Arquivos Rafael Dantas - Página 76 De 193 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Rafael Dantas

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Suape anuncia serviço para viabilizar conexão com a Transertaneja

Um novo passo está sendo dado para viabilização da ferrovia que cortará todo o Estado até o Porto de Suape. O Complexo de Suape anunciou que será assinado nos próximos dias uma ordem de serviços para que sejam feitos os estudos para adequação e atualização do projeto executivo do acesso ferroviário do atracadouro pernambucano à futura Transertaneja em um trecho de quase 10 quilômetros que liga o entroncamento da BR-101 com a Rota do Atlântico e a porção leste da Ilha de Tatuoca. O ramal viabilizará a instalação de um terminal de minério na Ilha de Cocaia, para escoamento da produção de jazidas localizadas em Curral Novo, no Piauí, a 703 quilômetros do porto. O consórcio formado pelas empresas TPF Engenharia e B & C Engenheiros Consultores Ltda foi o vencedor da licitação e a ordem de serviço para o início dos trabalhos será assinada. O prazo de execução do contrato é de 300 dias. O investimento neste projeto executivo, para viabilização desta importante etapa de implantação da ferrovia no território de Suape, é de R$ 5.270.000,00. “É um passo muito importante de preparação da infraestrutura do porto para a chegada deste grande projeto ferroviário, que terá impactos positivos não só para Suape, mas para toda a cadeia produtiva de Pernambuco e dos Estados vizinhos. Há uma infinidade de novas possibilidades de negócios para diversas cargas, como grãos e veículos, por exemplo ”, enfatiza o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão. “Com esse e outros investimentos em curso, Suape, sem dúvida alguma, se consolidará como um dos mais importantes portos públicos do país em poucos anos”, complementa. A Ferrovia Transertaneja é uma alternativa à Transnordestina, iniciada em 2006 e que permanece inacabada por causa de sucessivos atrasos na obra, a cargo da TLSA, empresa responsável pela concessão do serviço. A obra será tocada pela iniciativa privada e tem custo estimado de R$ 5,7 bilhões.

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Cesar Cavalcanti

"A pandemia afetou de forma significativa, quase terminal, a sustentabilidade do sistema de transporte público"

