultragaz em Suape, tem atuação nas áreas de mobilidade, energia e infraestrutura logística.

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Interior de Pernambuco se fortalece como polo de geração de empregos no Nordeste

Boletim da Sudene revela o protagonismo de cidades como Petrolina e Caruaru no avanço do mercado de trabalho fora das capitais As oportunidades de emprego no Nordeste estão se expandindo para além das capitais. É o que mostra o mais recente Boletim Temático Emprego e Rendimento, divulgado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que destaca a interiorização do desenvolvimento regional. Cidades de médio porte vêm assumindo papel central na economia nordestina, atraindo investimentos e ampliando o número de postos formais de trabalho. Pernambuco é um dos estados que mais exemplificam essa tendência. No estado, os municípios de Petrolina e Caruaru se sobressaem. Petrolina alcançou 84.043 empregos formais, com destaque para o agronegócio — principalmente a fruticultura — que coloca o setor agropecuário como o segundo maior empregador (30%), atrás apenas dos serviços (33%). Já Caruaru mantém seu protagonismo nos setores de comércio e confecções, somando 81.619 vínculos formais. Juntas, essas duas cidades representam um vetor importante de dinamismo econômico fora da Região Metropolitana do Recife. A pesquisa revela que essa expansão se deve a uma combinação de fatores. “O Nordeste vem consolidando clusters de emprego não só nas capitais, mas também no interior. Isso está relacionado a fatores como economias de aglomeração, aumento da demanda, investimentos públicos estratégicos e um ambiente de negócios mais favorável, construído historicamente”, explica José Farias, coordenador-geral de Estudos e Pesquisas da Sudene. Cidades de outros estados também demonstram força, como Feira de Santana (BA), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB). Além da força dos setores produtivos, a presença de universidades, institutos federais e a melhoria da infraestrutura têm sido determinantes para impulsionar esse movimento. “Esse conjunto de fatores amplia a oferta de mão de obra qualificada e fortalece o ambiente de negócios nas cidades do interior. Trata-se de uma evidência do processo de interiorização do desenvolvimento”, analisa Miguel Vieira Araújo, economista da Sudene. O boletim completo pode ser acessado em: Boletim Temático da Sudene.

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"O Centro do Recife precisa ser um novo bairro para o seu comércio prosperar"

