Arquivos Algomais Saúde - Página 98 De 168 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Obesidade e varizes: relação e fatores de risco

Em tempos de cuidados cada vez mais minuciosos com a saúde, desleixar do peso vem na contramão da busca por uma vida cada vez mais saudável. Em um país onde a obesidade cresce a cada ano - pesquisa do Ministério da Saúde aponta que o número de obesos no Brasil aumentou 67,8% entre 2006 e 2018 – investir em medidas preventivas e estar em dia com os exames se torna essencial. É sabido que a obesidade é fator de risco para muitas doenças e pode, inclusive, afetar a saúde das pernas. A cirurgiã vascular Flávia Souza explica que pessoas com sobrepeso têm maior chance de desenvolver varizes devido à quantidade de volume sanguíneo na veia, o que prejudica a circulação. “Não é a obesidade que causa as varizes. O excesso de peso contribui para a dilatação dos vasos sanguíneos. Uma pessoa obesa possui mais gordura entre os órgãos, causando uma pressão interna sobre as veias pelas quais o sangue retorna ao coração. O sangue não consegue fazer o caminho de volta como deveria e parte dele fica retido na veia da perna, ocasionando a dilatação e formação das varizes”, explica. Flávia alerta ainda sobre uma outra complicação que pode ocorrer entre obesos: trombose em decorrência do mau bombeamento do sangue para o corpo, gerando doenças ligadas ao sistema vascular. A trombose venosa, por definição, é a presença de um coágulo dentro de uma veia. Pode ser superficial, no subcutâneo ou profunda, quando a veia acometida está no meio dos músculos das pernas ou dentro da barriga. Estima-se que cerca de 180.000 novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano. A formação deste coágulo dentro da veia ocorre por alguns fatores como lesão endotelial - da parede interna da veia -, dificuldade do sangue circular e, o aumento da viscosidade sanguínea, que é o sangue mais grosso. A cirurgiã complementa ainda que quem já tem predisposição genética para varizes desde cedo, precisa manter o peso equilibrado e ser acompanhado pelo angiologista, já que com o passar do tempo, a idade e o sobrepeso expõem essas pessoas a maior incidência do problema. Algumas dicas práticas, no entanto, podem evitar ou contornar o ganho de peso excessivo. Embora pareça óbvio, o controle da alimentação é fundamental; dormir bem, pois a falta do sono altera o metabolismo causando a sensação de fome. Quem dorme pouco também fica mais cansado, afastando as pessoas do exercício físico; e evitar o sedentarismo: manter-se ativo, seja praticando esportes, indo à academia ou adotar medidas simples como caminhar, nadar, correr e andar de bicicleta. SERVIÇO: Clínica Flávia Souza Fonseca Avenida Rui Barbosa, 715, sala 203 – Graças (81) 3082.3079 | 3105.9555 | 98161.9555

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Número de casos do novo coronavírus chega a 13 no Brasil

O número de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) chegou a 13 no país. Há ainda 768 casos suspeitos e outros 189 foram descartados pelas autoridades de saúde. O boletim foi divulgado pelo Ministério da Saúde hoje (6), em Brasília. O resultado marca um aumento e cinco pacientes infectados pelo vírus desde o último balanço, divulgado ontem (5). Um dos novos casos foi registrado na Bahia. Uma mulher de 34 anos, residente da cidade de Lauro de Freitas, que teve o diagnóstico depois de viagem pela Itália, onde passou pelas cidades de Milão e Roma. Embora esteja assintomática, ela se encontra isolada em casa, sob observação das autoridades de saúde. Os outros quatro novos casos foram identificados em São Paulo, totalizando dez pacientes com o vírus no estado. Completam a lista um no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo. No Distrito Federal um teste acusou a infecção, mas a secretaria de saúde ainda aguarda a contraprova. (Da Agência Brasil)

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Câncer de mama dificulta reinserção de mulheres no mercado de trabalho

