Rafael Dantas, Autor em Revista Algomais - a revista de Pernambuco - Página 402 de 435

Rafael Dantas

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Cinema da Fundação têm aumento de público de 54% em 2019

O Cinema da Fundação tem se consolidado nos últimos anos como um dos mais importantes equipamentos culturais do País. Só em 2019, atraiu um público de 83,5 mil pessoas. O que representa um crescimento de 54% em relação ao ano anterior, quando alcançou a marca de 54 mil espectadores. Ao longo do ano, foram exibidos 284 filmes e dezenas de curtas. Dentre as sessões com maior público, os destaques foram para o vencedor do Oscar 2019 de Melhor Roteiro Adaptado, Infiltrado na Klan (2018), do estadunidense Spike Lee, exibido para 8.130 pessoas; seguido do nacional Bacurau, dos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, com 7.317 espectadores. Neste último, dois debates foram realizados com KMF. Com funcionamento simultâneo nos bairros de Casa Forte, na Zona Norte, e Derby, área central do Recife, o equipamento ainda foi palco de 20 mostras e festivais, a exemplo do Animage e Janela Internacional de Cinema do Recife, que integram o roteiro de mais aguardados do ano na capital pernambucana. Dentre os sucessos de público, o campeão foi o Festival Varilux, promovido em Junho, que reuniu 6.922 amantes do cinema francês. Já entre as mostras, o prestígio ficou por conta da Retrospectiva, promovida em Dezembro, que exibiu as principais produções que passaram pelas salas da Fundação e contou com público de 2.060 espectadores. Em 2019, homenageou o italiano Federico Fellini, diretor de filmes como La Dolce Vita (1960). Ainda em 2019, a mostra 20 Anos de Tela exibiu, aos sábados, filmes aclamados do fim dos anos 1990, como Clube da Luta (David Fincher), De Olhos Bem Fechados (Stanley Kubrick), Matrix (Lana Wachowski, Lilly Wachowski) e O Sexto Sentido (M. Night Shyamalan), somando um público de 1.086 espectadores. O Cinema de Gênero, composto por produções de ficção científica, terror e suspense ganhou as telas no Sábado à Tarde, com ingressos a R$ 2, que promoveu 33 exibições e contou com público de 2.901 espectadores. Enquanto os clássicos adultos e infantis foram privilegiados na programação do Sempre aos Domingos, ao preço módico de R$ 3, que reunindo 2.500 pessoas ao longo de suas 36 sessões. Ao todo, os 21 festivais e mostras reuniu um público de 15.819 pessoas e foram promovidos, também, cerca de 40 debates com com diretores, atores e técnicos em acessibilidade comunicacional. “Pelo terceiro ano consecutivo, desde 2017, quando assumimos a condenação do Cinema, o nosso público só faz crescer. Além disso, criamos projetos de inclusão social como o Índigo e Alumiar, que já estão sendo levando para o interior e para outras capitais brasileiras. A Cinemateca Pernambucana, inaugurado em 2018, também só faz aumentar seu acervo e contar com a adesão de mais realizadores pernambucanos”, comemora a coordenadora do Cinema da Fundaj e Cinemateca Pernambucana, Ana Farache. Acessibilidade Dois projetos voltados ao público com necessidades específicas tiveram recorde de público. Lançado em 2017, a Sessão Alumiar de cinema acessível atraiu 1.684 pessoas, dentre deficientes visuais, auditivos, físicos e público em geral. Além das 23 sessões realizadas na Fundação em parceria com 41 instituições, o projeto itinerou por outros 15 municípios pernambucanos, como Nazaré da Mata, Caruaru e Arcoverde. A iniciativa pautou a redação do Enem, que propôs o tema "Democratização do acesso ao cinema no Brasil". Na sequência, em Novembro, o Ministério da Educação assinou uma parceria com a Fundaj para que 20 filmes nacionais com produção de acessibilidade comunicacional fossem disponibilizados. A Sessão Índigo contou com entrada gratuita e atingiu 1.296 espectadores. Realizada nas tardes de sábado e no último domingo de cada mês, a ação conta com maior iluminação ambiente e uma redução no volume do som. Em Abril, o Festival VerOuvindo promoveu, ao longo de uma semana, sessões descentralizadas em Recife, Jaboatão dos Guararapes e Vitória de Santo Antão exibindo filmes de Marcelo Gomes, como o longa Cinemas, Aspirinas e Urubus (2005) - que contou com debate com a audiodescritora Flávia Oliveira Machado -, além do lançamento de Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar (2019), com audiodescrição, legendas para surdos e ensurdecidos e Libras. Difusão A Cinemateca Pernambucana atendeu, em 2019, quase 3 mil pessoas entre estudantes, pesquisadores e público em geral. Criada como forma de fortalecer a cadeia produtiva do audiovisual no estado, a iniciativa conta com espaço físico no primeiro andar do Cinema da Fundação/Museu do Homem do Nordeste, onde mantém pesquisas, filmes e peças utilizadas nas produções do Estado. O acervo da já conta com a adesão de 50 realizadores pernambucanos, com um acervo de mais de 250 filmes. No último ano, promoveu onze cursos, além de visitas guiadas para 49 instituições de ensino. A Sessão Cinemateca realizou 13 exibições, com debate com diretores, realizadores e professores, atraindo um público de 638 pessoas. (Da Fundaj)

