Claudia Santos - Página: 119 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Claudia Santos

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Evento de moda e decoração no Paço Alfândega

  Paço Alfândega recebe evento de decoração e moda neste final de semana Design, moda, artes plásticas e muita música. O Shopping Alfândega recebe neste final de semana (9, 10 e 11 de dezembro) a quinta edição do Espaço Bora!. Com a proposta de estimular microempresas e artesãos, o evento se tornou um marco do setor de economia criativa em Pernambuco ao longo dos últimos anos. Pela proximidade do Natal, o Espaço Bora! será uma ótima oportunidade para quem deseja comprar os presentes de final de ano, com um toque todo especial. São mais de 40 marcas, com produtos que vão desde camisas, bolsas e acessórios, até quadros, objetos de decoração e perfumaria autoral. Entre as marcas participantes da 5ª edição do Espaço Bora! estão Okira, Zezé estúdio, Loja Oush!, Desalinho, Gigolé, Casa 87, Fattoria, Ofusca, Lixiki, Coelho da lua, entre outras. Segundo os organizadores do evento, Juliana Souto e Eduardo Amorim, existe toda uma preocupação no estímulo ao empreendedorismo local. "Procuramos reunir nomes que representem bem o cenário da economia criativa em Pernambuco, aproximando artistas e público. São pessoas que encontram nesses eventos a oportunidade de aparecer para o público e divulgar seus trabalhos", explica Juliana Souto. O Espaço Bora! já movimentou mais de R$230 mil, sempre voltado para o estímulo a artesãos, pequenas e microempresas. Ao longo das edições anteriores, 120 marcas de design, ilustradores e artistas plásticos passaram pelo evento, estimulando o empreendedorismo e facilitando o acesso do público às peças pernambucanas. "Temos sempre essa preocupação de estimular que as pessoas comprem do microempreendedor. Isso não só ajuda a dar sustentabilidade para as marcas, como estimula que novos talentos vejam a possibilidade de expor suas obras para um público que tem valorizado, cada vez mais, as coisas feitas no estado", conta Eduardo Amorim. O evento também é um ótimo programa para quem está à procura de diversão neste final de semana. A programação musical está recheada de nomes de peso do cenário local, com Roger de Renor, DJ Koblitz, Banda Madimboo, Enio Phalanx Formation e DJ Rafoso. A entrara é gratuita. Serviço: Rooftop do Shopping Paço Alfândega Datas: 9, 10 e 11 de Dezembro Horários: Sexta (17h às 22h), Sábado (14h às 22h) e Domingo (15 às 21h) Entrada Gratuita PROGRAMAÇÃO MUSICAL Sexta - Discotecagem de Roger de Renor - DJ Koblitz Sábado - Banda Madimboo - Discotecagem Enio Phalanx Formation Domingo - DJ Rafoso

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Nos Passos de Fiszel Czeresnia (Por Paulo Caldas)

