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Revista algomais

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Compras de roupas e calçados são as mais adiadas por falta de dinheiro

Com a maior rigidez para a concessão de crédito, comprar algum produto ou serviço pode ficar ainda mais difícil com menos dinheiro no bolso. Um levantamento nacional feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que os serviços e produtos que os brasileiros mais tem vontade de adquirir para ficar mais bonito, mas que não compram por limitação financeira são o clareamento dentário (21,0%) e a compra de roupas, calçados e acessórios (16,4%), especialmente entre as pessoas das classes C, D e E e residentes no interior. A pesquisa também procurou saber quais são os produtos ou serviços que os brasileiros têm a intenção de adquirir para ficar mais bonito nos próximos três meses e constatou que os cosméticos estão em primeiro lugar do ranking, com mais da metade das citações (50,7%), seguidos pelas roupas, calçados e acessórios (43,9%) e pelos cuidados com o cabelo, unha, barba e pelos (42,3%). Outras opções ainda mencionadas foram tratamentos odontológicos (24,4%), maquiagens (20,9%) e remédios e vitaminas (19,0%). Já com relação aos tratamentos de maior valor financeiro e de maior complexidade que os entrevistados têm a intenção de realizar pelos próximos 12 meses, os mais mencionados são clareamento dentário (20,9%), aparelho para correção nos dentes (14,8%) e a aplicação de porcelana nos dentes (10,4%). Para identificar o potencial de consumo no mercado de beleza, o estudo levantou os itens mais utilizados entre os consumidores entrevistados e os dividiu em cinco categorias. Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a análise permite construir um cenário mais preciso sobre os hábitos do consumidor em relação aos diversos produtos e serviços típicos do segmento de beleza e estética. “O levantamento pode ser bastante útil para os empreendedores que desejam investir, diversificando ou ampliando sua atuação neste mercado”, afirma. Entre os cosméticos mais utilizados no dia a dia pelos entrevistados estão o shampoo (75,2%), colônias e/ou perfumes (67,6%), condicionador (49,1%) e protetor solar (38,0%). As compras destes produtos são feitas principalmente com  evendedores de cosméticos (53,2%), em supermercados e/ou hipermercados (45,7%) e farmácias e drogarias (40,5%). O gasto médio com produtos desse segmento é de R$ 101 por mês. Fazer as unhas é o serviço mais utilizado do segmento (46,8%), seguido por hidratação capilar (35,7%) e depilação (34,2%). Os serviços mais complexos, como no caso de luzes (85,6%) e progressiva (81,3%) são os mais realizados com profissionais, tanto em casa quanto em espaços apropriados, seja por demandar maior qualificação dos especialistas que irão executar ou até mesmo pelas consequências que um serviço mal executado pode causar. A pesquisa ressalta também que milhões de brasileiros nunca realizaram vários destes procedimentos, como é o caso do design de sobrancelhas (63,1%), mechas (62,9%) e do alisamento/progressiva (61,2%). “A profissionalização é extremamente importante para aqueles que oferecem esses serviços. Os especialistas devem buscar, constantemente, o aprimoramento da técnica e a excelência no atendimento, bem como a incorporação de novos