Arquivos Algomais Saúde - Página 39 De 171 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Tratamentos avançados sinalizam perspectivas positivas no combate ao câncer

Estimativas divulgadas pelo INCA para o triênio 2023-2025 indicam que tumores de pele, mama, próstata e pulmão figuram entre os mais incidentes no país; Terapias avançadas, baseadas no conceito de oncologia de precisão, são as grandes aliadas da medicina para assegurar qualidade de vida e redução das taxas de letalidade O próximo 4 de fevereiro marca o Dia Mundial do Câncer, uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) que tem por objetivo aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença. Dados globais mostram que em 2040 o número de novos casos de pessoas diagnosticadas com tumores malignos chegará a 28,4 milhões, tornando o câncer líder do ranking das doenças que mais afetam a população mundial. Considerando a realidade brasileira, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 704 mil novos diagnósticos de cânceres a cada ano do triênio de 2023 a 2025 – um aumento de pouco mais de 10% em relação às taxas de incidência estimadas para 2022 pela mesma entidade, indicando 625 mil novos casos até o final deste ano. A estimativa aponta ainda para cerca de 2 milhões de casos de tumores malignos para o período. Para Carlos Gil, diretor médico do Grupo Oncoclínicas e Presidente do Instituto Oncoclínicas, apesar dessa progressão nos índices globais de câncer, o tratamento de diferentes tipos de tumores, com a chegada de drogas inovadoras e condutas direcionadas para as especificidades de cada caso, não só têm mostrado melhora nas chances de sobrevivência, mas também impactado de forma positiva os pacientes em todas as etapas da jornada de cuidado. “A ciência tem evoluído a passos largos, sinalizando um presente e futuro com boas perspectivas. Alternativas de terapias cada vez mais personalizadas e individualizadas trazem benefícios efetivos à qualidade de vida do paciente, com aumento nos índices de cura”, aponta. Entre os “divisores de águas” na luta contra o câncer, há exemplos diversos já em aplicação. “Temos novidades que têm se mostrado bem sucedidas nos meio médico e científico, como a imunoterapia e o tratamento com anticorpos monoclonais. O chamado CAR-T também vem conquistando grande espaço em casos de tumores hematológicos, um avanço que se mostra animador quando nos referimos a em especial a leucemias e linfomas”, completa. Carlos Gil enfatiza ainda que a produção de conhecimento na área da oncologia no Brasil e no mundo passa por uma fase de crescimento incomparável. Mas, mesmo sinalizando os próximos anos como positivos e de chegada de avanços, lembra que há desafios no tocante às aprovações necessárias para adoção dos testes moleculares e chegada de novas medicações, como também na garantia do acesso igualitário à toda sociedade. Apesar da ressalva, o médico garante que há motivos para comemorar e indica que a informação é ferramenta essencial para assegurar o protagonismo a todos, pacientes ou não, em um momento de mudanças nos paradigmas da doença. Análise genômica é palavra de ordem O avanço dos estudos envolvendo o genoma humano, código genético presente nas células e de forma única em cada indivíduo, fez com que nos últimos anos a análise dos genes se tornasse parte indispensável das áreas da medicina. Dentro delas, a oncologia vem se beneficiando tanto na precisão diagnóstica, quanto na eficácia do tratamento – ambas proporcionadas por essas avaliações. Segundo Carlos Gil, exames que ajudam a detectar o perfil molecular de tumores como de pulmão, intestino e próstata têm se mostrado importantes aliados no controle da condição. “Esse tipo de teste proporciona maior precisão e melhor qualidade no diagnóstico, o que é fundamental para uma definição precisa do tratamento. Isso porque, apenas conhecendo com precisão as células malignas o profissional de saúde conseguirá especificar o melhor tratamento para aquele caso”, comenta. Neste cenário de amplos avanços científicos, ele menciona, ainda, a patologia digital, por unir inteligência artificial, big data e conhecimento médico altamente especializado para gerar análises ainda mais precisas para um diagnóstico assertivo. “A transformação digital e implementação de ferramentas de inteligência computacional vêm se mostrando altamente efetivas na redução do tempo de detecção de casos e indicação de melhores linhas de cuidado a serem adotadas para cada paciente”, destaca. Individualização e imunoterapia O conhecimento cada vez maior de como as células cancerígenas funcionam em cada tipo de organismo foi o avanço necessário para implementar outros tratamentos que têm revolucionado a oncologia. O principal deles é a imunoterapia, citada no Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2018. Esse tipo de tratamento biológico tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico do indivíduo para combater o câncer. “A prática terapêutica vem apresentando resultados muito significativos para diversos tumores, especialmente mama, pulmão, colo de útero, endométrio, melanoma e cânceres de cabeça e pescoço”, diz o oncologista. As terapias-alvo também se mostram cada vez mais eficazes e são boa notícia para os próximos anos. “Os testes com esses medicamentos têm mostrado resultados excelentes, principalmente para tumores de mama e de ovário”, frisa. O tratamento é feito com substâncias que foram desenvolvidas para identificar e atacar características específicas das células cancerígenas, bloqueando o crescimento do tumor e permitindo que o organismo do paciente recupere as condições para derrotá-lo. Anticorpos monoclonais: menos toxicidade e maior efetividade As terapias conjugadas de quimioterapia com anticorpos, também vem ganhando considerável espaço na oncologia. Nesses casos, a combinação leva a quimioterapia diretamente para a célula cancerígena, focando o tratamento apenas nela, o que diminui a toxicidade para o organismo, ao mesmo tempo que aumenta a efetividade do tratamento. É importante, contudo, frisar que para alcançar bons resultados com essas terapias, um fator é primordial: conhecer profundamente o tipo de câncer e as características de cada paciente e cada célula, para atingir a doença com mais precisão. “É preciso estar equipado com tecnologia que identifique as alterações genéticas com detalhes. Não são muitos locais que oferecem esse tipo de tratamento”, afirma Carlos Gil. Alternativa de sucesso para tumores sanguíneos Uma nova opção de tratamento para os tipos de câncer que afetam

