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Conta de luz: Bandeira tarifária segue verde

A bandeira tarifária aplicada nas contas de energia elétrica em junho será a verde, ou seja, não haverá acréscimo de valor para os consumidores. Este é o terceiro mês seguido em que a bandeira definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é verde. A decisão foi tomada hoje (31), em reunião extraordinária da diretoria da agência. Segundo a Aneel, a manutenção da bandeira verde foi possível por causa do resultado positivo do período úmido, que recompôs os reservatórios das hidrelétricas. Além disso, houve o aumento de energia disponível com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico do país. Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro de 2016, a bandeira se manteve vermelha (com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos). Em março, passou para amarela (com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh) e, em abril e maio, a bandeira foi verde. O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado como forma de recompor os gastos extras das distribuidoras de energia com a compra de energia de usinas termelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade. Por exemplo, quando o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas está mais baixo, por causa da falta de chuvas, é preciso aumentar o uso de usinas termelétricas para garantir a energia necessária para o país. Como a energia gerada por termelétricas é mais cara, o custo da energia fica maior, e a bandeira tarifária passa a ser amarela ou vermelha. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste está atualmente em 56,6% de sua capacidade máxima. De acordo com a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que era incluído na conta de energia, sem acréscimo no reajuste tarifário anual das distribuidoras. Segundo a agência, a bandeira torna a conta de luz mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente. (Agência Brasil)