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Estudo da OCDE mostra futuro das profissões no mundo

Medicina, direito, engenharia, pedagogia e licenciaturas estão entre as carreiras mais procuradas por estudantes de 15 anos em 41 países. No Brasil, quase dois a cada três estudantes pretendem seguir as dez profissões mais citadas no questionário do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2018 por aqueles que fizeram as provas. Os resultados estão no estudo “Empregos dos sonhos? As aspirações de carreira dos adolescentes e o futuro do trabalho”, divulgado hoje (22) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A publicação analisa, entre outras, as respostas à pergunta: “Qual profissão você espera ter aos 30 anos de idade?”, feita aos participantes do Pisa. O levantamento analisa ainda os resultados dos países que participaram da edição do exame em 2000 e em 2018. “As aspirações profissionais dos jovens são importantes”, diz o estudo. “As aspirações de carreira dos adolescentes são um bom preditor dos empregos que os alunos podem ocupar quando adultos”, observa. A intenção é mostrar também como essas aspirações mudaram ao longo do tempo. Ranking por gênero Os rankings das profissões mais desejadas variam de acordo com o gênero dos estudantes. Entre as mulheres, tanto em 2000 quanto em 2018, medicina, direito, pedagogia e licenciaturas, enfermagem, psicologia, administração e veterinária estão entre as top 10. Em 2000, profissões como jornalista, secretária e cabeleireira completavam o ranking. Em 2018, elas saíram e deram lugar às ocupações de designers, arquitetas e policiais. Entre os homens, as profissões mais procuradas em 2018 foram engenheiro, administrador, médico, advogado, profissional de educação física, arquiteto, mecânico automobilístico, policial e profissional de tecnologia da informação e comunicação. As profissões são as mesmas desejadas em 2000, apenas mudaram de lugar no ranking. Engenharia, que ocupava a terceira posição entre os meninos, passou a ser a mais buscada. “De maneira esmagadora, são mais frequentes os meninos que esperam trabalhar em ciência e engenharia do que as meninas, mesmo quando meninos e meninas têm o mesmo desempenho no teste científico do Pisa, mas esse nem sempre é o caso. Além disso, em muitos países, o nível de interesse das meninas por essas profissões é maior do que o dos meninos”, diz o estudo. No Brasil, 63% dos estudantes de 15 anos querem seguir essas carreiras. O índice só é superado pela Indonésia, com 68%. França e República Tcheca têm o menor percentual, 36%. Futuro das profissões O estudo analisou também os riscos de as profissões escolhidas pelos estudantes não existirem mais no futuro devido ao uso de robôs e de inteligência artificial para substituir trabalhadores. De acordo com o texto, a maioria das carreiras mais populares entre os jovens, como profissionais de saúde e sociais, culturais e legais, tende a ter baixo risco de automação. No entanto, fora do ranking das profissões top 10, “muitos jovens selecionam empregos com risco muito maior de automação. Ao todo, 39% dos empregos citados pelos participantes do Pisa correm o risco de ser automatizados dentro de 10 a 15 anos”. O estudo mostra que o risco de automação varia entre países. Na Austrália, Irlanda e no Reino Unido, cerca de 35% dos empregos citados pelos estudantes correm o risco de automação. Na Alemanha, Grécia, Japão, Lituânia e Eslováquia, mais de 45% desses empregos estão em risco. Pisa 2018 O Pisa é aplicado a cada três anos e avalia estudantes de 15 anos quanto aos conhecimentos em leitura, matemática e ciências. Em 2018, o Pisa foi aplicado em 79 países e regiões a 600 mil estudantes. No Brasil, cerca de 10,7 mil estudantes de 638 escolas fizeram as provas. (Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil)