Cesar Cavalcanti, professor Aposentado da UFPE, membro das Academias Pernambucana e Nacional de Engenharia e Diretor da Regional Nordeste da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público) fala para a Algomais sobre como a pandemia aprofundou a crise econômica do setor de transporte de passageiros e aponta algumas alternativas para virar esse quadro, que é crítico para a sustentabilidade das cidades. Quais os principais desafios para a qualificação dos sistemas de transporte público das metrópoles brasileiras, como do Grande Recife? O momento em que vivemos é extremamente desafiador e os sistemas de transporte não ficaram imunes a esta condição. Pelo contrário, os chamados Sistemas de Transporte Público de Passageiros em áreas urbanas, conhecidos pela sigla STPP, já vinham sofrendo muitas dificuldades desde antes o surgimento da pandemia de Covid-19 e, durante a eclosão do vírus, viram sua demanda, já decadente, decrescer a níveis alarmantes. Junte-se a isto, as mazelas provocadas pelo uso crescente dos veículos individuais, que contribuem para obstruir o escasso espaço viário disponível, contribuindo para tornar, ainda menos atrativo, o transporte coletivo. Outro fator de pressão sobre os STPPs, reside no reconhecimento da necessidade de descarbonização do setor, de forma a reduzir a emissão de gases de efeito estufa (a mobilidade urbana, da forma como hoje é realizada, é a principal responsável pela emissão desses gases) e assim, proteger o meio ambiente urbano e a saúde das pessoas que nele habitam. No âmbito econômico, destaca-se a premência de desconectar a histórica vinculação entre o preço do serviço ou “passagem” cobrado ao passageiro e o valor pago ao prestador daquele serviço, por razões a serem abordadas logo abaixo. Por fim, destaca-se a necessidade de conceber e efetivar novas formas de contratação dos serviços, que viabilizem a implantação de sistemas verdadeiramente integrados, nos aspectos operacional/modal, físico e tarifário. Embora outros desafios existam, acreditamos que esses se incluem entre aqueles de maior relevância. Como a pandemia afetou a sustentabilidade dos sistemas de ônibus ou metrô? Ao difundir o sistema de home office, limitar o número de passageiros por veículo de transporte, acometer parte do pessoal de operação pela doença e fechar ou reduzir a operação de diversas categorias econômicas, entre comerciais, esportivas, de lazer e culturais, a pandemia de Covid-19 afetou, de forma significativa (outros dizem, que, de forma quase terminal…) essa sustentabilidade: reduziu a demanda, suprimiu a disponibilidade do pessoal de operação, elevou os custos de operação por passageiro transportado, restringiu as alternativas de investimento e, de quebra, ainda contribuiu para denegrir a imagem dos STPPs, sob a controversa hipótese de que o transporte coletivo era, necessariamente, o maior disseminador do vírus. Como a recente alta dos preços no País está afetando o setor de transporte público? Os itens de custo mais importantes para o setor são a mão de obra, com participação de cerca de 50%, e combustíveis, com aproximadamente 30% dos custos totais. Como a mão de obra teve sua remuneração congelada, desde o começo de 2020, é de se esperar o recrudescimento das reivindicações salariais dos trabalhadores nos STPPs, como, de fato, tem se verificado em todo país, através de greves, operações padrão e outros expedientes prejudiciais à plena operação dos serviços. Já no caso do combustível, verifica-se um significativa ampliação do custo do combustível no conjunto dos custos do transporte, conforme pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, que aponta para o crescimento de 70% do preço do óleo diesel, desde 2020. Sem esquecer que outros integrantes do custo do transporte também passam por uma substancial pressão inflacionária, verifica-se que, de acordo com estudo da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro – FETRANSPOR, publicado na Revista ÔNIBUS, de março p.p.,o custo por quilômetro do serviço metropolitano de transporte de passageiros na RMRJ, entre Janeiro de 2020 e Janeiro de 2022, passou de R$5,2805 para R$6,4829, um aumento de 22,8%. Hoje, quais as principais discussões para se encontrar uma solução para o financiamento do sistema de transporte público no Brasil? Sem dúvida, esta é uma questão vital para garantir a continuidade dos serviços e ela se desenvolve em duas vertentes muito importantes: novas formas de licitação dos serviços, associadas a ideias inovadoras sobre sua gestão e a questão do financiamento dos serviços, propriamente dito. Na primeira vertente, argumenta-se pelo aumento da transparência do processo licitatório, com a realização de audiências públicas e/ou a criação de Comitês Gestores que possam aferir, com seriedade e competência as vantagens, deficiências e limitações das novas ideias que estão sendo adotadas nos países desenvolvidos, tais como, entre outras, a compra ou leasing, pelo setor público, dos veículos de transporte, com a operação entregue à iniciativa privada, por licitação. No que toca à gestão, vislumbra-se a amplificação da oferta de alternativas de transporte (patinetes, bicicletas, sistemas estruturados de carona, veículos por aplicativo, ônibus, people movers (do qual dispomos um notável exemplo, o AEROMOVEL de Porto Alegre, idealizado por Oskar Coester), VLTs, Metrôs e, no futuro, veículos aéreos), todas convenientemente interligadas e integradas, física, operacional e tarifariamente. A vertente do financiamento toca numa chaga antiga do STPP brasileiro: sua absoluta dependência, até poucos anos atrás, das tarifas pagas pelos seus usuários, para custear a operação dos serviços e prover os recursos necessários para sua modernização/aprimoramento e expansão. Atualmente, são reconhecidos dois inviabilizadores desta opção: 1) o transporte coletivo regular urbano é um serviço caro, quando se pretende que ele apresente elevados níveis de segurança, rapidez, conforto e confiabilidade e essa carestia se reflete, naturalmente, na planilha tarifária, na razão direta da frequência e extensão territorial e temporal dos serviços oferecidos, e na razão inversa da diminuição da demanda que o utiliza 2) o cerne da demanda do STPP é constituído pelos segmentos de menor poder aquisitivo da população e, a esta dificuldade acresce o fato de que, esses usuários tendem a utilizar o transporte, pelo menos duas vezes por dia, em 5 ou 6 dias da semana (imagine-se 45 viagens/mês, a um custo médio de R$5,00/viagem, representando 225,00/mês, ou 18,6% do salário mínimo, para apenas

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Marcas próprias de supermercados crescem no Nordeste