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IBGE completa 80 anos

Nas últimas oito décadas, o Instituto não apenas testemunhou as profundas transformações econômicas, sociais e ambientais ocorridas no país; ele contou a história dessas transformações. E contou de uma forma como só o IBGE, com seus levantamentos sistemáticos e a presença em todo o território brasileiro, poderia contar. Uma história que permite aos governantes, ao setor privado e a cada cidadão brasileiro compreender melhor o país e seus moradores, empreender mudanças e buscar os avanços desejados e necessários. Como esta é uma tarefa incessante e de proporções literalmente continentais, os anos passam, mas a missão do IBGE, de "retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania", nunca envelhece. Para cumprir essa missão, o IBGE conta com a confiança e a colaboração da população e das empresas, além do trabalho e dedicação de seus cerca de 11 mil funcionários (entre permanentes e temporários), atuando na sede, no Rio de Janeiro, em unidades nas capitais dos 27 estados brasileiros e nas 584 agências distribuídas por todo o país. Completar 80 anos é um marco importante na trajetória do IBGE e não há forma melhor de celebrar do que convidando o país a se aproximar ainda mais desta instituição, que é um patrimônio de todos. O IBGE foi idealizado e fundado pelo baiano Mário Augusto Teixeira de Freitas (1890/1956). Iniciou suas atividades em 1936, com o nome de Instituto Nacional de Estatística (INE) e o objetivo de articular e coordenar as pesquisas estatísticas existentes no país. Em 1937 incorporou o Conselho Brasileiro de Geografia, passando a se chamar Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para conhecer mais sobre nossa história, visite o site da Memória Institucional. Ao longo dessas oito décadas, o IBGE mostrou um Brasil que deixou de ser um país rural e se tornou urbano, com uma população que quase quintuplicou, passando de 42 milhões para 205 milhões de pessoas, vivendo cada vez mais e tendo cada vez menos filhos. Acompanhou as mudanças e a diversificação da estrutura da economia do país, que é ainda marcada pela forte concentração nos grandes centros e por intensas desigualdades sociais e regionais. Revelou que a estrutura das famílias se diversificou, indo muito além do tradicional casal de sexos diferentes com filhos, e mostrou como seus padrões de consumo sofreram alterações. Registrou que a internet chegou a 42% dos lares e já é utilizada por mais de 95 milhões de pessoas - embora mais de 1/3 dos domicílios ainda não tenham rede de esgoto. Mostrou que houve avanços importantes na educação e em relação à igualdade de gênero e cor/raça, mas que ainda há muitos jovens fora da escola, que as mulheres que trabalham ainda ganham cerca de 70% do rendimento dos homens e que a situação dos pretos e pardos em diversos indicadores sociais não chega ainda ao patamar da alcançada pelos brancos dez anos atrás. Investigou como o território nacional foi ocupado e modificado pelos mais diversos usos e documentou as alterações nos aspectos físicos dos 8.515.767,049 km2 de Brasil, como as mudanças nos limites político-administrativos, nos pontos extremos e nas alturas dos pontos culminantes do país, bem como as oscilações no nível médio do mar. Todas as informações produzidas pelo IBGE seguem padrões, metodologias e princípios fundamentais públicos e recomendados internacionalmente, entre os quais se destacam imparcialidade, ética, transparência, igualdade de acesso, eficiência e confidencialidade. O site na internet é a principal porta de entrada para o IBGE. Aqui é possível ter acesso a todos os resultados do trabalho do Instituto nas áreas de estatística e geociências; a produtos especiais dedicados a crianças, jovens e professores; além de conhecer os perfis das 27 Unidades da Federação e dos 5.570 municípios brasileiros. Também é possível saber como o Brasil está em relação aos demais países do mundo no que diz respeito a uma série de indicadores sociais, econômicos, ambientais e demográficos. O IBGE tem um abrangente banco de dados que pode ser acessado gratuitamente, um portal de mapas sobre os mais diversos temas, com uma ferramenta de mapas interativos, e uma biblioteca digital, onde é possível consultar e baixar, também sem custo, publicações atuais e históricas, como os Censos Demográficos desde 1872. Todas as divulgações do Instituto estão disponíveis na nossa Sala de Imprensa. O IBGE também está nas redes sociais Facebook, Twitter, Instagram e no Youtube, onde, entre outros, um conjunto de vídeos, da série “IBGE Explica”, detalham conceitos, definições e a importância de alguns de nossos estudos e pesquisas. Em 2016, o IBGE coroou seus 80 anos assumindo a importante tarefa de dirigir as discussões a respeito da produção e disseminação de estatísticas oficiais, a partir da eleição de sua presidente, Wasmália Bivar, como primeira mulher latino-americana a presidir a Comissão de Estatísticas da ONU. A trajetória e o reconhecimento internacional levam o IBGE a se reposicionar constantemente diante dos desafios contemporâneos. Atualmente o Instituto participa ativamente do processo de formulação dos indicadores de monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), eixo central da Agenda 2030 para os países das Nações Unidas. E como o tempo corre rápido, na velocidade das mudanças tecnológicas, o IBGE não para. Aos 80 anos, renova a cada dia a energia e a disposição para continuar fazendo parte da vida do Brasil e dos brasileiros.

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Rubem Rocha Filho – o eco da saudade... (Por Romildo Moreira)

