Claudia Santos - Página: 12 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Claudia Santos

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Terminal de regaseificação em Suape trará investimento de R$ 1,5 bilhão

Do Governo de Pernambuco A implantação de um terminal de regaseificação (Regás) no Complexo Industrial Portuário de Suape, prevista para o primeiro semestre de 2022, deve gerar investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão para Pernambuco. O tema foi discutido pelo governador Paulo Câmara em uma reunião com sua equipe, nesta quinta-feira (16.09). O montante corresponde aos aportes em infraestrutura, visando a implantação da unidade, que receberá um navio indústria – conhecido como Floating Ship Regaseification Unit (FSRU) – para viabilização da operação, por meio de gasodutos interligados a uma Estação de Transferência de Custódia (ETC). Durante o processo de instalação do terminal, cerca de 2,5 mil empregos serão gerados, e com a unidade em funcionamento, outros 300 postos de trabalho deverão ser criados. “A instalação do terminal de Regás será muito importante dentro do projeto de planejamento do futuro de Pernambuco, e vai garantir efetivamente que o Porto de Suape esteja cada vez mais preparado, dando condições para que o gás chegue a todos os cantos do Estado e seja utilizado cada vez mais como fonte de energia para os projetos prioritários e para as indústrias que já funcionam aqui”, destacou Paulo Câmara. Para viabilizar o terminal de Regás, a administração da estatal portuária iniciou um processo de licitação pública para exploração do Cais de Múltiplos Usos (CMU). A primeira fase do certame foi aberta em junho deste ano, com o chamamento público anunciado no dia 24 de julho, visando os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), essenciais e obrigatórios para implementação da operação. Cinco empresas manifestaram interesse no empreendimento, que fará com que o CMU passe a ter uso ininterrupto, gerando, anualmente, cerca de R$ 4 milhões em taxas para o porto. “A implantação do terminal de regaseificação em Suape vai permitir que a gente tenha concorrência na oferta de gás no nosso Estado, tornando a indústria mais competitiva, porque a gente vai ter a disputa de mais de um fornecedor. Antigamente, o gás era todo oferecido pela Petrobrás. Agora, a gente vai ter um player privado fazendo a regaseificação em Suape e oferecendo esse gás também”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio. O chamamento público para doação do EVTEA para exploração do Terminal no CMU está disponível no site de Suape (www.suape.pe.gov.br) e diversos players já demonstraram interesse na proposta. Três empresas foram habilitadas para a doação do estudo, que deve ser protocolado no mês de outubro. O Cais de Múltiplo Uso opera atualmente com apenas 18% da capacidade, podendo ser otimizado com essa nova operação, tornando-se Hub de GNL no Nordeste. “O gás natural que chegará por Suape atenderá não só as indústrias do complexo, mas também outros empreendimentos instalados em Pernambuco e na região. Esse é um importante passo para o fomento do segmento – por meio do mercado aberto – e para o meio ambiente, por ser um gás limpo, menos poluente. Com isso, Suape reforça os conceitos de sustentabilidade dentro e fora do porto”, ressaltou o diretor-presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão. O processo licitatório para uso do CMU corre paralelamente às tratativas com os demais órgãos federais que regulam o setor, como a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), a Secretaria Nacional de Portos e o Ministério da Infraestrutura. A expectativa, agora, é quanto à abertura de Processo Seletivo Simplificado (PSS) para assinatura de Contrato de Transição ainda neste mês de setembro. Posteriormente, deverá ser aberto processo licitatório para Cessão de Uso Onerosa. Este segundo passo deverá ser realizado em aproximadamente 18 a 24 meses. SHIP TO SHIP – A operação de transformação do gás natural liquefeito (GNL) na forma gasosa será realizada pelo navio estacionário, conectado por gasodutos à Estação de Transferência de Custódia (ETC), para posterior distribuição pela rede que liga o porto às cidades do Grande Recife, interior do Estado e demais regiões. A operação de uma embarcação para outra é conhecida como ship to ship. Além do secretário de Desenvolvimento Econômico e do diretor-presidente do Porto de Suape, também estiveram presentes à reunião a vice-governadora Luciana Santos, o presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), André Campos, o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Roberto Abreu e Lima, os diretores do Porto de Suape Paulo Coimbra e Luiz Alberto Barros e a coordenadora de Negócios Portuários do Complexo, Tahiana Gurgel.