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É preciso ter cuidados com os dentes no verão

*Por Andrea Brito Os dias com temperatura mais altas costumam impactar diretamente nos nossos hábitos alimentares e sociais . É comum termos mais vontade de consumir líquidos refrescantes, gelados e que tendem também a serem mais ácidos e prejudicais aos nossos dentes. Estudos mostram que o consumo excessivo do ácido cítrico (aquele que está presente no limão , laranja e abacaxi por exemplo) favorece a um fenômeno chamado de biocorrosão dental devido ao seu baixíssimo pH e, Alem disso enaltecem que quando associados a bebidas alcoólicas esse efeito é ainda pior . O consumo de bebida alcoólica é outro fator que merece cautela pois impacta negativamente na nossa saúde em geral, mas quando falamos da cavidade bucal e dos nossos dentes em particular, podemos ter sérios problemas devido a modificação da nossa saliva que fica mais ácida e a boca mais seca, levando desde desgastes microscópicos até muito severos devido a quelação do cálcio que está presente em abundância no esmalte dos nossos dentes que funciona como um escudo protetor . O primeiros sinal dessa corrosão do esmalte dental, é a hipersensibilidade (aquela dorzinha aguda quando se consome algo mais gelado), evoluindo para o desgaste visível dos dentes o que pode causar cáries, erosão e perdas muito severas que podem levar até a necessidade de tratamento do canal pulpar devido a morte do nervo dental. A acidez de bebidas como a Vodka associada ao limão e açúcar , o gin associado aos energéticos , o vinho branco ou tinto e os licores cítricos são os mais preocupantes pois são muito ácidos e a grande maioria ainda traz o açúcar como complemento que é extremamente cariogênico. Os espumantes também podem prejudicar os dentes, devido às bolhas de dióxido de carbono. *Dra Andrea Brito é dentista, especializada em odontologia estética e harmonização orofacial , professora e Phd em odontologia (Foto: Nicoli Mazzarolo)