São oito anos de ausência da ribalta pernambucana. O dramaturgo, ator, encenador e professor de teatro Rubem Rocha Filho partiu para a eternidade (como diria Nelson Ferreira) em 28 de maio de 2008, deixando na cidade que escolheu para viver, Recife, uma vasta legião de admiradores, que não se restringe ao segmento teatral, mas extensiva está a toda uma roda viva intelectual da Veneza Brasileira. Com berço carioca (1939), formação acadêmica americana na Wesleyan (em Connecticut) onde cursou Dramaturgia, extensão profissional em Londres, escrevendo e produzindo programas de rádio para a BBC, com o requinte de ter feito teatro na Academia Silvio D’Amico, em Roma, Rubem Rocha Filho se reeducou como brasileiro na capital pernambucana, inicialmente tragado pela cultura popular nordestina que lhe fora apresentada por Hermilo Borba Filho e na sequência, por irmana-se com o jeito pernambucano de ser, mantendo, involuntariamente, o sotaque das terras de São Sebastião do Rio de Janeiro. No mais, Rubem era Pernambuco em primeiro lugar. Foi em Recife que ele pôde se dedicar com mais afinco a sua produção literária, com ressonância nacional, tanto na dramaturgia quanto em ensaios que publicou. E é desta última categoria literária que passamos a discorrer, tendo como recorte dois títulos imprescindíveis aos que fazem teatro, que são: A personagem dramática e Anjo ou Demônio, malandro ou herói. Estes dois trabalhos engrandecem a bibliografia do teatro brasileiro, pelo olhar profundo de um ensaísta comprometido com o mundo submerso, lançando olhares que pululam todos os aspectos do fazer teatral, recusando-se a ficar na leveza de uma superficialidade de estudo para a sua escrita. Daí o sucesso. Daí a contribuição ensaística ao teatro brasileiro. Daí, A personagem dramática ser o trabalho escolhido em 1º lugar no VII Concurso Nacional de Monografias – Prêmio Bricio de Abreu 1983/1984 do Ministério da Cultura, por uma Comissão Julgadora formada por Décio de Almeida Prado, Sábato Magaldi e Yan Michalski. É corrente entre artistas, críticos e pesquisadores do teatro brasileiro a afirmação que o ensaio de Sábato Magaldi intitulado O texto no teatro (Ed. Perspectiva, São Paulo 1989) e o de Rubem Rocha Filho A personagem dramática (Ed. minC – INACEN, Rio 1986), se complementam, oferecendo uma ampla possibilidade de técnica de análise dramática, formando, juntos, uma extraordinária contribuição da escritura teatral brasileira para o teatro ocidental na atualidade. Quanto a Anjo ou Demônio, malandro ou herói (Ed. Fundação de Cultura Cidade do Recife – 1998), ensaio vencedor do Prêmio Jordão Emereciano do Conselho de Cultura da Prefeitura do Recife em 1997, Rubem torna sólida uma pesquisa sobre a presença do negro no teatro brasileiro, para o qual foi maturando o assunto em diversas oportunidades, entre as quais o artigo que escreveu em 1968, meio às comemorações aos 80 anos da Abolição da escravatura, passando pelas discussões ocorridas em um Seminário realizado na Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, que tratava da presença do negro em nossa dramaturgia, assim como no II Congresso Afro-brasileiro, também promovido por esta mesma Fundação. Do prefácio desta publicação, assinado por Lucila Nogueira, destacamos os dois últimos parágrafos que diz: “... Anjo ou demônio, malandro ou herói é leitura obrigatória, não só para estudiosos do nosso Teatro, mas para quem deseja conhecer mais das atitudes de um Brasil que escamoteia seu racismo. – Trata-se, na estatística teatral brasileira, de obra viva, corajosa e única, a partir, inclusive da sedução de sua escrita”. – Aqui, aproveitamos para recomendar às obras citadas a novíssima geração de artistas da cena local. Pois bem, no eco da saudade, o alento de uma obra que permanece no convívio de pessoas que dedicam a sua existência a arte teatral, aqui e alhures, agora e para sempre. Obrigado Rubem! Romildo Moreira – ator, autor e diretor teatral

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Bolsas de doutorado na Europa para áreas de tecnologia e arte criativa

O Projeto EBW+ recebe até o dia 31 de agosto candidaturas para sua 3ª Convocatória, aberta a estudantes brasileiros de doutorado que desejem realizar um período de estudos/investigação de um ou dois semestres na Europa. Para serem elegíveis, os estudantes devem estar matriculados num curso de doutorado na área de Artes Criativas (música, design, dança, cinema) ou Engenharia/Tecnologia numa Instituição de Ensino Superior do Brasil, parceira ou não do programa . A bolsa cobre taxas de matrícula na instituição de acolhimento, viagem de ida e volta, seguro completo de acidente, saúde e viagem e um auxílio mensal de € 1500 euros para cobrir despesas de subsistência. A candidatura deve ser feita através do site do projeto. As mobilidades serão iniciadas em 2017 e os destinos elegíveis são: Technische Universität Dresden (Alemanha), Université Lille 3 (França), Université de Rouen (França), Rigas Tehniska Universitate (Letônia), Università ta’ Malta (Malta) e Uppsala Universitet (Suécia). (Da UFPE)