A busca por economia tem levado os brasileiros a consumirem mais produtos de marcas próprias dos supermercados. Um levantamento da GS Ciência do Consumo realizado no início deste mês mostrou que os consumidores gastaram, em média, 22,5% a mais na compra destes itens em janeiro de 2021 em relação a janeiro de 2019 (antes da pandemia). Durante o ano inteiro de 2021, os brasileiros gastaram 6,5% a mais com estes produtos, quando comparado com o ano anterior. No Nordeste, por exemplo, foi possível perceber um crescimento nas vendas do mercado de 21,3% em relação a 2021, segundo uma pesquisa da Nielsen. No GPA, grupo varejista pioneiro no desenvolvimento destes itens, as marcas próprias chegam a representar até 40% de participação em algumas categorias. Em 2021, a participação desses itens no resultado da companhia foi de 21,1%, o que representa R$ 4,5 bilhões de reais. Nas redes do GPA, alguns itens apresentaram um avanço em vendas em 2021 em relação a 2020, acompanhando esse comportamento do consumidor. Ainda impactados pelas restrições sociais impostas pela pandemia e pela alta da inflação, mais clientes compraram das seguintes categorias de marcas exclusivas: chocolates (46,8%), água de coco (28,6%), óleos (26,7%), escova dental (22%), guardanapo (23%) e açúcar (15%). Outro comportamento impulsionado pelo distanciamento social foi a adoção de animais de estimação e isso também influenciou para um aumento nas vendas de alimentos para gatos e cães, de 54,2% e 48,7%, respectivamente. Em 2021, pelo menos um produto de marcas Qualitá, Taeq, Cheftime, Casino, Club des Sommeliers ou Finlandek fez parte da lista de compras dos consumidores fiéis às marcas Pão de Açúcar e Mercado Extra, que fazem parte do GPA.

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Inspirado em colivings europeus, Yolo anuncia investimento de R$ 55 milhões no Recife Antigo

As obras começam no 2º semestre deste ano  O Yolo Coliving, primeiro empreendimento do Nordeste inspirado nos colivings europeus, traz para Pernambuco um modelo inovador de moradia com espaços compartilhados. A unidade de estreia da rede ficará no Recife Antigo, mas a empresa prevê expansão para Salvador, Fortaleza e Florianópolis. O empreendimento de estreia receberá um aporte de R$ 55 milhões e será construído no Bairro do Recife, na Avenida Cais do Apolo. O modelo de negócio foi inspirado nos principais equipamentos em funcionamento em países como Inglaterra, Holanda e França e conta com um funding de investidores e plataforma tecnológica própria. A solução foi idealizada pelos sócios e founders do YOLO, Yves Nogueira, Italo Nogueira e Diogo Nogueira, empreendedores seriais e investidores-anjo em mais de 60 startups no país. “Especialmente para os Millenials e as gerações mais novas, o mais importante não é ser dono do imóvel, mas colecionar boas experiências e nutrir o sentimento de pertencimento a uma comunidade com valores similares aos seus. É exatamente isso que queremos oferecer no Yolo, um empreendimento que nascerá baseado em construir relações humanas e oferecer facilidade de serviços aos seus hóspedes.”, destaca Yves Nogueira, co-founder e Relações com Investidores  (R.I) do YOLO.  A unidade pernambucana oferecerá área privativa de mais de 7 mil metros quadrados, dividida em 225 unidades habitacionais, e cerca de 4 mil metros quadrados de área comum, que contará com 14 lojas. O prazo estimado em projeto para construção é de 24 meses, com início das obras previsto para o segundo semestre de 2022.   Os sócios Italo, Diogo e Yves Nogueira: know-how em TIC e planos de expansão 

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Grupo Rota do Mar lança duas novas marcas no mercado de confecções

A empresa pernambucana Rota do Mar lança neste mês dois novos empreendimentos. Enquanto a marca Rota do Mar foca em roupas casuais e no varejo, o grupo empresarial investe agora também na Hausport, voltada para produção de roupas para a prática de exercícios físicos, e na Billboard, voltada para roupas masculinas no estilo surf e streetwear. Segundo Arnaldo Xavier, diretor-presidente do Grupo Rota do Mar, as duas novas marcas foram criadas para segmentar os produtos que a indústria já tinha experiência na produção e para atender a novas demandas do segmento esportivo, em expansão no mercado. “As duas marcas já nascem com o DNA herdado da nossa primeira marca, mas com um mix específico voltado para públicos específicos”, explica. Para operacionalizar essas duas novidades, foram contratados mais 50 colaboradores para trabalhar em áreas como a comercial, indústria e vendas. A Hausport é focada nas pessoas que praticam esportes e atividades físicas ligadas à saúde e ao bem-estar, como caminhada, crossfit, corrida, futmesa e beach tennis. Serão cerca de 50 mil peças por mês, com valores que variam de R$ 25 a R$ 50, entre Tops, shorts, calças e camisetas. A expectativa é que o investimento de R$ 700 mil tenha retorno em um ano. A primeira loja da Hausport será inaugurada no dia 13 de maio, no Rota do Mar Complex, em Santa Cruz do Capibaribe. Em Junho, a marca esportiva inaugura a segunda loja no Moda Center. A Billboard chega ao mercado para oferecer para o público masculino shorts, board shorts, camisetas básicas e regatas de malha com estilo, qualidade e preço acessível. As peças serão comercializadas dentro de quatro das seis lojas da Rota do Mar. Os valores serão a partir de R$ 24. O grupo fez um investimento inicial de R$ 300 mil e a perspectiva é que o retorno do investimento aconteça em um ano.