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Thales Castro: "Vivemos o esgotamento de um ciclo"

O cientista político Thales Castro, que é vice-presidente do Iperid, cônsul de Malta e professor da Unicap, conversou conosco sobre o cenário internacional  em 2020. Ele destacou o ambiente de tensão entre o Brasil e Argentina e comentou sobre o início de uma provável crise mundial já neste ano. No ano passado a crise da América Latina estava mais concentrada na Venezuela. Neste ano vimos grandes manifestações e crises no Equador, Peru e Chile. Além de uma mudança política na Argentina (que até pouco tempo era inesperada). Como explicar esse cenário em ebulição e o que podemos esperar para 2020 na região? O modelo econômico se esgotou, mostrou sinais de falência através da situação sócio econômica venezuelana. Daí tivemos a emergência de governos de direita na América Latina. Macri, Bolsonaro, Pinheira… Nos últimos meses os movimentos de rua atingiram em cheio essa mudança, com reações contrárias a força da direita, ao mesmo tempo que houve manifestações também na Bolívia. Agora temos o retorno do peronismo na Argentina.  Muitas manifestações no Chile contrárias a esse pêndulo geopolítico que tem assumido proporções importantes na América Latina. Hoje vivemos uma pulverização dessas reações a direita, muito disso tem retroalimentações dos governos bolivarianos. Mas avalio que não temos como diferenciar, pontuar um fenômeno dessa magnitude como uma reação à direita, tão somente pelo vetor econômico, mas precisamos incluir dois outros fatores, o político e o social, essa tríade compõe a força desses movimentos que surgiram na América Latina. Mas há muita dificuldade de separar a linha do político, econômico e social. Os movimentos navegam nesses três pilares. Alguns analistas tem sinalizado que o mundo voltará a ter um cenário de retração econômica nos próximos anos (após quase 10 anos de crescimento após a última crise). Você concorda com essa expectativa? Caso, sim, o que explica esse cenário e qual o impacto que o Brasil deve sofrer? A natureza do capitalismo globalizado é cíclica. Aconteceu uma grande crise em 2008 e há uma possibilidade razoável de se repetir em 2020, com o esgotamento de um ciclo. Isso poderá atingir o processo lento e gradativo que estamos fazendo para sair de um ciclo recessivo no Brasil que começou em 2015, quando o Brasil perde selo de bom investidor-pagador. A partir daí a inflação atinge dois dígitos. E a recessão em 2015, que veio se arrastando até 2018, com um ciclo muito lento de recuperação, gerando uma avassaladora situação de desafio a economia. Quando o Brasil começa a se recuperar, a economia global tende a não colaborar com a recessão global. A locomotiva chinesa começa a desacelerar, a guerra comercial sino-americana.  Isso tem reverberação nas economias emergentes, pois nossa balança comercial se retroalimenta desses países que compram produtos primários. Qual tema internacional que você destacaria a ficar de olho para 2020? 2020 será ano tortuoso e turbulento nas relações entre Brasil e Argentina. Há uma tendência de piora na relação comercial e política entre os países, com ameaças para o Mercosul. Previsões que poderão ter repercussões para Pernambuco. Nossa fábrica da Jeep Chrysler exporta muitos automóveis para a Argentina. Nesse quadro adverso pode haver problemas comerciais. Aposto nessas duas variáveis: uma piora bilateral e o definhamento do Brasil com o Mercosul são grandes tendências para 2020. Precisamos também ter um olhar para a continuidade dessa guerra comercial sino-americana. Se seguir, ela irá contribuir para o retrocesso da economia mundial. Outra tendência para manter o olho em 2020 é observar o impacto nos países europeus diante da possível saída do Reino Unido da União Europeia. Qual o impacto econômico do Brexit? E como os 27 países membros da União Europeia irão reagir a esse doloroso e dramático processo. Outro fator importante é como se comportará a Europa frente a iminente precarização do Mercosul. Pois há um risco no histórico acordo Mercosul-União Europeia, já com manifestações de alguns países contrários ao governo Bolsonaro. No cenário nacional, como você avalia o primeiro ano de gestão de Bolsonaro? Na sua análise, quais os principais temas que deverão tomar a agenda nacional em 2020? Um fato importante da agenda domestica é o ano eleitoral. Será primeiro grande termômetro, um teste de fogo da gestão Bolsonaro. O enraizamento municipal da guinada que aconteceu com a direita acontecerá neste ano? O PSL terá força para mobilizar grande massa de eleitos ano que vem? Nessa fratura da direita, Bolsonaro continua regendo os rumos? Será muito importante para esse termômetro a performance econômica. É preciso atingir desempenho econômico: melhoria na manutenção da inflação e dos juros baixos, Ibovespa bombando, risco pais mais baixo, mas o desemprego é outro teste de fogo para Bolsonaro. Se a economia crescer e o desemprego reduzir e atingir um dígito, haverá a tendência de uma melhor aceitação ao governo.