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Temer anuncia departamento especial sobre mulher na PF

O presidente interino, Michel Temer, divulgou hoje (27) nota de repúdio ao estupro de uma jovem de 16 anos, no último fim de semana, no morro São José Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com o relato da jovem à polícia, ela teria sido violentada por 33 homens. Na mesma nota, Temer diz que irá criar um departamento na Polícia Federal para investigar crimes contra a mulher. “É um absurdo que, em pleno século 21, tenhamos que conviver com crimes bárbaros como esse”, avaliou Temer. O comunicado destaca que o Ministério da Justiça e Cidadania convocou uma reunião para a próxima terça-feira (31) com secretários de segurança pública de todo o país em uma tentativa de combater a violência contra mulheres. Ainda segundo Temer, será criado um departamento na Polícia Federal – semelhante à Delegacia da Mulher da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo – para agrupar informações estaduais e coordenar ações em todo país. Quando atuou como secretário de Segurança do governo de São Paulo, Michel Temer instituiu a primeira Delegacia da Mulher no Brasil. “Nosso governo está mobilizado, juntamente à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, para apurar as responsabilidades e punir com rigor os autores do estupro e da divulgação do ato criminoso nas redes sociais”, concluiu o presidente interino. Mais cedo, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, divulgou nota de repúdio ao estupro. No comunicado, o ministro afirma repudiar veementemente o que chamou de crime hediondo praticado contra a adolescente. O estupro, na avaliação de Moraes, representa a maior violência à dignidade da mulher e deve ser duramente reprimido. Caso A Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou quatro homens suspeitos de terem participado do estupro de uma jovem de 16 anos, no fim de semana passado, no morro São José Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. De acordo com relato da jovem à polícia, ela teria sido estuprada por 33 homens. Em depoimento à polícia, a adolescente contou que foi visitar o namorado em uma casa no alto da comunidade que era usada por homens ligados ao tráfico de drogas na região. Imagens postadas pelos supostos agressores no Twitter geraram indignação ao mostrarem a menina desacordada e nua. No vídeo, um homem admite: “uns 30 caras passaram por ela”. Dos quatro identificados até o momento, dois são suspeitos de terem divulgado as imagens nas redes sociais; um é o rapaz que tinha um relacionamento com a jovem; e o quarto identificado aparece no vídeo ao lado da garota. Em nota, a Polícia Civil informa que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) estão trabalhando de forma integrada na investigação do crime. A vítima do estupro coletivo foi levada na manhã de ontem (26) para o setor de ginecologia do Hospital Maternidade Maria Amélia, no centro do Rio, onde fez exames e tomou medicamentos para evitar doenças sexualmente transmissíveis e aids. Piauí No Piauí, a Polícia Civil também investiga caso de estupro coletivo, com a participação de pelo menos cinco pessoas que teriam violentado uma adolescente de 17 anos no município de Bom Jesus na última sexta-feira (20). Até o momento, quatro menores de idade e um rapaz foram presos suspeitos de participação no crime. De acordo com a corporação, a jovem foi encontrada amarrada em uma obra abandonada. A vítima precisou receber atendimento médico, mas já recebeu alta. Após uma briga com o namorado, ela teria ingerido bebida alcoólica e os suspeitos se aproveitaram do momento para cometer o crime. A Polícia Civil ainda aguarda o resultado de exames periciais. Em nota divulgada ontem (26), a ONU Mulheres Brasil se solidarizou com a jovem e com a adolescente de 16 anos também vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro. No comunicado, a entidade pede ao Poder Público dos dois estados que seja incorporada a perspectiva de gênero na investigação, no processo e no julgamento dos casos. A organização também pede à sociedade brasileira “tolerância zero” a todas as formas de violência contra as mulheres e a sua banalização. (Da Agência Brasil)

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Mulher, por que choras?