São incontáveis os livros que enfocam a trajetória do autor. Textos memorialistas familiares, autorreferentes, espécies de odisseia de uma vida bem sucedida, seja no universo dos negócios ou a narrativa de currículos vitoriosos de um magistrado ou profissionais outros, Narcisos sem espelho, que tecem arrazoados cabotinos publicados quase sempre com títulos de parca imaginação. Existe até quem prefira relatos turísticos com abordagens superficiais vistos pelos olhos da vaidade Todavia, quem tiver nas mãos “Nos passos de Fiszel Czeresnia”, vai encontrar um texto légua e meia distante desses exemplos citados. O livro, de autoria do pernambucano radicado no mundo Fernando Dourado Filho, não obstante conter narrativas de fatos vivenciados pelo autor, mostra pelo seu olhar arguto, como define a orelha assinada pelo cientista político Luiz Felipe D'Ávila, as experiências de um garoto que cumpriu temporadas de estudos na Europa e que, aos 20 anos, já visitara trinta países e falava cinco idiomas. As crônicas, narrados na perspectiva da primeira pessoa, técnica que seduz o leitor para o interior das cenas, acompanharam o amadurecimento do escritor e seu caminhar profissional por alguns dos 160 países visitados, aferindo usos, costumes, gostos e preferências, muitas dessas análises descritas em centenas de artigos sobre o tema. Fernando Dourado escreveu o que realmente vivenciou, passo a passo, até pisar nas pegadas do amigo-herói Fiszel Czeresnia, a partir de Stopnica na sofrida Polônia. Enumerar aqui os países, paisagens, fatos significativos, seria tirar do leitor o gosto de caminhar com o autor página por página, compartilhando particularidades de Angola ao Peru, do Paquistão ao Quénia, de Paris a Garanhuns, o berço, onde aceitou cumprir a saga das Letras. Do ponto de vista da estética, o livro mostra invejável riqueza vocabular, destreza no manejo das metáforas, alegorias e cuidados com as minúcias na descrição dos personagens, detalhes que passariam ao largo não fosse Fernando Dourado Filho possuidor de vastos recursos narrativos, sabedor que a literatura esconde as nuances para que o leitor sutilmente as descubra. O roteiro da obra faz das cenas espécie de estações de uma ferrovia imaginária, de paradas agradáveis, de peculiaridades exibidas naturalmente, trazendo de forma subliminar seus caracteres antroplógicos, sociológicos, de psicologia social e políticos. Cabe uma singela critica ao uso de palavras em idiomas menos conhecidos, o que aqui e ali impele prospectar dicionários. Outro pequenino reparo recai no emprego continuado de pronomes em pequenos trechos da narrativa, algo que por certo não tira o brilhantismo de uma obra bem feita, de conteúdo maduro e técnica requintada.

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Jogos digitais usados em tratamentos

Pesquisas científicas feitas com ressonância magnética, segundo a psicóloga Véronique Donard, da Universidade Católica de Pernambuco,  mostraram que o uso intensivo de games digitais pode favorecer efeitos positivos sobre o funcionamento do cérebro. “Na França são usados em psicoterapia com autistas, na reabilitação de funções cognitivas e até em pessoas com esquizofrenia”, informa Véronique. “Pessoas com Alzheimer e idosos que usam kinect (tecnologia que permite jogar com os movimentos do corpo), também se beneficiam com exercícios de equilíbrio”, acrescenta a psicóloga Nas sessões de psicoterapia os games também estão presentes. Para jogar, é preciso criar um avatar, um personagem de si mesmo. Psicólogos descobriram que o jogador, muitas vezes, projeta nessa realidade virtual um mundo em que ele gostaria de viver. “É um mundo que expressa sentimentos ou insatisfações”, resume Leopoldo Barbosa, psicólogo e professor da Faculdade Pernambucana de Saúde. A boa notícia é que a Universidade Católica está desenvolvendo um jogo para ser utilizado por psicólogos na mediação terapêutica com os pacientes. Véronique, que já trabalhava com games digitais na França, participa do projeto. “A Unicap conta com um laboratório de criação de jogos digitais aplicados à psicologia. Serão usados em deficiências cognitivas e mediação de processo clínicos. O primeiro jogo digital está sendo feito”. É a tecnologia tornando mais lúdico o tratamento.

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Tá calor? 5 cervejas pra matar a sede (por Rivaldo Neto)