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Por uma sociedade fraterna em 2020 (por Francisco Cunha)

Finalizei a apresentação da Agenda TGI 2020, dia 25.11 no Teatro RioMar (ver matéria de capa), com a música Epitáfio dos Titãs, aquela que tem como refrão: “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”. Justifiquei a escolha com o argumento de que a música fala de “andar”, algo que hoje me é muito caro mas, também, trata de tolerância. E tolerância, solidariedade e cooperação são para mim valores indispensáveis à construção de uma sociedade fraterna. Creio firmemente que nenhuma sociedade, da qual valha a pena fazer parte, pode se edificar sobre pilares diferentes desses valores, muito menos sobre seus opostos como, muito desafortunadamente, temos visto prosperar nos últimos tempos no nosso País! “Explicadores” do Brasil do porte de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Darcy Ribeiro, dentre outros, contribuíram com ideias e ideais que corroboram esse estendimento, destacando a originalidade da nossa formação social e cultural. Darcy Ribeiro, por exemplo, no livro que escreveu como uma espécie de síntese derradeira da sua obra e da sua carreira de militante político e cultural (O Povo Brasileiro), afirma que no Brasil “formações sociais se enfrentam e se fundem para dar lugar a um povo novo, num novo modelo de estruturação societária. Novo porque surge como uma etnia nacional, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras, fortemente mestiçada, dinamizada por uma cultura sincrética e singularizada pela redefinição de traços culturais delas oriundos. Novo, inclusive, pela inverossímil alegria e espantosa vontade de felicidade, num povo tão sacrificado, que alenta e comove a todos os brasileiros.” Uma sociedade em formação como a nossa, com essas características, para chegar a bom termo depende, de forma crucial, da cooperação como mecanismo superior ou, pelo menos, como diz Manuel Castells, guru da sociedade conectada em rede, também citado na apresentação, como forma de “correção” da competição. E cooperação rima com solidariedade e tolerância, nunca com seus antônimos! Por fim, fiz votos, como faço aqui para os leitores da Algomais, de que o espírito de fraternidade que se reinaugura sazonalmente com o mês de dezembro se estenda pelo próximo ano, e nos demais pela frente, atenuando e “desidratando” o clima de acirramento de ânimos e de antagonismos cotidianos, reduzindo e “soldando” as fraturas abertas pelo processo político. Bom final de 2019 e excelente 2020 fraternos!

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Prefácio estacionado (crônica)

