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Novo exame aponta risco de engordar e desenvolver diabetes

Karina Toledo  – Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram um software que permite identificar, com base na análise de moléculas do plasma sanguíneo, indivíduos com risco aumentado de ganhar peso e desenvolver doenças associadas à obesidade. O trabalho foi coordenado pelo professor Rodrigo Ramos Catharino no Laboratório Innovare de Biomarcadores e contou com apoio da FAPESP. Os resultados foram descritos na revista Frontiers in Bioengineering and Biotechnology. “O exame revela, com cerca de 90% de precisão, se uma pessoa vai ou não ganhar peso caso nenhuma intervenção seja feita. Mostra ainda se há risco de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão e dislipidemia. É uma ferramenta importante, pois possibilita aos profissionais de saúde orientar mudanças no estilo de vida antes mesmo que o problema se instale”, disse Catharino à Agência FAPESP. O teste pode ser feito com uma amostra de sangue, que deve ser analisada em um espectrômetro de massas. O equipamento revela todos os metabólitos presentes no fluido corporal. Esse conjunto de moléculas retrata os diversos processos metabólicos ativos no organismo. Os dados obtidos por espectrometria podem então ser processados pelo software criado durante o doutorado de Flávia Luísa Dias-Audibert. O trabalho foi feito em parceria com o pesquisador Luiz Cláudio Navarro, orientando do professor Anderson Rezende Rocha no Instituto de Computação da Unicamp. O grupo contou com apoio do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP na Unicamp. “O programa busca a presença de cinco metabólitos que funcionam como biomarcadores com potencial de predizer o ganho de peso. Um deles, quando presente na amostra, indica que o paciente tende a desenvolver diabetes caso se torne obeso”, contou Catharino. Os códigos do programa estão disponíveis para download gratuito. Segundo Catharino, qualquer centro de saúde que tenha acesso a um espectrômetro de massas pode fazer uso da metodologia. “Trata-se de uma técnica barata e acessível até mesmo ao Sistema Único de Saúde. Basta um único espectrômetro de massas na rede, que pode atender a vários hospitais e ambulatórios”, disse o pesquisador. Aprendizado de máquina A metodologia desenvolvida na Unicamp combina ferramentas de metabolômica (estudo do conjunto de metabólitos em amostras biológicas) e inteligência artificial (aprendizado de máquina). Os pesquisadores usaram dados obtidos por meio da análise do plasma sanguíneo de 180 pessoas para “treinar” o programa de computador a reconhecer um padrão associado ao ganho de peso. Metade dos voluntários incluídos no estudo era eutrófica (com índice de massa corporal dentro da faixa considerada normal) e os demais apresentavam grau variado de sobrepeso e obesidade. “Todas essas pessoas passaram por análises antropométricas [medida de peso, altura e massa corporal] e responderam a um questionário com informações sobre idade, gênero e histórico familiar de doenças crônicas. Usamos parte dos pacientes para treinar o software e outra parte para validá-lo por meio da comparação de seus resultados com os dados antropométricos e o histórico de saúde. Para esse treinamento foi usado um algoritmo de aprendizado de máquina conhecido como Random Forest”, contou Catharino. Ao todo, 18 metabólitos foram identificados como biomarcadores de processos metabólicos que favorecem o acúmulo de gordura no organismo. Desses, cinco apresentaram potencial de predizer o ganho de peso. “A prostaglandina B2 e o carboxi-leucotrieno B4 são dois metabólitos do ácido araquidônico [ácido graxo da família do ômega-6] conhecidos por participar de processos inflamatórios, atuar no recrutamento de células para o sítio de inflamação e induzir a produção de espécies reativas de oxigênio [que em excesso prejudicam o funcionamento das células]”, contou Dias-Audibert. “Outras duas moléculas identificadas foram argininosuccinato e diidrobiopterina, envolvidas no ciclo do óxido nítrico e marcadores da produção de radicais livres.” Segundo a pesquisadora, a combinação desses biomarcadores sugere que, em indivíduos acima do peso, ocorre uma retroalimentação da cascata inflamatória no organismo. “Esse achado vai ao encontro de diversos estudos que descrevem a inflamação crônica de baixo grau como um dos processos deletérios ativos em uma condição de excesso de peso”, disse. O quinto biomarcador apontado como preditor foi o ácido carboxi-metil-propil-furano propanoico (CMPF), relacionado com disfunção nas células produtoras de insulina no pâncreas e com o desenvolvimento de diabetes. “Considerando que no grupo estudado havia indivíduos diabéticos, é possível sugerir que esse marcador seja o link entre o ganho de peso e o diabetes”, disse Dias-Audibert. Na avaliação de Catharino, o programa também pode ser usado por profissionais de saúde para avaliar se o tratamento prescrito para reduzir o porcentual de gordura corporal está funcionando. “Mesmo antes que o indivíduo perca peso é possível saber se a intervenção está dando resultado. Se os processos metabólicos que levam ao acúmulo de gordura forem interrompidos, a tendência é que esses 18 metabólitos que identificamos desapareçam do plasma sanguíneo”, afirmou. O artigo Combining Machine Learning and Metabolomics to Identify Weight Gain Biomarkers, de Flávia Luísa Dias-Audibert, Luiz Claudio Navarro, Diogo Noin de Oliveira, Jeany Delafiori, Carlos Fernando Odir Rodrigues Melo, Tatiane Melina Guerreiro, Flávia Troncon Rosa, Diego Lima Petenuci, Maria Angelica Ehara Watanabe, Licio Augusto Velloso, Anderson Rezende Rocha e Rodrigo Ramos Catharino, pode ser lido em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fbioe.2020.00006/full. | Agência FAPESP