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IMIP realiza 1º transplante de medula óssea não aparentado e amplia chances de cura de paciente

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) realizou, com sucesso, seu primeiro transplante de medula óssea (TMO) não aparentado. O procedimento ampliará as chances de cura da paciente Cilene Maria da Silva, de 43 anos, diagnosticada com síndrome mielodisplásica (SMD), uma patologia pré-cancerosa que pode evoluir para uma leucemia. O procedimento da paciente foi realizado no dia 30 de dezembro de 2022. Ela recebeu alta do IMIP no dia 17 de janeiro de 2023, após boa resposta ao transplante. O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento que consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. O IMIP realiza, desde 2014, o procedimento, mas, antes, só entre pessoas aparentadas. “O IMIP foi credenciado para realizar o transplante de medula óssea entre não aparentados no final de 2019, porém, com a pandemia da Covid-19, não conseguimos implantar o início do programa. Em 2022, com a diminuição do número de casos de Covid e com as vacinas, conseguimos organizar e iniciar o programa”, explica a hematologista e coordenadora médica do Transplante de Medula Óssea do IMIP, Mariana Coutinho. O transplante não aparentado é aquele em que não há nenhum grau de parentesco entre o doador e o receptor. Nesse caso, o doador é selecionado a partir da busca feita no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea no Brasil (REDOME) ou internacional, caso não seja encontrado um doador em território nacional. Segundo a médica do IMIP, a paciente necessita de transfusões de sangue frequentes. “Dona Cilene, em particular, sofria com anemia intensa, células de defesa baixas e plaquetas baixas. Ela dependia de transfusões de sangue regularmente e não respondeu ao tratamento com a medicação. O transplante vai melhorar muito a qualidade de vida da paciente, que não vai mais precisar transfundir, reduzirá o número de infecções e internamentos”, destaca a médica. Cilene é moradora da cidade de Agrestina, a mais de 150 km do Recife. Ela precisava se deslocar para a capital pernambucana com frequência para realizar transfusões. Agora, a realidade será outra. Ela comemora o resultado. “Eu ficava muito cansada. Depois do transplante, eu nasci de novo, mudou tudo na minha vida. Eu agradeço a Deus e a pessoa que doou para mim. Espero que deus a abençoe todos os dias”, conta.

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Dia da Gula

Dia da Gula: você sabe a diferença entre fome e compulsão alimentar?

O dia 26 de janeiro é o Dia da Gula. E, apesar das brincadeiras com a gula e a vontade de comer sem parar e em todas as horas, compulsão alimentar é coisa séria! Você sabe a diferença entre a compulsão alimentar e a fome? Essa pode parecer uma pergunta simples, mas é comum as pessoas confundirem os sintomas. De acordo com a nutricionista e docente do curso de Nutrição da Wyden, Joseane Almeida Santos Nobre, existem fatores externos que podem desencadear a compulsão alimentar. O transtorno de compulsão alimentar pode atingir qualquer pessoa e de diferentes faixas etárias. “Algumas causas que podem levar a compulsão alimentar são o estresse, os hábitos de vida não saudáveis e as questões genéticas”, explica a docente. Ainda segundo a nutricionista, a compulsão alimentar não deve ser confundida com outros transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. “Compulsão não é comer um pouquinho a mais no final do ano, compulsão alimentar é um quadro de transtorno alimentar, com alterações psicológicas recorrentes, ou seja, é algo que acontece com frequência. A pessoa consome grande quantidade de comida, mesmo sem sentir fome e, assim que termina de comer, começa a desenvolver um sentimento de culpa”, afirma. A nutricionista alerta para alguns comportamentos e sintomas da compulsão alimentar. “Muitas vezes existe um alimento gatilho, que a pessoa acredita que ao consumi-lo já irá começar a comer descontroladamente”. Hábitos de comer muito rápido ou comer escondido de outras pessoas também podem ser sinais de compulsão alimentar. “Ao longo da vida, a pessoa vai desenvolvendo todos esses sintomas até chegar num ponto em que ela não consegue mais parar”, observa a nutricionista.  Diante de qualquer um dos sintomas, é imprescindível procurar por um profissional especializado para o diagnóstico, ou seja, o psicólogo e o próprio nutricionista.