Somos vizinhos, o que para mim já é um enorme atrevimento. Encontrei, por acaso, Dr. José Paulo Cavalcanti no empresarial onde mantemos nossos escritórios de advocacia. Três charutos preenchiam o bolso da frente do seu blazer. Óculos denunciavam tamanha intelectualidade, enquanto o suspensório sustentava o peso de ser o escritor brasileiro mais traduzido no exterior, depois de Paulo Coelho. O cheiro de tabaco incensou elegantemente o elevador e remeteu-me ao hálito do meu pai. Evidentemente que ele não faz a menor ideia de quem eu sou. Só duas coisas me ligam a este homem: já roubei coco da sua casa de praia, também amo Lisboa. Ele não desconfia de nada disso. Não poderia perder a chance de me apresentar. Essas oportunidades são raras nas nossas vidas. Estava em frente a uma entidade. Então, com a cara de pau que me é peculiar, abordei o homem: – Dr. José Paulo, o senhor escreveria o prefácio do livro a ser lançado por este jovem cronista amador que vos fala? – De jeito nenhum – respondeu ele, com profunda franqueza. – Para que eu faça isso seria necessário ler, reler, admirar e não ter dúvidas quanto ao seu talento, meu filho. – Mas escrevo melhor que Rubem Braga – disse eu, na tentativa de ser simpaticamente engraçado. – Duvido muito – rebateu ele com inegável autoridade, mas com um sorriso de canto de boca, retribuindo o senso de humor. Fomos andando até nossos carros. Estavam estacionados, coincidentemente, um de frente para o outro. Ficamos ali plantados por cerca de trinta minutos. Tive uma aula gratuita de intelectualidade e de vida. Ele deve ter notado de imediato minhas limitações porque calado estava, calado fiquei, enquanto danou-se a falar sobre vários assuntos, sobretudo literários. Lembrou episódios envolvendo gigantes do mundo da escrita. Não me atrevi a opinar sobre coisa alguma, enquanto aquela enciclopédia ambulante me metralhava de sabedoria. Talvez por nervosismo e tietagem. Dava para ouvir a voz da minha avó: “Cale-se e recolha a sua insignificância”. Mas pude assimilar uma dica por ele vomitada: – Meu filho, quando escrevo, antes de publicar, reviso mais de cem vezes o texto até que não consiga mais alterar uma vírgula sequer. O encontro já tinha valido a pena. Óbvio que para mim. Ao nos despedirmos, Dr. José Paulo solicitou que encaminhasse aos seus cuidados aquela que considero minha melhor crônica. Disse que se gostasse, solicitaria todo o restante para ler. Opa, já enviei, claro. Estou a rezar, no aguardo da sua resposta. Por enquanto o prefácio está estacionado como nossos carros. Seria maravilhoso que o Dr. José Paulo fosse para mim um pouco do que Gertrude Stein foi para Ernest Hemingway. A diferença é que não iríamos nos encontrar na Rue de Fleurus, 27, Paris. No máximo, fumaríamos Montecristo no Pina. Evidentemente que não sou nenhum Hemingway e, ele, escreve melhor e – não duvido - deve entender mais de Matisse e Picasso do que Mrs. Stein. Aviso aos amigos que meu livro será lançado no ano que se aproxima, com ou sem prefácio. Feliz 2020 a todos!

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Spük inaugura primeira Maison

A Maison Spük foi inaugurada na noite desta quarta-feira (18), em Boa Viagem. O evento foi bastante prestigiado e a loja, que já estava funcionando no esquema de soft opening, teve que renovar o estoque de algumas peças que esgotaram, antes do abre oficial. Daniela e Gabriela Maia eram só alegria recepcionando os amigos e clientes nesta noite de festa que teve o cerimonial sob a batuta de Patrícia Boudoux. Os convidados foram recebidos por quatro atores com trajes típicos do século XVIII, vestidos de príncipe e princesa e de bobos da corte. Os profissionais, que integram a CH Produções Artísticas, realizaram um pocket show e tiraram fotos com os presentes. Com um investimento de R$ 3 milhões, a primeira Maison do grupo e 20ª loja da marca, prima pela setorização, por cor, dos vestidos de festa. As roupas da linha casual chique e executiva também tem o seu espaço exclusivo. O projeto de arquitetura foi assinado por Ana Cunha e a parte de construção e revestimentos ficou sob a responsabilidade da engenheira Cláudia Leite. Segundo Daniela Maia, os vestidos de festa da loja variam de R$ 400,00 a R$ 2.000,00. “Esses valores, são praticados por algumas empresas, para aluguel”, ressalta. De acordo com Gabriela Maia, o trabalho da Spük é feito com muito amor e por isso, resulta em sucesso. “Nós impulsionamos o empoderamento feminino vendendo autoestima, beleza, estilo e atitude e, ao longo desses anos, “colecionamos” muitos clientes fiéis, que se tornaram amigos e que nos incentivam, cada dia mais, a dá continuidade ao nosso trabalho e a nossa empresa”, comemora. SERVIÇO: Maison Spük Av. Conselheiro Aguiar, 1050 (81) 3204.8458.