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Abertas inscrições para seleção simplificada para professor substituto da UFPE

A UFPE realiza processo seletivo simplificado para o preenchimento de sete vagas de professor substituto para exercício no Centro Acadêmico do Agreste (CAA), em Caruaru, e no Colégio de Aplicação (CAp), no Campus Recife. O regime de trabalho é de 20 ou 40 horas. As inscrições estão abertas, até o dia 29 deste mês, via internet. O Edital nº 11/2020 traz as seguintes vagas: CAA – Núcleo de Tecnologia – quatro vagas; CAp – três vagas. A remuneração corresponde ao regime de trabalho e à qualificação do professor substituto, podendo variar de R$ 2.236,32 a R$ 5.831,21. A taxa de inscrição custa R$ 75,00, com pagamento exclusivamente via Guia de Recolhimento da União (GRU). A documentação necessária para a inscrição está listada no edital da seleção. O processo seletivo simplificado compreende duas etapas. Etapa 1, de caráter eliminatório: provas didática (de caráter obrigatório), escrita (a critério da unidade demandante) e prática (a critério da unidade demandante). Etapa 2, de caráter classificatório: análise curricular, de caráter obrigatório. O cronograma completo será divulgado na secretaria da unidade demandante para a qual se destina a vaga e na internet. O prazo de validade do processo seletivo será de 12 meses, contados da data da publicação da homologação do resultado no Diário Oficial da União (DOU). A vigência do contrato como professor substituto, que não pode ser igual ou inferior a 30 dias, é de até 12 meses, a critério da Administração, que poderá prorrogá-la por sucessivos períodos, desde que a contratação não ultrapasse 24 meses.

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Fernando Japiassú lança novo álbum Confraria da Toca