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Carnaval requer cuidados com os olhos

O carnaval é época de cair na folia, caprichar na maquiagem e na fantasia. Mas para não encerrar a festa antes da hora é preciso tomar alguns cuidados com os olhos. Neste período, crescem os casos de inflamação e a doença mais comum é a conjuntivite, pois as aglomerações, principalmente em ambientes fechados, favorecem a proliferação de vírus. Sprays de espuma e maquiagens também podem aumentar o risco de contaminação nos olhos por agentes biológicos e químicos, causando blefarite (inflamação das pálpebras), terçol e alergias. Os sintomas da conjuntivite viral ou bacteriana são pálpebras inchadas, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e secreção. Em ambos os casos a pessoa precisará de tratamento especializado. Segundo o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugênio, a melhor forma de evitar as conjuntivites durante o carnaval é manter as mãos limpas, evitar coçar os olhos, optar por locais arejados e não compartilhar maquiagem nem óculos. O excesso de maquiagem pode acarretar problemas. “Sombras com glitter ou purpurina podem arranhar o cristalino ou ainda se acomodar nas pálpebras, causando irritação”, explica o médico. O lápis de olho também pode obstruir os orifícios das glândulas de meibômio, que são responsáveis pela secreção de material gorduroso presente na composição da lágrima. Com a obstrução das glândulas, aumentam os riscos de inflamação e infecção local, causando terçol ou blefarite. Recomenda-se utilizar maquiagem de boa qualidade e retirá-las com demaquilantes bifásicos, além de lavar bem o rosto. Respeitar o prazo de validade dos produtos é importante. O spray de espuma, muito utilizado neste período, também é um grande risco para os olhos. “Esse tipo de spray utiliza substâncias como o poliuretano, além de gases para o efeito de spray (gás butano) que podem causar lesões nas mucosas dos olhos”, afirma Hilton Medeiros. O médico explica que se a substância entrar nos olhos, deve ser lavada com água corrente e nenhuma medicação deve ser aplicada no local. “Nada de colírios, pomadas, isso só vai agravar o problema. Se após a lavagem ainda houver dor ou sensação de areia nos olhos ou ainda uma piora da visão, é imprescindível procurar a ajuda de um oftalmologista”, diz o especialista. Objetos estranhos, como os variados tipos de serpentinas, confetes e outros artifícios que são empregados em festas de carnaval, podem lesionar os olhos. Por isso, durante o dia procure usar óculos com proteção UVA e UVB, pois além de proteger os olhos dos raios ultravioleta, vão protegê-los desses objetos. À noite, redobre a atenção.