A CDL Recife chega aos 65 anos de atividade, reconhecida pelas ações na operação do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) e pela defesa da revitalização do Centro da cidade. O presidente, Fred Leal, e o diretor institucional da organização, Paulo Monteiro, falam da história da entidade e das conquistas e desafios para restaurar o movimento da região central e impulsionar o varejo local. A CDL Recife (Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife) comemora 65 anos e seu presidente, Frederico Leal, e o diretor institucional, Paulo Monteiro, fazem um balanço sobre a atuação da entidade nesta conversa com Cláudia Santos. Conhecida por seu pioneirismo, foi a primeira CDL do País a criar um sistema centralizado do SPC. Ao longo dos anos, a organização também tem uma atuação constante em prol da revitalização do Centro da cidade.  Ambos os assuntos são tratados na entrevista pelos dois empresários que defendem transformações estruturais na área central do Recife, como o incentivo à moradia, instalação de serviços, recuperação urbana das áreas e segurança para que o varejo volte a ser pujante na região. A ideia baseia-se também no conceito da “cidade de 15 minutos”, em que moradores tenham acesso a serviços, comércio, cultura e lazer, a uma distância máxima de 15 minutos a pé ou de bicicleta.   Que balanço vocês fazem dos 65 anos da CDL Recife? Fred Leal - O balanço é muito bom. Hoje são quase duas mil CDLs em todo o Brasil e a do Recife foi uma das primeiras que surgiram. Sempre tivemos grande atuação, principalmente na relação com os poderes institucionais, federais, estaduais e municipais, logicamente mais fortemente na instância municipal. Em relação aos 65 anos, é importante frisar a questão da credibilidade da CDL Recife enquanto uma instituição apolítica. Tivemos, pelo menos, 40 anos de relações com o poder público independentemente do partido que estivesse no poder. Ou seja, o partido da CDL é o lojista, é a cidade do Recife. A grande preocupação nossa não é somente com o comércio mas, também, com a cidade como um todo, pois se o cidadão recifense está bem, se tem sensação de segurança, vai comprar com mais tranquilidade e isso, consequentemente, favorece o comércio.  A ascensão da CDL Recife se deu a partir do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) que começou no Rio Grande do Sul e, depois, chegou ao Recife, mas temos orgulho de dizer que foi aqui que virou a chave para o SPC Brasil. Antes, cada cidade tinha seu sistema de SPC. Nós fomos o primeiro que interligou os dados de todas as cidades de Pernambuco e unificou no CDL Recife sendo os primeiros a migrar para o processamento central do SPC Brasil. Qual a importância do Serviço de Proteção ao Crédito para o desenvolvimento da CDL e do comércio brasileiro? Paulo Monteiro - Antigamente, a forma de saber se um consumidor pagava bem era ligando para outra empresa onde a pessoa comprava e perguntar: “fulano é bom pagador?” Não havia um banco de dados. Um dos fatores mais importantes para o crescimento de qualquer atividade de compra e venda, no Brasil, é o crédito. Ele é o grande impulsionador em todos os setores no mundo todo. A importância maior do SPC é que alguém chegou e disse: "vamos criar um sistema de ficha, para anotar: ‘fulano’ é bom pagador’”.  Diferente de outros países europeus, no Brasil vende-se muito de forma parcelada. O SPC entrou com muita força e, antigamente, era um sistema para cada estado. Então, há 20 anos, começamos a centralizar e hoje o SPC Brasil é uma empresa nacional (a CDL Recife é cotista dessa empresa), que faz mais de 400 milhões de consultas por ano. Somos um dos maiores bancos de dados de consumo da América Latina.  Por isso temos um convênio com a Serasa, que não é concorrente, na realidade é uma parceira. Hoje há cinco bancos de dados no Brasil, nós somos um deles. Esse negócio é regulamentado pelo Banco Central, são necessárias algumas premissas para existir um banco de dados, não é qualquer um que pode ser porque é necessária uma confiabilidade técnica.  Nós tínhamos três grandes linhas de atuação: a de negócio, a institucional e a linha social. A linha social era a Fundação de Amparo ao Menor, fundada há 30 anos para tirar os meninos da rua, foi evoluindo e hoje extinguiu-se.  Ainda temos algumas ações sociais, mas ficamos mais com o institucional e com o negócio, pois a CDL é um birô de crédito que faz consulta, faz a garantia de cheque, enfim, uma série de outras coisas, inerentes ao negócio da CDL. Mas vale ressaltar a importância da CDL, nesses 65 anos, em questões como a revitalização do Centro do Recife.  Como tem sido a participação da CDL Recife na revitalização do Centro?  Fred Leal - Começou com o projeto Reviver Recife Centro da CDL, que surgiu para promover a revitalização e a recuperação da região central da cidade. Mas, antes desse projeto, o então prefeito Gilberto Marques Paulo queria fechar a Rua da Imperatriz. Os lojistas queriam tirar os camelôs da Rua Nova, da Imperatriz e da Duque de Caxias. Nós nos reunimos com os lojistas e montamos uma operação com o secretário na época e dissemos: “vocês vão ter que passar quatro dias com as lojas fechadas”. Montamos um esquema, instalamos grades, ajeitamos a rua. Depois, esse projeto começou a ser implementado, passando máquinas, trocando pedra portuguesa por tijolo intertravado e evoluiu.  A partir daí, começamos a fazer uma série de ações, e quem deu o apoio muito grande foi João Paulo, como prefeito, depois veio o João da Costa, que foi um desastre, em seguida, Geraldo Júlio, foi um bom prefeito, mas não deu aquele apoio que queríamos. Porque, na realidade, não é só tirar camelôs e pedras, era preciso dar continuidade em outros processos, ter alguém ou um órgão que cuide do Centro, que olhe a região 24 horas. Assim, no fim do primeiro ano de mandato de João Campos,

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Pernambuco vai investir R$ 110 milhões na reestruturação de hospitais públicos no Recife