O disco estará disponível em todas as plataformas digitais no dia 10 de janeiro. O trabalho é resultado de cinco anos de produção no estúdio Toca do Japi e traz instrumentalismo de músicos consagrados, além de interpretações de cantores como Almério, Isabela Moraes, Silvério Pessoa, Maciel Melo e Josildo Sá. O tempo traz mistérios. Cura, refaz, movimenta. Em cinco anos, de 2013 a 2018, parte da obra de Fernando Japiassú, paraibano radicado no Recife, teve dias imersos no estúdio Toca do Japi para a produção de arranjos, texturas e canções que fizeram gerar o Confraria da Toca, primeiro álbum do compositor. Persona ativa na vida cultural pernambucana desde os anos 1980, participando de bandas e produções musicais, Japiassú escolheu deixar o relógio correr solto e apostar na leveza de se fazer arte, sem preocupações comerciais, permitindo-se surpreender com o que o processo de feitura de um disco reservava, como em tempos antigos e menos apressados. A cada faixa, coincidências, magias, participações improváveis ou não, ou qualquer acontecimento misterioso, que faz de Confraria da Toca um álbum de celebração, gravado vagarosamente e que sugere uma audição igualmente atenta. “O esforço e o saber, de nós e de algo além de nós, se unem pelo prazer de ser o dom, o som e voz”, diz letra da música de abertura, que traz o mesmo título do disco e que saúda Olorum (considerado nas religiões de descendência afro como o senhor supremo do destino), pedindo bênçãos, abrindo caminhos para que, a partir dali, só entre quem de bem é, ressaltando um trabalho poliafetivo, vestido por parcerias e boas amizades. Por isso, não é difícil perceber, que Confraria da Toca é um trabalho de um compositor que derrama generosidade ao redor, convida instrumentistas e intérpretes para entrar na roda e reforça o poder da produção coletiva. Assim, consegue trazer para a obra uma cena musical Pernambucana produtiva, que transpassa movimentos e gêneros, de forma diversa e empolgante. Desta forma, ouve-se interpretações potentes de Riá, Almério, Isabela Moraes, Edilza, Zé Brown, Josildo Sá, Ska Maria Pastora, Zé Cafofinho, Maciel Melo, Mazo Melo e Silvério Pessoa. Na instrumentação, além da banda base, “o tripé que sustenta a Confraria”, estão os amigos-músicos que se reúnem há mais de cindo anos com Japiassú todas as segundas-feiras (Augusto Silva, bateria; Fernando Azula, baixo, Gilberto Bala, percussão), o disco conta ainda com as participações de instrumentistas respeitados como Lucas dos Prazeres, Reppolho, Maestro Spok, Pepê da Silva, Raminho da Zabumba, Danilo Mariano, Henrique Albino, Cláudia Beija, Nívea Amorim, Rodrigo Barros, Deco do Trombone. “De repente, quando vi todo esse pessoal junto, percebi que na verdade a gente tinha conseguido fazer um registro da atual cena musical pernambucana, guardadas devidas proporções como aconteceu quando Carlos Fernando fazia o Asas da América, registrando muita gente que fazia música entre 1970 e 1980 aqui”, reflete. Incomum ao mercado, o artista Fernando Japiassú, que assina o disco, é guitarrista, invertendo o formato mais comum do cantor. Apesar de não colocar a própria voz em nenhuma das faixas, Japiassú é autor por completo, por participar ativamente de todos os momentos e processos. Ao convidar o amigo e baterista Augusto Silva para assinar a produção musical do trabalho – onde a ideia inicial era um songbook - decidiram produzir cada música intuitivamente, convidando outros artistas que sentiam encaixar perfeitamente nas canções. “Íamos escutando as músicas e imaginando quem poderia cantar ou tocar determinado instrumento. Era uma espécie de namoro. Enviávamos a música, definíamos o tom e, de acordo com as agendas, íamos marcando as gravações das vozes e instrumentos”, conta, dando a entender o processo minucioso e nada apressado da produção, que teve ainda a participação luxuosa de Antoine Midani e André Dias na mixagem e masterização, respectivamente, dando o toque final na qualidade do disco. A Confraria da Toca Estar com Fernando Japiassú, Fernando Azula, Augusto Silva e Gilberto Bala reunidos é a certeza de muitas histórias contadas. Todo o processo de criação do álbum passa pelas segundas-feiras nas quais, até hoje, o quarteto se reúne quase que religiosamente no estúdio Toca do Japi, em Aldeia, Camaragibe. Com um quinto elemento quase sempre presente, Renato Bandeira, a banda tem base afetiva familiar. Dizem sem pestanejar que se amam. E nem precisa dizer, basta observar como se olham, como tocam juntos e como a afetividade sustenta o trabalho musical. Mas todos, sem exceção, exprimem admiração pelos mistérios que traz Gilberto Bala. O percussionista, ogã feito no Candomblé, é livre para seguir intuições e sugerir levadas, mesmo que a princípio pareçam absurdas. “Certa vez, do nada, Bala chegou no estúdio e me pediu uma bacia de alumínio. Disse a ele que não tinha. Mas ele, com insistência quase infantil, continuou me pedindo. Frisei mais uma vez que não tinha, mas me lembrei que há poucos dias havia ganho uma bacia de bronze antiga, na qual minha avó dava banho nos netos. Entreguei a ele e dali começou a fazer um som. Prontamente, Azula ligou os microfones e captamos tudo. Dias depois, num churrasco, mostramos a Renato Bandeira que imediatamente pediu um violão e gravou por cima. Um resultado incrível, e que faz parte do mistério que cultivamos e que acreditamos ser o jeito mais prazeroso de se fazer música”, conta. Faixa a faixa por Fernando Japiassú 1) Confraria da Toca (part. especiais: Riá e Pepê da Silva) Gilberto Bala é ogã e ele sabe colocar paisagens na música de forma marcante. Sempre nos chega com coisas curiosas, como a história da bacia, que dá a paisagem dessa música. Até a forma como Renatinho (Bandeira) gravou o violão foi misteriosa, porque após gravar, mesmo no ar-condicionado, suava como se estivesse com uma entidade. Depois disso, passou mal e comeu arroz com as mãos... bem estranho e apenas observamos. No dia seguinte, peguei a música e coloquei a letra. Sinto que foi uma música psicografada desde o começo. 2) Logoff (part. especial: Almério) Fiz esta música anos atrás. É sobre aquela história em que você está na internet

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Hot & Oreia se apresentam nos 25 anos do Rec-Beat