O dia 8 de março é marcado pela reinvindicação feminina para melhores condições de trabalho e mesmo após 44 anos da oficialização da data, o cenário ainda está desfavorável. Pela questão de gênero, muitas mulheres perdem oportunidades, sofrem com a desigualdade salarial ou não conquistam postos de liderança. Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que as mulheres são o grupo que menos conseguem empregos, mesmo sendo o maior grupo em idade ativa para trabalhar. Ao fazer o recorte dessa realidade no que se refere a mulheres com câncer, é possível notar que as taxas de sobrevivência têm crescido, mas pouco se fala sobre a qualidade de vida dessas mulheres. Um estudo recente liderado pela oncologista Luciana Landeiro, do Grupo Oncoclínicas, revelou que mulheres com diagnóstico de câncer de mama, mesmo aquelas que já enfrentaram a doença, têm menos chances no mercado de trabalho. A argumentação "Retorno ao trabalho após o diagnóstico do câncer de mama: Estudo prospectivo observacional no Brasil" é resultado da tese de doutorado da médica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e foi publicada na Revista Câncer, publicação cientifica norte-americana e uma das principais revistas internacionais na área de oncologia. A pesquisa foi realizada em mulheres com idade entre 18 e 57 anos que foram entrevistadas por telefone com 6, 12 e 24 meses após o diagnóstico de câncer de mama. Antes do diagnóstico, 81% das pacientes tinham emprego em tempo integral e 59,5% relataram que eram as principais responsáveis pela renda familiar. A maioria das pacientes (94%) gostava de sua atividade de trabalho e recebeu apoio de seu empregador (73%) depois da identificação da doença. No entanto, apenas 29,1% de mulheres relataram ter sido oferecido algum tipo de ajuste no seu trabalho, condição importante para lidar com os efeitos adversos do tratamento. "As mulheres que receberam ajustes na função por parte de seus empregadores tiveram 37 vezes mais chances de retornar ao trabalho", diz a médica. Aproximadamente 80% das pacientes tinham baixa renda familiar (com menos de quatro salários mínimo/mês por família). Aos seis meses após o diagnóstico de câncer de mama, a taxa de retorno ao trabalho foi de 21,5%. Um ano após o diagnóstico, essa taxa ficou em 30,3% e após dois anos do diagnóstico da doença a taxa registrada foi de 60,4%. Segundo a Dra. Luciana, as taxas de retorno foram menores que as registradas em pesquisas realizadas na América do Norte e na Europa. Pacientes submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica completa da mama), que foram diagnosticadas com depressão após o câncer ou que experimentaram dor retornaram significativamente menos para suas atividades de trabalho. A pesquisa também revelou que a chance de retornar ao trabalho foi nove vezes menor entre as mulheres tratadas com terapia endócrina. O estudo também concluiu que as mulheres que recebiam dois ou mais salários mínimos tinham 17 vezes mais chance de retornar ao trabalho do que as que ganhavam menos. As mulheres que se submeteram à cirurgia conservadora (que retira o tumor e preserva a maior parte possível da mama) também apresentaram vantagens em comparação às que foram submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica da mama). A chance de reinserção no mercado de trabalho foi nove vezes maior para elas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 66 mil mulheres são diagnosticadas com câncer anualmente, por isso é preciso desenvolver estratégias com foco na assistência e reabilitação para a volta ao trabalho, assim como estimular o mercado a dar oportunidades às pacientes oncológicas. "Após o tratamento, as pacientes precisam retomar sua vida normal. O retorno ao trabalho faz parte do retorno à normalidade, contudo esse tema é pouco visitado e discutido. Acredito que a criação de programas de inclusão no mercado de trabalho para pacientes oncológicos poderia ser uma das formas de melhorarmos o número de pacientes que retornam às suas atividades laborais após o câncer", afirma a Dra. Luciana Landeiro.