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marcelo bandeira

"O transporte público não pode mais ser bancado exclusivamente pelo passageiro ou seu empregador"

Marcelo Bandeira é Conselheiro de inovação da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) e diretor de comunicação da Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco). Nesta entrevista concedida à Revista Algomais, ele fala sobre os impactos da pandemia de Covid-19 no sistema de transporte coletivo e dos desafios de equilibrar o sistema diante da inflação acelerada no País. De olho no mercado local e inspirado nos modelos internacionais de referência, ele defende que a tarifa não pode ser paga apenas pelos passageiros e pelos empregadores. Um outro modelo de financiamento precisa ser redesenhado. Qual o cenário atual, após o pior período da pandemia, do setor de transporte público de ônibus? Temos verificado que, apesar do cenário pandêmico estar caminhando para a normalização, com a retirada das restrições de funcionamento dos estabelecimentos e volta ao funcionamento presencial da maior parte das atividades, os sistemas de transportes têm observado uma perda significativa de passageiros. Avaliamos que, em parte, esta tendência se deve ao aumento do desemprego, comprometimento da renda da população e adesão por parte de empresas de vários segmentos a um modelo de trabalho híbrido, reduzindo os deslocamentos semanais, além da migração de parcela dos estudantes à modalidade EAD, que já existia, mas ganhou mais notoriedade após a pandemia. Em comparação ao período anterior da pandemia como está a quantidade de usuários do sistema? Passados mais de 2 anos do início da pandemia e mesmo se observando o retorno de praticamente todas as atividades econômicas e escolares, ainda se verifica uma queda superior a 20% do total de passageiros em relação ao período pré-pandemia. Em contrapartida, a frota em circulação representa 95% daquela que operava em março de 2020. Este cenário, com pequenas variações, vem se reproduzindo em todo o país. Temos visto uma disparada da inflação atingindo muitos setores, como ela afeta o setor de transporte público? O setor vem sendo fortemente impactado pela inflação. Os combustíveis estão no centro do processo inflacionário, tendo sofrido reajuste de mais de 80% desde o início da pandemia. O valor do veículo novo acumula alta de 35% desde o início da pandemia, além dos preços de peças e pneus que também vêm tendo reajustes superiores a 30% só no último ano. Some-se a isto a constante elevação das taxas de juros, influenciando o custo de aquisição da frota. Além disso, a inflação compromete o orçamento das famílias, retraindo ainda mais a demanda. São variações muito impactantes que não poderão ser absorvidas pela tarifa, sob pena de afastar mais passageiros do sistema. Hoje, a partir da percepção ou das pesquisas que vocês têm acesso, quais as principais demandas dos usuários acerca da melhoria do serviço? Em todas as pesquisas, o principal fator de avaliação dos passageiros diz respeito ao tempo de viagem. Em seguida aparecem outros fatores, como o tempo de espera na parada, a lotação dos veículos, infraestrutura dos terminais, segurança e custo da tarifa. A climatização da frota, muito presente em alguns debates promovidos na classe média, normalmente aparece no final da lista, como um item desejável, mas longe de figurar entre as principais demandas. Analisando estes itens, é possível afirmar que, ampliando a priorização do transporte público por meio de faixas exclusivas e subsidiando adequadamente a tarifa, estaríamos endereçando boa parte das demandas dos passageiros, estimulando, inclusive, o retorno de passageiros ao sistema e a redução de congestionamentos e emissões nas cidades. As faixas azuis implantadas no Recife impactaram aumento da velocidade dos ônibus que vão de 20% a até 118% nos trechos contemplados. Significa dizer que em alguns casos, o tempo de deslocamento foi reduzido a menos da metade do que se verificava antes da intervenção, mas ainda é necessário avançar muito, inclusive nos demais municípios da RMR, onde se vê poucas iniciativas neste sentido. Nosso sistema é metropolitano e as soluções precisam ser implementadas em conjunto por todas as cidades. Quais os possíveis caminhos para o financiamento de um sistema de transporte público mais qualificado no Brasil? Está muito claro para o setor que a conta do transporte público não pode mais ser bancada exclusivamente pelo passageiro ou seu empregador. Por outro lado, a situação fiscal dos governos municipais e estaduais muitas vezes não permite a realização de investimentos efetivos no subsídio do transporte. Há que se discutir uma repartição das responsabilidades de custeio, em modelo semelhante ao que ocorre no SUS, de maneira a garantir fontes de recurso do orçamento da União, Estados e Municípios em favor do passageiro do transporte coletivo. Além disso, há que se estabelecer mecanismos que permitam que o usuário do transporte individual ajude a custear o transporte público. Neste sentido existem iniciativas como a CIDE municipal, a redução gradual das áreas de estacionamento gratuito do viário, a reversão em prol do sistema das receitas com arrecadação de multas de trânsito e zona azul e a implantação de pedágio urbano. Estas medidas têm um caráter de equidade no uso do espaço, posto que o transporte individual ocupa cerca de 70% do espaço nas vias, mas é responsável por apenas 30% das viagens. Gostaria de acrescentar algo mais? As grandes cidades brasileiras vivenciam um momento que beira o colapso da mobilidade. A efetiva priorização do transporte coletivo nas vias e no orçamento dos entes Federativos se traduz na única forma de resgatar a qualidade do serviço e consequentemente, voltar a atrair passageiros.