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Juliane Miranda e Vivian Lima lançam coleção de objetos-joias

Sem criar acessórios desde o encerramento da Trocando em Miúdos, em julho último, a designer Juliane Miranda voltou à ativa no desenvolvimento de brincos, colares, pingentes e que tais. Dessa vez, em parceria com a curadora de artes manuais Vivian Lima, nome à frente da Casa Viva. A dupla lança hoje (19), no Soneto Tropical, a coleção de objetos-joias Soneto Precioso, exaltando o primitivismo da natureza em peças criadas com pedras naturais como pirita, ágata, ametista, quartzos fumês e madrepérolas. Partindo da premissa que o corpo não é um único expositor para o que se compreende por joia, a coleção também usa a beleza e a energia das pedras para compor microinstalações artísticas com tillandsias (plantas de raízes aéreas) e béqueres (utensílio de laboratórios químicos), sugerindo conexões e transformações entre elementos naturais. “Além de cumprir a função de adorno, as pedras também têm o poder de fortalecer, proteger, curar, energizar. Poder direcionar esses poderes para o lar, nossa grande preciosidade, em uma perspectiva artística é uma outra proposta que essa coletânea assume”, pontuam Juliane Miranda e Vivian Lima.

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A arrancada do Sicredi Recife

Aos poucos a população brasileira começa a perceber que não é apenas num banco tradicional que se podem ser feitas transações bancárias, como aplicações e empréstimos. Muitas pessoas têm recorrido a outros tipos de instituições, seduzidas por vantagens como ausência de taxas de administração e juros convidativos, além de contar com a segurança nas operações. Em Pernambuco esse movimento também é uma realidade e um exemplo disso é o crescimento do Sicredi Recife. A cooperativa financeira registrou um aumento de 21% no número de associados nos primeiros 10 meses deste ano, chegando a 15 mil cooperados residentes na Região Metropolitana e nas Zonas da Mata Norte e Sul. Mesmo em tempos difíceis para a economia brasileira, o Sicredi Recife teve um aumento de 20% em ativos financeiros, que alcançaram a soma de R$ 500 milhões neste período. “É o maior ativo de cooperativa de Pernambuco”, garante Floriano Quintas, presidente do Conselho de Administração da instituição. A carteira de crédito também teve um desempenho semelhante, cresceu 21% nos primeiros 10 meses de 2019, totalizando mais de R$ 300 milhões em empréstimos realizados. O mesmo percentual foi registrado no aumento de depósitos à vista efetuados tanto por pessoas físicas quanto jurídicas atingindo R$ 328 milhões. Qual o segredo dessa performance? Os diferenciais proporcionados por uma instituição financeira cooperativa. A começar pela taxa de administração que não é cobrada. “Também ofereceremos juros mais baixos que os bancos para quem toma empréstimo conosco e taxas maiores para aqueles que fazem aplicações”, assegura Quintas. Como a instituição não visa ao lucro, seus resultados são distribuídos a todos os associados, de forma equitativa, ou seja, proporcional à movimentação do cooperado. Assim, quem fez uma aplicação ganha, além dos juros previstos, um valor a mais referente à distribuição dos resultados. Desde que foi fundada, em 1993, a instituição já distribuiu R$ 210 milhões entre seus associados. No início era ligada à Unicred e desde 2016 associou-se, juntamente com outras 22 cooperativas do Norte e Nordeste do País, ao Sicredi. Trata-se da mais antiga cooperativa financeira, fundada em 1902 e conta com R$ 100 bilhões em ativos em todo o País. “Com a mudança, passamos a ter a possibilidade de ofertar produtos que antes não oferecíamos, como a caderneta de poupança”, justifica Quintas. “Começamos a poupança com depósitos de R$ 120 mil em janeiro e em setembro chegamos a pouco mais de R$ 1 milhão”. Hoje, o Sicredi possui 305 produtos, desde investimentos de renda fixa (RDB), passando por maquinetas de cartão, até financiamento para instalação de energia solar, entre muitos outros. Além do resultado ser distribuído entre os sócios, Quintas acrescenta ainda como vantagem dos sistema cooperativo o fato desses recursos serem investidos em Pernambuco. Os bancos tradicionais convergem seus lucros para os locais onde estão sediados. Para a segurança dos associados, o Sicredi é avaliado por rating, isto é, por agências de classificação de risco de crédito que atribuem a um emissor (seja um banco, um país, ou empresa) uma nota (rating) de acordo com sua capacidade de honrar uma dívida. “Temos um rating que é considerado de baixo risco a longo prazo e operamos com uma inadimplência de menos de 1%”, informa o presidente do conselho de administração. E nestes tempos de alta no desemprego, o Sicredi Recife destoa da conjuntura ao contratar 16 pessoas neste ano e ainda conceder a participação nos resultados para a sua equipe de 85 funcionários, premiando-os com o 14º e o 15º salários. A cooperativa teve fôlego ainda para investir R$ 2,5 milhões nas suas instalações. A sede, que ocupa três andares num edifício no bairro da Ilha do Leite, no Recife, está sendo reformada e a agência em Boa Viagem será ampliada. O Sicredi Recife também está construindo uma nova agência no Shopping Patteo, em Olinda, que será inaugurada em janeiro. Todas elas vão contar com máquinas de autoatendimento. Mais R$ 230 mil foram investidos na mais recente inovação da Sicredi Recife: a agência móvel, um escritório montado num furgão, onde um gerente e um assistente oferecem os serviços da cooperativa. O veículo já esteve em instituições como a Fundação Joaquim Nabuco e eventos como a Exposição de Animais, no Parque do Cordeiro, além de cidades como Vitória de Santo Antão. “É também uma maneira de divulgarmos a marca”, acrescenta Floriano Quintas, que pretende manter o mesmo desempenho da Sicredi Recife em 2020. “Vamos continuar aumentando o número de associados, a captação, expandindo as agências em outras cidades e oferecendo novos produtos”, planeja Quintas. *Por Cláudia Santos (claudia@algomais.com)