serviços que agreguem valor ao negócio e a adoção de uma política de preços atrativa, a fim de despertar o interesse de um número cada vez maior de consumidores”, indica Kawauti. Para a economista, vale a pena investir em recursos e estratégias para fazer deste local um espaço cada vez mais agradável, a fim de conquistar e fidelizar os consumidores. A média de gasto mensal com esses serviços é de R$ 78,00. O levantamento mostrou que na categoria “cuidados com rosto e corpo”, os serviços mais utilizados, independente da frequência com que são feitos são a limpeza de pele (41,2%, aumentando para 55,7% entre as mulheres) e a academia (33,1%). Grande parte dos tratamentos investigados ainda não têm uma utilização significativa entre os entrevistados: dos nove tratamentos e serviços pesquisados, seis nunca foram feitos por pelo menos 65% da amostra, principalmente peelings químicos (89,3%), drenagem linfática (89,1%), tratamentos para rugas e linhas de expressão (88,2%) e tratamentos para gordura localizada e celulite (88,2%). O gasto médio mensal com os tratamentos estéticos não invasivos é de R$ 90,00 e os locais mais procurados para a aquisição destes serviços são salões de beleza (59,9%), academias (28%) e clínicas especializadas (18,2%). Os resultados mostram que não é muito significativo o percentual de entrevistados que já fizeram algum tratamento invasivo, sendo os mais usuais o clareamento dentário (26,5%), uso de remédios para emagrecer (23,3%) e porcelana nos dentes (12,2%), além de cirurgias plásticas variadas. O principal impedimento para a realização dos procedimentos desejados é a falta de dinheiro (74,3%), principalmente entre os mais jovens e pessoas da classe C. Entre os entrevistados que já fizeram algum procedimento invasivo, 84,7% comentaram com conhecidos o que fizeram, principalmente porque não veem problemas em contar. Entre os serviços que ainda não fizeram mas têm vontade estão o clareamento nos dentes (47,5%), depilação definitiva (38,0%) e porcelana nos dentes / coroa dentária (33,9%). Entre os itens de vestuários mais comprados pelos brasileiros pensando em ficar mais bonitos, as roupas (87,3%), calçados (72,2%) e acessórios (50,1%) são os mais citados. De acordo com o levantamento, os locais onde os entrevistados mais compram estes produtos são: revendedores de cosméticos (37,6%), lojas de departamento (28,8%) e supermercados (26,2%). O gasto médio no mês anterior à pesquisa com estes itens foi de R$ 222 e maior entre as classes A e B (R$ 275). Para a economista Marcela Kawauti, a pesquisa evidencia boas oportunidades de investimento em categorias não apenas com itens financeiramente mais acessíveis, mas também de tratamentos invasivos e procedimentos cirúrgicos, que possuem um custo superior. “Para o mercado, este é um sinal de que é preciso pensar em estratégias financeiras que possam aproximar os consumidores aos produtos e serviços que eles desejam adquirir e que, frequentemente, não o fazem por falta de alternativas e de dinheiro”, conclui. A pesquisa ouviu 790 consumidores de ambos os gêneros, todas as classes sociais e acima de 18 anos nos 27 Estados e teve como propósito mapear o mercado de beleza a partir do consumo de produtos e serviços, investigando motivações e influenciadores no processo de compra. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.