Recursos serão destinados às unidades Otávio de Freitas, Barão de Lucena e Agamenon Magalhães, com foco na ampliação de leitos e melhorias estruturais O Governo de Pernambuco anunciou um investimento de aproximadamente R$ 110 milhões na requalificação e ampliação de três importantes hospitais da rede pública no Recife: Otávio de Freitas, Barão de Lucena e Agamenon Magalhães. As obras visam melhorar a qualidade dos atendimentos prestados à população, ampliar o número de leitos disponíveis e proporcionar melhores condições de trabalho aos profissionais da saúde. As intervenções estão sendo conduzidas pela Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), com coordenação técnica da Secretaria de Projetos Estratégicos. “Os hospitais da rede estadual passaram muitos anos sem receber os investimentos necessários para que os pernambucanos e pernambucanas pudessem ser cuidados com excelência. Mas isso agora mudou”, afirmou a governadora Raquel Lyra. O novo pacote de obras se soma à reforma já em andamento no Hospital da Restauração e à recente desapropriação do terreno onde será construído o novo Hospital Getúlio Vargas, consolidando um ciclo de modernização da saúde pública na Região Metropolitana. O maior investimento individual será no Hospital Otávio de Freitas, que receberá R$ 54 milhões para requalificação de uma área de 12 mil m². A unidade contará com nova emergência adulta, com 118 leitos; UTI com 40 leitos; centro de diagnóstico por imagem com tomografia, raio-X, ressonância e endoscopia; além da reforma da emergência pediátrica, que passará a ter 28 leitos. Também serão criados um novo laboratório de análises clínicas, uma central de material esterilizado e uma agência transfusional. O Hospital Barão de Lucena será contemplado com R$ 38 milhões, destinados à instalação de 74 novos leitos, requalificação de dez leitos já existentes e construção de um ambulatório pediátrico moderno. No Hospital Agamenon Magalhães, o aporte será de R$ 17 milhões, com foco na ampliação das emergências geral, obstétrica e de otorrinolaringologia, ampliando a capacidade de atendimento e otimizando os fluxos de urgência. Para a vice-governadora Priscila Krause, o investimento é uma resposta concreta às necessidades estruturais do sistema de saúde. “Pernambuco dá mais um passo importante para reforçar a estrutura dos nossos hospitais no Recife. O investimento vai garantir ampliação de leitos e mais qualidade de atendimento para pacientes e profissionais”, disse. A secretária de Saúde, Zilda Cavalcanti, complementou: “Estamos vivendo um momento histórico. O trabalho é diário e seguimos firmes no propósito de cuidar da saúde da população de Pernambuco”.

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Pernambuco apresenta Plano de Adaptação Climática em conferência internacional no Recife

Documento inédito propõe estratégias para reduzir riscos em todas as regiões do Estado, com foco em justiça climática e inclusão social Durante a abertura da 19ª Conferência Internacional sobre Adaptação Comunitária às Mudanças Climáticas (CBA19), no Cais do Sertão, o Governo de Pernambuco lançou o Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática (PEAR-PE), um marco nas políticas públicas ambientais do Estado. Representando a governadora Raquel Lyra, a vice-governadora Priscila Krause anunciou o plano como uma resposta estruturada e territorializada aos efeitos da crise climática. O evento, que segue até 16 de maio, reúne especialistas do Brasil e do exterior e já serve de preparação para a COP30, marcada para novembro, em Belém (PA). O PEAR-PE foi construído com base em princípios de “territorialidade, equidade social e justiça climática”, segundo Priscila Krause, e articula ciência participativa, inteligência artificial e saberes tradicionais. “A proposta garantirá representatividade, valorizando saberes tradicionais e orientando ações para reduzir a vulnerabilidade das populações mais expostas aos riscos climáticos”, afirmou a vice-governadora. O plano contempla as 12 regiões de desenvolvimento do Estado e também o arquipélago de Fernando de Noronha. O documento é fruto de uma parceria entre a UFPE, a Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha (Semas), a Fundação Fade-UFPE e o sistema AdaptaBrasil/MCTI. Está estruturado em 12 etapas que envolvem desde o planejamento até a entrega do plano final. Entre os produtos esperados estão diagnósticos climáticos atual e futuro, mapas de risco, estratégias específicas de adaptação por território, capacitação técnica e publicações científicas. Ana Luiza Ferreira, titular da Semas, reforçou o papel da justiça climática como eixo central da proposta: “Serão ouvidas as comunidades que estão na contramão das mudanças climáticas e que são injustamente atingidas mais fortemente, considerando as particularidades de seus territórios, através da ciência participativa como aliada nesse processo”, destacou. A escolha de Pernambuco como sede da CBA19 resultou do destaque obtido pelo Estado na London Climate Action Week, em 2024, quando foi o único governo estadual brasileiro a apresentar suas políticas climáticas. Durante a conferência, o governo pernambucano está promovendo ações voltadas à redução de vulnerabilidades urbanas e ambientais, especialmente na Região Metropolitana do Recife, uma das áreas mais expostas aos eventos climáticos extremos. O lançamento do PEAR-PE alinha Pernambuco às metas globais de adaptação previstas no Acordo de Paris e consolida o Estado como referência nacional em planejamento climático com foco social. A conferência conta com a participação de representantes internacionais, como Graham Knight, da Embaixada do Reino Unido, e organizações como a Habitat para a Humanidade Brasil, além de diversos secretários estaduais.