A dupla mineira Hot & Oreia leva ao Rec-Beat o seu rap cheio de sátira, humor, crítica social e estilo. Revelação do gênero no cenário nacional, o duo é mais uma atração confirmada na edição comemorativa de 25 anos do festival. O evento é gratuito e acontece entre os dias 22 e 25 de fevereiro, no Carnaval do Recife, no Cais da Alfândega. E pelo terceiro ano consecutivo, realiza edição especial em Caruaru, agreste do Estado, no dia 15 de fevereiro. A música do Hot & Oreia aborda questões sensíveis e urgentes da sociedade atual, como violência, exclusão social e preconceito de classe. Na sonoridade, a dupla inova no rap ao introduzir linguagens e estéticas que fogem ao tradicional padrão do estilo, como os toques do candomblé e letras carregadas de humor e sarcasmo. Parte disso deve-se à trajetória da dupla. Hot é da família de rappers Apocalypse e cresceu cercado pelo imaginário da trupe de teatro Giramundo. Sua faceta de ator e marionetista chamaram atenção quando começou no hip hop, nos duelos de MCs, quando buscava inspiração nas suas vivências no palco. Já Oreia começou a se interessar pela música através do forró que seus pais ouviam em casa, quando ainda morava no Interior de Minas Gerais. Começou a duelar nas Batalhas de MCs em Belo Horizonte aos 15 anos e logo chamou atenção para suas rimas cheias de ironia. O primeiro disco da dupla, Rap de Massagem, saiu em 2019 e conta com participações de Djonga, Luedji Luna, Marina Sena, Rafael Fantinni e Luiz Gabriel Lopes. O festival confirma sua vocação em ser um dos principais incentivadores do rap brasileiro com a presença de nomes importantes do gênero nestes 25 anos. O evento acompanhou com entusiasmo a evolução do rap e suas diferentes vertentes com escalações como Criolo, Rimas & Melodias, Don L, Edgard, Rashid e Black Alien, entre muitos outros. Mais atrações O festival Rec-Beat já divulgou outros dois nomes para sua edição comemorativa de 25 anos. A primeira foi a cantora, compositora e violonista baiana Josyara, que apresentará no festival faixas de seu aclamado disco, Mansa Fúria. Quem também sobe ao palco é Ana Frango Elétrico, artista e instrumentista carioca que traz ao Carnaval seu elogiado Little Electric Chicken Heart, um dos mais elogiados trabalhos da nova música popular brasileira. 25 anos de Rec-Beat Criado em 1995, o Rec-Beat é hoje um dos mais importantes festivais de música do Brasil. Idealizado e realizado por Antonio Gutierrez, o Gutie, o evento construiu ao longo desses 25 anos uma história de sucesso e relevância, sobretudo pelo seu interesse em incentivar e dar visibilidade às diferentes sonoridades da música brasileira. Ao longo de sua história, não só acompanhou lado a lado todas as transformações da música local e nacional como foi um dos agentes dessas mudanças. Do manguebeat ao carimbó, passando pela eletrônica, jazz, rap, rock e brega-funk, o festival sempre celebrou a diversidade cultural que está no cerne do Carnaval da cidade. O palco do Rec-Beat sempre busca proporcionar uma experiência inesquecível ao público ao propor o encontro de diferentes tribos, classes sociais, gênero, gerações, em um espaço democrático, livre e aberto a todo mundo. O festival se tornou um dos epicentros da efervescência do carnaval do Recife. A programação, ano a ano, traz nomes nacionais e internacionais no já tradicional palco no Cais da Alfândega, sítio histórico da cidade, além de realizar atividades ao longo do ano e palcos especiais em outras cidades, como Caruaru, Fortaleza, João Pessoa e São Paulo, entre outras, que já receberam edições especiais do Rec-Beat. O Festival Rec-Beat é uma realização Rec-Beat Produções com patrocínio Prefeitura do Recife e incentivo Funcultura - Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura e Governo de Pernambuco, apoio Copergás, Consulado Geral da França para o Nordeste em Recife, Instituto Francês do Brasil, Consulado Geral da República Federal da Alemanha em Recife e Pitú. Serviço: Festival Rec-Beat 2020 - 25ª edição Data: 22 a 25 de fevereiro de 2020 (sábado até a terça-feira de Carnaval) Início: 19h30 Local: Cais da Alfândega, Bairro do Recife GRATUITO, AO AR LIVRE, ABERTO AO PÚBLICO Informações: www.recbeatfestival.com Edição especial em Caruaru Data: 15 de fevereiro (sábado) Início: 16h Local: Estação Ferroviária, centro da cidade Gratuito Apoio da Prefeitura de Caruaru e Fundação de Cultura e Turismo

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Pesquisa investiga como trauma pode ser transmitido entre gerações