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Especialistas dão dicas de saúde para o carnaval

Faltam poucas semanas para o carnaval. Período de muita festa, alegria, porém é preciso ter cuidado com a saúde. Uma alimentação saudável para aguentar o pique, atenção redobrada com os olhos e hidratação da pele são dicas importantes para que a tristeza da quarta-feira de cinzas não chegue mais cedo. A nutricionista Maria Cláudia Lira, da Faculdade Pernambucana de Saúde, a oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, e a fisioterapeuta dermato-funcional Andrezza Pimentel, do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), fazem alertas importantes para que a festa ocorra sem problemas. Geralmente nessa época do ano sempre surgem “dicas milagrosas” para perder muitos quilos em poucos dias. Sobre o assunto, a tutora de Nutrição da FPS explica que cada corpo precisa de uma orientação nutricional, recomendada por um especialista no assunto. “O cuidado com a alimentação visando o carnaval tem de começar desde já. Consumir mais frutas e verduras, água de coco, que são alimentos bastante nutritivos e vão fortalecer nosso sistema imunológico. Atenção com essas ‘dietas milagrosas’ que aparecem em redes sociais. Geralmente são desiquilibradas no ponto de vista nutricional, reduzidas em valor energético. O ideal é uma reeducação alimentar, com alimentação personalizada para cada um”, disse Maria Cláudia Lira. Durante o carnaval, os foliões perdem bastante líquido e gastam energia por causa da alta temperatura e da movimentação pelas ruas e ladeiras. Por conta disso, a regra básica é manter o corpo bem hidratado com sucos de frutas, água de coco ou água, pois além da ingestão de líquidos, estarão suprindo a falta de minerais. “Também é importante o consumo de alimentos ricos em vitamina C, como a acerola, caju, morango, goiaba. Alimentos ricos em vitaminas A, exemplo vegetais vermelhos, laranjas; e D, como as carnes, frango, peixe, ovo, além das comidas ricas em zinco. São alimentos nutritivos e de fácil acesso”, acrescentou. Olhos Já quando o assunto são os olhos, é preciso ter atenção com os cílios de LED, glitter, pintura facial, maquiagem, sol, espumas e confetes. Desses citados, quase todos são opcionais, mas um é comum para todos que vão curtir o carnaval e não tem para onde correr: o sol. “Use sempre protetores solares apropriados para o rosto, para evitar que escorram com o suor. Não use óculos sem proteção ultravioleta e lubrifique seus olhos com lágrimas artificiais, para evitar ressecamento”, alertou Catarina. Em relação aos acessórios, a oftalmologista do IOFV diz que antes de aplicar na pele é importante realizar previamente um teste com o produto a ser utilizado em outra parte do corpo, que seja menos sensível. “Em contato com a visão, vai ser como uma areia, uma sensação de corpo estranho nos olhos. É preciso ter o cuidado na hora de esfregar ou lavar, para que o glitter não caia dentro. A dica que dou é colocar um acessório de tamanho maior, que é mais fácil de retirar, caso toque nos olhos”, disse a médica, que ainda fez outro alerta sobre os cílios postiços. “Se você não tem habilidade de aplicar, procure um profissional, porque pode causar uma abrasão na córnea, irritações e você perde seu carnaval”. Estética É preciso cuidar da pele antes e depois da folia, evitando prejuízos no futuro. Para a professora do curso de estética e cosmética do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), Andrezza Pimentel, criar uma rotina de cuidados dias antes de enfrentar a folia é importante. “Lavar bem o rosto, tonificar, hidratar e proteger, preparando assim a pele diariamente para receber todo o impacto do ambiente”, disse a fisioterapeuta dermato-funcional. Já para quem gosta de usar e abusar dos brilhos e dos glitters, a recomendação é usar produtos próprios para maquiagem e, principalmente, dentro do prazo de validade para evitar alergias. “Inchaço e/ou vermelhidão podem aparecer até 24h depois da exposição ao produto. Um grande detalhe é que a gravidade das reações varia de pessoa para pessoa.”, destacou. É importante, também, sempre aplicar um protetor solar com FPS igual ou maior que 50, reaplicando o produto durante o dia. Em relação à retirada da maquiagem, é interessante utilizar demaquilante bifásico ou até mesmo algum tipo de óleo próprio para a pele. “Tendo o produto certo vá retirando aos poucos com um disco de algodão e, caso tenha dificuldade, deixe o disco umedecido por alguns segundos no local e depois comece a remover”, acrescentou a professora do Unit-PE.