"Mulher, por que choras?" (João 20.13) Choro porque sou mulher. Choro porque sou brasileira. Choro porque hoje várias mulheres brasileiras foram vítimas dos mais variados tipos de violência. E, de modo mais específico, choro pelo caso da adolescente que foi estuprada por 33 homens no Rio de Janeiro. Tal fato aconteceu no Brasil que é conhecido como o país do futebol e do carnaval, do povo alegre e amistoso. Choro porque os filhos e as filhas desta terra foram gerados por meio de muitos estupros. Várias índias foram estupradas por colonizadores, várias negras foram estupradas por seus "senhores" e, certamente, diversas mulheres europeias foram violentadas pelos seus maridos. Infelizmente, nossa terra foi povoada por meio de várias formas de violências contra inúmeras mulheres. Choro porque nós, cristãos, dedicamos muito do nosso tempo discutindo sobre Calvinismo e Arminianismo e em contra partida empenhamos tão pouco do tempo no cuidado aos órfãos e as viúvas (Tiago 1.27). Aprendemos a realizar grandes eventos e esquecemo-nos de se compadecer das grandes dores que assolam nossa terra. Produzimos "profetas" com poderes mágicos e nos afastamos dos exemplos de profetas e profetisas do Antigo Testamento que eram porta vozes para denúncia da injustiça e opressão sofrida pelo povo. Choro por que devido ao nosso silêncio as pedras estão clamando. Hoje, antes de sair de casa para o trabalho, dei um xero em Natan (meu sobrinho de apenas 1 ano e 1 mês de idade) e lhe disse "Deus te abençoe e te faça um homem de bem". Com isso, refleti sobre a minha responsabilidade na educação dos meninos que passam e passarão pela minha vida. Preciso ser um instrumento de Deus para que eles sejam homens de bem. Preciso fazer a parte que me cabe para que meus sobrinhos, primos e amigos aprendam que devem amar as mulheres como amam a eles mesmos. Que os culpados pelo crime sejam responsabilizados! Mas isso não é o bastante. Saiba que não são apenas 33 ou 303, 3.003, 30.003... Na verdade existe algo que é para além do individual e que alimenta essa dinâmica da violência. Existe uma cultura do estupro que gerou nosso país e que permanece nele a mais de 500 anos. Muitas vezes de maneira camuflada e também de modo explícito podemos observar a manutenção dessa cultura nas nossas músicas, comerciais, filmes, piadas e em tantos outros meios de propagação de idéias. Acredito que não basta colher os "frutos pobres", se faz necessário olhar a raiz dos males. Enfim, não podemos fechar os olhos. Resolvi escrever esse texto para compartilhar o meu choro e, também, na esperança de levar alguns amigos e algumas amigas a refletir sobre a nossa responsabilidade diante desse problema. Nós podemos e devemos fazer a nossa parte. Acredito que existem mais de 33 homens que também choram diante dos casos de estupros e outras formas de violências sofridas pelas mulheres, peço a vocês que, por favor, não se calem. Vamos todas e todos, mulheres e homens, vamos chorar, denunciar, educar, transformar. Desejo que Deus inquiete vocês diante dessa realidade e também que se sintam convocados a modificá-la. *Quézia Cordeiro é psicóloga

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Divida pública federal cai 3%