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Ansiedade, hiperconectividade e sobrevivência

A ansiedade é o estado de expectativa diante da possibilidade de que algo aconteça. Um animal está tranquilo e de repente um silêncio, um cheiro ou um barulho ocorre e a ansiedade aparece. Ela o prepara para três saídas possíveis: imobilidade (congelamento), luta ou fuga. Se o perigo desaparece porque o animal não foi descoberto ou foi bem-sucedido fugindo e\ou lutando, rapidamente a tranquilidade retorna. A ansiedade para os animais gregários como homens, cavalos, vacas e cães tem característica contagiosa, um membro do grupo pode tornar um grupo todo ansioso, preparado para lutar ou fugir, e passada a ameaça, o grupo tranquilizado acalma os indivíduos. O excesso de ansiedade ou a permanência da ansiedade por períodos maiores não é comum na natureza. As exceções são as temporadas de acasalamento, as grandes mudanças ambientais e as situações impostas pelos homens, como o confinamento. Com o desenvolvimento da linguagem e os avanços cognitivos, os humanos ganharam uma grande autonomia diante do ambiente “aqui e agora”, os pensamentos passaram a colocar o sujeito em relação a eventos que podem retroceder a seu próprio nascimento e exceder a própria expectativa de vida. A ansiedade passou a ter possibilidades infinitas de acionamento, o que não quer dizer que ela tenha passado a ser aleatória. O que se perdeu foi a possibilidade de detectar rápida e inequivocamente o que está gerando o estado de alerta. Não somente o identificar gatilho, como: falar em público, viajar de avião ou a chegada da noite. A clínica nos mostra que um mero medo infantil de um zumbi pode ter como cenário interno questões existenciais sobre a inevitabilidade da morte, as incertezas sobre a vida após a morte, bem como a insegurança sobre a própria vida e sobre a vida dos irmãos e pais. As crises de ansiedade adulta repetem as temáticas infantis e acrescentam a elas questões como as do poema de Drummond: você marcha, José! José, para onde? Superar as grandes crises de ansiedade exige mitigar os sintomas, aprender a lidar com os gatilhos e enfrentar os autoquestionamentos sobre o modo de ser e estar no mundo. Simplesmente tocar em frente com os sintomas mitigados costuma ser uma tentativa vã. O mundo contemporâneo trouxe um acréscimo geral de ansiedade com a urbanização, competitividade, trânsito e excitação de todos estímulos. Todavia nos últimos anos os sinais de aumento de ansiedade aumentaram muito e os efeitos passaram a ser também notados nas dificuldades com o sono e o sexo. Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de 40% da população brasileira tem dificuldades com o sono. Os dados sobre atividades sexuais são mais difíceis de obter ou estimar, mas alguns sinais advindos da clínica chamam a atenção: jovens de menos de 30 anos que nunca tiveram uma relação sexual sem a ajuda de drogas contra impotência; aumento de número de pessoas que somente obtém prazer sexual por meio de meios virtuais, casais sem sexo por períodos enormes e a reclamação frequente da “falta de tempo” para as relações sexuais. A principal suspeita pelo aumento de ansiedade recai sobre o uso maciço da tecnologia digital, especialmente da experiência de conexão nas redes sociais virtuais. Os programas em rede têm sido a principal forma escolhida para a comunicação no mundo contemporâneo, trazendo uma abertura fantástica de informações, possibilidades múltiplas de contato e de expressão pessoal. O muito bom das redes sociais se transforma em ansiedade de uma maneira sutil, passa da possibilidade de mostrar uma boa imagem de si, para o desejo de mostrar a melhor imagem possível e daí para a obrigação de mostrar a imagem ideal de si. Então a ameaça pode surgir de qualquer celulite, de qualquer mecha de cabelo fora de lugar e de qualquer comentário mal-humorado mesmo que seja de um “hater” desconhecido. A possibilidade de acessar novas informações e análises relevantes sobre elas se transforma na necessidade de acompanhar o que outras pessoas estão comentando e daí para a necessidade de ficar atualizado diante de um universo de novas informações relevantes e irrelevantes. A ameaça de estar “por fora” é atualizada a cada segundo. Poder mostrar o que está fazendo, compartilhando com os amigos, pode se transformar na necessidade de mostrar o que está fazendo na obrigação de ser lembrado e amado sempre. Qualquer demora nas curtidas podendo ser angustiante e remeter ao medo de ser irrelevante e desaparecer. Conforme afirma o célebre biólogo chileno Humberto Maturana mudamos escolhendo o que manter em nossa vida. O crescente desconforto com qualquer restrição ao acesso à tecnologia, em especial à comunicação em rede, revela quanto já nos adaptamos a essa forma de viver. Fanáticos pelas telas de todo tamanho teremos que lidar com o desafio do aumento de ansiedade em frentes diversas: cultivando formas pessoais de autocuidado; pesquisando e construindo mecanismos de ação pública de cuidado e, especialmente, tentando proteger as novas gerações de uma exposição tecnológica além do que as próprias crianças e adolescentes consigam suportar emocionalmente. *Paulo Fernando Pereira de Souza, psicanalista filiado ao Círculo Psicanalítico de Pernambuco, especialista em terapia de casal e família, mestre em psicologia social pela PUC/SP.