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Os 500 anos do Centro do Recife

*Por Sérgio Buarque ​​Final de tarde, o sol ainda iluminava a Avenida Guararapes, um boulevard arborizado e de largas calçadas e ciclovias, homens e mulheres circulando, entrando e saindo dos edifícios, muitos já sentados no Bar Savoy tomando chope e conversando sobre o aniversário do Recife. No dia seguinte, o Recife completará 500 anos, a capital mais antiga do Brasil. Às 18h, final de expediente, empresários e funcionários das empresas começam a descer dos belos edifícios e caminham pela calçada, alguns seguindo para seus apartamentos na própria avenida ou ruas próximas, outros pegando suas bicicletas, muitos encostando nos bares do Centro para o happy hour. Descem também os funcionários públicos das várias secretárias e órgãos do governo que ocupam edifícios do bairro que foram retrofitados.  Início da noite, muitos dos moradores saem de casa e circulam para fazer compras, tomar um café ou um drinque nas redondezas. Todo o bairro mostra uma grande vitalidade humana e econômica, num espaço público urbanizado, arborizado e muito bem iluminado, seguro e arejado. É uma quarta-feira como outra qualquer – exceto por ser véspera do aniversário dos 500 anos do Recife – nos bairros centrais habitados e com movimentação intensa de negociantes, visitantes, que buscam entretenimento ou compras, e turistas encantados com a qualidade urbana e com a riqueza do patrimônio histórico e cultural.  Na manhã seguinte, 12 de março de 2037, pouco antes das 9h, as ruas do Centro do Recife recomeçam a movimentação de pessoas, moradores saindo para o trabalho e milhares de funcionários e empresários chegando para as atividades profissionais. O movimento ainda era escasso, quando um carro elétrico desce da ponte Duarte Coelho e estaciona na Rua do Sul. Desceram do automóvel o prefeito do Recife, o presidente de Portugal e a princesa de Orange representando o rei Guilherme Alexandres dos Países Baixos na cerimônia dos 500 anos do Recife. Os três caminham pela avenida saudando as pessoas que circulam pelo Centro, o anfitrião mostrando os encantos da arquitetura e indicando os pontos de maior significado. “Aqui estão as principais secretarias do governo federal e estadual e uma universidade e algumas das principais empresas de tecnologia e economia criativa do Brasil”. Dobraram pela esquerda na Avenida Dantas Barreto, elegante e arborizada, seguindo para conhecer a Praça da República com as suas belas e elegantes edificações, e voltaram pela Rua do Imperador.  O prefeito mostrou com entusiasmo a Capela Dourada e iam descendo para a Praça da Independência quando a princesa, com grande entusiasmo, apontou para a placa diante do prédio da esquina da Rua Primeiro de Março: Memorial Marcgrave – Primeiro observatório astronômico da América do Sul. Durante a visita, a princesa suspirava e repetia: “Meu pai insistiu que eu deveria conhecer este memorial. Ele estudou história em Leiden e sabia tudo sobre esse observatório de Marcgrave”.  Contendo a animação da princesa, o prefeito destacou a importância da Praça da Independência e, depois, levou os visitantes a um bondinho que desceu a avenida Dantas Barreto até o Cais José Estelita, andaram pela praça admirando a Bacia do Pina e vendo por trás o Forte das Cinco Pontas, cheio de história dos dois povos. Pegaram o carro e foram almoçar no restaurante Leite para encanto do presidente português que terminou a refeição comendo um pastel de nata e tomando uma taça de vinho do Porto. Depois do almoço, caminharam sem pressa numa rota arborizada, passaram em frente à Casa da Cultura, admirando a bela arquitetura que serviu de prisão, atravessaram a ponte da Boa Vista e entraram na Rua da Imperatriz, a esta altura com uma grande movimentação de homens, mulheres e crianças entrando e saindo das lojas protegidos pela sombra das árvores.  O prefeito convidou os dois para descansar tomando um sorvete na Sorveteria Imperatriz, famosa pelos gelados de frutas tropicais, e depois caminharam pela rua movimentada por grandes artistas até a Praça Maciel Pinheiro. Na praça restaurada e com as edificações recuperadas e coloridas, os convidados ficaram encantados quando o prefeito comentou que ali tinha vivido uma comunidade de judeus asquenazes fugidos dos pogroms da Europa oriental no final do Século 19 e início do Século 20, e apontando para a casa da esquina, comentou: “Ali viveu Clarice Lispector, uma judia que fugiu da Ucrânia e foi uma das maiores escritoras brasileiras no século passado”. O prefeito deixou o bairro do Recife para o restante da tarde. Chegaram de carro ao Marco Zero. “O Recife nasceu aqui. Mas, como disse o grande pintor pernambucano Cícero Dias: Eu vi o mundo... ele começava no Recife”. Do Marco Zero, olhando para oeste, eles viram as avenidas Rio Branco, pedestrianizada, e a Avenida Marques de Olinda, arborizada e com amplas calçadas, vibrantes de pessoas circulando, alguns bares começando a abrir as portas. “Neste bairro, lembrou o prefeito, temos um dos maiores polos tecnológicos do Brasil com centenas de empresas de tecnologia da informação, produzindo software e games para clientes de todo o mundo”.  Eles desceram pela avenida Rio Branco e o orgulhoso prefeito indicou o caminho para a Rua do Bom Jesus – “considerada uma das mais belas do mundo” – que tinha sido chamada antes de Rua dos Judeus, “porque aqui, lembrou o prefeito, viveram os judeus sefarditas que fugiram da Inquisição de Portugal para viver livres no Recife holandês”. A Princesa abriu um sorriso de orgulho. Entraram na Sinagoga para uma visita rápida. Depois, passaram pela Praça do Arsenal, admirando a Torre Malakoff e descobrindo a história que vincula o seu nome a um monumento disputado numa batalha violenta na Guerra da Criméia no Século 19. Desceram pela praça e, já cansados, se sentaram para tomar o tradicional maltado do Recife, exclusivo da lanchonete que tem mais de 100 anos, a mistura de sorvete de baunilha e malte da semente do cacau. Voltaram a caminhar e, de vez em quando, o prefeito mostrava uma escultura de um poeta pernambucano e, em alguns, chegava a declamar alguns trechos de poemas. Finalmente, desceram até o Paço Alfândega, vendo as edificações da