A Dívida Pública Federal (DPF) apresentou redução, em termos nominas, de 3,01% em abril na comparação com março, ao passar de R$ 2,886 trilhões para R$ 2,799 trilhões. Os dados, que incluem o endividamento interno e externo, foram divulgados hoje (27) pelo Tesouro Nacional. É a primeira queda mensal desde janeiro. O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, do Tesouro Nacional, Leandro Secunho, destacou que a redução se deve a um vencimento elevado de títulos prefixados no mês, já esperado. Ele enfatizou também que existe um cenário bastante positivo em relação às medidas anunciadas pelo governo, como a intenção de criar um teto para gastos públicos. “Existe um cenário bastante positivo. Temos visto demandas relevantes para os nossos leilões. Existe uma expectativa em relação a essas medidas. Uma expectativa não só às medidas, mas também em relação ao governo, e o cenário parece bastante positivo. É isso que temos visto em termos de demanda nos nossos leilões”, explicou. O endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. Outro fator de elevação pode se dar pela assinatura de contratos de empréstimo. No mês de abril, as emissões da DPF corresponderam a R$ 52,74 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 161,33 bilhões, resultando em resgate líquido de R$ 108,60 bilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve o estoque reduzido em 3,03% ao passar de R$ 2,753 trilhões para R$ 2,670 trilhões. A DPMFi é a dívida pública federal interna em circulação no mercado nacional. Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), houve redução de 2,70% na comparação com o resultado do mês anterior, chegando a R$ 129,60 bilhões, equivalentes a US$ 37,95 bilhões. Desse total, R$ 117,71 bilhões (US$ 34,47 bilhões) referem-se à dívida mobiliária (títulos), e R$ 11,89 bilhões (US$ 3,48 bilhões), à dívida contratual. DPFe é a Dívida Pública Federal existente no mercado internacional paga em outras moedas. De acordo com o Tesouro Nacional, a variação da DPFe deveu-se principalmente pela valorização do real em relação as moedas que compõem o estoque da dívida externa. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), o governo estima a Dívida Pública Federal, em 2016, entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões. (Da Agência Brasil)

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A arte de aprender com as críticas