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Insatisfação com valor de impostos

Sete em cada dez brasileiros concordam que a baixa qualidade dos serviços públicos se deve mais à má gestão dos recursos do que à falta deles. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 81% dos brasileiros acreditam que o governo já arrecada muito e não precisa aumentar os impostos para melhorar os serviços públicos. Para 84% das pessoas os impostos no Brasil são elevados ou muito elevados e 73% são contra o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Para 80% dos entrevistados, o governo deve reduzir as despesas atuais para diminuir os déficits orçamentários. Dos que acham que deve manter os gastos, a primeira opção para estabilizar as contas públicas deve ser a privatização de bens. "A população não quer pagar mais impostos e continuar tendo serviços de má qualidade. É preciso aumentar a eficiência do uso do dinheiro público, além de promover um debate que informe à sociedade a situação das contas do governo e explique a necessidade de reformas urgentes, como a da Previdência", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. A pesquisa foi feita em parceria com o Ibope e entrevistou 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 17 e 20 de março. O número de brasileiros que têm a percepção de que pagam caro por serviços ruins é cada vez maior. Considerado o elevado patamar de impostos pagos no país, 90% dizem que os serviços deveriam ser melhores. Em 2013, o volume era de 83%, e em 2010, de 81%. A saúde e a segurança têm as piores avaliações entre os 13 serviços analisados. Receberam os índices mais baixos - 20 e 22 pontos -, em uma escala em que valores superiores a 50 representam que a parcela da população que considera o serviço de alta ou muita qualidade é superior à que considera de baixa ou muito baixa qualidade. Nenhuma das opções alcançou índice acima dos 50 pontos. Os que tiveram a melhor avaliação foram o fornecimento de energia elétrica e os Correios, com 48 e 46 pontos, respectivamente. Entre os 13 serviços avaliados, seis tiveram queda em relação à pesquisa anterior, realizada em julho de 2013. Contra a volta da CPMF Apesar de 65% dos entrevistados não saberem o que é a CPMF, quando informados pelos entrevistadores, 73% disseram ser contra a cobrança. Para 70% dos que responderam à pergunta, a CPMF é um imposto injusto, que afeta as pessoas independentemente de seu nível de renda. A volta da CPMF poderá aumentar os preços dos produtos, na opinião de 59% dos entrevistados. O argumento de que o recurso do tributo será investido na Previdência Social e na saúde não convence os brasileiros a serem favoráveis ao seu retorno. Para 61% dos entrevistados, a recriação da CPMF não vai melhorar a vida dos brasileiros. Reequilíbrio das contas públicas Para 59% da população, os gastos públicos subiram muito nos últimos anos e 80% acreditam que o governo deve reduzir as despesas atuais para diminuir os déficits orçamentários. Entre os que recomendam o corte de gastos, a prioridade deve ser reduzir o custeio da máquina pública e os salários dos funcionários públicos, na opinião de 32% e 22%, respectivamente. Para os que acham que o governo deve manter os gastos, foram apresentadas três opções para estabilizar as contas. Do total, 42% disseram que o governo deve vender ou conceder bens e estatais à iniciativa privada, 17% defenderam a criação de impostos e 12% acham que é melhor aumentar a dívida pública. Outros 30% não souberam responder. Uso de recursos por instâncias de governo Quanto menor a instância de governo, maior a percepção da população de que o dinheiro é bem utilizado. Dos entrevistados, 83% consideram que os recursos federais são mal utilizados ou muito mal utilizados pelo presidente da República e seus ministros. O percentual cai para 73% quando se analisa o orçamento estadual e para 70% quanto se verifica o municipal.

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Recife recebe workshop sobre marketing político digital

Em um momento em que o universo da política está cada vez mais no foco de debates, o Recife recebe uma ação voltada para interessados no assunto, o Workshop sobre Marketing Político Digital - Oportunidades para as Eleições de 2016. O encontro acontece neste sábado, 16 de julho, das 9h30 às 18h, no Impact Hub, localizado na Rua do Bom Jesus, Bairro do Recife. Destinado a políticos, candidatos e coordenadores de campanhas eleitorais, assessores de políticos e de candidatos e profissionais de comunicação (publicidade, relações públicas, jornalismo, rádio e TV) o curso será ministrado pelo consultor e palestrante Leandro Rehem e pela especialista em inteligência, comunicação e monitoramento em mídias sociais Fátima Silana, com participação da advogada e blogueira Noélia Brito. As inscrições podem ser feitas por meio do link. A programação consiste em sete horas de treinamento intensivo sobre os principais aspectos que envolvem a criação de uma presença política na internet como Marketing Político Digital (MPD) na prática, Produção de conteúdo, Inbound Marketing, Conversão de Visitantes em Eleitores, Planejamento e Estratégia, Combate à guerrilha e Estruturação de equipe, além de algumas tendências e dicas práticas. No período da manhã, Fátima Silana fala sobre como as mídias sociais e o monitoramento podem fazer a diferença para uma campanha, abordando questões como identificação de militâncias, problemas da cidade, geração de insights para estratégias de campanha e diagnóstico da receptividade do programa eleitoral. No período da tarde, Leandro Rehem apresenta as principais técnicas disponíveis no mercado para criação de campanhas eleitorais na Internet. Neste contexto, será abordado o planejamento de uma campanha política digital, o perfil do eleitor conectado, a legislação eleitoral na web, marketing de conteúdo, marketing de atração, email marketing e dicas práticas. O curso termina com uma conversa com a convidada Noélia Brito sobre Expectativas e Perspectivas para eleição 2016. Noélia é jornalista, procuradora do Município do Recife e editora do Blog da Noélia Brito, de conteúdo político. Milita ativamente nas redes sociais e possui um perfil no Google+ que já obteve mais de 13,6 milhões de acessos. Fátima Silana é especialista em inteligência, comunicação e monitoramento em mídias sociais com mais de 12 anos de experiência profissional, além de Gerente de Projetos da E.life, empresa brasileira pioneira e líder na América Latina em monitoramento, análise e gestão do relacionamento nas mídias sociais. Leandro Rehem é publicitário especialista em marketing digital, conteúdo para web e novas mídias. Atualmente, é sócio da LeWay Marketing & Conteúdo.

