Revista Algomais – 124
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A doença celíaca é um distúrbio inflamatório crônico do intestino delgado que afeta 1% da população mundial. Estima-se que no Brasil exista um celíaco para cada 400 indivíduos. Essa doença é causada pela intolerância ao glúten, que é uma proteína que está presente na cevada que se produz as cervejas. Durante um tempo, os amantes da cervejas, quando diagnosticados positivamente com a intolerância tinham de deixar de tomá-las (infelizmente). Mas hoje no mercado existem boas opções de cervejas 100% Glúten Free e de excelente qualidade. Alguns rótulos muito interessantes tanto nacionais quanto importados dão um leque de variados estilos para a que as pessoas portadoras da intolerância possam usufruí-las sem causar mal a sua saúde. A cervejaria brasileira Lake Side (RS) tornou-se especialista nesse tipo de bebida através de um processo exclusivo da própria fábrica, fazendo assim a quebra da proteína no glúten. A cervejaria espanhola Estrela da Galícia também produz cervejas com essas características. Da brasileira Lake Side três ótimas indicações. A sua Lager é uma cerveja vendida em garrafa de 600ml , com uma graduação de 4,5%Vol, leve, consistente e de muito agradável sabor e muito refrescante. Tem boa presença de malte e um amargor sutil. Outra que chama a atenção é a Malzebier (300ml), com os mesmos 4,5% da Lager. Do mesmo fabricante, esta cerveja tem uma bonita espuma, levemente doce, com maltes torrados, caramelo e com um final de chocolate, excelente para quem quer fazer uma harmonização com doces, tipo: um chessecake, um torta de nozes ou até mesmo um mousse de chocolate. Já para quem gosta de uma cerveja com um amargor mais intenso, a APA (American Pale Ale) preserva as características desse estilo, possui acentuado aroma de lúpulo (usando o sistema dry hopping), coloração alaranjada, aromas cítricos e leve caramelo. A graduação é um pouco maior, com seus 5,2%Vol, em garrafas de 300ml. E pra finalizar a Espanhola Daura Damm, da Estrela da Galícia. É um cerveja clara, muito agradável, de leve amargor e com uma graduação maior que as citadas acima, 5,4%Vol. Excelentes rótulos para os amantes da cerveja em geral e principalmente aos celíacos, que podem tomar uma sua “santa” cerveja, sem lhe causar dano a saúde! Um brinde! *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas
Cerveja para celíacos (Por Rivaldo Neto) Read More »
Recebi algumas mensagens de leitores que queriam mais esclarecimentos sobre os mais diversos tipos de cerveja, para assim entendê-las e causar o desejo de degustá-las. Na coluna anterior fiz uma indicação de uma IPA, bastante lupulada e com amargor intenso. Mas o que seria uma IPA? O que fazem no universo das cervejas ela ser assim chamada? E quais são suas variações? Vamos tirar as dúvidas que surgiram. O termo IPA, quer dizer Indian Pale Ale. Este estilo de cerveja é originalmente inglês, foi criada durante a colonização da India e era servida aos oficiais britânicos. Como demandava meses o tempo da travessia da Europa para o continente asiático, essa cerveja era carregada com doses extras de lúpulo, que funciona como conservante, e também curiosamente, tem um leve efeito antibiótico. Fora esses fatores, tanto a aromatização, quanto o sabor estão diretamente ligados a essa planta. Na verdade a IPA é uma variação das cervejas denominadas ALE, que são cervejas de alta fermentação. Ou seja, cervejas mais encorpadas e com características marcantes. Geralmente possuem uma cor âmbar, que pode variar dependendo do insumo inserido no processo de produção. Sendo a cerveja IPA uma variação das ALE (cervejas de alta fermentação), as IPAS também têm suas variações das quais citarei algumas das mais populares. As English IPA Um inglês chamado George Hodgson criou este estilo no século XVIII. O lúpulo também é característico desta cerveja, que quando é prontamente servida o aroma é logo sentido. A cor pode variar do ambâr dourado ao cobre, outro detalhe é que a espuma é pouco persistente. Ex: Fullers London Pride. As American IPA Mais amarga que o estilo inglês, possui um diferencial devido aos insumos americanos, no caso o lúpulo que são mais perfumados, mais cítricos e florais. Ex: Colorado Indica. As Imperial IPA É mais recente que as inglesas e as americanas. É a que possui o maior amargor dentre todas elas e foi criada para uma fatia de consumidores que apreciam este estilo. A graduação é outro diferencial, pois pode chegar a 10%, uma cerveja essencialmente forte. Ex: BrewDog Hardcore IPA. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas.