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Shoppings preparam ações especiais para o dia das mães

Shoppings estão com campanhas e ações focadas para o Dia das Mães, uma das datas mais importantes do primeiro semestre para o setor. Confira abaixo algumas novidades que estão movimentando os centros comerciais. Paulista North Way Shopping com as “mainhas” influencers A campanha “Mainha sempre presente”, criada para o Dia das Mães do Paulista North Way Shopping aposta em duas jovens mamães influencers: @daani.machadoo e @musadoproletariado. Elas estão passando dicas de presentes em suas páginas no Instagram para os filhos não perderem tempo de loja em loja. É só seguir e escolher com a assessoria de quem entende de moda, maquiagem, e de filhos. Shopping Guararapes realiza campanha Comprou-Ganhou para incrementar vendas no Dia das Mães Com a proximidade do dia das mães o varejo já começa a se movimentar e ofertar verdadeiros mimos para as mães. O Shopping Guararapes preparou a campanha comprou-ganhou “Dia das Mães no Guara Tá com Tudo”, que presenteia o cliente com uma sandália com estampa exclusiva, para as compras a partir de R$250,00. A expectativa do Guararapes com a movimentação do Dia das Mães é um incremento de 15% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. A ação promocional segue até o dia 8 de maio (ou até enquanto durarem os estoque), tanto nas lojas físicas quanto nas compras online. A sandália, presente do Guararapes para as mães, deve ser resgatada no ponto de trocas, localizado no corredor da Riachuelo, com limite de um par por CPF. Para estimular as vendas na plataforma Guararapes Online, as notas de compras vão valer o dobro do valor. Ou seja, o valor das notas de compras no Guararapes Online é duplicado, aumentando a oportunidade de ganhar o mimo. E para oferecer mais comodidade nas compras online, quem fizer pedidos únicos pela plataforma, no valor a partir de R$ 125,00, já receberá o brinde junto com o pedido, com frete gratuito em um percurso máximo de até 20 km. Shopping ETC, nos Aflitos, aposta em promoção para aumentar vendas no mês das Mães  O Dia das Mães é, com certeza, um dos períodos de maior expectativa para movimentação do comércio. Com aproximação da data, o Shopping ETC, nos Aflitos, aposta na realização de promoção para aumentar o volume de vendas. Acontece até 8 de maio, a campanha "Porque ela merece muito mais". A cada R$100 em compras, o cliente poderá retirar um cupom para concorrer a dois vales de viagem da CVC. Aos finais de semana, o cupom vale o dobro. O sorteio acontece em 9 de maio, às 14h. O regulamento já está disponível no site do ETC pelo: shoppingetc.com.br Dias das Mães do Shopping Recife tem comprou-ganhou com Cis Joias O Shopping Recife celebra o Dia das Mães deste ano com um presente para as mamães: um pingente de prata assinado pela marca pernambucana Cis Joias. Produzido exclusivamente para o centro de compras, a peça está disponível em uma ação do tipo comprou-ganhou. Para participar, os clientes devem realizar R$ 350 em compras nas lojas do mall, com notas mínimas e cumulativas a partir de R$ 20. Para efetuar a troca, basta cadastrar as notas fiscais no site promocao.shoppingrecife.com.br e retirar o prêmio (um por CPF) em um espaço montado próximo à loja Rihappy. Durante o período, o shopping projeta um crescimento de 30% no fluxo e nas vendas ante 2021. A ação comprou-ganhou também será válida para as compras realizadas na plataforma digital do centro de compras. Durante o período, a página www.shoppingrecifeonline.com.br contará com uma sessão reunindo diversas dicas de presentes para as mamães nas mais de 70 lojas do mall que estão na plataforma. São mais de 12 mil produtos disponíveis e as compras têm frete grátis com entrega em toda a capital pernambucana, além de alguns bairros de Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Olinda. Promoção compre e ganhe marca o Dia das Mães no Shopping Tacaruna Para celebrar a data, o Shopping Tacaruna preparou uma promoção compre e ganhe para os clientes que forem ao mall comprar o presente da mamãe. Como também para aqueles que preferirem fazer as compras direto do conforto de casa, através do Tacaruna online, plataforma de vendas digital do Shopping Tacaruna (www.tacarunaonline.com.br). No período de 29 de abril a 08 de maio, ou enquanto durar o estoque, os clientes que efetuarem as compras nas lojas participantes, no valor igual ou superior a R$ 350,00, ganhará uma linda bolsa de viagem com estampa personalizada assinada pelo artista J. Borges, mestre da xilogravura e do cordel. Para retirar o brinde exclusivo, é necessário apresentar as notas fiscais das compras no balcão de trocas, no segundo piso, próximo a loja C&A. A participação na promoção é limitada a um brinde por CPF. As compras realizadas através do Tacaruna on-line participarão automaticamente da promoção, e deverão ser no valor igual ou superior a R$ 350,00. O cliente receberá o brinde no endereço de entrega das compras realizadas. Poderão ser somados dois ou mais comprovantes de compra, realizadas durante o período da promoção, a fim de totalizar R$ 350,00 para trocar pelo brinde da promoção. O valor mínimo da nota fiscal para cadastro é R$ 20. O mesmo acontece com as compras feitas através do Tacaruna online. Shopping Patteo Olinda faz homenagem às mães com histórias inspiradorasO shopping preparou ainda dicas pensadas para facilitar a escolha do presente com a ajuda de quatro influenciadores que vão circular pelos corredores e trazer as sugestões com um olhar mais próximo do cliente que está em busca do mimo. Participarão dessa ação, os perfis @laneferrazx; @paiemformacao; @raquel.carvalhog; e @gabrielabatistaplus. Além das ações digitais, os clientes também vão poder registrar em foto ou vídeo suas homenagens em um lindo espaço instagramável que será montado especialmente para esta data. As apresentações acontecem até o dia 6 maio, no palco montado na praça de eventos do piso L2, sempre a partir das 14h. Para quem deseja comprar o presente de Dia das Mães online, o Patteo Olinda segue com a sua vitrine virtual, disponível

