Aumenta em 46,7% o número de cirurgias bariátricas no Brasil - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Aumenta em 46,7% o número de cirurgias bariátricas no Brasil

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Um dos reflexos do crescimento da obesidade no Brasil é a busca - cada vez maior – por tratamentos para redução de peso. Neste cenário, o número de cirurgias bariátricas realizadas entre os anos de 2012 e 2017 aumentou 46,7%.

De acordo com a mais recente pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) foram realizados 105.642 mil cirurgias no ano de 2017 no país, ou seja,  5,6% a mais do que em 2016, quando 100 mil pessoas fizeram o procedimento no setor privado.

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E os números são crescentes: em 2015 foram realizadas 93,5 mil cirurgias; em 2014, o número foi de 88 mil procedimentos; em 2013, 80 mil cirurgias e, em 2012, 72 mil cirurgias.

Para a pesquisa foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares e Datasus.

 

Cirurgia pelo SUS

Pelo SUS o número de cirurgias bariátricas disparou. Entre os anos de 2008 e 2017, o número de cirurgias bariátricas cresceu 215%. O crescimento anual médio é de 13,5%.

“Em 2017 muitos brasileiros deixaram de ter planos de saúde, o que levou ao aumento da procura pelo Sistema Único de Saúde, principalmente nos estados do Paraná, com 47%; São Paulo, com 20,2%, Minas Gerais, 8.7% e Espírito Santo 6,8%”, conta o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Caetano Marchesini.

Segundo ele, estes são os estados que mais realizam cirurgias bariátricas pelo SUS. “Juntos, eles fazem mais de 82% das cirurgias bariátricas pelo SUS no país”, informa Marchesini.

 

População elegível no Brasil

A pesquisa realizada pela SBCBM também apontou que a população elegível a cirurgia bariátrica no Brasil é de 4,9 milhões de pessoas. Pessoas com diabetes mellitus Tipo 2 (DM2), com Índice de Massa Corporal entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2, e ausência de resposta ao tratamento clínico podem ter indicação para a cirurgia bariátrica. Já os pacientes com IMC maior que 35, com doenças associadas a obesidade ou acima de 40, considerada obesidade mórbida – também são elegíveis a cirurgia bariátrica.

Para que se tenha ideia, em São Paulo 1.078 milhão de pessoas são elegíveis para fazer uma cirurgia bariátrica como forma de tratar a obesidade mórbida e doenças associadas. No Rio de Janeiro o número é de 448 mil pessoas, no Rio Grande do Sul são 295 mil.

A população elegível no Brasil por estado

 

No nordeste, Pernambuco é o estado com maior número de pessoas elegíveis a realizar a cirurgia bariátrica, totalizando 315 mil. O segundo estado em número de pessoas aptas a operar é a Bahia, com 283 mil pessoas, seguida do Ceará com 196 mil pessoas, Alagoas  com 106 mil pessoas , Paraíba 87 mil pessoas, Rio Grande do Norte 82 mil pessoas e Sergipe com 65 mil pessoas.

A cirurgia realizada imediatamente após sua indicação contribui para a cura ou remissão de diversas doenças associadas à obesidade como, por exemplo, a hipertensão, problemas nas articulações, coluna e diabetes tipo2.

Apenas no Brasil são gastos anualmente cerca de R$500 milhões pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar pacientes diagnosticados com Diabetes tipo 2 e doenças associadas, conforme estudo da Universidade de Brasília (UNB) e Ministério da Saúde.

Obesidade no Brasil dispara

De acordo com o presidente da  Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Caetano Marchesini a obesidade é uma realidade para 18,9% dos brasileiros.

“Já o sobrepeso atinge mais da metade da população (54%). Entre os jovens, a obesidade aumentou 110% entre 2007 e 2017. Esse índice foi quase o dobro da média nas demais faixas etárias (60%)”, destaca o presidente da SBCBM, Caetano Marchesini.

No mesmo período, o sobrepeso foi ampliado em 26,8%. Esse movimento foi maior também entre os mais jovens (56%), seguidos pelas faixas de 25 a 34 anos (33%), 35 a 44 anos (25%) e 65 anos ou mais (14%).

Os dados foram divulgados no último dia 18 de junho e integram a mais recente Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde.

Marchesini lembra que a o excesso de peso tornou-se a doença adquirida que mais preocupa os pesquisadores no mundo, se tornando uma questão de saúde pública.

“O Brasil é considerado o segundo país do mundo em número de cirurgias bariátricas realizadas e as mulheres representam 76% dos pacientes”, reforça Caetano Marchesini.

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