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SPN anuncia seminário de aconselhamento

O SPN mais uma vez realiza o Congresso SPN em Aconselhamento Bíblico, com o tema geral deste ano: Família, sexo e sociedade.  Os palestrantes deste ano serão George Scipione (USA); Douglas Leaman (USA); Valdeci Santos (SP); Paulo Brasil (PA); Victor Ximenes (SP); Aláuli Oliveira (AL) e Gaspar de Souza (PE). O evento acontece entre os dias 24 e 27 de agosto. O investimento para participação é de R$80,00 (pagamento por depósito bancário ou no cartão). Aos interessados solicitem por e-mail o link do formulário eletrônico para garantir sua vaga. Mais informações: (81)3227-0986, spnipb@gmail.com ou eventosspn@gmail.com. SPN: "Fidelidade às Escrituras, excelência no ensino e compromisso com a Missão: esse é o nosso lema".

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Augusto Cury lança Ansiedade 2

O tão aguardado livro Ansiedade 2 – Autocontrole chega às prateleiras de todo o País a partir de julho e reserva grandes surpresas. Nele, o psiquiatra e psicoterapeuta Augusto Cury abre sua vida e conta como aplicou técnicas para o autocontrole em sua rotina. O livro é continuação do best-seller Ansiedade – Como enfrentar o mal do século, que está na lista dos mais vendidos da editora Saraiva desde sua publicação. Para que os leitores tenham uma vida emocional saudável e plena, Augusto Cury ressalta temas como o gerenciamento do estresse e desenvolvimento do autocontrole e explica a diferença entre ansiedade e estresse, salientando que ambos são essenciais para a vida, mas, como tudo, precisam ser dosados. O autor ainda resgata temas importantes do primeiro livro como a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), que faz com que as pessoas se tornem prisioneiras da própria mente com o passar do tempo. A grande novidade desse lançamento é que Cury utiliza acontecimentos de sua própria história para mostrar como é possível empregar técnicas para vencer o medo de fracassar e alcançar o êxito pessoal e profissional – uma destas envolve a própria SPA em sua adolescência. Sobre o autor AUGUSTO CURY é psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor. Sua obra, composta de livros de ficção e não ficção, está publicada em mais de 70 países e vendeu mais de 25 milhões de exemplares somente no Brasil. Autor da Teoria da Inteligência Multifocal, que estuda a formação do Eu, os papéis da memória e a construção dos pensamentos, Cury é um dos poucos pensadores vivos cuja teoria é objeto de estudo em cursos de pós-graduação. Criou o programa Escola da Inteligência para ser introduzido na grade curricular, com enfoque na educação da emoção e no desenvolvimento da inteligência. Seu instituto Menthes promove cursos para adultos e crianças para o desenvolvimento da qualidade de vida e da excelência emocional.