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Torção de tornozelo pode causar danos para a vida toda

Quem nunca sofreu uma torção no tornozelo? É estimado que a cada 25 anos de vida, uma pessoa percorra o equivalente a uma volta ao mundo a pé. Sendo assim, a chance de pisar em falso em uma caminhada não é pequena. Na prática esportiva, então, a entorse, como também é chamado, é muito comum e considerada o motivo mais frequente para atendimentos emergenciais. A maioria das pessoas considera a torção um problema sem consequências e logo volta às atividades normais, mas o fato é que a entorse do tornozelo pode ser uma lesão grave e deixar sintomas para o resto da vida, como explica o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Dr. José Antônio Veiga Sanhudo. “Estima-se que pelo menos 10% dessas lesões evoluam com sequelas, especialmente quando o tratamento é negligenciado”, ressalta. O tornozelo é a base do corpo e, ao torcê-lo, o ideal é passar por consulta com um especialista para uma avaliação correta da gravidade da lesão. “O médico vai avaliar a necessidade de exames complementares, como radiografias, para descartar fraturas e, eventualmente, ressonância nuclear magnética para quantificar a extensão da lesão ligamentar, a possiblidade de lesão tendinosa e/ou de cartilagem associadas”, explica Dr. Sanhudo. Graus da torção Quando uma entorse de tornozelo acontece, um ou mais ligamentos no lado interno ou externo (mais comumente) sofreram estiramento, ruptura parcial ou ruptura total. A gravidade da lesão varia de acordo com o grau de ruptura das estruturas ligamentares e é classificado de I a III. Grau I – leve (distensão): ligeiro estiramento dos ligamentos, com formação de edema e presença de dor. Grau II – moderado: ruptura parcial dos ligamentos e instabilidade da articulação, com presença de edema e rigidez na movimentação. Dor de intensidade moderada. Grau III – grave: ruptura total dos ligamentos e muita instabilidade no pé, com grande dificuldade para manter-se em pé e dor intensa. “A entorse do tornozelo compreende graus variados de lesão ligamentar, que via de regra cicatrizam bem, mas que se não imobilizadas e supervisionadas por um especialista, muitas vezes cicatrizam alongadas, sem a tensão adequada, o que, na maioria das vezes, provoca instabilidade articular, com perda da segurança, falseios e entorses de repetição”, fala o presidente da ABTPé. Dependendo do grau de instabilidade e sintomas residuais, uma cirurgia para reparo ligamentar pode ser necessária. A causa mais comum desse desfecho é o tratamento inadequado. “Muitas entorses são tratadas sem orientação médica adequada e o indivíduo acha que ficou curado até notar que o seu tornozelo não é mais o mesmo”, salienta o especialista. “O tratamento da lesão, que outrora envolvia longos períodos com bota gessada, hoje é, na maioria das vezes, realizado de forma funcional com imobilizações elásticas que bloqueiam alguns movimentos, mas permitem a deambulação com uso de calçados regulares”, conclui Dr. Sanhudo. A duração do tratamento é de 6 a 12 semanas, habitualmente e, quase sempre, envolve uma fase inicial de imobilização funcional – como explicado pelo especialista, seguida de reabilitação.

