2022

A fotografia é uma linguagem universal e pode trazer ensinamentos transformadores sobre o olhar à nossa volta. Nos ambientes hospitalares não é diferente: além de um espaço de cuidado e de cura, a fotografia é capaz de transformá-los em arte, reflexões e cultura. Com o objetivo de contribuir com a humanização no universo da saúde, o Ministério do Turismo, Aché Laboratórios Farmacêuticos e ONG ImageMagica, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, estão desenvolvendo o projeto Saúde e Cultura. A ação acontece entre os dias 7 de fevereiro e 11 de março no Hospital Correia Picanço de Recife. O projeto engloba diversas atividades que estimulam o olhar dos profissionais de saúde, fazendo-os refletir sobre o espaço que frequentam e a relação de acolhimento entre si e seus pacientes. Confira cada uma das atividades: Oficina fotográfica Aqui são desenvolvidas atividades técnicas de fotografia com os profissionais do hospital. Nestes encontros, eles são estimulados a perceber o ambiente hospitalar por uma outra ótica, com o intuito de fortalecer vínculos e reconhecer as formas do cuidar entre as equipes, familiares e pacientes. A saída fotográfica representa um momento de muita reflexão, no qual os participantes circulam pelo espaço que frequentam todos os dias, mas observando tudo de forma diferente. Crachás Humanizados Pensando na conexão tão necessária entre o profissional de saúde e o paciente, que durante a pandemia ficou prejudicada por conta de toda a paramentação dos EPI’s, o projeto realiza a produção de crachás de identificação para os colaboradores do hospital: a ideia é convidá-los para serem fotografados antes de se paramentarem. A atividade também possibilita incluir uma mensagem de motivação para ser impressa junto ao crachá. Dessa maneira, os pacientes identificam seus cuidadores por trás de todo o aparato de proteção, estreitando as relações. Fórmula do Cuidar A partir de uma atividade lúdica realizada em grupo, os profissionais são convidados a refletir sobre a amplitude do cuidar no contexto hospitalar. Imagens, palavras e símbolos matemáticos se unem às reflexões propostas pelos educadores, que resultam em material visual construído pelos participantes. “Quando tivemos esse momento de parar e olhar as imagens, eu saí do modo automático. Ao ver foto de uma criança sendo acolhida por um profissional, eu percebi que, de alguma forma, a gente também faz isso. Eu pude visitar minhas emoções como pessoa e ser humano para além da minha atividade como profissional”, refletiu Cynthia de Oliveira, uma das profissionais de saúde que participou do projeto. Mensagens do Cuidar Uma ação muito sensível que gera valorização e reconhecimento para os profissionais de saúde, ela possibilita que pacientes, profissionais e colaboradores possam enviar mensagens de acolhimento em vários formatos: cartas, fotos etc. Toda a produção é realizada pelos educadores por meio de um aplicativo, que depois é impressa e vira recordação para todos os participantes. Visitas Virtuais Para amenizar o isolamento dos pacientes durante a internação, a ONG auxilia a equipe de saúde na realização das videochamadas, diminuindo, assim, o distanciamento de familiares e amigos em um momento tão difícil. Considerando que os pacientes nem sempre têm condições de ficarem com seus celulares e há muitos idosos que não sabem usar a tecnologia, uma das maneiras de manter contato com a família é por meio desta iniciativa. As emocionantes chamadas são realizadas com celulares disponibilizados pela ONG exclusivamente para o projeto. Exposição: Intercâmbio De Olhares Toda essa produção fotográfica é transformada em uma linda exposição nos corredores da instituição, trazendo mais cor e afeto ao ambiente. É também uma oportunidade de troca com as pessoas que participaram da oficina.