Maria Fernanda Ziegler  – É sabido que situações adversas ocorridas na infância, como negligência ou violência física, psíquica e sexual, podem ter reflexos negativos na saúde mental durante a vida adulta. Estudos também demonstraram que esses efeitos negativos podem ser transmitidos para gerações futuras, mesmo que os descendentes não tenham vivenciado tais experiências. O chamado trauma intergeracional foi observado pela primeira vez em descendentes de sobreviventes dos campos de concentração. Agora, os mecanismos de transmissão envolvidos serão investigados em uma pesquisa com 580 gestantes em situação de vulnerabilidade na cidade de Guarulhos (SP). O estudo, apoiado pela FAPESP e pelos National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, é conduzido por pesquisadores da Columbia University e da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Embora alguns estudos tenham demostrado a influência de eventos adversos ocorridos na infância da gestante sobre o desenvolvimento cerebral de sua prole, pouco se sabe ainda sobre os mecanismos envolvidos no processo. Nosso estudo é o primeiro a analisar as alterações placentárias e o neurodesenvolvimento do bebê por meio de análises genéticas, imagens de ressonância magnética neonatal e avaliações cognitivas”, disse Andrea Parolin Jackowski, professora da Unifesp e coordenadora do projeto no Brasil. Transmissão via placenta Segundo Jackowski as hipóteses predominantes relacionam a transmissão intergeracional de trauma a altos níveis de marcadores inflamatórios ou de cortisol – o hormônio do estresse – durante a gestação. Tal condição resultaria em alterações epigenéticas (modificações bioquímicas nas células que controlam a ativação ou silenciamento de genes) que são transmitidas para os bebês. De alguma forma, as substâncias pró-inflamatórias e o cortisol produzidos durante a gravidez de mulheres que sofreram traumas na infância ativa ou silencia genes ligados a problemas de saúde mental – como depressão, déficit de atenção e outros. “Isso é transmitido para o feto via placenta, que é o meio de comunicação entre a mãe e o feto. São essas alterações epigenéticas placentárias que alteram o desenvolvimento cerebral do feto”, disse. Prevenção Além de entender o mecanismo de transmissão do trauma intergeracional, o projeto tem o objetivo de identificar formas possíveis de prevenir problemas de saúde mental nos filhos de mulheres com esse histórico. “Podemos identificar quais comportamentos são alterados por esses mecanismos e pensar em formas de prevenção, possivelmente a ser adotada durante a gestação”, disse. O estudo vai avaliar 580 grávidas atendidas em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) de Guarulhos. O grupo será divido em dois: um composto por 290 mulheres que sofreram eventos adversos na infância e o outro por aquelas que não vivenciaram tais problemas. Além da análise genômica e epigenômica da placenta e de amostras de sangue (para ver marcadores de inflamação) e de cabelo (nível de cortisol) das mães e dos bebês, o estudo também vai acompanhar o neurodesenvolvimento do controle cognitivo dos bebês por 24 meses após o nascimento. A associação entre o trauma materno e o desenvolvimento do bebê será observada por meio de imagens de ressonância magnética de crânio dos neonatos e avaliações comportamentais de controle cognitivo aos 12 e 24 meses. “Sabe-se que as mães com histórico de experiências adversas na infância têm risco aumentado de gerar filhos que logo após o nascimento apresentam alteração em alguns circuitos cerebrais responsáveis pelo controle cognitivo. Aos 24 meses é possível identificar essas alterações no desenvolvimento. Por volta dos cinco ou seis anos, essas crianças apresentam risco aumentado de desenvolver comportamentos impulsivos”, disse. Jackowski destaca que, embora existam estudos em andamento focados no desenvolvimento infantil, inclusive na Columbia University, nenhum deles conseguiu tão a fundo as vias que relacionam experiências adversas na infância, inflamação, placenta e cérebro. “Só foi possível realizar esse estudo no Brasil porque infelizmente existe uma população vulnerável a vários tipos de violência e, felizmente, existe o SUS. Desse modo, conseguimos coletar informações detalhadas e de qualidade em uma população de baixa renda e em contexto propício para a realização de futuras intervenções que venham a quebrar esse ciclo de impacto da violência tão cedo quanto possível”, disse. O projeto é o desdobramento de um estudo-piloto realizado também em três UBS e uma maternidade em São Paulo com 40 grávidas e seus bebês. “Nossa ideia é, no futuro, prolongar o estudo com as 580 grávidas e acompanhar as crianças até a idade escolar”, disse. Agência FAPESP