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Sequenciamento identifica genomas diferentes nos dois casos brasileiros de coronavírus

Karina Toledo – O genoma do coronavírus (COVID-19) isolado no segundo paciente brasileiro diagnosticado com a doença no sábado, 29 de fevereiro, é diferente do encontrado no primeiro caso, confirmado em 26 de fevereiro. “O primeiro isolado se mostrou geneticamente mais parecido com o vírus sequenciado na Alemanha. Já este segundo genoma assemelha-se mais ao sequenciado na Inglaterra. E ambos são diferentes das sequências chinesas. Tal fato sugere que a epidemia de coronavírus está ficando madura na Europa, ou seja, já está ocorrendo transmissão interna nos países europeus. Para uma análise mais precisa, porém, precisamos dos dados da Itália, que ainda não foram sequenciados”, disse Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de São Paulo (USP), à Agência FAPESP. O sequenciamento completo do segundo isolado viral foi concluído em apenas 24 horas por pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz e da USP. Os dados do estudo, apoiado pela FAPESP, devem ser divulgados em breve. Após a publicação da primeira sequência brasileira do COVID-19 no site Virological.org, no dia 28 de fevereiro, pesquisadores italianos entraram em contato com a equipe da USP para solicitar o compartilhamento dos protocolos usados. Os isolados virais dos dois pacientes brasileiros diagnosticados com COVID-19 foram sequenciados por um grupo coordenado por Claudio Tavares Sacchi, responsável pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz (LEIAL), e Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP. O trabalho tem sido conduzido com apoio do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE) – uma rede de pesquisadores dedicada a responder e analisar dados de epidemias em tempo real, coordenada por Sabino e Nuno Faria, da Universidade de Oxford, no Reino Unido. O projeto, cujo foco principal é o estudo de arboviroses, como dengue e zika, tem apoio da FAPESP, do Medical Research Council e do Fundo Newton (os dois últimos do Reino Unido). “Nosso objetivo inicial era treinar a equipe do Adolfo Lutz e implementar a tecnologia necessária para o monitoramento em tempo real da epidemia de dengue em curso no Brasil. Quando foram divulgados os casos de coronavírus na China, em janeiro, começamos a nos preparar para também monitorar em tempo real essa nova doença”, contou Sabino. O grupo faz uso de um equipamento portátil conhecido como MinION, usado pela primeira vez no país em 2016 para traçar retrospectivamente a disseminação e a evolução do vírus zika nas Américas (leia mais em http://agencia.fapesp.br/25356/). “Essa agilidade só está sendo possível agora graças ao financiamento contínuo que nosso grupo no IMT-USP recebeu desde 2016. Os protocolos para sequenciamento foram desenvolvidos por uma aluna durante estágio de pesquisa em Birmingham [Reino Unido]. Conseguimos baixar o custo do teste molecular de US$ 500 [R$ 2,2 mil] para US$ 20 [R$ 89]. É um ganho tecnológico enorme para o país”, disse Sabino. Segundo a pesquisadora, a principal vantagem do monitoramento em tempo real de uma epidemia é a possibilidade de identificar de onde exatamente veio o vírus que chegou ao país. Tal informação pode orientar ações de contenção e ajudar a reduzir a disseminação da doença. “É uma nova ferramenta para vigilância epidemiológica, que por enquanto só foi testada na África, durante a epidemia de ebola”, disse Sabino. “Queremos divulgar logo esta segunda sequência para ajudar o pessoal da Itália a analisar seus dados. Compartilhamos com os italianos o protocolo usado por nossa equipe e os colocamos em contato com o grupo do CADDE na Inglaterra.” De acordo com Sacchi, enquanto forem confirmados apenas casos esporádicos de COVID-19 em São Paulo, todos os genomas serão sequenciados. Caso os testes positivos comecem a se multiplicar em larga escala, o trabalho passará a ser orientado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde, que também integra o Projeto CADDE. “Nesse caso o sequenciamento passará a ser feito por amostragem e com base em métodos estatísticos, de modo a garantir que os casos amostrados sejam representativos do total”, explicou o pesquisador do Adolfo Lutz. Caso seja possível sequenciar um grande número de isolados virais, diversos tipos de análise poderão ser feitos no futuro, como a evolução do vírus e a identificação de cepas de pior evolução clínica, por exemplo. Por  Agência FAPESP