Com esse forte calor que hoje está fazendo nada melhor que uma boa cerveja para que possamos matar a sede e bater um papo em uma roda de amigos. Temos por costumes tomarmos cerveja quase sempre estupidamente gelada. Com cervejas artesanais e bebidas que contém insumos de melhor qualidade, essa necessidade do “estupidamente” não é tão necessária assim. Como sabemos, uma bebida muito gelada impede de sentirmos alguns sabores que esses rótulos proporcionam. Lógico que vez por outra cai muito bem, mas se existem possibilidades mais interessantes de fazer com que seu happy-hour, praia, churrasco ou confraternização no final de ano seja regado a novas experiências. Quais tipos de cervejas podemos implementar nessa época do ano, cheia de comemorações e sol a pino? Existem alguns rótulos artesanais que podem proporcionar o mesmo frescor de uma ‘loira gelada’ só que com muito mais sabor e complexidade. Neles, a sensação de frescor vem dos aromas cítricos, baixo corpo e teor alcoólico, uma acidez mais elevada e, no caso das cervejas secas, ausência de doçura. Estilos como witbier, bohemian e german pilsener, as weiss e lambics frutadas, sessions são boas apostas. Vamos listar 5 cervejas para essa época. Uma cerveja que é uma autêntica German Pilsner é a tradicional Bitburguer. Corpo leve e com 4,8%Vol. A bebida segue rigorosamente a lei de pureza alemã onde são insumos principais água, lúpulo, malte e levedura. Ela é frutada e com um certo aroma de biscoito. Amargor leve e ideal para se comer com um bom joelho e porco ou alguma linguiça mais apimentada. Me surpreendi com a Júpiter Tânger, da cervejaria Paulistana. Tem um estilo belga, frutada, com aroma de tangerina e cominho. Cerveja extremamente interessante, uma witbeer bem leve, contendo 4,0%Vol, com uma espuma consistente e liquido na cor amarelo palha e um pouco turva. Realmente um bela cerveja! Em homenagem ao eterno Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum, Sandro gomes, filho do comediante e sócio da cervejaria Ampolis, produziu a Biritis. Uma Vienna Lager muito refrescante e ideal para dias quentes. Tem a cor viva a alaranjada, um malte delicioso, com aromas e maltes muito bem “equilibradis” e com 4,8%Vol. A cervejaria Wals produz a melhor Pilsen do mercado brasileiro. Com 5,0%Vol, bem ao estilo Bohemian Pilsener, com um gosto acentuado de malte e uma boa dose do lúpulo Saaz. Resultou em uma cerveja com muito equilíbrio fazendo jus a tradição desta cervejaria que vem ganhando cada vez mais destaque e arrebatando prêmios com toda justiça. E pra finalizar uma cerveja Sour Ale muito interessante. Não se assustem com o nome, a Way Sour Me Not Acerola é muito leve, refrescante com 3,5%Vol, leve amargor e um frutado de acerola em destaque, bem cítrica e modernamente ácida. Se o chegou o verão beba com mais qualidade sempre que possível, seu paladar agradece com toda certeza! *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Macuca do Mundo começa nesta sexta