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Para brasileiros, saúde pública e combate ao desemprego devem ser prioridades do país

45% dos entrevistados têm percepção de que economia está retomando o crescimento e 42% acreditam que ofertas de emprego devem aumentar. Com a reforma da Previdência aprovada, 64% já pensam em alternativas para complementar aposentadoria Um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que a melhora da saúde pública (39%) e o combate ao desemprego (39%) foram apontados pelos consumidores brasileiros como os principais problemas a serem enfrentados este ano para a retomada do crescimento econômico. O ranking de temas que merecem a atenção em 2020 é seguido por investimentos em educação (38%), combate à corrupção (25%), combate à violência (20%) e controle da inflação (18%), além da diminuição de impostos (18%). As áreas que mais devem registrar avanços neste ano, segundo a percepção dos entrevistados, são a criação de vagas de emprego (42% acreditam que irá aumentar), o combate à inflação (35% acreditam que ela irá reduzir) e a diminuição da inadimplência (32% acreditam que irá reduzir). Por outro lado, os consumidores avaliam que algumas áreas não devem evoluir, como a melhora da renda e salário, que para 43% seguirão estagnados, e os investimentos em saúde, que para 42% não irão se alterar. Embora a retomada do ambiente econômico ainda aconteça em ritmo gradual, os brasileiros estão, em algum grau, otimistas com o cenário para 2020. De acordo com a pesquisam, 45% dos entrevistados têm a percepção de que a economia vem se recuperando, embora 37% avaliam que essa retomada acontece de forma lenta e apenas 8% de maneira acelerada. Já 31% não percebem sinais de crescimento e 17% acham que a situação está piorando. Outros 7% não sabem avaliar. Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o que se espera é que os setores de comércio e serviços voltem a empregar, fazendo o dinheiro circular novamente. “Alguns avanços foram percebidos durante o primeiro ano da gestão do novo governo, como a reforma da previdência, mas há muitos desafios a serem enfrentados, principalmente diante do alto índice de desemprego no país”, afirma. 66% dos entrevistados consideram reforma tributária necessária; 32% estão otimistas com impactos da reforma da previdência na economia Na avaliação dos entrevistados, a aprovação das reformas estruturais deve melhorar o ambiente econômico do país. Para 66% dos brasileiros, a reforma tributária, que prevê a reestruturação do sistema de cobrança dos impostos no Brasil, é necessária. Também é considerada necessária a reforma administrativa (58%), que contempla a revisão de salários do funcionalismo público e o fim da estabilidade. Outra medida considerada importante pelos entrevistados é a chamada ‘PEC Emergencial” (57%), que propõe a criação mecanismos de redução dos gastos públicos quando saírem do controle. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a maioria dos brasileiros sente que a arrecadação de impostos não se reflete de maneira justa em benefícios sociais, assim como os próprios empresários. “A carga tributária avançou muito nas últimas décadas e a sensação é de que não há retorno em serviços públicos de qualidade. Não bastasse o peso da carga, as empresas enfrentam uma burocracia enorme para ficar em dia com o fisco, o que afugenta investimentos e prejudica a competitividade na indústria, nos serviços e nos demais setores produtivos”, pondera Marcela. Dentre os entrevistados que defendem a reforma tributária, 38% justificam que sua aprovação poderá reduzir a burocracia no pagamento de impostos e melhorar a questão fiscal no país (36%). Outros 36% acreditam que a reforma vai estimular o consumo e o dinheiro circulante na economia, enquanto 32% acham que deve reduzir a sonegação de impostos. De forma geral, a maioria das pessoas ouvidas acredita que as novas reformas propostas pelo governo têm chances de serem aprovadas, principalmente a abertura ao comércio internacional (60%) e as privatizações e concessões (59%). O levantamento ainda revela que sete em cada dez (68%) entrevistados avaliam que a recente reforma da previdência foi necessária. Com a sua aprovação, 32% mostram-se mais otimistas em relação à retomada do crescimento econômico, enquanto 31% estão indiferentes por não achar que a reforma traga grandes mudanças e 26% disseram estar pessimistas. E com a reforma da Previdência aprovada, muitos brasileiros já repensaram o seu futuro. A maioria (64%) dos entrevistados disse que pretende adotar alguma medida para garantir ou complementar a aposentadoria oficial, sendo que 37% planejam continuar trabalhando e 34% querem guardar dinheiro, seja por meio de uma previdência privada ou por outros tipos de investimento. Já 18% não pretendem adotar algum tipo de alternativa. Metodologia Foram entrevistadas 600 pessoas de ambos os sexos e acima de 18 anos, de todas as classes sociais, em todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