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Hábitos de vida podem influenciar nossos genes

Quem tem pais com hipertensão também terá pressão alta? E quando se fala em câncer ou diabetes, dá para neutralizar a ação da hereditariedade e evitar o surgimento de doenças como essas? O conceito da Epigenética – que vem sendo discutido nos consultórios de várias especialidades médicas – defende que é possível sim desenvolver mecanismos para alterar o genoma e, assim, evitar o desenvolvimento de doenças presentes no histórico familiar. O segredo é a mudança de hábitos. A médica homeopata Patrícia Guaurino esclarece que a mudança de hábitos não altera o DNA, mas muda sua expressão e pode alterar algumas funções dos genes, até mesmo pelas gerações futuras. Dessa maneira, uma boa alimentação aliada a exercícios e mudanças de comportamento viram o paradigma da medicina convencional de cabeça pra baixo. “Não há um determinismo e sim um movimento de retorno à saúde, através da averiguação da origem do ponto de mutação saúde/doença”, disse. E é aí que entra em cena a Epigenética, que estuda o comportamento genômico através das alterações comportamentais. Origem Para a médica homeopata, a Medicina convencional está toda baseada em tratamento de efeitos e expressões: você não é diabético, você está diabético. Você não é hipertenso, você está hipertenso. Você não é canceroso, mas está com câncer. A questão é onde tudo começa. Nos seus hábitos, no seu comportamento e, muitas vezes, no próprio tratamento tradicional com medicamentos com sérios efeitos colaterais. Segundo Patrícia, tratamentos convencionais contra o câncer extirpam o tumor (efeito), mas não dão acompanhamento às alterações imunológicas e comportamentais que levaram ao surgimento do processo tumoral (causa e raiz do problema). Sendo assim, há muitas recidivas numa perpetuação do estado de doença, levando a uma aparente normalidade, sem trazer o real benefício que o paciente de fato necessita”, explica.

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Café da manhã equilibrado previne diabetes e doenças cardiovasculare

O café da manhã é uma das refeições mais importantes do dia. Responsável por conceder a energia necessária para a realização das atividades diárias, a refeição também mantém a pessoa alerta, disposta e com o metabolismo funcionando bem — durante a noite, para que o corpo consiga descansar, o metabolismo se torna mais lento e a partir do desjejum, volta ao funcionamento normal. Um estudo da Universidade Columbia, nos Estados, constatou que pessoas que pulam o café da manhã, tendem a beliscar mais durante o dia e principalmente à noite, o que pode favorecer o exagero de comida e consequentemente resultar em ganho de peso, inflamação e resistência à insulina favorecendo assim a diabetes e doenças cardiovasculares. A especialista em Nutrição e Educação Física Sue Lasmar aponta que para que o café da manhã cumpra seu papel, ele precisa ser completo, rico em proteínas, minerais, vitaminas e carboidratos. “Comer bem durante a manhã evita que haja exageros na hora do almoço pois, ajuda a prolongar a sensação de saciedade”, explica. Sue Lasmar aponta ainda que pular essa refeição também atrapalha o processo de emagrecimento. “Ao ficar sem comer, o corpo começa a fazer reservas de gordura e dificulta o ganho de massa muscular”, garante. O que comer? Mamão papai: Rico em fibras, essa fruta ajuda a fazer um desjejum correto, além de ser rico em vitamina C Leite Desnatado: Com uma concentração baixa de gordura, o leite supre as necessidades de cálcio diárias. Cereais e pães: Opte por integrais, que fornecem fibras e antioxidantes para a dieta. O consumo também garante o bom funcionamento intestinal e previne doenças. Ricota: Além de não ter altos teores de sódio, o queijo é rico em cálcio, vitaminas A, B, D e E, e outros minerais como zinco e iodo. Frutas ou sucos de fruta naturais: fonte de vitaminas e minerais. O ideal é evitar colocar açúcar.

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Cuidados com a alimentação no carnaval