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olhar crianca

Oftalmopediatra indica cuidados com a saúde ocular infantil nas férias

Nas férias escolares, quando as crianças têm mais tempo para brincar dentro e fora de casa, é necessário que os pais tenham atenção redobrada com a saúde ocular infantil. Além do acompanhamento de rotina com o oftalmologista, nesse período, deve-se evitar situações ou fatores que coloquem em risco os olhos das crianças. A oftalmopediatra Ana Carolina Valença Collier, do Instituto de Olhos do Recife – IOR, destaca algumas medidas que podem prevenir acidentes e garantir uma boa saúde ocular dos filhos:  Marque uma consulta de rotina com o(a) oftalmopediatra de sua confiança O primeiro passo é aproveitar as férias para verificar se a visão das crianças está em perfeitas condições. Afinal, erros de refração como miopia, astigmatismo e hipermetropia ainda são a principal causa de deficiência visual na idade escolar no Brasil. O Ministério da Saúde aponta que são cerca de 13 milhões de pessoas, entre 5 e 15 anos, com erros refracionais não corrigidos, o que interfere em seu desempenho na escola. “As férias oferecem uma boa oportunidade para fazer um check up completo da visão. Mesmo se a criança não tiver queixa, a revisão anual é indispensável, pois algumas doenças oculares são imperceptíveis no dia a dia e só são descobertas na visita ao oftalmolopediatra”, orienta Ana Carolina. Defina regras para o uso de eletroeletrônicos Ficar exposto durante muitas horas em frente ao computador, tablet, televisão ou celular pode ser muito prejudicial à visão infantil. O uso exagerado desses dispositivos pode fazer com que a criança desenvolva diversos incômodos. “É importante que os pais estipulem um limite de horas no uso desses aparelhos, pois luz azul e a secura dos olhos são muito ruins para a saúde ocular da criança e podem contribuir para que ela desenvolva a Síndrome do Olho Seco ou outras doenças”, alerta a oftalmopediatra. Observe o comportamento das crianças Apertar os olhos para enxergar melhor, aproximar o rosto demais das telas, trocar letras, se queixar de dor de cabeça ou tontura, ficar sonolenta, coçar os olhos ou lacrimejar podem ser sinais de que a criança tem algum problema na vista. Falta de paralelismo, desvio, fotofobia, dor nos olhos, pupilas borradas ou brilhosas nas fotografias também podem indicar doenças oculares. Segundo a doutora Ana Carolina, se os pais perceberem algum desses comportamentos ou sintomas devem procurar o oftalmopediatra o quanto antes. Monitore e oriente brincadeiras; evite o uso de objetos pontiagudos É recomendado evitar brinquedos com peças pontiagudas ou jogos que demandem muita força ou violência na direção dos olhos. “Muitos pais chegam na emergência ou no consultório desesperados por conta de algum acidente com objetos estranhos, pontiagudos ou por brincadeiras violentas que atingiram os olhos dos filhos. Por isso, é essencial explicar bem às crianças o que pode ocorrer com a visão nessas situações perigosas. Afinal, elas são muito curiosas e ativas, correspondendo aos responsáveis orientá-las”, aconselha a doutora Ana Carolina. Armazene fora do alcance das crianças produtos nocivos para os olhos Não é novidade que alguns itens de limpeza e outros líquidos podem ser perigosos para a saúde, em geral, e para a saúde ocular infantil, em particular. As crianças não podem ter acesso a esses produtos, pois uma vez nas mãos o caminho para os olhos é imediato. “Os pais devem guardar esse material fora da vista e do alcance das crianças, se mantendo sempre vigilantes para evitar acidentes, já que na infância os olhos ainda estão em formação e produtos como esses podem causar danos irreversíveis”, alerta a oftalmopediatra.