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Xô, cabileira

Houve um tempo - sombrio tempo, saliente-se - em que as paredes de Pernambuco eram tomadas pela mensagem Xô, cabilera, parida como que a fórceps, em português capenga e de gosto deplorável. Era endereçada ao candidato Marcos Freire, que, segundo indicavam as pesquisas, era o virtual vencedor da eleição que se avizinhava, para governador de Pernambuco. Era preciso derrotar o esquerdista Marcos Freire, pois, não importando os meios. Na guerra, tudo é válido, certamente avaliavam, para afastar qualquer resquício de consciência. A cada dia mais a luta se acirrava, como se fossem batalhas campais travadas no campo aberto da opinião. A indignidade, por seu turno, atingia o ponto de superlativa baixeza, ao se forjar o que buscava ser o flagrante de um encontro clandestino da esposa do candidato, dona Maria Carolina Vasconcelos Freire, com o então deputado federal Fernando Lyra, destacado membro do estado-maior da campanha do amigo Marcos Freire. Da farsa resultara uma ultrajante montagem fotográfica do casal desnudo, em um motel brasiliense. A vilania foi tanta que, mesmo integrantes da campanha do adversário, censuraram veementemente aquela calhordice. O próprio candidato, Roberto Magalhães, um homem digno, extremamente irritado com aquele procedimento ameaçou retirar seu nome do pleito, caso a prática criminosa, atribuída ao Serviço Nacional de Informações SNI, não fosse abandonada. Eram inaceitáveis as ofensas à honra do seu principal adversário, que, como ele, também era professor da Faculdade de Direito do Recife. Mas por que tanta vilania? - há que se perguntar. A resposta é simples: Marcos Freire era um líder nato e, na época, o poder estabelecido não acreditava dispor àquela altura de um nome capaz de arrostá-lo. Tinha. Tanto que, com a colaboração do voto vinculado, o eleito foi Roberto Magalhães. O tal voto vinculado só era válido se dado a um mesmo partido ou coligação, de vereador a presidente da República, passando por prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador e governador.O resultado foi que Roberto Magalhães, ainda que anteriormente em desvantagem, elegeu-se governador com 909.962 votos, contra 814.447 de Marcos Freire. Mas quem foi Marcos Freire? Em linhas gerais, foi advogado, professor e importante político brasileiro, tendo como tal exercido os mandatos de deputado federal e senador por Pernambuco. Mas não foi só isso. Ele foi mais, muito mais. Qualificado intelectualmente, bem-apanhado pessoalmente e comunicador eficiente, não lhe foi difícil estabelecer uma parceria de sucesso com a vida. Tal sucesso, contudo, não veio embalado em um pacote de presente. Em 1950, Marcos Freire ingressou na Faculdade de Direito do Recife, e ali, cinco anos depois, bacharelou-se. Naqueles cinco anos começou a ser moldado não só o advogado mas, também, o político brilhante, já que ele participava ativamente da política estudantil. Sua vida pública, aliás, teve início naquele tempo, como oficial de gabinete do então prefeito Pelópidas Silveira. Dali em diante, foi uma vida de conquistas. Foi Secretário de Assuntos Jurídicos e, depois, de Abastecimento e