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Hotéis de Garanhuns faturaram mais de 2 milhões e 500 mil reais durante o Natal 2019

A Magia do Natal 2019 trouxe benefícios diretos para diversos setores econômicos de Garanhuns. De acordo com dados da Secretaria de Finanças, os hotéis da cidade contabilizaram um faturamento de mais de 2 milhões e 500 mil reais. Em relação a edição de 2018, houve um aumento de faturamento de cerca de R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais). Empresários do setor hoteleiro também relataram haver um aumento de 87% de ocupação, em relação aos outros meses do ano, de acordo com pesquisa divulgada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Além do setor hoteleiro, outro setor diretamente beneficiado foram os restaurantes, que em sua maioria, chegaram a triplicar o faturamento no período do evento, segundo a Secretaria de Finanças. O prefeito Izaías Régis comemorou o número e ressaltou a importância da colaboração dos empresários. “O setor de hotelaria é o mais beneficiado do evento. Milhares de turistas vem a Garanhuns e se hospedam em nossos hotéis durante a Magia do Natal. Conto com o apoio dos empresários na correta emissão das notas fiscais de serviços e o recolhimento de todos os tributos para que tenhamos mais recursos este ano, para fazermos um evento ainda maior”, relatou o gestor.

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Wings cria tecnologia alternativa ao seguro automotivo

A empresa pernambucana Wings criou o VAI (Vehicle Artificial Intelligence), um dispositivo que conecta o veículo a internet, permitindo acesso a tudo que se passa no automóvel via smartphone do proprietário por meio de um aplicativo. A solução promete ser uma alternativa mais barata aos seguros veiculares. Com mensalidades a partir de R$ 18, o sistema permite ter acesso a localização do carro em tempo real e também delimitar a região permitida para circulação de veículo e a velocidade máxima. A tecnologia traz ao mercado também uma ferramenta chamada de Estacionamento Seguro. Ela monitora e alerta para tentativas de roubo, colisão e até remoção com guincho, que é utilizada por mais de 70% dos contratantes, comprovando a preocupação do motorista brasileiro com a proteção do carro. “Sabemos que a cada minuto um carro é roubado ou furtado no Brasil. Ainda assim, de acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNSEG), mais de 70% da frota não possui seguro automotivo. Por esse motivo, decidimos utilizar a solução do carro conectado para tornar mais acessível a segurança veicular”, diz o diretor João Marcelo Barros. O sistema VAI foi criado a partir e uma parceria entre a Wings, o Cesar e a EMPRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). “A Wings comemora 10 anos em 2020 e temos muito orgulho em dizer que é uma empresa 100% pernambucana que leva a imagem de Recife como um polo referência em desenvolvimento tecnológico para todo o País”, afirma João Marcelo Barros. Com essa solução, a empresa registrou crescimento médio entre trimestres de 850% em 2019, encerrando o período com mais de 70 concessionárias revendedoras do VAI e com a consolidação do seu canal online, que já representa 20% das vendas do dispositivo.Para 2020, a meta da Wings é superar os R$ 87 milhões em faturamento e chegar à marca de 500 concessionárias conectadas.

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Codevasf inaugura Casa de Mel em zona rural de Petrolina

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) inaugurou nesta semana a Unidade de Extração e Beneficiamento de Mel em Roçado, comunidade na zona rural de Petrolina (PE). Foram investidos cerca de R$ 250 mil para a Casa de Mel de Roçado, com capacidade de extração de até 40 toneladas de mel por ano. “Já somamos quase 20 unidades de extração e beneficiamento de mel em nossa área de atuação. E para que os apicultores, além dos equipamentos da casa, também tenham os kits individuais para trabalhar, já garantimos mais de R$ 1 milhão destinados a compra de utensílios, indumentárias e equipamentos apícolas para 2020”, informou Aurivalter Cordeiro, superintendente regional da Codevasf em Petrolina. A ação visa fomentar e fortalecer a prática da apicultura em Pernambuco. No total, mais de R$ 10 milhões foram investidos e quase 3 mil famílias formam beneficiadas com a entrega de kits de apicultura e com a implantação de casas de mel nas regiões do São Francisco, Araripe, Sertão Central, Moxotó e Pajeú.

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