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Conjuntivite tem maior incidência no verão, saiba como se prevenir

Oftalmologista alerta para alta nos casos da doença e quais seus principais sintomas A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a parte branca do olho, e sua maior incidência é durante o verão. Neste período, as chances de contrair a doença aumentam devido a maior aglomeração de pessoas. Além disso, as temperaturas quentes favorecem a multiplicação dos vírus ou bactérias que causam a doença. Mas com alguns cuidados é possível prevenir a conjuntivite. “A primeira forma de prevenção é evitar tocar ou coçar os olhos, e sempre que precisar fazê-lo, higienizar as mãos antes e depois”, explica o oftalmologista credenciado ao Cartão Saúde São Gabriel, Dr. Felipe Patriota. Além disso, sempre que notar sintomas da conjuntivite, deve-se procurar o médico oftalmologista, para que ele possa identificar se a causa é viral ou bacteriana, e prescrever o tratamento adequado. “Os principais sinais são olhos vermelhos (hiperemia), presença de secreção e inchaço, coceira no olho e sensação de areia ou objeto estranho no olho”, alerta o médico.

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jarbas opas saude

“A dependência de importação de produtos para a saúde é um problema a ser enfrentado”

Jarbas Barbosa, médico pernambucano eleito para dirigir a Organização Pan-Americana da Saúde, fala dos seus planos à frente da instituição, diz que atuará para ampliar o acesso das populações a vacinas e tratamentos e conta como a vivência em Pernambuco influenciou sua trajetória profissional.

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30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos a cada ano