Comer na rua, delivery de fast foods e bebida alcoólica é a cara do carnaval pra muita gente. Mas, para a alegria durar além dos dias de festa, os foliões precisam ter cuidados especiais com a alimentação. De acordo com a coordenadora e professora do núcleo de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE Joyce Moraes é bom evitar sair para farra em jejum. “O desjejum deve ser caprichado, pois é a refeição mais importante no período e irá garantir energia suficiente para se pular até o horário da próxima, já que dificilmente terá hora certa para ocorrer”. A sugestão da nutricionista é colocar uma fonte de proteína, como ovos, carnes ou frango, adicionando uma raiz, a exemplo do inhame, macaxeira e babata doce. “Nessa refeição, não pode exagerar na fritura, pois o folião pode ficar enjoado na hora da folia. Frutas fontes de potássio, como banana e abacate, também são boas opções para o café da manhã, que vão evitar cãibras e garantem o um bom funcionamento do sistema muscular”, explica. Outra sugestão é incluir os cereais integrais na dieta, como a granola, a aveia e os farelos, pois são uma ótima fonte de energia e retardarem a sensação de fome por mais tempo. Ao cair no passo, o folião também acaba caindo em tentação com a grandes ofertas de comidas nas ladeiras e avenidas. O primeiro ponto é beber bastante água e água de coco, sendo recomendado de dois a três litros por dia para evitar desidratação, principalmente se estiver consumindo bebidas alcoólicas, que também vai evitar ressacas. “E as bebidas devem estar bem geladas para não causarem náuseas”, sugere a docente da Faculdade IDE. Cuidados ao comer na rua Já o coordenador e professor da pós-graduação em controle de qualidade dos alimentos da Faculdade IDE, Fábio Portella, alerta também para a origem dos alimentos folia, visto que a maioria das pessoas acaba comendo na rua. “O folião deve ficar atento ao tipo de comida e como ela está acondicionada. Mariscos, frutos do mar, alimentos muito manipulados, como pastelões, tortas, maionese, molhos e cremes, devem ser evitados, pois exigem rigorosos controle de qualidade, que muitas vezes não possui logística adequada no meio do carnaval”. Entre as dicas, preferir alimentos lacrados e evitar amendoim cozido, pelo risco potencial de contaminação por aflatoxinas, toxina fúngica. “Em caso de dúvida, solicitar o certificado emitido pela Vigilância Sanitária Municipal/Estadual. Este certificado deve ficar visível, mas caso não esteja, o consumidor pode solicitar”, orienta Fábio. Sobre os produtos que, geralmente, ficam expostos nas barraquinhas, o professor conta que há riscos de contaminação, mesmo se aquecidos. “O problema da chapa com carne e macaxeira, por exemplo, é saber como eles foram acondicionados antes do preparo e nas condições higiênicas da própria chapa. Além disso, a macaxeira, devido ao alto teor de carboidratos, pode fermentar, caso sofra contaminação bacteriana, e a carne, devido ao elevado teor de nutrientes, é um alimento de extrema perecibilidade. Logo, caso esses alimentos já estejam estragados ou contaminados, o preparo, mesmo com o calor da chapa, não vai garantir a segurança do alimento”, finaliza professor de controle de qualidade dos alimentos da Faculdade IDE. Exagerou? Confira as dicas para o dia seguinte E pra quem exagerou na festa, a sugestão da professora de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE Joyce Moraes é tomar gengibre em pó pela manhã, que pode ser misturado no suco, café ou água, garantindo o bom funcionamento do estômago e do fígado. “Já chás como boldo, alcachofra, hibisco, alecrim e dente-de-leão podem auxiliar nos sintomas da ressaca. Deve-se ingerir uma xícara de manhã e outra ao chegar da folia e outra antes de dormir, sem adoçar”, detalha Joyce. Segundo a nutricionista, uma boa receita para preparar o fígado para a folia é bater duas folhas de couve com talo e tudo, adicionar uma fruta, água de coco e um pedaço de gengibre. É só bater tudo no liquidificador e tomar sem adoçar. “Sugiro beber a vitamina pela manhã, ao acordar, e à noite, antes de dormir”. Outra receitinha é bater duas colheres de sopa de clorofila com suco de laranja ou de abacaxi e cubos de gelo. Essa pode adoçar! É outra ideia para tomar no desjejum ou à noite, após ingestão de bebidas alcoólicas. FACULDADE IDE – A Faculdade IDE, mantida pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional, desde 2006, promove pós-graduações na área de saúde, contando com mais de 120 cursos nas áreas de medicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, educação física, psicologia e fonoaudiologia. Autorizada pelo MEC, na portaria nº 852, de 30/12/18, passou a oferecer também graduações, como de Estética e Recursos Humanos. Com sede no Recife, no Pina, tem presença em oito estados do N/NE. Mais informações (81) 3465.0002, 0800 081 3256 e www.faculdadeide.edu.br.