Concessões da Prefeitura do Recife, cargo que ocupou até o movimento militar de 31 de março de 1964. Como era filiado ao Partido Socialista Brasileiro, o PSB, e naquela quadra da vida brasileira isso não era exatamente uma credencial, perdeu seu lugar. Elegeu-se prefeito de Olinda pelo MDB, quando obteve mais do que a soma dos votos dos outros dois candidatos por sublegendas do partido do governo, no entanto, fruto de uma atitude coberta de brio, renunciou ao cargo, pouco antes da posse, em repúdio à cassação do mandato do vice-prefeito eleito, Renê Barbosa. Era o funesto AI-5 mostrando a que viera. Entristecido com aqueles tempos, resolveu voltar-se para o magistério universitário, tornando-se professor na Faculdade de Ciências Econômicas. Ademais foi professor titular da cátedra de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, onde se graduara e ensinou também na Escola Superior de Relações Públicas de Recife. Em 1970, porém, não resistindo à vocação, elegeu-se deputado federal por Pernambuco, quando teve a maior votação do Estado. Orador com dotes excepcionais, logo ele chamou a atenção da imprensa para a contundência dos seus discursos não só sobre assuntos institucionais, mas igualmente em defesa das parcelas da sociedade que não podiam expressar livremente suas opiniões, como os artistas, dramaturgos, escritores e jornalistas. A campanha de Marcos Freire ao Senado, por seu turno, em 1974, foi a mais marcante ocorrida em Pernambuco durante o ciclo militar. Com sua oratória fácil, seu magnetismo e o seu poder de persuasão, ele conquistou eleitores em todo o Estado, com o slogan “Sem ódio e sem medo”. Conquistou 605.953 votos, contra 478.369 votos do adversário, o candidato apoiado pelo governador Francisco de Moura Cavalcanti e os ex-governadores Etelvino Lins, Cordeiro de Farias, Cid Sampaio, Paulo Guerra e Nilo Coelho. Vencera uma fortíssima estrutura de conquista de votos. Adicionalmente, além de jovem, carismático e simpático, o concorrente fora um político de 76 anos, chamado João Cleofas de Oliveira. Além de viver no Rio de Janeiro, Cleofas de Oliveira já havia perdido três eleições para o governo de Pernambuco, primeiro para Agamenon Magalhães, depois para Cordeiro de Farias e em seguida para Miguel Arraes, o que lhe valera o incômodo apelido de João Três Quedas. Lado a lado com a personalidade afável, porém, caminhava um homem movido pelo inconformismo, levando-o a formar, quando deputado, o grupo dos autênticos do MDB, uma ala mais à esquerda do partido. Lutou, e saiu vencedor, pela convocação da Assembleia Nacional Constituinte, pela anistia para os cassados e banidos pelo regime militar, pela eleição direta em todos os níveis, pela reforma agrária e pelo fim da censura aos órgãos de imprensa. Um dia, no entanto, e sempre chega um dia, Marcos Freire e a política se divorciaram. Ele se tornou presidente da Caixa Econômica Federal, e depois ministro da Reforma Agrária, no Governo José Sarney. Exerceu o. cargo por pouco tempo, de 4 de junho a 8 de setembro de 1987. Eram muitos os planos para fazer a tão sonhada reforma agrária - afinal era assunto do ministério de que ele era o titular - mas a indesejável das