Cidadão Instigado, JuanaFé (Chile), Siba, Karina Buhr, Eddie, Lira Coutto Orchestra, Isadora Melo e Juliano Holanda, Coco Raízes de Arcoverde e Freveribe são as atrações do Recbeat apresenta: Macuca do Mundo. O festival chega com um conceito inovador, por levar a cena musical contemporânea a um espaço rural surpreendente e a qualidade de programação com selo de garantia de um dos festivais de música mais importantes do Brasil, o Rec Beat. Para os dois dias de evento, foram escaladas pela produção sonoridades que vão da nova cumbia chilena ao tradicional coco do Sertão pernambucano. O pacote promocional para os dias 2 e 3 de dezembro, está no segundo lote com o preço único de R$ 85. Quem quiser utilizar o camping com infra-estrutura de água e luz paga mais R$ 80 por barraca, também para os dois dias . No domingo (4/12), encerramento do festival, a entrada é liberada para o público com o cortejo do Boi da Macuca com a Orquestra de Frevo do Maestro Oséas, no povoado de Poço Comprido. OFICINAS - Nos dias 3 e 4 serão realizadas para o público presente oficinas de fotografia, percussão e pintura artística, ministradas por Costa Neto, Gilú Amaral e Cris Malta, respectivamente. Além das oficinas e concertos, o Macuca do Mundo recebe o musical “Bollie holliday, a Canção”. Um monólogo dramático interpretado pela atriz Tânia Maria com dramaturgia do poeta e escritor sergipano Hunald de Alencar (in memoriam). A trama é ambientada num quarto de hospital em que se encontra a personagem Billie Holiday, diagnosticada com cirrose hepática pelo uso contínuo e descontrolado de álcool.     PROGRAMAÇÃO COMPLETA SEXTA (2/12) 20H - Peça Teatral - Billie Holiday, A Canção (SE) 21H10 - Freveberibe 22H20 - Isadora Melo + Juliano Holanda 23H40 - Karina Buhr 01H10 - Banda Eddie SÁBADO (3/12) 10H - Flash Day com Ianah Maia 13H30 - Oficina de Fotografia com Costa Neto 13H30 - Oficina de Percussão com Gilú Amaral 16H - Mesa de Poesia 18H30 - LIRA - Poesia Eletrônica 19H40 - Coutto Orchestra (SE) 21H - Coco Raízes de Arcoverde 22H20 - Cidadão Instigado (CE) 00H00 - JuanaFé (Chile) 01H20 - Siba DOMINGO (4/12) 10H - Pintura artística com Cris Malta 13H - Concentração do Boi da Macuca em Poço Comprido 15H - Saída do Cortejo do Boi da Macuca com a Orquestra de Frevo do Maestro Oséas, em Poço Comprido O MACUCA DO MUNDO É ASSIM: Nos dias 02/12 (sexta-feira) e 03/12 (sábado), o Sítio Macuca recebe shows, poesia, DJ's e oficinas. O passaporte dá acesso aos 2 dias de programação.No dia 04/12 (domingo), o festival é encerrado com o cortejo aberto ao público do Boi da Macuca no povoado de Poço Comprido.   VENDA DE INGRESSOS E MAIS INFORMAÇÕES: https://www.sympla.com.br/rec-beat-apresenta-macuca-do-mundo__90716 [1]

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Computador e celular podem afetar visão e pele

Se você costuma ficar horas diante de computador ou smartphone, não esqueça de usar filtro solar. Pode parecer uma recomendação estranha, mas especialistas afirmam que a luz desses aparelhos estimulam a liberação de radicais livres, que impulsionam a produção de melanina. Resultado: manchas na pele. Também afeta a produção de fibroblastos (células que produzem o colágeno que dá sustentação à pele). E aí pode acelerar o envelhecimento. “Mas não se deve ficar alarmado”, tranquiliza Patrícia Guimarães, dermatologista do Real Derma (Hospital Português). “A luz solar é muito mais danosa. Oito horas de exposição à luz do computador equivalem a 1 minuto e 20 segundos exposto aos raios UVA e UVB”, compara a médica. Os efeitos, portanto, são perceptíveis no longo prazo em pessoas que permanecem muito tempo usando esses equipamentos. Entretanto, é possível se prevenir com o uso de filtro solar. Mas, atenção: “deve-se utilizar os protetores físicos, a maioria dos produtos vendidos nas farmácias são filtros químicos”, adverte a dermatologista. A luz emitida por esses aparelhos também podem ser uma das causas da insônia. É fácil entender o porquê: possuímos um relógio biológico, no qual, no período de 24 horas a produção de grande parte dos hormônios aumenta e diminui de forma cíclica, condicionando o nosso corpo em aspectos como o sono e a vigília. Esse ritmo diário é regulado por estímulos, como a luz. Por isso, pessoas que usam computadores e gadgets à noite podem ter problemas para dormir. “Luz forte e branca, cientificamente é uma condição para a insônia”, explica Bernardo Cavalcanti, oftalmologista do Hope. O médico afirma também ser cada vez mais frequente adolescentes e crianças com miopia e acredita-se que seja pelo intensivo uso das novas tecnologias. “O esforço visual para a visão de perto aumentou com esses aparelhos e isso provocou uma redução da capacidade para enxergar de longe”, explica. Aumentou também as queixas de olho seco. “Ao permanecer muito tempo no computador passamos a piscar menos, reduzindo a lubrificação da lágrima na superfície do olho”, esclarece o oftalmologista. Mas, pode-se amenizar esses efeitos. Basta fazer intervalos de 10 minutos a cada 45 ou 60 minutos de uso desses aparelhos. “Recomenda-se também situar a tela do computador abaixo da linha de visão para que a maior parte da pálpebra cubra o olho e o lubrifique”, orienta o médico.