As cervejas IPAS e suas variações (Por Rivaldo Neto) Read More »
A Burgman é uma cervejaria da cidade de Sorocaba-SP, vem se destacando na produção de cervejas artesanais e já dispõe de interessantes estilos, com muito equilíbrio e destaque no sabor. Há 10 anos no mercado, a cervejaria tem uma produção mensal de aproximadamente 100 mil litros/mês. Sempre em processo de inovação e lançando novos rótulos, a Burgman usa na sua produção, maltes e lúpulos importados, insumos que fazem toda a diferença para os apreciadores de plantão. Para os amantes de uma cerveja que agregue frescor e amargor marcante, mas sem ser agressivo, uma excelente pedida é a Ipa Hop. Vendida em garrafas de 600ml, possui uma graduação de 6%vol, tendo uma tonalidade amarelo escura, sendo um pouco turva, pois não é filtrada, para receber o dry-hopping, contendo boas porções de lúpulo Cascade. Explicando melhor, o dry-hopping é um processo que faz com que a cerveja fique mais “potente”, é um método essencialmente inglês, que se popularizou nos EUA, que consiste em colocar o lúpulo durante o processo de fermentação, o que também intensifica a aromatização da bebida. Deve ser servida em copos estilo “Pints” ou caldereta. Esse tipo de cerveja pode ser harmonizado com um simples caldinho de feijão, ou queijos como o Gouda, roquefort ou Brie. Ou também com comida mexicana, pois a sua refrescância, dá um toque ideal para contrabalancear com sabores, digamos, mais intensos. Essa cerveja tem um preço que varia de R$ 22,00 a R$ 28,00, sendo facilmente encontrada nos estabelecimentos que comercializam cervejas artesanais, ou bares que tenha uma boa carta da bebida. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas
Uma IPA Hop com personalidade (Por Rivaldo Neto) Read More »
Há dez anos os engarrafamentos no Recife não eram tão quilométricos e nas cidades do interior quase não existiam. O Facebook apenas começava a sua escalada para conquistar mais de 1 bilhão de usuários, porque a moda na época era o Orkut. E os celulares? Eram simples telefones que enviavam e recebiam torpedos. Nada parecido com a conectividade viciante dos smartphones. A classe média recifense não se atrevia a andar de bicicleta pelo Recife Antigo, nem abria mão de ter empregada doméstica. De lá para cá, muita coisa mudou e foi nesse período de transições que surgiu a Algomais. Trazemos a seguir reportagens que mostram o impacto dessas mudanças na vida dos pernambucanos. Contamos, ainda, com o auxílio luxuoso de articulistas de peso que analisam as transformações ocorridas na economia, literatura, futebol, tecnologia, educação e no interior. Para começar, saiba como Algomais retratou a década. As páginas da Revista Algomais registraram uma década intensa em Pernambuco. Desde sua primeira capa, em março de 2006, foram mostrados os grandes momentos da economia pulsante e emergente do Estado, que assistiu seu auge entre os anos de 2007 e 2012, aos debates sobre a cidade e a difícil tarefa do Recife em se tornar a metrópole sustentável e amada por seus moradores. São 10 anos de viva transformação no comportamento social, político e econômico do pernambucano, e como a revista de Pernambuco, a Algomais refletiu em suas 120 edições histórias de sucesso, memórias do passado, proposições de como os desafios do presente e do futuro podem ser enfrentados. Por falar em futuro, foi na Algomais de julho de 2012 (edição 76) que foi iniciado o debate sobre o Recife do Futuro, como a capital deverá chegar aos 500 anos, no ano de 2037. Um trabalho começado em abril daquele ano, em parceria com o Observatório do Recife, que debateu “O Recife que Precisamos”, a partir do qual leitores, assim como uma ampla parcela da sociedade, foram mobilizados na descoberta de alternativas viáveis para o futuro da cidade. O resultado desses debates gerou uma publicação inspiradora que continua dando frutos, como o projeto Recife 500 Anos, tocado pela Agência Recife para Inovação e Estratégia (A.R.I.E.S), uma Organização Social, incubada no Porto Digital, e mantida pela Prefeitura do