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Em parceria com a Videoporto, shoppings instalam rede de totens digitais

A digitalização da comunicação da mídia exterior é um caminho sem volta. E a tendência irrefreável vale tanto para ambientes públicos quanto privados. O que já há algum tempo é realidade em outras partes do mundo, começa a ganhar corpo também em Pernambuco. Três dos maiores shoppings da Região Metropolitana do Recife já aderiram a esses novos tempos. Em parceria com Videoporto Mídia e Experiência, os shoppings Tacaruna, Guararapes e Plaza estruturaram uma moderna rede de totens digitais de dupla face e painéis de led de altíssima definição. Agora, as 110 mil pessoas, aproximadamente, que circulam todos os dias por esses três malls são impactadas por conteúdos publicitários e informativos em dispositivos digitais de alto poder de comunicação. Oportunidade para as mais diversas marcas que querem chamar a atenção dos clientes momentos antes da decisão de compra.   . . VEJA TAMBÉM Telas digitais revolucionam mídias nos shoppings

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UNIFG promove debate sobre temas trabalhistas

Acontece no próximo sábado (14) o Encerramento do Semestre de Direito da UNIFG. Participam do encontro os advogados André Costa, Schamckypou Bezerra e Ariston Flávio, além do deputado federal Túlio Gadêlha. Serão discutidos temas como Trabalhismo, Reforma Trabalhista e Escravidão Digital. Gratuita, a palestra será realizada no auditório do campus Piedade da instituição, com início às 9h. Para participar é preciso fazer inscrição na Coordenação de Extensão (COEX) da UNIFG. As vagas são limitadas e o evento é aberto ao público mediante inscrição pelo link http://bit.ly/2YChyWX. Endereço: Rua Comendador José Didier, número 27.