Já houve um tempo em que o ato de escrever era submetido a condições restritas. Uma delas obrigava o pretenso escritor ser um indivíduo talentoso e ungido pela benção da inspiração, espécie de sopro divino que o distinguia dos simples mortais para dotá-lo de clarividência capaz de exercer a literatura, dentre as formas de expressão das artes. A outra condição imposta aos afeitos ao ofício da escrita, em priscas eras, também considerava imperiosa a reclusão do escriba num local longe do mundo e das pessoas. Em resumo, para ser escritor seria preciso ter talento, a tal inspiração, e para escrever, teria que se enfurnar num esconderijo qualquer. A rigor, com a marcha inexorável do tempo, tais conceitos ruíram, embora aqui e ali apareça quem tente soerguê-los. Para os que militam no âmbito da escrita, uma carreira literária se faz de labor e persistência. A esta assertiva, acrescentam: “O gênio é 1% inspiração, 99% transpiração". Existe quem afirme que a inspiração está na origem da trama ou enredo, escolha do tema, na criação dos personagens e tudo mais é creditado à materialidade da escrita, transformada em trabalho intenso e permanente: escrita, reescrita, revisão, reescrita, revisão, reescrita... É um ofício interminável, que tomará meses ou anos, às vezes, para consolidar uma única obra. O fator isolamento também passou a ser questionado. É possível ao aficionado da escrita captar uma frase, um verso, uma ideia, em meio a uma conversa de mesa de bar, viagem de trem, dirigindo automóvel e anotá-la num pedaço de papel qualquer, quem sabe num guardanapo ou no telefone móvel, para usá-la no momento devido, sentado diante da página em branco ou do teclado de um computador, e assim produzir um texto na esperança de que alguém, em algum lugar, em algum tempo, se disponha a ler. No apoio às tarefas de escrever, reescrever, revisar, reescrever, mora a essência de uma oficina de criação literária. Ali o antigo conceito do isolamento sucumbe diante do compartilhamento das ideias, acolhimento de sugestões, experimentos e o disseminar do conhecimento. Neste processo, a partir da leitura de outros escritores, surgem as alternativas focadas nas técnicas de composição, em conteúdo e estética, que refinam as peças literárias. Não é fácil chegar à notoriedade pela prática do escrever. Mesmo os que vencem costumeiros concursos oficiais, veem seu texto publicado em forma de livro, recebem os prêmios, algum destaque na mídia, (subordinado aos espaços existentes) e pronto: saem de cena. Em condições normais, o autor levará anos para obter algum tipo de reconhecimento, e muito mais tempo para ganhar algum dinheiro com o que escreve. O tempo e esforço serão maiores do que qualquer retorno pessoal. As horas investidas, trabalhando sobre o texto, vão experimentar críticas amargas, que, todavia não deve contribuir para arrefecer seu entusiasmo. É possível, no entanto, que ao participar de uma oficina tais obstáculos sejam atenuados no caminhar do escritor. Formados de pessoas apegadas ao hábito de ler e escrever, os grupos de oficina trabalham no sentido de fazer da estética sua missão precípua. A paixão pela arte, cultivada no âmbito de cada oficina, entretanto, não deve abraçar exageros, como pregava Gustave Flaubert, que afirmava “ser mais emocionante encontrar uma bela frase de que amar uma bela mulher”, sinal do Realismo que mais tarde, segundo críticos da época, se transformaria em movimento literário, sendo Flaubert seu grande ícone. Mas voltando ao exercício das oficinas, é interessante destacar a convivência fraterna, o compromisso de ajuda mútua, aliadas à busca dos mesmos ideais, presentes no nosso grupo de estudos. É comum a troca de livros, o intercâmbio de textos, dicas de pesquisas, a ação compartilhada pela solução de dúvidas etc., atitudes que exercem certo fascínio entre os participantes e dão origem à construção de sólidas amizades. A prática recente das oficinas de criação literária por aqui foi inaugurada pelo premiado escritor Raimundo Carrero. Inovador em intenções e gestos, estudioso das técnicas de ficção literária, carrega dentre as incontáveis virtudes do seu perfil o fato de disseminar o que sabe, sem guardar para si o fruto das suas análises e pesquisas. E foi da oficina de criação literária conduzida por Carrero que surgiram e se aperfeiçoaram expressivos nomes à literatura, gente exitosa em certames de diversos gêneros. Nesse clima, frequentamos com a devida assiduidade as suas aulas de 2000 a 2010, armazenando os ensinamentos, acumulando experiências, hoje transferidas a duas turmas de participantes presenciais e um grupo via internet. Mantendo os passos aprendidos na caminhada ao lado dele, estamos cientes que cabe ao participante de uma oficina despir-se de vaidade, a submeter-se à orientação crítica dos mais experientes. Do lado do facilitador, é fundamental gerir as suscetibilidades, ao mesmo tempo entender que o novo escritor precisa de estímulo, ou no máximo um discreto elogio que sirva de incentivo para conduzi-lo às próximas frases, considerando que o elogio não tornará a sua escrita melhor, mas que trará a consciência da contínua necessidade de se aperfeiçoar. Nesses seis anos de atividades, a Oficina Literária Paulo Caldas lançou com o selo Novo cenário das letras em Pernambuco, publicou em 2013 pelas Edições Bagaço os títulos Na escuridão das brenhas, Roberto Beltrão. Presenças, de Maria Batista Almeida. Amor e traições, de Maria Duarte. Doce amargo, de Newma Cinthia Cunha. Minimalidades, de Rômulo César Melo e Um certo capitão Vidraça, de Márcio de Mello. Em 2014, trouxe ao público a coletânea de contos Viva Carrero e em 2015 a coletânea temática Todo amor vale a pena. O grupo mantem no Facebook a página Oficina Literária Paulo Caldas. *Paulo Caldas é escritor

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Prefeitura abre seleção de Professores para oficinas de Dança e Teatro no Compaz

A Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife, abre processo seletivo para professores de dança e teatro interessados em ministrar cursos no Projeto Dançando Compaz. A iniciativa será realizada no período de julho a setembro deste ano, no Compaz do Alto Santa Terezinha, na Zona Norte do Recife.  O local vai oferecer oficinas de dança contemporânea, danças urbanas, dança de salão, dança do ventre e iniciação teatral. As inscrições vão até o dia 17 de junho. Serão selecionados cinco (05) professores de dança e um (01) professor de teatro, que assinarão contrato de prestação de serviço temporário com a Fundação de Cultura Cidade do Recife. Os contemplados serão assessorados pelo Serviço de Dança da FCCR, quanto a horário, conteúdo programático e demais necessidades para o desenvolvimento das aulas. As inscrições para a seleção são gratuitas e os interessados devem enviar currículo acompanhado de uma carta de intenção, comunicando a oficina em que se candidata, para o e-mail: servicosdedancafccr@gmail.com. Ou entregar o material pessoalmente no Serviço de Dança da FCCR, no Pátio de São Pedro, casa 10 – 1º andar, centro do Recife. Serviço: Inscrições para seleção de professores de Dança e Teatro para Oficinas no Compaz Período da inscrição: Até 17 de junho Horário: 09h às 17h Local: Serviço de Dança da FCCR, no Pátio de São Pedro, casa 10 – 1º andar, centro do Recife. Informações: 3355.3137 Inscrições gratuitas

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UFPE cria mestrado em música

A UFPE lançou o edital de seleção do novo curso de mestrado acadêmico em Música, que oferece 15 vagas. Podem concorrer à seleção graduados de qualquer área. As inscrições estão abertas de 13 a 21 de junho e as aulas têm início em agosto. As inscrições podem ser feitas das 11h e 17h, pessoalmente, por procuração ou via Sedex, na secretaria da pós-graduação, localizada no 2º andar do Centro de Convenções da UFPE. O curso tem como área de concentração Música e Sociedade, que abrange estudos interdisciplinares das práticas musicais e de suas inter-relações com a cultura e a sociedade e se caracteriza pela diversidade de abordagens, com vistas à análise de representações e práticas relevantes à criação, produção e recepção musical. A área estudará aspectos relacionados à sociedade e à cultura nas atividades musicais e na sua representação, disseminação e transmissão. A área de concentração está dividida em duas linhas de pesquisa, “Música, Cultura e Sociedade”, que oferece nove vagas, e “Música, Educação e Sociedade”, com seis vagas. A primeira propõe a investigação de práticas e representações musicais e suas inter-relações com a cultura e a sociedade, enfocando a música em suas condições sociais de produção, transmissão e recepção. Já a segunda investigará os processos de transmissão de repertórios e práticas musicais, e de processos de formação de gosto, aptidões e habilidades musicais, em diferentes contextos socioculturais. O coordenador do programa, Carlos Sandroni, acha que a demanda pelo novo curso de mestrado será alta por se tratar de um curso muito esperado. Ele explica que o Departamento de Música da UFPE vem formando pessoal há muito tempo e tem uma maioria de alunos de licenciatura, ou seja, que já trabalham com educação musical. “Além disso, esta pós-graduação interessa não só a pessoas formadas em Música, mas de outras áreas, por causa do nosso próprio quadro docente, que é interdisciplinar”, destaca. Sandroni conta que a proposta do novo curso é interdisciplinar. “Contamos com três docentes do Departamento de Música que trabalham com essa interface entre música e sociedade e agregamos colegas de outras áreas, que pesquisam música, mas estão em outros departamentos. Assim temos colegas de Educação, Antropologia, Comunicação e Informática, por exemplo”, enfatiza ele. De acordo com o coordenador, o impacto do novo curso é especialmente evidente nesta região. “Pernambuco é um estado muito musical e que atrai muita gente para realizar pesquisa aqui, sobretudo com relação à música popular e de tradição oral. Então, o Estado já é um campo de pesquisa e destaque internacional na música há muito tempo. Além disso, a música é uma área em que a universidade tem muito a dialogar com a sociedade e a sociedade se interessa não só pela música, mas pela pesquisa que está sendo feito sobre ela”. (Do site da UFPE)

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