Recife para, entre outras coisas, construir o plano estratégico de longo prazo para a cidade. O primeiro de toda a sua história. História que trouxe de 1954 a memória da passagem por Pernambuco do padre dominicano Louis-Joseph Lebret, do movimento economia e humanismo. O relatório apresentado nessa visita, realizada a convite da Comissão de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Codepe, hoje Instituto de Planejamento de Pernambuco), pode-se dizer que foi o primeiro planejamento de longo prazo realizado no Estado. O Complexo Portuário de Suape, assim como o estaleiro e até uma refinaria de petróleo foram sugeridas naquele material. Algo que se concretizou mais de 50 anos depois. Este resgate a Algomais fez na edição 37, de abril de 2009. Produzida pelo jornalista José Neves Cabral, a reportagem foi finalista no Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo. TECNOLOGIA. A revolução da tecnologia e a importância do Recife como polo de desenvolvimento no setor foi matéria de capa já na edição 20, em novembro de 2007, quando o Porto Digital foi eleito pela primeira vez o melhor parque tecnológico do Brasil. De lá pra cá, o parque foi reconhecido outras duas vezes, 2011 e 2015, e chega ao 15 anos, completados recentemente, como uma promessa sendo cumprida no desenvolvimento dos serviços avançados como um segmento econômico importante para o Estado. O interior de Pernambuco sempre foi pauta na Algomais. Na edição número 2, de abril de 2006, o jornalista Eduardo Ferreira trazia como tendência o Polo de Confecções de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama. Caruaru, a capital do Agreste, foi capa da revista já na edição 4, em junho de 2006, onde já se destacava o potencial para o comércio e a cultura da cidade. No ano passado, a edição 111 trouxe uma matéria especial sobre o avanço da interiorização do ensino superior. A reportagem Educação acelera desenvolvimento, assinada pelo jornalista Rafael Dantas, chegou a final do Prêmio Estácio de Jornalismo. CULTURA – Mas não foram só reflexões sobre a economia. “Cultura, por exemplo, sempre foi um ponto forte da publicação. Pernambuco é um Estado riquíssimo culturalmente e nunca deixamos de dar atenção a todos os aspectos deste segmento”, comenta Sérgio Moury Fernandes, diretor executivo da SMF-TGI, editora da Revista Algomais. Já na edição de número 2, em abril de 2006, o crescimento do cinema pernambucano foi tema. Em matéria assinada pelo jornalista Alexandre Figueirôa foi apresentado o mapeamento da cadeia produtiva do cinema em Pernambuco, realizado pelo Sebrae, ainda durante a euforia da exibição do filme Cinemas, Aspirinas e Urubus, dirigido por Marcelo Gomes, no Festival de Cannes, na França. Dez anos depois, neste mês de março, o Festival de Toulouse, também na França, prepara uma mostra exclusiva com curtas-metragens de Pernambuco, além de promover retrospectiva de longas-metragens do cineasta Marcelo Gomes. O frevo, símbolo maior da música pernambucana, foi por diversas vezes tema na Algomais. A capa da edição 11, em Janeiro de 2007, trouxe um verdadeiro especial com registro dos blocos, compositores e espaços dedicados ao ritmo e observava a importância do seu reconhecimento como patrimônio cultural da humanidade. Apenas na edição 81, em dezembro de 2012, foi possível registrar que aos 105 anos o frevo havia, finalmente, sido reconhecido pela Unesco e ganhava seu lugar como patrimônio cultural imemorial da humanidade. Na edição do mês passado, voltamos a falar do tema com a opinião de músicos e especialistas sobre os caminhos para o ritmo atravessar as fronteiras do calendário de Momo. Durante todos esses anos, a Algomais publicou edições especiais, como o Anuário Socioeconômico de Pernambuco 2010 e 2011, que identificou os cenários geográfico, econômico, cultural e histórico das 12 microrregiões de Pernambuco – incluindo o Arquipélago de Fernando de Noronha. A Algomais Bairros, que em três oportunidades, entre os anos de 2011 e 2014,
Revista registrou uma década intensa em Pernambuco Read More »