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Thiago de Freitas

Kokku: empresa de games de Pernambuco para o mundo

A Kokku é uma das principais empresas do setor de games do Recife. Com uma equipe de mais de 100 profissionais, ela atua em um mercado global, prestando serviço para grandes corporações do entretenimento. Para a edição desta semana da Revista Algomais, conversamos com Thiago de Freiras, CEO da Kokku, sobre o desempenho e planos da empresa, além de uma análise do mercado, que está voando, apesar a pandemia e da crise econômica. A coluna Gente & Negócios publica hoje essa ping pong. Quantas pessoas trabalham na Kokku e quais os tipos de profissionais que compõem a equipe de vocês? Hoje a Kokku é composta por quase 100 profissionais, das mais variadas áreas. Programadores, artistas 3D, ilustradores, designers, testers e toda a equipe administrativa. As pessoas que trabalham na Kokku em sua maioria são do Recife? Ou tem muitos profissionais de fora também? A Kokku é uma empresa de abrangência internacional. Além de, claro, ter uma grande presença local, com mais de 40 colaboradores do Recife e região metropolitana, temos atualmente mais de 50 colaboradores espalhados pelo país e também em outros países. Quais os principais clientes da empresa? E como é o modelo de negócios de vocês? A Kokku é a maior empresa de co-desenvolvimento de jogos AAA do Brasil, que são aqueles que contam com os maiores orçamentos e exigências técnicas, trabalhando em parceria com os principais estúdios e publishers do mundo. Entre as empresas que já colaboramos, podemos citar a Activision e a TreyArch, responsáveis pelo Call of Duty Black Ops: Cold War, a Guerrilla Games, estúdio da Sony criador de Horizon Zero Dawn e Horizon Forbidden West, a CI Games, dona da franquia Sniper Ghost Warrior, e também grandes nomes da indústria do entretenimento como a Warner Bros, que trabalhamos juntos na criação de Wonder Woman: The Themyscira Experience, e a Netflix, para quem desenvolvemos Stranger Things: Starcourt Mall. Como você avalia o mercado de games no Brasil atualmente? E como os profissionais de Pernambuco, que tem um pólo tecnológico importante, estão inseridos nesse mercado? O mercado de games no Brasil vive um momento de muito crescimento e otimismo. Por conta dos conflitos no leste europeu, além da incerteza geopolítica asiática, o cenário para o futuro do mercado no Brasil, e na América Latina, é de ampliação e consolidação. Isso constrói, também, um horizonte de positividade para os profissionais de tecnologia pernambucanos, com a geração de mais oportunidades e transferência de "Tecnologia do Conhecimento Adquirido", conhecimento que depois de trocado e absorvido, fica aqui, mesmo com o fim dos projetos, e é reverberado em nosso ecossistema. Quais os planos futuros da Kokku? O que antes era apenas uma fornecedora para contratantes externos, desde 2021 Kokku é uma co-desenvolvedora, atuando não apenas no fornecimento de arte e tecnologia mas sendo parceira dos que antes eram apenas clientes. E isso é muda bastante o jogo. Participação em projetos maiores e mais complexos, desenvolvimento de títulos próprios e também a criação de uma vertical para desenvolvimento de experiências no metaverso, com profissionais de negócios, arte