Elas não querem ser parabenizadas com rosas e bombons a cada dia 08 de março. Desejam celebrar o Dia Internacional pela Luta dos Direitos das Mulheres fazendo o que sabem de melhor: romper barreiras e ganhar cada vez mais espaço na sociedade. De acordo o estudo da International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, da empresa de consultoria Grant Thorton, 93% das empresas brasileiras entrevistadas declararam ter ao menos uma líder feminina, acima da média global de 87%.
Mas na prática, isso realmente acontece? Existem áreas ainda predominantemente masculinas como, por exemplo, o mercado imobiliário. No Recife, poucas imobiliárias são comandadas por mulheres. Uma delas é a Bankasa, fundada em 2013 por Andresa Stamford.
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Com sede na Boa Vista, a imobiliária conta hoje com 15 corretores. Seu braço direito, a coordenadora Amanda Pinheiro, completa o time. Em 2019, o faturamento – soma dos valores dos imóveis comercializados – chegou a uma média de R$ 1 milhão, valor expressivo para o porte da empresa. O segredo? Trabalho em equipe. “Aqui na Bankasa procuramos deixar o ambiente tranquilo, mesmo em um meio competitivo que é o de vendas. Assim todos saem ganhando”, afirma Andresa Stamford.
“Se somarmos as imobiliárias comandadas por mulheres no Recife, não chegamos a 5. Em relação ao ambiente de vendas existem diferenças na forma que é comandado, muito mais no resultado, mas não de uma forma mais sensível, como podem pensar. Temos que ter uma garra maior, um objetivo maior, e sustentar toda a credibilidade para conseguir um resultado muito melhor também”, completa Amanda Pinheiro.
PRODUTIVIDADE
Empresas com mulheres em postos de liderança têm melhor desempenho nos negócios, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O relatório “Mulheres na gestão empresarial: argumentos para uma mudança” ouviu 13 mil empresas de 70 países.
Mais de 75% das companhias entrevistadas afirmam que seus resultados são 20% melhores com mulheres em posições de chefia. Em termos de lucros, quase três quartos das companhias que monitoraram a diversidade de gênero em posições de gestão relataram aumentos entre 5 e 20%. A maioria teve crescimento de 10 a 15%.