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As campanhas políticas são machistas

A conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, Teresa Duere, fala à equipe da Algomais sobre sua trajetória social e política. Sua amizade com Dom Helder e a sua experiência de viver no Chile, em anos de ditadura militar no Brasil também entraram na conversa. Recifense, ela foi uma das deputadas estaduais de maior destaque na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Como foi a sua infância? A minha infância foi muito boa. Sou recifense com muito orgulho. A cidade ainda era pacífica. As crianças podiam brincar na rua, podiam viver e ser criança. Tinha o Parque 13 de maio, tinha a festa da mocidade... Morei na Av. Visconde de Suassuna. Meu pai era empresário e depois foi político. O único trabalho da minha mãe foi ser voluntária no Banco da Providência com Dom Helder Camara. A senhora teve contato com Dom Helder? Trabalhei nove anos com ele. Eu fui fazer parte de um movimento chamado "Bandeirantismo" que, à época, era uma forma de você dar formação. Quem foi minha chefe foi Zezita Cavalcanti, secretária de Dom Helder. Fui uma das selecionadas para estagiar e lá fiquei trabalhando em uma área que Dom Helder chamou de "Operação Esperança", que era um movimento de formação de grupos para discutir as questões de direitos sociais, principalmente nas periferias. Depois ele ganhou um prêmio do exterior e quis mostrar que a reforma agrária era possível. Com esse prêmio comprou três engenhos e a partir daí fui trabalhar na zona rural, na questão da reforma agrária, no Cabo. Eu devia ter uns 20 e poucos anos. Como era esse trabalho? Reunião com associações. Trabalhava com eles para a formação da comunidade do engenho, formávamos escola, tínhamos uma área coletiva onde todos tinham que dar uma contribuição. Todo um trabalho de educação social. Esse trabalho influenciou sua carreira? Eu acho que não influenciou. Eu sempre gostei. Eu tenho um compromisso muito grande com a questão social, popular. Achei que o curso de Serviço Social seria o caminho a seguir, e foi. Foi um caminho que me deu muito conhecimento de instrumentos para essa questão. Depois, houve o golpe militar e consideraram que essa área rural de Dom Helder era guerrilha e aí tivemos - eu e Zezita - que sair. Eu fui para o Chile e ela para o México. Eu passei cinco anos fora, de 68 até 73. Como foi essa experiência? Eu trabalhava em uma fábrica de móveis que tinha sido tomada pelos trabalhadores e, à tarde, trabalhava em um projeto de pesquisa e estudo sobre as questões que estavam ocorrendo naquele momento. Era um grupo de intelectuais e eu ajudava como um apoio administrativo. Como era a atmosfera na época? A gente tinha muito receio, porque o governo brasileiro tinha profissionais para ficar nos acompanhando. Não podíamos formar grupos, a não ser que você conhecesse. Havia um isolamento grande pelo medo que tínhamos de se relacionar porque essas pessoas poderiam ser informantes. Não que fizéssemos grandes coisas, mas, por exemplo, íamos para as marchas de Salvador Allende. Sábados e domingos colhíamos vinhas que tinham sido tomadas pelos agricultores. Os estudantes eram convocados e nós íamos, pois não havia máquinas. Nunca me arrependi. Foi uma experiência válida. Como foi a queda de Allende? Eu saí 24 horas antes dele cair. Tinha uma pessoa muito amiga de Dom Helder, que era ministro, e ele me disse: "Vá embora enquanto é tempo. Tem um avião saindo para Buenos Aires, pegue e vá embora". Pegamos o avião e fomos. Ficamos em Buenos Aires para de lá voltarmos para o Brasil. Mas só pude voltar para o Recife na Anistia, em 79. Enquanto o processo corria, fiquei no Rio de Janeiro. Ainda quando cheguei lá quiseram me prender. Nesse período que fiquei no Rio. Tive apoio do pessoal de Dom Helder para trabalhar, mas sempre quis voltar para Recife. Quando pude voltar, fui falar com velhos companheiros de luta e as pessoas sempre diziam que não podiam fazer nada. A vida é muito interessante mesmo, porque quem me telefonou convidando para voltar foi Gustavo Krause. Ele me disse: "Olhe, sou prefeito do Recife, mas quero dizer a você que se você quiser voltar para o Recife, tenho um lugar". Eu respondi que não me filiaria ao partido dele, mas ele me deixou à vontade. Até que chegou uma época em que se falava muito dos "Tupamaros de Krause" (risos), que era aquele pessoal mais de esquerda que ele chamou para fazer o trabalho social. Eu era um desses. Construímos várias ruas, fizemos os barracões, grupos de ações comunitárias, feirinhas típicas... Teve um trabalho social muito intenso naquela época. Ele dava autonomia completa. Qual foi a emoção de ter voltado para Recife depois de tanto tempo? Recife é meu lugar, eu amo essa cidade, gosto de Pernambuco. Às vezes as pessoas dizem que se tivessem mais novas iriam embora por causa dos problemas. Se eu fosse mais nova ficaria aqui e não tenho nenhuma vontade sair, a não ser para passear. Tenho que lutar por isso, é minha raiz e meu povo. Voltar para o Recife foi um recomeço de muita coisa e foi interessante porque voltei dessa forma. Depois Krause foi ser vice de Roberto Magalhães. Como você entrou para a vida político partidária? Depois de trabalhar na área de habitação no governo, fui convidada por Marcos Vilaça para a Legião Brasileira de Assistência (LBA). Fui posteriormente ser diretora nacional da LBA no Rio de Janeiro. A intermediação para a carreira política veio através de Marcos Vilaça, que era muito amigo. Ele ficou forçando para que eu me candidatasse e fui a Dom Helder, que me encorajou. Fiquei preocupada com a ligação com o partido de José Mendonça, mas Dom Helder disse que isso não valia de nada. O importante eram meus princípios, convicções e o trabalho que eu iria fazer. Fui e fiquei na suplência de José Mendonça. Sempre ficava desconfiada porque todos diziam que ele era coronel, mas hoje digo que foi um grande

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Museu da Cidade do Recife apresenta Paisagens