e tecnologia dedicados. Como foi o desempenho da empresa na pandemia? Nesse período o mercado de games cresceu também? O isolamento social forçado pela pandemia teve impacto direto no mercado de jogos. Com o aumento do consumo, e de horas jogadas, alguns setores do mercado nacional chegaram a registrar crescimentos acima de 600% e globalmente o mercado registrou um crescimento de 11%, ultrapassando a marca de 196 bilhões de dólares. E isso não foi diferente para a Kokku. A empresa cresceu em todos os sentidos da palavra, em número de projetos, número de profissionais, otimização de processos e também se reposicionou no mercado, ao invés de ser uma "provedora de serviços" (terceirizada) e se consolidando como co-desenvolvedora e co-produtora.

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Empresa mineira A3Data desembarca no Porto Digital

Especializada em data analytics e inteligência artificial, a mineira A3Data está expandindo suas fronteiras e é a nova empresa a desembarcar no ecossistema do Porto Digital, no Recife. O objetivo com o empreendimento é criar um hub de negócios e desenvolvimento de novos produtos para a região norte e nordeste e consolidar sua atuação em escala nacional. Juntamente com a inauguração do escritório no Recife serão abertas 70 vagas postos de trabalho. A empresa investirá R$ 15 milhões no desenvolvimento de duas novas soluções baseadas em dados a partir de um novo modelo de negócios. “Essa jornada de mais de sete anos desenvolvendo projetos sob medida para organizações tão diferentes nos deu um repertório tão vasto que não poderia deixar de ser aproveitado. Desde o nosso planejamento do ano passado, optamos por desenvolver na A3Data um Hub de Produtos Digitais, sonho que saiu do papel a partir do segundo semestre e que está a todo vapor em 2022”, afirma Rodrigo Pereira, CEO da A3Data. A3Data acredita que sua presença em dois importantes ecossistemas de inovação – San Pedro Valley, em Belo Horizonte, e no Porto Digital ajudará a aumentar ainda mais a sua densidade de talentos e acelerar suas conexões com os players mais relevantes do mercado nacional. Outro fator que contribuiu para a chegada ao Recife foi a questão da presença dos centros de pesquisa no Estado. "A aproximação com a academia é algo que nasceu como um dos pilares da empresa já que mais da metade do corpo societário é formada por professores e ex-professores. Essa conexão entre negócios e pesquisa fomenta a inovação. Esta é mais uma similaridade com o Porto Digital e mais uma característica de sinergia para um embarque em Recife, visto que há centros de excelência (UFPE) em inteligência artificial na cidade", explica Cláudio Lúcio, diretor e fundador da A3Data. Com esses investimentos, nos últimos anos, a empresa quadruplicou seu faturamento em 2021 e tem previsão de terminar 2022 com aproximadamente 300 colaboradores. A3Data recebeu, em setembro passado, um aporte da Rede Mater Dei de Saúde - grupo hospitalar sediado em Belo Horizonte - de quase R$ 40 milhões. Atualmente, a empresa tem 28 clientes incluindo companhias como Stellantis, Hering, Localiza, Inter, Take Blip, Pif Paf, Hermes Pardini, Mater Dei, BMG, 123 Milhas, Pottencial Seguradora, ArcelorMittal, Cyrela, Afya, Grupo Zelo, Patrus Transportes e Bancorbrás.