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Confirmado o terceiro caso do novo coronavírus no País

O Ministério da Saúde e as secretarias de saúde de São Paulo (estadual e municipal) confirmam o terceiro caso importado do novo coronavírus no Brasil. Trata-se de um homem colombiano que mora em São Paulo de 46 anos. Também está em investigação outro possível caso de coronavírus na capital paulista. Exames de contraprova estão sendo realizados para confirmar a amostra do possível caso. Casos confirmados anteriormente 1ª Caso: Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve na região da Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ao retornar da viagem, na última sexta-feira (21), o paciente apresentou os sinais e sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza). 2º Caso: O paciente, um homem de 32 anos, esteve na Itália e chegou ao Brasil na quinta-feira (27). Ele chegou acompanhado da mulher de Milão, na região da Lombardia. Ainda no voo usou máscara e a acompanhante não apresenta sintomas da doença. O paciente foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein na sexta-feira (28). Durante o atendimento, o viajante relatou febre, tosse, dor de garganta, dor muscular e dor de cabeça. O quadro clínico foi considerado leve e estável. (Da Agência Brasil)

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Alimentação pobre em nutrientes pode causar problemas à visão

Alimentos como cenoura, laranja ou salmão não são indicados apenas a quem pretende manter uma boa forma, mas também fazem bem aos olhos. Muita gente não faz ideia, mas um cardápio saudável influencia também na saúde da visão. Recentemente um adolescente britânico, de 17 anos, sofreu uma perda irreparável na visão por causa de sua alimentação restritiva, à base de pão branco e batatas fritas, que provocou desnutrição aguda. O caso foi comentado na revista Annals of Internal Medicine. Os exames clínicos demonstraram que ele apresentava déficits sérios de vitaminas e danos no nervo óptico provocado pela ausência de nutrientes encontrados em uma alimentação regrada. Se mantivesse uma dieta saudável, com opções ricas em vitaminas, certamente esse adolescente inglês poderia continuar enxergando normalmente até hoje. Essa é uma prova de que uma dieta balanceada é fundamental para evitar problemas na visão. Segundo a oftalmologista e retinóloga do IOR (Instituto de Olhos do Recife), Luciana Valença, algumas vitaminas devem ser priorizadas nas refeições para que o organismo tenha um bom funcionamento e a saúde dos olhos seja preservada. “Devemos consumir produtos ricos em ômega 3, luteína e betacaroteno. Os peixes, por exemplo, proporcionam ômega-3 e ômega-6, além de minerais e vitaminas A, B6, B12, C, D, E. As espécies que fazem bem à saúde ocular e protegem a retina são o salmão, atum, truta, anchovas e cavala”, orienta a médica. . Fabiana Gonçalves, oftalmologista do Hospital Santa Luzia, destaca outros alimentos que ajudam na saúde dos olhos. “Os principais são aqueles ricos em antioxidantes (vitamina A, C e E), em luteína e ômega-3. A vitamina A e o betacaroteno estão presentes na cenoura, abóbora, mamão, batata doce; a vitamina E pode ser encontrada em castanhas e nozes; já a vitamina C, em frutas cítricas, como a laranja”, elucidou. Você pode estar se perguntando como os alimentos atuam para o benefício da visão. A oftalmologista Fabiana explica: “As vitaminas A, C e E são consideradas antioxidantes, combatem os radicais livres, sendo importantes para bom funcionamento da transmissão da visão", detalhou. “Alguns estudos também demonstram benefício desses nutrientes para retardar a formação de catarata. A vitamina A, em especial, é componente de uma proteína chamada rodopsina, que é importante na absorção da luz pela retina, auxiliando