O Museu da Cidade do Recife recebe, a partir do próximo dia 16 de julho, a mostra Paisagens. Composta por 22 fotografias da artista visual francesa Dominique Berthé, a exposição é baseada no livro homônimo, lançado em março deste ano no MCR, e que reúne imagens captadas no nordeste brasileiro desde o início dos anos 20006, quando a fotógrafa veio morar definitivamente no país. A mostra pode ser conferida até o dia 28 de agosto, com entrada franca. O Museu fica no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, e funciona de terça a domingo, das 9h às 17h. Os registros, que retratam texturas naturais, marcas da passagem do tempo no homem e na natureza, foram impressos em papel de tela de algodão em variados tamanhos e divididos em quatro ambientes: cinza de cana queimada, cana queimada inteira, cabelos e sala de projeção de imagens (serão projetadas todas as fotos do livro e mais 50 extras) com paisagem sonora – a captação de sons foi feita por Saluá Oliveira, durante as viagens de Dominique pela região. A poeta pernambucana Maria Alice Amorim também acompanhou a fotógrafa na feitura de algumas imagens, as mais recentes, em busca de inspiração para a concepção do poema Pays Sage, que recorta todo o livro e agora estará disposto para leitura na mostra. Com essas imagens de plantações de cana de açúcar, Paisagens dialoga com a exposição anual, Doc(e) Recife, em cartaz no Museu, e que aborda a história do município através da trajetória do açúcar e seu impacto na vida política, econômica, social e cultural da cidade. No Museu, estará disponível para venda o livro Paisagens. São 84 páginas que reúnem 96 fotos, realizadas desde seus primeiros carnavais olindenses, em 1997, até material exclusivo feito na Chapada Diamantina, em 2015, especialmente para o projeto, abrangendo também cidades como Petrolina, Recife, Ipojuca e Seridó. A ARTISTA Dominique Berthé (Brest, França, 1962) é uma das mais destacadas artistas visuais francesas radicadas em Pernambuco, realizando trabalho escultórico, fotográfico e instalações marcados pela articulação entre o uso de materiais diferenciados (ferro, água, plástico, vidro, entre outros) e soluções construtivas (cortes, encaixes, dobras, nós) típicos de uma artesania construtiva, além do emprego de uma linguagem plástica referenciada na história da arte contemporânea. SERVIÇO Mostra Paisagem, de Dominique Berthé Onde: Forte das Cinco Pontas – Museu da Cidade do Recife (Praça das Cinco Pontas, s/n - São José, Recife) Quando: De 16 de julho a 28 de agosto Quanto: Acesso gratuito O Museu funciona de terça a domingo, das 9h às 17h

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Gravatá sedia maior feira de calçados do Nordeste

De 12 a 14 de julho, Gravatá sedia a 19ª edição da Feira Calçados Nordeste. Considerada a maior feira do segmento calçadista na região, a Calçados Nordeste vai trazer as novas tendências do segmento, com a Coleção Primavera-Verão 2016. A feira, que acontece no Centro de Convenções do Hotel Canariu's, terá 58 estandes e mais de 170 marcas de âmbito nacional. A expectativa de negócios é de aproximadamente R$ 50 milhões, fomentando assim o comércio dos estados de Alagoas, Pernambuco,  Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Nos três dias do evento, 1,5 milhão de pares de calçados, além de bolsas, cintos e acessórios, devem ser comercializados. Estão confirmadas as participações de grandes marcas conhecidas no mercado.  "Pernambuco é considerado um dos maiores centros de negócios da região. Com localização privilegiada e infraestrutura turística de primeira qualidade, é o mais apto e adequado para receber fabricantes, representantes, lojistas e convidados", afirma o diretor executivo da Lampejo Comunicação, Marketing e Eventos, Artur Brito. Sucesso – Realizada desde 2007, a Calçados Nordeste é destinada a lojistas e fechada ao público varejista. Consolidada como uma grande oportunidade de negócios, tem como objetivo alavancar as vendas do setor calçadista, assim como proporcionar aos lojistas maior conforto e maior possibilidade de negociação,  com diversas marcas em um mesmo local.

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