Home office e outras lições desta pandemia – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Home office e outras lições desta pandemia

Ainda nas primeiras semanas do enfrentamento à disseminação do novo coronavírus em Pernambuco, a Algomais ouviu especialistas sobre os aprendizados que empresas e a população em geral estão obtendo em meio à dor deste momento. Médicos, pesquisadores e profissionais de comunicação avaliam também as mudanças e tendências em relação à valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) e da imprensa.

A expectativa do infectologista Raphael dos Anjos, da Interne Soluções em Saúde, é que haja um aprendizado sobre a higienização e a etiqueta da tosse. “Uma grande lição da pandemia é a gente aprender que o segredo da prevenção às infecções são essas boas práticas. Este momento vai mudar totalmente como vamos enxergar esse cuidado”, prevê o especialista.

Um debate que nasceu em meio à atual crise é a respeito da falta de saneamento básico e de abastecimento de água para a maioria da população. “Depois do coronavírus é um dever ético da sociedade brasileira tomar conhecimento sobre como mora a grande maioria da população brasileira. A habitação, o saneamento e o transporte público têm que ser revistos”, defende Na o coordenador acadêmico da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde), Gilliatt Falbo.

A valorização da saúde pública é um fenômeno que ganhou uma escala global, segundo o doutor em comunicação e saúde e professor da Universidade Federal de Alagoas, Marcelo Robalinho. “Desde os primeiros dias da pandemia, os pronunciamentos foram de revalorizar a saúde pública universal, mesmo dentro de contextos neoliberais que vivemos, em que o próprio Estado se torna mínimo”, declarou Robalinho. O pesquisador afirma que a França, por exemplo, vinha desequipando o seu sistema de saúde nos últimos anos, sob a gestão do presidente Emmanuel Macron. Em meio à pandemia, o chefe do poder executivo francês mudou a postura e defendeu a relevância dos investimentos nas instituições sanitárias públicas. Robalinho destaca também que a Espanha, um dos epicentros de mortes por Covid-19 no mundo, decidiu estatizar os hospitais privados para garantir atendimento para a população.

 

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