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Sindicato dos Hospitais e Secretaria Estadual de Saúde apresentam plano para atuação em casos decoronavírus 

Reunião promovida na sede do Sindhospe, na manhã desta terça (4), definiu como deve ser a postura dos hospitais privados com possíveis casos suspeitos de coronavírus. Hospitais públicos Oswaldo Cruz e Correia Picanço estão prontos para receber possíveis casos O Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pernambuco (Sindhospe) promoveu, em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), uma reunião para definir como a rede de hospitais particulares deve proceder em caso de possíveis suspeitas do novo coronavírus. O encontro foi realizado na sede do Sindhospe, no bairro de Santo Amaro, na manhã desta terça (4). A doença não foi registrada no Brasil até o momento, mas gera preocupação em nível internacional, a ponto da Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar estado de emergência global. Durante a reunião, que contou com a presença do secretário estadual de saúde, André Longo, ficou definido que os hospitais particulares vão atuar em conjunto com o Governo do Estado para mapear casos suspeitos e, no caso de confirmação, encaminhar indivíduos infectados para dois hospitais públicos que já estão habilitados para lidar com o novo Coronavírus. São eles: o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), localizado no bairro de Santo Amaro, e o Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, zona norte do Recife. Para o secretário de saúde, o momento é de cautela e todas as medidas de prevenção e cuidado com o surto da doença estão sendo tomadas. Ele explicou a importância de ampliar o contato com a rede particular. “Os hospitais privados precisam também estar preparados porque existe a possibilidade concreta de pessoas com plano de saúde chegarem a uma unidade com suspeita de coronavírus. Por isso, montamos, no primeiro momento, uma articulação com o Sindhospe para que seja possível difundir as informações e cada hospital monte seu plano de contingência para receber casos de coronavírus”, afirmou André Longo. Ele ressaltou que é importante os hospitais se prepararem também para realizar o procedimento de coleta e envio de material para a Fiocruz. “No Brasil, nenhum caso é tido como provável e, muito menos, confirmado”, ressaltou André Longo, que descartou no momento necessidade do estado de Pernambuco precisar de leitos hospitalares da rede particular. Já o presidente do Sindhospe, George Trigueiro, que é médico epidemiologista e especialista em controle de infecções, afirma que o Brasil sempre lidou historicamente com surtos parecidos, como já houve antes com H1N1 e Zika vírus, por exemplo. Trigueiro alerta para o cuidado com a informação: “Nosso papel é capacitar os profissionais, para que estejam prontos para o aparecimento de algum caso, de maneira séria e sem alarmismo”, defendeu. Entre os participantes na reunião na sede do Sindhospe, além do secretário estadual de saúde, estavam a secretária-executiva de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Luciana Albuquerque, o diretor-geral de Controle de Doenças e Agravos, George Dimech, além da consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia em assuntos de viagens, dra. Sylvia Lemos Hinrichsen. Estiveram também representantes do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Real Hospital Português (RHP), HOPE, Santa Casa de Misericórdia, Fundação Altino Ventura (FAV), Hospital Seope, Albert Sabin, Laboratório Marcelo Magalhães, Hapvida e Interne. Uma nova reunião de acompanhamento das suspeitas do novo coronavírus no país e no estado está marcada para a manhã da próxima sexta-feira (7), na sede da Secretaria Estadual de Saúde, localizada no bairro do Bongi, zona oeste do Recife, e contará com a presença do coordenador Científico e de Inovação do Sindhospe, Eurico Noblat. CORONAVÍRUS Até às 12h desta terça-feira (4), o Ministério da Sáude informou que nenhum caso de coronavírus foi confirmado no Brasil. O país conta com 14 casos suspeitos da doença. Os casos suspeitos são monitorados pelo Ministério da Saúde nos seguintes estados: Rio de Janeiro (1), São Paulo (7), Rio Grande do Sul (4) e Santa Catarina (2). Ainda de acordo com a pasta, foram descartados 15 casos para investigação de possível relação com a infecção humana pelo novo coronavírus.

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Bate-papo de saúde

A jornalista Cinthya Leite, do Blog Casa Saudável, especializada em gerontologia e doutoranda em saúde pública, é a convidada especial do bate-papo, no próximo dia 15 de fevereiro, a partir das das 10h, na Oral Unic Implantes, que fica na Ernesto de Paula Santos, em Boa Viagem. O tema é “Revolução Prateada: como viver melhor e com qualidade de vida na terceira idade”. Sobre o assunto, ela conversa com as cirurgiãs-dentistas Marília Melo Vila Nova e Nayanna Nadja Pereira. A entrada é gratuita e aberta ao público interessado.