principalmente na visão noturna”, aprofundou a médica. Deve-se ficar longe dos pratos gordurosos e ricos em açúcar, verdadeiros inimigos da visão. “Além de fazerem mal à saúde, prejudicam diretamente os olhos. É necessário evitar comer esse tipo de alimento e não se deve exagerar na ingestão de carne vermelha”, advertiu Luciana Valença. Uma alimentação desregrada também contribui para o surgimento ou para o avanço de algumas patologias na visão. “Há estudos que comprovam que muitos pacientes com degeneração macular relacionada à idade (DMRI) apresentam níveis de vitamina D e E abaixo do recomendado”, revela Luciana. Essa doença é caracterizada por uma lesão no fundo do olho, e segundo Fábio Casanova, oftalmologista do Memorial Oftalmo, também é mais frequente e mais precoce em pessoas com muita exposição ao sol e que apresentam pré-disposição genética. “A soma desses três fatores predispõe ao surgimento da DMRI, e ela é a principal causa de baixa de visão acima de 60 anos, muitas vezes irreversível”, esclarece o especialista, salientando que a prevenção é feita usando óculos escuros e com uma boa ingestão de vitaminas ao longo da vida”, concluiu. A catarata é outra doença que também pode ser combatida ou retardada com o consumo de vitaminas e óculos escuros. Ela é caracterizada pela perda de transparência do cristalino, lente natural cuja função é propiciar o foco da visão em diferentes distâncias. “Na minha tese de doutorado, estudei a proteção da vitamina C com a progressão da catarata. Observei que pacientes com uma concentração maior desse nutriente no humor aquoso (líquido transparente que banha as estruturas do olho e tem a função de nutri-lo) apresentavam uma catarata mais leve, mais tardia ou simplesmente não tinham a doença”, justificou. “Comparando pacientes da mesma faixa etária, dependendo da alimentação, eles apresentavam uma catarata mais leve. E comparando cataratas iguais, aqueles pacientes que tinham uma concentração maior de vitaminas C, apresentavam a doença naquela mesma intensidade, só que mais tardiamente”, esclareceu o especialista. JUNKIE FOOD Os adeptos da junkie food, aqueles alimentos com alto teor calórico, mas com níveis reduzidos de nutrientes, precisam ficar atentos também aos problemas na visão, alerta a médica Fabiana Gonçalves. “O problema da junkie food está nos excessos, pois podem causar alterações nas taxas de colesterol, triglicerídeos e glicose, que, por sua vez, podem gerar dislipidemias (aumento do colesterol e triglicerídeos) e diabetes”, destacou. “A diabetes pode gerar alterações na retina, chamada de retinopatia diabética, e as dislipidemias são fatores de risco para obstruções nos vasos da retina, chamada de oclusões vasculares retinianas”, explicou. “Além disso, esses alimentos costumam ter altos níveis de sal e sódio, que são fatores de risco para hipertensão arterial, o qual também é um predisponente para oclusão vascular”, enumerou a especialista. Mas, como diz o ditado popular: tudo o que é demais é sobra. Fábio Casanova, reitera a importância das vitaminas, mas defende uma moderação. “Como tudo na vida, os excessos também podem trazer complicações em hipovitaminoses e hipervitaminoses. Então o excesso de vitamina C pode causar, por exemplo, o acúmulo de cálculo nos rins. Já a deficiência dessa vitamina causa o escorbuto”, pondera. Por isso que, além de se consultar com um oftalmologista, pessoas acometidas por essas patologias na visão também devem receber orientações de um especialista para adotar uma dieta. “Independentemente do estágio da doença, é indispensável rever o cardápio com o auxílio de um nutricionista e endocrinologista para controlar a glicemia, o colesterol e triglicerídeos”, alerta Luciana Valença. *Por Yuri Euzébio, da Revista Algomais (redacao@algomais.com)