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Rodrigo Carneiro 1

"Pernambuco é referência mundial em prestação de serviços para jogos"

Rodrigo Carneiro, diretor da Abragames, representante do estado de Pernambuco, e CEO da PUGA Studios, fala sobre o crescende mercado de games e sobre o posicionamento das empresas pernambucanas nesse mercado. Vários pernambucanos atuam no segmento, que gera algumas centenas de postos de trabalho principalmente no Recife. Com o home office, muitos profissionais estão trabalhando para empresas nacionais ou mesmo de outros países. Quais os números mais recentes de faturamento que vocês estimam que o segmento de games movimenta no Brasil?Segundo a Newzoo (quadro em anexo), a indústria brasileira de games movimentou cerca de USD 2,1 bilhões em 2021 e há uma tendência de crescimento de aproximadamente 6% para 2022. Acredito até que será mais, já que existe um bom movimento no Brasil em relação à chegada e atração de investimentos de grande porte. Com esses números de 2021, o Brasil se tornou o maior mercado da América Latina e chegou à décima segunda posição no ranking mundial. O Brasil é um grande mercado consumidor de games?O Brasil é o quinto maior mercado consumidor de games no mundo. A pandemia ampliou o público consumidor de games no país? Vocês identificaram alguma mudança do perfil de consumo nos últimos dois anos?Durante a pandemia, os gamers brasileiros jogaram 76% mais que antes da pandemia, segundo a Pesquisa Games Brasil. Houve uma grande necessidade das pessoas conseguirem socializar de forma remota e, principalmente, terem momentos de distração para tentar esquecer, mesmo que por poucas horas, o que estava acontecendo no mundo. Os games foram uma das formas das pessoas se sentirem menos isoladas. Quais as principais oportunidades para quem deseja trabalhar no segmento ou empreender na área?Estamos no momento mais aquecido da indústria de games. Uma das maiores dificuldades das empresas é conseguir mão de obra de alta qualidade para trabalhar em novos produtos e em serviços. Há uma alta demanda de profissionais especializados em programação e em arte para jogos, por exemplo. Na PUGA Studios, empresa a qual sou CEO, em 2022 estamos trabalhando para mais que dobrar o time da nossa produção em comparação a 2021. Pernambuco possui um polo tecnológico importante, principalmente no Porto Digital, com muitas empresas de TI. O Estado é forte no segmento de games também?Pernambuco é referência mundial em prestação de serviços para jogos. Hoje, somos o principal polo do Brasil e da América Latina em exportação de serviços de jogos para empresas de todos os tamanhos na indústria global. Quais as perspectivas para o setor nos próximos anos?Vamos continuar crescendo de forma orgânica e teremos novas empresas de altíssimo nível nascendo no Brasil. Já estamos vendo e veremos cada vez mais empresas estrangeiras investindo, adquirindo e criando bases na indústria brasileira de jogos, ou seja, quem quiser ingressar na área, é o momento de estudar e se especializar cada vez mais. Quais são os principais desafios para as empresas e profissionais do segmento?O principal desafio para as empresas de games é o mesmo da indústria atual de tecnologia: mão de obra disponível e capacitada. Para os profissionais, principalmente os que estão iniciando, o principal desafio é conseguir criar um portfólio que consiga dar match com as empresas da indústria, pois somos exigidos a entregar um alto nível de qualidade. A mágica acontece quando você consegue de forma estratégica criar essa mão de obra especializada e, ao mesmo tempo, realizar entregas no nível exigido pelos clientes e consumidor final.

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