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"O Quinteto Violado não tem medo d'e misturar os sons do Nordeste com a música do mundo"

Integrantes do grupo que inovou a canção nordestina, com arranjos sofisticados e fusão de ritmos, Dudu Alves e Roberto Medeiros contam como ele foi formado, a participação de Gilberto Gil na sua projeção, o sucesso nos palcos internacionais e o inusitado episódio em que tiveram que substituir Wesley Safadão num show no São João de Caruaru. Também comentam sobre o mercado musical em tempos de streamings. O jornalista e crítico musical José Teles equipara a importância do Quinteto Violado aos expoentes do movimento mangue beat, Chico Science & Nação Zumbi, por ter levado para fora de Pernambuco ritmos como caboclinho, cavalo-marinho e ciranda. Teles também ressalta que o Quinteto renovou a música carnavalesca pernambucana ao gravar frevos com uma instrumentação que incluía flauta e viola. Inovar e misturar ritmos, sem perder as raízes nordestinas, na verdade, sempre foi uma característica do grupo, a ponto de levar Gilberto Gil a definir o som da banda pernambucana como free nordestino. Em tom de brincadeira, Dudu Alves, tecladista e arranjador do grupo, afirma que o pai, Toinho Alves, fundador do Quinteto, era químico, portanto afeito a fazer misturas, e adaptou a atividade à música. Nesse ritmo descontraído e bem-humorado, Dudu e Roberto Medeiros, (percussionista) conversaram com Cláudia Santos e Rivaldo Neto sobre a trajetória do grupo que completa 54 anos em outubro, quando farão um show no Recife. Neste sábado (26/04) fazem um outro show da Casa Estação da Luz. Eles relembram episódios, como a primeira vez que Luiz Gonzaga ouviu a versão que fizeram de Asa Branca e que levou o Rei do Baião às lágrimas, e a acalorada receptividade que tiveram da plateia na antiga Iugoslávia e na Coreia. Comentam como têm se adaptado às plataformas, como Spotify, e contam um acontecimento inusitado em que Wesley Safadão não pôde participar do São João em Caruaru e eles tiveram que substitui-lo e cantar para um grande público que desconhecia a música do grupo. Como surgiu o Quinteto Violado? Dudu Alves – Em 1971, Toinho Alves, meu pai, tinha vontade de ter um grupo que tocasse músicas do Nordeste numa junção com a música instrumental. Ele era químico, então gostava de fazer essas misturas (risos).  Ele já tinha um grupo que se apresentava na TV Universitária. Marcelo Melo, que chegou da Europa, onde fazia um curso de agronomia, se juntou ao grupo. Existe a versão bonita de que o Quinteto Violado nasceu nas pedras de Nova Jerusalém, mas não foi nada disso. Como assim? Roberto Medeiros – O Quinteto nasceu nos banheiros da TV Universitária (risos), se chamava Bossa Norte e tocava num programa da emissora. O tempo era curto para ensaiar e o banheiro era o local que se tinha para passar o som, além de ter uma acústica legal. Toinho e Marcelo chamaram para integrar o grupo Fernando Filizola, um guitarrista exemplar, que tocava no Silver Jets, a banda de Reginaldo Rossi. Mas aí Toinho disse, “você vai tocar viola” e ele começou a estudar o instrumento e transformou-se num grande violeiro. Havia também Luciano Pimentel, que era baterista, um cara virtuoso, e o Sando, flautista, que era um menino, tinha 13, 14 anos. Ai, o grupo se tornou Quinteto.  