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Como a tecnologia interfere na saúde

Já pensou em usar filtro solar antes de trabalhar no computador? Ou já passou por sua cabeça que o cansaço ou a insônia que você sente podem ser motivados pelo smartphone? E que jogos online são uma ferramenta importante nas sessões de psicoterapia? Pois é, as novas tecnologias invadiram o cotidiano trazendo transformações que impactam a saúde física e mental, e também as formas de tratamento. Uma da consequências mais evidentes dessa realidade é a chamada “fadiga cognitiva”. Estudiosos como o filósifo alemão Harmut Rosa constatam que as recentes revoluções tecnológicas aceleraram o ritmo de vida. Muitos não conseguem se adaptar a essa velocidade, principalmente os migrantes digitais (que nasceram e cresceram antes da internet). E aí sentem-se cansados. “Isso nos desestabiliza bastante. Exige uma adaptação cognitiva”, analisa Véronique Donard, psicanalista, professora da Universidade Católica, membro do Grupo de Pesquisa Humanidades Digitais da Unicap. Redes sociais e-mails tornaram-se alguns dos motivadores desse cansaço. “São ferramentas que exigem uma resposta imediata. Se você não responde em pouco tempo é como se estivesse em débito. O que torna o cotidiano fatigante”, constata Leopoldo Barbosa, psicólogo da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). A fadiga também acomete o homem pós-moderno porque as novas tecnologias aceleraram sua produtividade, mas não aumentaram suas horas de ócio. Véronique exemplifica apontando que hoje um funcionário produz um relatório no computador mais rapidamente do que na época da máquina de escrever. O problema é que ele terminará o trabalho e imediatamente fará outra atividade. “Por isso as pessoas se esgotam. A tecnologia ajuda, mas a possibilidade de conceber uma ideia ou texto burocrático é de uma pessoa só”, distingue a psicóloga. Mas antes de demonizar computadores e gadgets (dispositivos portáteis como smartphones, tablets) pelos males que afetam a saúde é bom entender que a culpa não é deles.“As novas tecnologias são um instrumento para o bem viver, quem faz o mau viver somos nós”, alerta Véronique. Para a psicóloga devemos, na medida do possível, impor nosso ritmo. “Quem responde às mensagens somos nós, portanto, devemos responder no momento que considerarmos mais adequado”. Muito se tem debatido também sobre as consequências das novas tecnologias no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Barbosa acha preocupante, por exemplo, o fato da garotada se acostumar aos textos breves e sem profundidade característicos da web. “Termina deixando o cérebro moldado a ler uma quantidade menor de informações. Muitos estudantes que se depararam com textos mais aprofundados reclamam”. O psicólogo também se preocupa com a valorização que eles dão para a quantidade de curtidas que recebem no Facebook. “Eles passam a se mensurar pelo número de pessoas que curtiram seu post”. Véronique, no entanto, assegura que muitos dos males atribuídos às novas tecnologias são provenientes de dificuldades psicológicas preexistentes. O fato de a criança passar muito tempo nas redes sociais ou em jogos digitais, por exemplo, pode não configurar um problema. Mas se ela está solitária, triste, engordando, tirando notas ruins são um alerta para os pais. “Essa criança precisa ir ao psicólogo não por causa do jogo, mas pelo seu comportamento”, orienta. Não se pode esquecer que por intermédio das redes sociais, as pessoas não estão sozinhas, estão em contatos outras pessoas e muitas têm recuperado o círculo de amizades antigas. Benefícios que não se restringem à geração digital. Barbosa destaca que muitos idosos se comunicam com amigos e familiares pelo Facebook ou WhatsApp e se sentem menos solitários e mais incluídos socialmente. E para os que pensam que games são brincadeiras inconsequentes, estudos mostram as vantagens desses jogos na saúde e no comportamento. Por meio deles, aprende-se a trabalhar em equipe, porque o jogador faz parte de uma comunidade digital, e a cumprir compromissos. “Se o adolescente acordou às 4 da manhã para jogar é porque ele marcou com seu time e está aprendendo a ser pontual”, pondera Véronique.   Saiba mais: Veja como o computador pode afetar a pele e a visão Confira como jogos digitais são usados em tratamentos   Por Cláudia Santos    