Da Prefeitura do Recife No primeiro dia de vacinação de crianças nas escolas municipais do Recife, a prefeita em exercício, Isabella de Roldão, acompanhou o processo de imunização na Escola Municipal do Engenho do Meio. Desde ontem (16), os estudantes com idades entre 5 e 11 anos foram recebidos pelo MC Gotinha e começaram a ser vacinados na instituição, muitos deles acompanhados pelas mães, pais ou responsáveis. Além da escola do Engenho do Meio, esta quarta também é dia de vacina nas Escolas Municipais dos Coelhos e Santa Maria (no Alto José do Pinho). A campanha de vacinação nas unidades de ensino ocorre de forma itinerante. Outras nove escolas terão vacinação para seus estudantes até a próxima sexta-feira (18), e a ação acontecerá sempre entre 8h e 16h. “A gente estava com uma expectativa grande. Houve um planejamento intenso, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Saúde para esta ação. O nosso objetivo é vacinar 100% das nossas crianças. Então, quanto mais possibilidades de aproximar esse público da vacina, melhor. Até o final da semana, a gente contempla nove escolas. Vale salientar que a gente já está com quase 30% da população com essa faixa etária de 5 a 11 anos vacinada e a tendência é ampliar”, comentou a prefeita em exercício, Isabella de Roldão. “Lembramos que aos finais de semana nós temos os Parquinhos da Vacina, não esqueçam, para que a gente alcance ainda mais crianças. E os pais e mães também podem agendar a vacinação para os quatro Centros de Vacinação Infantil disponíveis”, acrescentou ela. Segundo o secretário de Educação do Recife, Fred Amancio, para a vacinação nas escolas, não é necessária a presença dos pais - o aluno precisa apresentar um termo de consentimento, que já foi previamente distribuído nas instituições de ensino, assinado pelo responsável legal, autorizando a imunização do estudante. “Não é necessária a presença dos pais. Todas as nossas escolas foram orientadas. A gente fez toda uma programação que começa hoje e segue pelas próximas semanas. Nós estamos enviando uma carta aos pais explicando a importância da vacina, para a criança, para a escola e para a família, e também explicando que a criança só vai ser vacinada com autorização dos pais”, disse ele. “Vai junto um termo de autorização, os pais assinam e com isso a escola vai poder fazer a vacinação da criança. Não é necessária a presença dos pais, mas os pais que queiram acompanhar esse momento serão recebidos pelas escolas”, finalizou. A secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque, convocou os pais e responsáveis a autorizarem a imunização de seus filhos, lembrando que o combate à pandemia depende da mobilização de todos. “Nossa expectativa é que a gente possa vacinar todas aquelas crianças que não foram vacinadas em um dos nossos centros de vacinação. Hoje o Recife tem quase 30% de cobertura vacinal dessas crianças. Então, pais, mães, responsáveis, autorizem a vacinação das crianças nas escolas, e se quiserem também podem acompanhar os seus filhos”, disse. Ela falou ainda sobre as especificidades da vacinação para quem tem entre 5 e 11 anos: “Hoje nós temos a Coronavac e a Pfizer para a vacinação desta faixa etária. E são vacinas comprovadas cientificamente, seguras e eficazes. E é importante dizer que a seringa e a agulha para a vacinação dessas crianças são menores, tudo é específico para elas. Esse é um esforço coletivo para salvar vidas porque vacinas salvam vidas”, continuou. A estimativa é que a ação contemple 500 crianças diariamente e percorra as escolas da rede que atendem alunos e alunas nesta faixa etária. Assim como nos postos de vacinação e no Parquinho da Vacina, a garotada imunizada ganha certificado de criança supervacinada e as unidades de ensino contam com ações lúdicas para entreter os pequenos durante o período de observação pós-vacina, que é de 20 minutos. Até esta terça-feira (15), de acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Saúde, 48.975 crianças residentes na capital pernambucana haviam iniciado o processo de imunização, representando 30,69% de cobertura vacinal. Segundo estimativa do Ministério da Saúde, baseada no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Recife tem 159.558 crianças nessa faixa etária. Na área da educação, a Rede Municipal de Ensino do Recife contabiliza - entre escolas e creches - cerca de 72 mil estudantes entre cinco e 11 anos de idade matriculados em 275 unidades de ensino destinadas a essa faixa etária. Elisângela dos Santos, 41 anos, dona de casa, mora em Roda de Fogo com o marido, dois filhos e a nora. Neste primeiro dia de vacinação nas escolas, ela acompanhou o filho mais novo, José Luan dos Santos, 7 anos, estudante do 2º ano da Escola Municipal do Engenho do Meio, no momento da imunização. “Aqui eu achei mais rápido do que agendando. Nós estamos seguros, vendo as mães acompanhando os filhos se vacinando aqui. Foi bom, foi bem legal mesmo fazer na escola. Se tivesse que ir à Cidade Universitária, seria mais distante”, opinou ela. E José Luan saiu satisfeito com o seu certificado de criança Supervacinada. “Foi bom. Agora eu já estou protegido contra o coronavírus e estava ansioso”, disse José Luan, dizendo que, mesmo vacinado, vai continuar utilizando as máscaras e o álcool em gel 70%. Já para a dona de casa Eugênia Freitas, 30 anos, mãe de Victor Lucas Freitas, 11 anos, estudante do 5º ano da escola, a vacinação na unidade de ensino faz toda a diferença porque se trata de um ambiente acolhedor e já conhecido da família. “Foi muito prático, foi bem melhor do que agendar para a universidade e ter que pegar carro para ir. Meu filho ficou menos nervoso. No dia em que eu disse que iria agendar a vacinação, ele ficou nervoso, mas aqui ele ficou mais tranquilo porque viu os coleguinhas tomando a vacina”, explicou ela. “Agora está super protegido, graças a Deus. A família toda já tinha se vacinado, só faltava ele”, complementou. Nesta primeira semana, a campanha de vacinação nas escolas contemplará também as Escolas