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Técnica do Inseto Estéril reduziu 25% dos focos do Aedes aegypti em bairro do Recife

A utilização da Técnica do Inseto Estéril (TIE) reduziu em 25% os focos do Aedes aegypti no bairro Brasília Teimosa. Na ação, realizada em dezembro do ano passado, foram liberados 350 mil mosquitos. A técnica é uma ação pioneira no Brasil e reconhecida ao redor do mundo pela eficiência na erradicação e controle de vários insetos. O método consiste em aplicar, em laboratório, uma pequena dose de radiação ionizante no mosquito macho em fase de desenvolvimento. Em seguida, o mosquito fica estéril e é liberado no meio ambiente. O Secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, explica que a técnica é uma estratégia de controle de natalidade, pois as fêmeas do mosquito, são responsáveis pela transmissão da dengue, zika e chikungunya, recebem espermatozoides que não são capazes de reproduzir. “A experiência tem mostrado que com a liberação desses mosquitos no ambiente, com o passar de semanas e meses, a população global deles [mosquitos] diminui”, afirma. Os machos do Aedes aegypti soltos foram reproduzidos na biofábrica da Moscamed, em Juazeiro, na Bahia, levados para receber radiação no laboratório do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O próximo bairro a receber os mosquitos será o Mangabeira, na Zona Norte da capital. Jailson conta que a ação de liberação e recaptura serve para entender melhor o comportamento de voo e a colocação de ovos desses vetores. “Recife, hoje, quer se tornar um epicentro das ações. Nós temos buscado associações e parcerias visando que a cidade, região e seus cidadãos contribuam para o encontro de soluções que tenham impacto aqui, na região e até no país.” A Técnica do Inseto Estéril foi desenvolvido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e é acompanhado de perto por agências da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com dados da Secretaria de Saúde, até a segunda semana de janeiro deste ano, Recife já registrou 17 casos de dengue e 6 de chikungunya. No ano passado, foram mais de 6 mil casos de dengue, mil de chikungunya e 210 de Zika. Na tentativa de controlar a proliferação dos mosquitos, a cidade conta com 700 Agentes de saúde que atuam nas ações de controle em todos os bairros. Na capital, a ouvidoria municipal está disponível no 0800 281 1520 para todos os moradores que desejam tirar dúvidas, fazer denúncias ou até solicitar visita dos agentes de endemias. E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada Brasil.  

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Mito ou Verdade: Cenoura ajuda a bronzear a pele?

Segundo a dermatologista Patrícia Guimarães, do Real Hospital Português, alimentos como a cenoura, a manga e a beterraba possuem betacaroteno, uma substância natural, responsável pela pigmentação de muitos legumes, frutas e verduras. Mas, o consumo de cenoura – e de outras hortícolas e frutas com cor laranja – pode contribuir para que a pele fique mais dourada/alaranjada. “No entanto, isso não significa que se está realmente mais bronzeado, pois para isso acontecer teria que haver uma maior produção de uma substância chamada melanina. E a este nível, a cenoura não tem nenhum efeito”, explica. “O efeito é apenas ‘cosmético’, uma vez que não estimula a produção da melanina, essa sim responsável pelo tom bronzeado da pele”, adverte a dermatologista. Mito!

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