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Experimente uma cerveja híbrida!

No meio dos variados estilos de cervejas onde estão as Lagers e as Ale, cervejas de baixa a alta fermentação respectivamente, existe um estilo híbrido, onde seus ingredientes e processos de produção divergem dos estilos mais tradicionais. São as cervejas que chamamos de Light Hybrid Beer, e se dividem em 4 estilos: Cream Ale, Blonde Ale, Kölsch e American Wheat / Rye Beer. A Cream Ale por exemplo é uma cerveja que nasceu nos EUA e do encontro do estilo American Pale Ale com a soma de adjuntos de cereais não maltados (milho ou arroz), além de leveduras de cervejas da grande família Lager. As Cream Ale têm, predominantemente, aquele delicioso aspecto claro e límpido, e um corpo muito leve. No geral é uma cerveja que possui um equilíbrio é verdade, mas com sabor no qual o lúpulo e o malte não são predominantes. Um exemplo é a Wexford Irish Cream Ale que contém a mesma cápsula de nitrogênio dentro da lata, com a Guiness. Cor marrom clara e 5,0%vol e possui um sabor suave de frutas com um toque sutil de lúpulo. É levemente caramelizada e com uma bela espuma consistente. Já as Blode Ale são naturais da Bélgica, e foram criadas a partir das cervejas de Abadia que são mais robustas, intensas com toques fortes dos insumos presentes na sua produção. Dessa variação criou-se este estilo, pois trata-se de uma cerveja mais clara e menos amargas. Há uma grande harmonia entre seu teor alcoólico, sua presença de lúpulo e de malte. Elas têm a cor variando do amarelo palha ao dourado, com espuma branca, densa e duradoura. A Leffe define bem esse estilo é seca e bem frutada. Bastante encorpada e cremosa, com um aroma bem sutil e um pouco doce no final, tem uma cor amarelo ouro e 7,0%Vol. Uma curiosidade é que ela foi criada em 1240 por clérigos da abadia de Leffe, a marca teve sua produção interrompida após a Revolução Francesa, até que, na década de 1950, Abbot Nys e Albert Lootvoet reativaram a receita original. A cultura alemã em relação as suas cervejas é de puro orgulho, nota-se isso claramente quando as cervejas produzidas numa referida cidade ou região dá nome a um determinado estilo. Esse é o caso da Kölsch Bier, produzida em Colônia, na Alemanha. O estilo Kölsch segue uma tradição que remonta ao século 14 e tem como principais características a coloração clara, alta carbonata ção, leveza e refrescância. A cerveja Früh Kölsch , com 4,8%Vol, tem cor dourada clara com uma espuma fina de curta duração. Aroma leve e límpido com notas adocicadas de malte tipo pão, bom lúpulo floral com um amargor médio. Carbonatação na medida certa. Uma clássica cerveja bem ao estilo. E pra finalizar temos o estilo American Wheat. Cervejas de trigo geralmente são associadas aos principais estilos como o Weizenbier ou Hefeweizen (Weiss), ambas de origem alemã, e as Witbier, produzidas na Bélgica e na Holanda. A Weizen são mais intensas com sabores de cravo e aWitbers são mais cítricas e mais leves também. Aí onde entra as Americans Wheat, estilo que surgiu nos EUA em meados da década de 1980. Digamos que é uma cerveja de trigo “reduzida”, pois não tem as fortes características das alemãs. São mais leves, claras e refrescantes e com pouca espuma. A diferença entre os dois estilos também está na origem e na quantidade de maltes e lúpulos. Enquanto as Weizen alemãs quase não levam lúpulo, as Wheat são mais amargas e utilizam maltes e lúpulos americanos em suas receitas, o que pode trazer um sabor mais cítrico e de especiarias. A excelente cervejaria americana Anchor produz uma ótima American Wheat. A Anchor Summer Ale é clara e leve. Uma autêntica cerveja de trigo ao estilo americano: filtrada para ficar mais leve e refrescante. Ela é de amargor médio, com 4,5%Vol, dourada e um boa dose de lúpulos herbais. Excelente cerveja! Então se quiser sair do comum e variar em tipos mais soltos sem regras e que flutuam entre os estilos, as Light Hybrid Beer é a sua melhor opção. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Caboclinho pode se tornar Patrimônio Cultural do Brasil