E como surgiu o nome Quinteto Violado? Dudu – Antes o nome era só Quinteto. Mas após uma apresentação num festival em Nova Jerusalém, havia uns meninos brincando ali naquele momento e disseram, “oh, lá vem os violados!”, porque estávamos com violas e instrumentos de cordas e tal. Foi quando meu pai olhou para Marcelo e disse, “tá aí, batizado: Quinteto Violado”. Como o grupo ganhou projeção?  Roberto – Um dos primeiros trabalhos foi um álbum, gravado no Recife, com toda a discografia de músicas do Nordeste – maracatu, ciranda etc. O grupo pegava o som original e incluía a sua sonoridade, com viola, flauta, violão. Na época Marcos Pereira montou esse projeto, que tornou o Quinteto conhecido. Foram quatro LPs com ritmos Nordestinos. Daí, houve o interesse das grandes gravadoras, e o grupo foi ganhando projeção.  Além disso, coincidiu com a época em que Gilberto Gil, voltando do exílio, parou no Recife e, numa roda de música na casa de Hermilo Borba Filho, conheceu o grupo e ficou encantado. Quando chegou no Rio de Janeiro, a imprensa lhe perguntou o que “achou de novo no Brasil?”. Ele respondeu “o Quinteto Violado, lá no Recife”. E quando perguntavam o que o Quinteto tocava, se era baião, Carnaval, xote... Gil respondeu “Eles fazem um free nordestino”. Na época, era o auge do Free Jazz. Ou seja, a gente faz o tema, rola uns improvisos, temos a liberdade de pegar a música de fora, sem perder as raízes do Nordeste.  Dudu – O Quinteto Violado também teve uma influência do Quarteto Novo (composto por Theo de Barros, no contrabaixo e violão; Heraldo do Monte,viola e guitarra; Airton Moreira, bateria e percussão; e Hermeto Pascoal, na flauta). Era um grupo que tocava jazz mas conseguiu trazer a música popular, com os arranjos que foram montados. Além do jazz, fazemos outras misturas interessantes, como a música clássica. O Quinteto se apresenta muito com orquestras sinfônicas. Também agregamos a música nordestina a outras vertentes. Trouxemos da Galícia uma sanfona galega e a colocamos numa música nossa.  Roberto – Fomos à Síria, trouxemos tambores que usamos no show e em músicas que montamos. O Quinteto não tem medo de misturar os sons do Nordeste com a música do mundo. É verdade que Luiz Gonzaga adorou o arranjo que vocês fizeram de Asa Branca? Roberto – Foi a irmã, Chiquinha Gonzaga, que contou. Ela colocou a faixa Asa Branca do nosso disco na vitrola para ele ouvir. Quando acabou a música, ele estava aos prantos e disse “preciso conhecer esses meninos para agradecer porque, quando gravei essa música pela primeira vez, a gravadora disse que ela não ia acontecer. E a música aconteceu comigo tocando e agora com o Quinteto, que fez um arranjo belíssimo, e nunca essa música vai morrer”. Asa Branca teve milhares de gravações,