Durante o mês de conscientização, é fundamental ir além do câncer do colo do útero e abordar também outros tumores que atingem o aparelho reprodutor feminino; Oncologista comenta como identificar, prevenir e tratar Ao longo do mês, a campanha Janeiro Verde vem para alertar sobre a prevenção e conscientização do câncer do colo do útero, o terceiro tipo de câncer que mais afeta as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). E a data no calendário deve ser também uma oportunidade para ampliar a conscientização sobre outros tipos de tumores ginecológicos, entre eles os de corpo do útero (endométrio) e ovário. Juntos, os cânceres que afetam o sistema reprodutor feminino correspondem a mais de 30 mil novos diagnósticos todos os anos e ainda esbarram na falta de conhecimento sobre prevenção e formas de detecção precoce, essenciais para frear as taxas de letalidade pela doença. O Inca aponta que para 2023 são esperados 17.010 novos casos de câncer de colo de útero, mais comum em mulheres consideradas jovens, na faixa dos 35 a 44 anos. Já os tumores ovarianos e de corpo uterino se tornam mais prevalentes naquelas acima de 50 anos e são responsáveis por mais de 6.500 novos diagnósticos a cada ano, respectivamente. A oncologista Angélica Nogueira, do Grupo Oncoclínicas, alerta a importância da vacina contra HPV, um fator importante e que não pode ser deixado de lado. “Mais de 90% dos casos do câncer do colo do útero estão ligados ao HPV. Infelizmente, apenas um terço das meninas são vacinadas no Brasil e isso pode impactar diretamente no problema. Isso poderia reduzir em até 95% as chances de desenvolvimento da neoplasia”. Desde 2014, a vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde no Brasil e está disponível atualmente para todas as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. “A imunização pode ajudar não só a prevenir o câncer do colo do útero, como também o de vulva, vagina e ânus nas mulheres e de pênis nos homens”. Além disso, vale lembrar que a vacina também é indicada para pacientes com câncer, HIV e transplantados (até os 45 anos nas mulheres e 26 anos nos homens). “O câncer do colo do útero ainda é, infelizmente, considerado um problema mundial de saúde. Nos países em que há uma alta taxa de infecção pelo HPV, a neoplasia possui uma maior repercussão. Apesar de na grande maioria dos casos as mulheres terem a infecção resolvida por volta de seus 30 anos, ainda existe a probabilidade de o vírus evoluir para o câncer do colo do útero”, comenta a oncologista. Como identificar tumores ginecológicos Considerado grave e silencioso, em 75% dos casos o câncer ginecológico é descoberto em estágio avançado. Contudo, alguns sintomas podem indicar que algo está errado com o corpo, por isso, fique de olho se houver: ● Sangramento vaginal anormal ● Febre que persiste por mais de 7 dias ● Inchaço abdominal ● Gases ● Dor pélvica ou pressão abaixo do umbigo ● Dor de estômago ● Alterações intestinais ● Mamas sensíveis, com secreção, nódulos, inchaço ou vermelhidão ● Fadiga ● Vulva e vagina com feridas, alteração da cor ou bolhas ● Perda de peso sem motivo (10kg ou mais) Quanto ao rastreamento dos cânceres ginecológicos, Angélica Nogueira comenta que o Papanicolau é uma maneira de identificar as lesões pré-malignas antecipadamente. “Ele pode ajudar a diagnosticar precocemente o câncer do colo do útero e evitar que o tumor seja encontrado em estágios mais avançados, prejudicando o tratamento e deixando-o mais complexo”. Já nos casos de câncer de ovário e endométrio, ainda não existem bons exames de rastreamento precoce. Em casos como esse, o médico pode solicitar exames clínicos ginecológicos, laboratoriais e também de imagem que ajudam a identificar a presença de ascite ou acúmulo de líquidos, além da extensão da doença em mulheres com suspeita de disseminação intra-abdominal. Contudo, se houver suspeita de câncer de ovário, por exemplo, é necessária uma avaliação cirúrgica. Além disso, o raio-x ou tomografia computadorizada do tórax pode auxiliar na análise de derrame pleural, metástases pulmonares ou ainda quaisquer outras alterações. Fatores de risco ● Câncer do colo do útero: HPV, ter tido cinco ou mais partos, HIV, tabagismo e constante troca de parceiros ● Câncer de ovário: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos ou que possuam histórico da doença na família. ● Câncer de endométrio: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos, idade acima dos 50 anos, obesidade, diabetes, ou que realizaram terapia de reposição hormonal de maneira inadequada após a menopausa. Prevenção De acordo com a oncologista do Grupo Oncoclínicas, no caso do câncer do colo do útero, a prevenção deve ser realizada através do Papanicolau (a partir dos 25 anos), sendo repetido uma vez por ano por três vezes e, se não houverem alterações, uma vez a cada três anos após esse período, vacinação contra o HPV e uso de preservativos durante a relação sexual. “No caso dos cânceres de útero e endométrio, por não existirem exames específicos de rastreamento, é fundamental praticar regularmente exercícios físicos, manter uma dieta equilibrada e, caso seja indicado pelo especialista, o uso da pílula anticoncepcional”, comenta a especialista. Tratamento O tratamento adequado irá depender do estadiamento das neoplasias e também se existem metástases. “Podem ser recomendadas radioterapia, cirurgia, quimioterapia, braquiterapia, ou ainda a combinação de dois ou mais tratamentos”. “Não podemos esquecer que quando falamos de prevenção e tratamento, é muito importante buscar por fontes de informação seguras. Na internet, por exemplo, existem diversos boatos que podem impactar de maneira negativa na saúde da população. Por isso, sempre tire as principais dúvidas com um especialista e confirme quaisquer informações recebidas pelas redes sociais antes de compartilhar ou iniciar tratamentos milagrosos. Isso pode trazer consequências graves para os pacientes oncológicos e até mesmo dificultar e agravar o quadro de saúde”, finaliza Angélica Nogueira.