O Caboclinho pernambucano pode se tornar Patrimônio Cultura do Brasil. O pedido de registro como patrimônio e o resultado da pesquisa e documentação sobre essa manifestação cultural serão analisados pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido em Brasília, na próxima quinta-feira ( dia 24). O pedido de Registro para o Caboclinho ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi apresentado pela Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, com a anuência dos representantes e membros da comunidade desse bem cultural. A manifestação cultural dos grupos de Caboclos, ou Caboclinho – conhecida principalmente por suas atividades no Carnaval pernambucano – e datada desde o final do século 19, simboliza a memória do encontro cultural e da resistência sobretudo das populações indígenas e também dos povos africanos escravizados, que reverberam profundamente na história do Nordeste rural brasileiro. As estruturas dramáticas em sua performance artística, que reúnem elementos de dança e música, reelaboram narrativas de guerreiros e heróis, sendo capazes de conectar a vida cotidiana ao elemento mítico do caboclo brasileiro. A prática marcada por uma forte presença religiosa afro-indígena-brasileiras está ancorada principalmente no culto à Jurema, com entidades espirituais denominadas Caboclos. Os instrumentos musicais são outra singularidade da expressão cultural, sendo o Caracaxá e a Preaca, por exemplo, exclusivos dos Caboclinhos. A geografia do Caboclinho compreende uma área que vai de Pernambuco ao Rio Grande do Norte. A ocorrência dos Caboclinhos se estende pelos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, ficando como referência para proposta de Registro a Região Metropolitana de Recife e a Zona da Mata Norte de Pernambuco. Como entre tantas expressões da cultura popular, a transmissão de saberes no Caboclinho está atrelada à observação e à prática, orientada pela transmissão oral de conhecimentos dos mais antigos na manifestação para os mais jovens. A performance dos caboclinhos ocorre geralmente nas ruas com indumentária específica e sendo composta por dança e música características e singulares e, em alguns grupos, um recitativo ou drama, podendo essa estrutura variar a partir do tipo de apresentação – no desfile carnavalesco, nos ensaios, ou nos palcos e apresentações públicas. A dança, cujo movimento básico se denomina "manobra", é executada pelos participantes, que se apresentam, geralmente, em duas filas, cada um deles portando uma preaca (adereço/instrumento musical, em forma de arco e flecha), também denominado brecha ou flecha. A música apresenta uma sonoridade singular, tanto pelos instrumentos empregados – alguns exclusivos do Caboclinho – quanto pelos aspectos musicais (ritmos, melodias etc), propriamente ditos. A indumentária e os adereços dos caboclinhos são emplumados e ornamentados com muito brilho. O aspecto religioso dos Caboclinhos está muito vinculado aos fundamentos do culto da Jurema, e sua identidade associada às entidades espirituais dos "caboclos". Para a Superintendente do Iphan em Pernambuco, Renata Duarte Borba, os grupos de Caboclinhos integram um importante conjunto de formas de expressão características da Zona da Mata de Pernambuco, juntamente com o Frevo, o Maracatu Nação, o Maracatu de Baque Solto e o Cavalo-Marinho – estes já registrados como Patrimônio Cultural do Brasil. Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - Icomos, a Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus – Ibram, a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