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Marcelo Carneiro Leão defende protagonismo da ciência e tecnologia no desenvolvimento de Pernambuco

O projeto Pernambuco em Perspectiva, realizado pela Revista Algomais e pela Rede Gestão, recebeu na noite de ontem (29) o presidente do Cetene (Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste), Marcelo Carneiro Leão. O evento aconteceu no auditório do Riomar 5 e contou ainda com a apresentação da pesquisa pelo consultor Francisco Cunha e com um pitch do gerente do escritório da Superintendência Estadual de Pernambuco do Banco do Nordeste Antógenes Simões. Francisco Cunha ressaltou que Pernambuco caiu três posições na última edição do ranking da competitividade do CLP - Centro de Liderança Pública. Por outro lado, o consultor destacou na sua preleção as experiências dos projetos Parque Capibaribe e Recife Cidade Parque como dois cases de sucesso na reorganização do território recifenses a partir do uso da pesquisa, baseada em ciência, tecnologia e inovação. Em sua fala, Francisco Cunha destacou o impacto das transformações no modelo de desenvolvimento de Pernambuco anterior, refletindo sobre os desafios enfrentados pelo estado. Ele explicou que, embora o modelo industrial portuário tenha sido bem sucedido por muito tempo, ele agora está em processo de esgotamento. "Nós pensamos num processo possível possível de tratamento dessa questão, seja, o modelo antigo, esse industrial portuário e Suape, é a evidência máxima, a cereja do bolo desse modelo." Cunha também abordou a importância da ciência, tecnologia e inovação como pilares para o redesenho de um modelo que busque maior sustentabilidade e adaptação às exigências futuras. Marcelo Carneiro Leão apresentou um diagnóstico dos problemas relacionados ao investimento em ciência e tecnologia no Brasil, que caiu drasticamente após 2014, só voltando a crescer nos últimos dois anos. Ex-reitor da UFRPE, ele defendeu o investimento no setor como fundamental para o desenvolvimento no País. "Não existe nenhum país na história da humanidade que tenha se desenvolvido sem investir pesado em educação, ciência e tecnologia." Na sua apresentação, Marcelo explicou ainda sua concepção "Do paper ao PIB", que provoca o ecossistema de desenvolvimento de pesquisas a transpor a publicação de artigos e registros de patentes. "A gente precisa transformar as nossas publicações, as nossas pesquisas em algo concreto que impacte na vida das pessoas." Ele ainda apresentou vários exemplos de como o Cetene tem atraído aportes para incentivar o empreendedorismo no Estado e no Nordeste. BANCO DO NORDESTE Antógenes Simões, gerente do escritório da Superintendência Estadual de Pernambuco do Banco do Nordeste, destacou, em sua palestra, o papel da instituição no desenvolvimento econômico da região. Ele enfatizou que, para reduzir as desigualdades entre o Nordeste e as regiões mais desenvolvidas do Brasil, é fundamental que o banco continue investindo em projetos inovadores e que incentivem a mecanização e modernização de setores estratégicos, como a agricultura e a indústria. Simões alertou que, "ou a gente vira a chave, ou vamos continuar aumentando o déficit entre o Nordeste e as regiões mais desenvolvidas", ressaltando a necessidade urgente de uma transformação no processo produtivo e de financiamento de novos empreendimentos. Durante sua fala, Simões também reforçou que o Banco do Nordeste tem cumprido seu papel social, proporcionando recursos essenciais para o crescimento dos pequenos e grandes negócios. Com uma atuação focada em fomentar a inovação e a produtividade, a instituição tem sido um pilar fundamental para o avanço econômico do estado e da região. Ao afirmar que o banco "não é só uma instituição financeira, é um banco de desenvolvimento", ele sublinhou a importância de não apenas formalizar contratos, mas garantir que os recursos cheguem efetivamente às empresas, gerando emprego e renda para a população. A cobertura completa do evento será publicada na edição da Algomais do próximo sábado. Confira os conteúdos do encontro Pernambuco em Perspectiva: 🔹 Apresentações em slides.🔹 Matéria publicada na revista Algomais.

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