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Encontro do Maracatu Nação Estrela Brilhante com a Orquestra Afrosinfônica

Por Yuri Euzébio Uma orquestra ancestral clássica, é assim que podemos definir o trabalho da Orquestra Afrosinfônica (BA), o grupo foi criado há 10 anos em Salvador, desconstruindo padrões mais tradicionais e evidenciando a cultura e a musicallidade afro-brasileira. Desde 2009, a orquestra resguarda a história por meio do canto.  São 22 integrantes que misturam a base da música clássica européia, em comunhão com a riqueza sonora do povo ao qual estão inseridos. É um dos grandes conjuntos musicais brasileiros, com um trabalho singular e que mantém viva a tradição e as características de um povo. Fundado em 1910, por ex-escravos entre os fundadores do Maracatu Nação Estrela Brilhante, destaca-se o Seu Cosme, pescador que cresceu em Igarassu na segunda metade do século XIX. Com residência no Alto José do Pinho, Marivalda Maria dos Santos, a famosa Dona Marivaldaque também é rainha da Nação é a atual presidente do Estrela Brilhante. Os grupos se encontram e dividem palco, no Alto José do Pinho, na próxima sexta-feira (20), a partir das 20h. Com regência do Maestro Ubiratan Marques, o encontro ocorre na Rua Severino Bernardino Pereira, 197 e é o segundo da série patrocinada pela chamada pública “Música em Movimento”,da Petrobras (o primeiro foi realizado em Salvador durante o Novembro Negro e contou com a participação do bloco afro Malê Debalê). O evento que é completamente aberto ao público também conta com o apoio da Prefeitura de Recife e realização da ONG Casa da Ponte. A Afrosinfônica faz uma abordagem erudita a pesquisas sonoras e conceitos intimamente ligados à música afro-brasileira, expressando-se sob forma de poemas sinfônicos. O conceito “afrosinfônico” cunhado pelo maestro, decorre da dissecação de elementos dessas expressões musicais para a composição de temas inéditos e tratamentos posteriores, como a criação de arranjos sinfônicos e orientação da expressão que se pretende extrair de cada instrumento da orquestra. Serão incorporadas ao repertório da orquestra, três músicas com arranjos sinfônicos criados especialmente para a ocasião: “Mãe D’água” e “Ponto de Oxalá” são adaptações de pontos de orixá das nações Ketu e Nagô, de domínio público, constantes do repertório do maracatu Nação Estrela Brilhante, e “Baião da Penha”, de Guio de Morais e David Nasser, foi a música escolhida para homenagear o pernambucano Luiz Gonzaga e seu repertório. Há também “Nação Maracatu do Amor”, que é mais que uma homenagem ao também pernambucano Maestro Moacir Santos, que assina a composição (com Nei Lopes) e arranjo. Essa música apresenta a tradição na qual está inscrito o trabalho de arranjo sinfônico do Maestro Ubiratan Marques, dada pela aproximação entre a música sinfônica e expressões da música popular, remontando a Moacir Santos e Heitor Villa-Lobos. Assim devem ser recebidas “Mãe D’água” e “1835” (apresentada no concerto de Salvador). A Orquestra Afrosinfônica ainda reserva para o concerto a música “Maracatu do Congo”, parceria entre o Maestro Ubiratan Marques e Mateus Aleluia. O Maestro criou um tema musical do cancioneiro popular que remete ao imaginário de uma filarmônica entrando na cidade, à frente de uma procissão, e Mateus Aleluia responde com a história de um Rei do Congo que se converte ao cristianismo, e depois, numa surpreendente reviravolta, o abandona para retornar a sua religião original. A música se relaciona com a religião de diversas maneiras, pernambuco já se estabeleceu como palco para festivais e shows de religiões cristãs, esse encontro serve como um reconhecimento e uma louvação da importância e da potência musical das religiões de matriz africana pro Estado, além de ser uma grande oportunidade para celebrar a riqueza espiritual e cultural do brasil, especialmente do Nordeste.  Mais uma vez, se eu fosse tu, não perdia por nada!! SERVIÇO ORQUESTRA AFROSINFÔNICA E O MARACATU NAÇÃO ESTRELHA BRILHANTE SE ENCONTRAM EM APRESENTAÇÃO INÉDITA NO RECIFE Na sexta-feira (20), às 20h, na Rua Severino Bernardino Pereira, 197, Alto José do Pinho. Entrada gratuita   --

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