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Síndrome de Burnout - Por Sylvia Lemos Hinrichsen

Independentemente da profissão, o estresse faz parte da vida das pessoas, em qualquer lugar do mundo, que a cada dia é mais exigente, competitivo e repleto de movimentos. As atividades profissionais/laborais não permitem, muitas vezes, que se tenha tempo de lazer, hobbies e atividades físicas. Um estudo americano da Right Management revelou que 67% das pessoas gastam mais tempo no trabalho, e que está cada vez mais difícil se desvencilhar deste, seja para pequenas pausas diárias e ou conciliar férias integrais. Isso leva às situações de angústias, estresse, desmotivação, adoecimentos e baixa qualidade de vida. No mundo atual, são grandes as cobranças de performance profissional, sejam relacionadas aos aspectos técnicos individuais, à capacidade de gerenciar crises, inteligência emocional e liderança junto às equipes. Essas situações podem estar relacionadas: 1. ao excesso de trabalho e à falta de recursos estruturais e pessoais para responder às demandas laborais; 2. às relações tensas e ou conflituosas com os companheiros/colegas/usuários/clientes, assim como políticas/valores da organização; 3. ao impedimento de gestores (stakeholders) e ou superior hierárquico para que o empregado/profissional exerça a sua atividade laboral; 4. à impossibilidade de progredir ou ascender no trabalho; e, 5. o alto nível de exigência para se aumentar a produtividade, diminuir custos e atingir metas, muitas vezes, impossíveis de serem alcançadas. Nesse contexto, surge o conceito da Síndrome do Burnout (“queimar por completo, exterior”), descrito em 1974 pelo médico americano Freudenberger, e reconhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional (Brasil, Ministério do Trabalho, 1999). Como o próprio nome já sugere, é um conjunto de sinais e sintomas relacionados a um desgaste físico e mental que afetam a vida das pessoas. Pode ter consequências desastrosas, como estados de depressão e suicídios. Estes considerados como um problema de saúde pública pela OMS (Organização Mundial de Saúde), com taxas de 11,4% de mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, estando o Brasil em oitavo lugar do mundo em número de suicídios. A Síndrome do Burnout, em geral, atinge principalmente, os profissionais que lidam direta e intensamente com pessoas e influenciam suas vidas, como no caso de profissionais das áreas de educação, assistência social, saúde, recursos humanos, bombeiros, policiais, agentes penitenciários, advogados, jornalistas, bancários, recepcionistas, gerentes, atendentes de telemarketing, motoristas de ônibus dentre outras. O  Burnout,  é, portanto, a resposta a um estado prolongado de estresse. Ocorre pela cronificação deste quando o indivíduo tenta se adaptar a uma situação claramente desconfortável no trabalho, relacionado com suas atividades profissionais, que estão desgastadas e sendo causa de desmotivação para trabalhar. São diversos os sintomas, que, em fase inicial, até se confundem com estados clínicos depressivos, sendo, portanto, necessário um diagnóstico mais detalhado, para evidenciar a presença de esgotamento físico e emocional que pode estar refletido através de comportamentos diferentes, como agressividade, isolamento, mudanças de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, falha da memória, ansiedade, tristeza, pessimismo, baixa autoestima, sentimentos negativos, medos, desconfiança paranoia e constantes ausências no trabalho. Clinicamente, observam-se queixas de dores de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma e distúrbios gastrointestinais, respiratórios, cardiovasculares, e, em mulheres alterações no ciclo menstrual. Assim, para que a Síndrome do Burnout seja prevenida, é fundamental a implementação e a priorização de estratégias: individuais (assertividade e gestão do tempo); grupais (apoio externo); e organizacionais (clima). Sylvia Lemos Hinrichsen é médica infectologista e professora universitária  

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