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Curta a folia sem alergia – Veja as orientações dos especialista

Muita diversão e viagem, é isso que promete o Carnaval. Para curtir a folia, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) preparou algumas orientações para evitar possíveis reações alérgicas relacionadas ao spray de espuma, maquiagem e alimentos. Confira: Spray de espuma – Dependendo da composição do produto, algumas pessoas podem apresentar alergias de contato após a exposição a estas substâncias. O mais comum, entretanto, seriam as reações irritativas que, além da pele, podem irritar os olhos e as vias aéreas, causando sintomas nasais como obstrução e coriza, além de falta de ar e sibilância. “Após o contato com o produto, a região afetada deve ser lavada com água corrente em abundância. Importante ressaltar que as reações alérgicas de contato acontecem mais tardiamente, entre dois e três dias. Nesse caso, pode ser necessário o uso de corticoides tópicos e anti-histamínicos por via oral”, explica Dr. Clóvis Eduardo Santos Galvão, membro do Departamento Científico de Alérgenos da ASBAI. Maquiagem – Muito usada nessa época do ano, a maquiagem pode desencadear a dermatite de contato. Dois cuidados são muito importantes para evitar uma reação alérgica: o primeiro é se atentar ao prazo de validade porque, neste caso, pode acontecer uma contaminação por fungos, o que não é uma reação alérgica. O segundo é com algumas substâncias que estão no produto e que podem causar alergias. “Se ao passar a maquiagem ocorrer coceira, vermelhidão na pele e ardência, tire imediatamente o produto da pele com bastante água fria, sabonete e procure um especialista para que ele possa fazer o diagnóstico correto e identificar o agente causador da alergia”, orienta a Dra. Alexandra Sayuri Watanabe, diretora da ASBAI. Algumas dicas de como prevenir reações alérgica à maquiagem: – Use produtos de qualidade certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); – Guarde a maquiagem em lugar fresco e protegido da luz solar; – Não use produtos que estejam com o prazo de validade vencido; – Não compartilhe maquiagens com outras pessoas; – Se tiver dúvidas sobre um determinado cosmético, peça orientação ao seu alergista, para evitar reações desagradáveis. Alergia Alimentar – O camarão está entre os principais alimentos causadores de alergias. As alergias são imprevisíveis e podem ocorrer em qualquer fase da vida, ainda que o indivíduo já tenha ingerido o alimento outras vezes. No Brasil não há estatísticas oficiais, porém, a prevalência das alergias alimentares parece se assemelhar com a literatura internacional, onde cerca de 8% das crianças e 2% dos adultos são acometidos. “O fato de já ter ingerido camarão e nunca ter apresentado reação não significa que, em algum momento da vida, a pessoa não possa começar a ter alergia por esse alimento. Indivíduos com asma, rinite e dermatite atópica são um pouco mais predispostos do que a população geral, mas isso não é uma regra”, alerta a Dra. Renata Cocco, Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Sobre a ASBAI – A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cuja missão é promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.

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Prefeitura do Recife intensifica capacitação de profissionais sobre o coronavírus

