Câncer de pele representa cerca de 31% dos tumores malignos do Brasil – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Câncer de pele representa cerca de 31% dos tumores malignos do Brasil

Em Pernambuco são esperados cerca de 5 mil novos casos em 2023

O câncer de pele é o mais frequente e vai representar cerca de 31,3% dos tumores malignos do Brasil no próximo triênio 2023/2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A instituição também alerta para os números em Pernambuco, onde são esperados cerca de 5.430 novos casos para o ano que vem, entre os tipos melanoma e não melanoma (o mais comum no país e no estado). Por aqui, o cuidado com o tempo de exposição aos raios do sol deve ser redobrado, afinal a temperatura máxima média, no verão é de 31 graus. E é nessa época mais quente do ano que é celebrada a campanha Dezembro Laranja, que busca combater e conscientizar sobre a prevenção do câncer de pele. 

Sendo um dos tumores mais comuns no Brasil, o câncer de pele preocupa especialistas por causa do alto número de casos. Para o triênio 2020/2022, o INCA estimou que seriam diagnosticados 176.930 novos casos de câncer de pele basocelular e espinocelular no país. Desta forma, a previsão é a de que os casos aumentem 23% no próximo período, com cerca de 218 mil ocorrências. “Muitos fatores contribuem para o contínuo aumento no número de casos, como aumento na exposição ao sol sem proteção, maior estimativa de vida e até mesmo maior eficiência na hora do diagnóstico”, explica Diogo Sales, oncologista da Multihemo Oncoclínicas, do Grupo Oncoclínicas.  

Conheça os sintomas – Entre os sintomas estão lesões na pele de aparência elevada, brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pintas pretas  ou castanhas que mudam sua cor, textura, com irregularidade nas bordas e que crescem de tamanho; manchas ou feridas que não cicatrizam e apresentam crescimento e que apresentam coceira, crostas, erosões ou sangramento. “Já quando o tumor está com metástase, sinais como nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abdominais e de cabeça podem aparecer”, afirma o especialista. 

Dentre os tipos do câncer de pele, o carcinoma basocelular (CBC) é o mais prevalente e surge nas células basais, que ficam na camada mais profunda da epiderme; já o carcinoma espinocelular (CEC) aparece nas células escamosas e pode se desenvolver em todas as partes do corpo. O melanoma é o tumor mais agressivo e com alto índice de mortalidade. Tem a aparência de um sinal que muda de cor e podem ocorrer sangramentos.

Opções de Tratamento – O tratamento para a doença vai depender do tipo de câncer de pele e do nível do caso. Atualmente, com a tecnologia e o avanço na medicina, existem diversas opções, como a cirurgia excisional, que remove o tumor; a curetagem, procedimento de raspagem e a criocirurgia, que destrói o tumor através do congelamento com nitrogênio. “Mesmo nos casos de doença avançada ou metástase, há novos tipos de tratamentos oncológicos que vêm mudando o prognóstico desse tipo de doença, como é o caso da Imunoterapia e Radioterapia com técnicas modernas, que aumentam a eficácia e diminuem os possíveis efeitos adversos do tratamento oncológico. O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento, além de garantir uma melhor qualidade de vida”, explica Diogo. 

Como prevenir – Diogo Sales afirma que é essencial se proteger dos raios ultravioleta do sol, com chapéu ou boné, protetor solar de FPS acima de 30, camiseta de manga comprida e permanecer na sombra entre às 10 e 16 horas. “É necessário também observar sempre o corpo e ficar ligado em qualquer sinal ou mancha suspeita, além de consultar um médico dermatologista uma vez ao ano, para fazer exames de rotina”, finaliza.

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