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Cerca de 30% dos pacientes de doença crônica desenvolvem anemia

A anemia decorrente de doenças crônicas é considerada uma anemia multifatorial. O diagnóstico não é tão simples e, geralmente, é feito por exclusão. Como doenças crônicas consideram-se infecções, doenças autoimunes, doença renal e câncer. A anemia da doença crônica é a segunda mais comum no mundo. “Grande parte dos doentes que se internam nos hospitais desenvolvem o problema devido à própria condição da doença crônica. Então ela não é a doença primária e sim secundária. É uma consequência de processos infecciosos”, explica o hematologista Aderson Araújo, da Multihemo Oncoclínicas. Diagnóstico – Os achados clínicos na anemia por doença crônica costumam ser os da doença subjacente (infecção, inflamação, câncer). Se houver suspeita, é preciso dosar o ferro sérico, a transferrina, a ferritina e eritropoetina (proteínas produzidas pelo fígado). Aderson explica que 30% dos pacientes com câncer vão desenvolver anemia, devido, principalmente, aos tratamentos como Quimioterapia e Radioterapia. “O câncer e outras doenças inflamatórias estimulam a produção de uma substância chamada interleucina, proteínas produzidas por leucócitos, que acabam interferindo na absorção de ferro e outros nutrientes; e na “hiper produção” da hepcidina (hormônio que regula a absorção de ferro do alimento e por medicação oral). Dessa forma, a anemia nesses pacientes precisa ser tratada, para que eles consigam responder ao tratamento de forma eficaz”, afirma. Tratamento – O tratamento é igual ao da doença subjacente e, na maioria das vezes, não há necessidade de transfusão. “Às vezes pode ser necessária uma suplementação de ferro e/ou estímulo com eritropoetina recombinante humana”, explica Aderson.

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ALIMENTACAO VERAO

Saiba como cuidar da sua alimentação no verão

Segundo nutricionista, é importante reforçar o consumo de água e priorizar o consumo de alimentos frescos Com a chegada do verão, junto com férias, recesso e comemorações de final de ano, muitas pessoas aproveitam a época para viajar às praias, campos e clubes. Porém, para curtir a estação mais quente do ano sem riscos à saúde, adultos, jovens e crianças não devem se descuidar da alimentação. Para manter a hidratação do corpo, é preciso reforçar o consumo de alimentos naturais e evitar ultraprocessados. De acordo com o especialista em Nutrição e Metabolismo do Esporte e professor do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Crístenes Melo, é importante manter uma dieta balanceada. “O verão é período de férias para uma boa parte da população, por isso é mais comum a ingestão de alimentos de baixa qualidade nutricional, aqueles que são bastante calóricos e com poucos nutrientes, devido a praticidade. É recomendado manter uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes, verduras e cereais. Não deixar os bons hábitos de lado, e se permitindo ao longo do dia consumir algo fora do cotidiano sem o peso na consciência. E reforçar o consumo de água”. Com o calor, também é preciso redobrar os cuidados com os tipos de alimentos consumidos. Durante o verão são registrados em média um aumento de 20% no número de atendimentos em prontos-socorros e hospitais do Brasil devido a intoxicações alimentares e ingestão de alimentos mal armazenados e estragados, que causam vômitos, diarreia, desidratação, mal-estar, entre outros malefícios. Por isso, é preciso ter atenção nos estabelecimentos quando for consumir algum alimento. O especialista aconselha evitar quiosques sem infraestrutura e de higiene duvidosa. “É aconselhável evitar consumir em lugares que não tenham infraestrutura adequada, pois possuem alto potencial de contaminação, em virtude do armazenamento inadequado dos alimentos e molhos. Além disso, não temos como saber se o alimento se encontra dentro do prazo de validade”, alerta Crístenes Melo. Já no caso das crianças, em que os pais possuem uma certa dificuldade para inserir alimentos saudáveis nesses ambientes, o ideal é negociar um limite diário para o consumo de alimentos calóricos, ricos em gordura e açúcar. O nutricionista complementa que, da mesma forma da alimentação dos adultos, é importante priorizar o consumo de frutas com alto teor de água, legumes, verduras e cereais, sem pular nenhuma refeição ou substituir as refeições principais por lanches.

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