Diante do cenário epidemiológico atual, com o perigo iminente de introdução do novo coronavírus no Brasil e da situação de emergência de saúde pública internacional decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a Prefeitura do Recife intensificou, na manhã desta terça-feira (4), a capacitação de profissionais da rede municipal de saúde sobre o coronavírus. O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, que é infectologista, deu orientações para mais de 60 profissionais da Atenção Básica, Média e Alta Complexidade e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ligados à Secretaria de Saúde do Recife, na sede da Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde (DEVS), em Santo Amaro. Nesta formação, foram repassadas informações sobre a doença, como identificar casos suspeitos, como deve ser o fluxo de notificação, como conduzir os pacientes que venham a procurar as unidades municipais com sintomas de infecção por coronavírus, entre outras orientações. Na última sexta-feira (31), foi feita uma capacitação com mais de 60 profissionais da Vigilância Epidemiológica do Recife e com os núcleos de epidemiologia das unidades de saúde municipais e privadas. Na última quinta-feira (30), o secretário Jailson Correia participou, junto com representantes da DEVS, da reunião promovida pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), junto com profissionais da Anvisa, Cosems, Lacen, Fiocruz, Sindhospe, Sociedade Brasileira de Infectologia e representantes de hospitais públicos e privados. Seguindo as orientações do Ministério da Saúde (MS) e da OMS, foram alinhados o protocolo e o fluxo de atendimento nas unidades de saúde do Estado. As informações da capacitação desta terça (3) serão replicadas para mais de 2.500 médicos, enfermeiros e cirurgiões dentistas da Atenção Básica, Média e Alta complexidade, além de profissionais do Samu, através de vídeo-aulas que serão divulgadas para os profissionais da rede municipal. De olho no aumento do número de turistas na capital pernambucana por causa do período carnavalesco, também serão dadas orientações para os profissionais da Secretaria de Turismo Esportes e Lazer do Recife (Seturel), representantes do trade turístico, do sindicato dos taxistas e da UBER/ 99. A Secretaria Municipal de Saúde também está produzindo banners, cartazes e folders para os serviços de saúde e população em geral, incluindo informativos para viajantes em português, inglês, espanhol e mandarim. A Secretaria está acompanhando constantemente as mudanças no cenário epidemiológico e as recomendações do MS e da OMS, para adequar a conduta, sempre que necessário. “Estamos em alerta, nos preparando, mas precisamos manter a serenidade já que, por enquanto, não temos notificação de caso suspeito da doença no Recife e nenhum caso foi confirmado no Brasil. Não há motivo para pânico”, afirmou o secretário Jailson Correia. A Sesau Recife também está tomando providências para disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, luvas e outros insumos, além de estar preparando materiais informativos sobre o coronavírus, para distribuição em unidades de saúde que têm atendimento 24 horas. Ainda esta semana, pelo menos 200 kits com máscaras, aventais, luvas, gorros e óculos de proteção começarão a ser distribuídos para cerca de dez unidades municipais de saúde estratégicas. MONITORAMENTO – Como o epicentro da disseminação desse surto de coronavírus é a China, profissionais do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs) do Recife visitaram o Consulado Chinês, na manhã desta terça, para passar orientações sobre a doença e o que devem fazer caso tenham conhecimentos de pessoas que vão para a China ou voltaram de lá com sintomas da doença. O Cievs é considerado o cérebro do monitoramento epidemiológico do Recife. Os profissionais atuam 24 horas, todos os dias do ano, para monitorar e tentar conter, com agilidade, a transmissão de doenças e a ocorrência de surtos, entre outras atribuições. Durante o Carnaval, a atenção é redobrada por causa do grande fluxo de turistas no Recife, que podem trazer vírus típicos das cidades onde moram e que comumente não circulam no Recife. De acordo com a diretora-executiva de Vigilância à Saúde do Recife, Joanna Freire, este ano, há uma atenção especial por causa do risco de chegada do coronavírus. Segundo a gestora, há uma lista com mais de 40 doenças de notificação imediata que são motivo de monitoramento constante, como as arboviroses (dengue, chikungunya e zika), meningite e as síndromes respiratórias, como a gripe e, agora, o coronavírus. “A nossa característica é trabalhar em alerta. O tempo todo estamos monitorando e comparando dados, buscando indícios de alterações relevantes na saúde. Ninguém vê esse lado do SUS, por isso chamamos de SUS invisível, mas sempre há profissionais de plantão para agir imediatamente nos casos de doenças que exijam notificação imediata”, explicou Joanna Freire. O monitoramento é feito por meio de rondas presenciais nas unidades de saúde públicas e privadas do Recife, e também por telefone, fax e e-mail. SAIBA MAIS: O que é Coronavírus? Os coronavírus são uma grande família viral que pode causar doenças respiratórias leves, moderadas ou graves em seres humanos e em animais. No Brasil, ainda não há circulação do novo coronavírus identificado na China Atenção turistas e viajantes: Se você chegou de um dos países ou cidades onde foi confirmada a circulação do novo coronavírus, fique atento: • Se apresentar algum sintoma gripal (febre, tosse, coriza, dificuldade de respirar), siga para um serviço de saúde para ser atendido e informe o local de sua viagem ou se teve contato com pessoa doente do País ou cidade onde tem circulação do coronavírus; • Se não apresentar sintomas gripais, fique atento nos primeiros 15 dias para sinais e sintomas semelhantes ao da gripe comum; • Siga as condutas de prevenção descritas abaixo; • Evite exposição a locais fechados com conglomerados de pessoas se você estiver com sintomas gripais • A transmissão é semelhante a outras gripes comuns e ocorre pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: • Gotículas de saliva; • Espirro ou tosse; • Catarro; • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. Como é feito o tratamento do novo coronavírus? Não

Prefeitura do Recife intensifica capacitação de profissionais sobre o coronavírus Read More »