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Associação Pernambucana de Energias Renováveis lança guia de boas práticas para placas solares

Documento orienta consumidores sobre como garantir eficiência e segurança nas instalações de energia solar fotovoltaica Com a pior seca dos últimos tempos e o nível dos rios em queda acelerada, o Brasil enfrenta uma crise hídrica que resultou no aumento das tarifas de energia. Em resposta, muitos consumidores estão buscando fontes renováveis, com a energia solar se tornando uma opção acessível e sustentável. Porém, para garantir eficiência, é fundamental seguir diretrizes técnicas na instalação das placas solares. Pensando nisso, a Associação Pernambucana de Energias Renováveis (APERENOVÁVEIS) lançou um guia de boas práticas, voltado para quem deseja investir nesse tipo de energia. O guia, criado por mais de 70 empresários do setor em Pernambuco, detalha em dez itens os principais cuidados a serem tomados durante a instalação de sistemas fotovoltaicos. Entre os pontos abordados, destaca-se a importância da vistoria técnica, considerada o primeiro passo no processo de instalação. “Durante a etapa, devem ser avaliadas as condições do local, o tipo de telhado, a estrutura da cobertura e outros fatores críticos para o dimensionamento e segurança do projeto”, reforça o documento. O manual também orienta sobre a necessidade de reforços estruturais antes da fixação dos módulos fotovoltaicos. Rudinei Miranda, presidente da APERENOVÁVEIS, ressalta o compromisso da associação em promover transparência e segurança nas instalações solares em Pernambuco. “Nosso objetivo é garantir ao consumidor final informação, transparência e a segurança de todas as instalações de sistemas solares fotovoltaicos em nosso estado”, explica. O guia está disponível gratuitamente no site da associação e em seu perfil no Instagram. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil já ultrapassou a marca de 39 GW de capacidade instalada em energia solar, somando grandes usinas e geração distribuída. Em Pernambuco, a geração distribuída soma mais de 970 MW, com Petrolina, Recife e Caruaru liderando em potência instalada.

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O Recife que precisamos: caminhos para uma cidade parque sustentável

Projeto que propõe requalificação urbana, mobilidade humanizada e preservação histórica para enfrentar os desafios socioeconômicos e climáticos da capital pernambucana é apresentado aos prefeituráveis. *Por Rafael Dantas O que deve ser prioridade para a gestão da cidade nos próximos quatro anos? Essa é a pergunta que move diversos debates, pesquisas de opinião e a manifestação de muita gente a cada eleição. O Observatório do Recife e a CDL Recife, com apoio da Revista Algomais, têm promovido debates técnicos há mais de 20 anos para destacar propostas concretas e que estão além do tripé básico da educação, saúde e segurança, no projeto O Recife que Precisamos. No pleito municipal de 2024, os destaques estão para importantes intervenções urbanísticas e socioeconômicas nos bairros centrais e no aprofundamento do projeto Parque Capibaribe, com o objetivo de tornar a capital pernambucana uma Cidade Parque até 2037. O projeto tem sido discutido com candidatos à Prefeitura do Recife desde as eleições de 2012. Os cinco eixos iniciais foram o futuro (em referência à necessidade de planejamento de longo prazo), a cidade (destacando a urgência no controle urbano), o caminho (numa proposta humanizada de mobilidade), a história (propondo a preservação do nosso patrimônio) e o rio (sugerindo um olhar sobre o Capibaribe como um vetor fundamental para o desenvolvimento sustentável urbano). A partir de 2020 entrou nessa agenda o eixo mundo (diante do fato de o Recife ser um hub diplomático). Confira a seguir as principais propostas sugeridas nesses encontros com os prefeituráveis por O Recife que Precisamos. Essa agenda para o desenvolvimento sustentável da cidade foi construída a partir de workshops, caminhadas e estudos acadêmicos realizados nos últimos anos. GESTÃO DO CENTRO E INVESTIMENTOS OPORTUNOS Os bairros centrais e históricos do Recife sempre foram alvos de uma atenção especial do projeto. Com a criação do Gabinete do Centro, o Recentro, e com iniciativas de reativação desse território, como o Viva Guararapes e a requalificação de algumas vias e espaços notáveis, as propostas iniciais começaram a ser atendidas pelo poder público. “É preciso potencializar a experiência bem-sucedida da gestão territorial do Centro com a incorporação da dimensão do planejamento de longo prazo como direcionador da ação, inclusive com a definição de projetos estratégicos orçamentados a serem coordenados pelo Gabinete do Centro”, sugeriu o sócio da TGI Consultoria, Francisco Cunha, acerca do Recentro. Além dos investimentos municipais, nos últimos anos, os bairros do Recife, de São José e Santo Antônio começaram a receber empreendimentos privados de grande porte. Uma das âncoras desse novo ciclo de investimentos é o Novotel Marina Recife, que trouxe junto um Centro de Convenções para uma área amplamente degradada da cidade. As sugestões de O Recife que Precisamos dialogam com os avanços dos últimos anos e das oportunidades que esses novos empreendimentos estão trazendo ao território. Neste sentido, uma proposta objetiva do projeto é a requalificação da área que fica entre o novo Hotel Marina e o Centro de Convenções, de um lado, e do Mercado de São José, que já está em reforma. Nesse investimento estaria incluído o reordenamento do Mercado de Santa Rita, que foi desvirtuado de seus objetivos originais. Essa região entre as duas âncoras (o hotel e o mercado) hoje é ocupada principalmente por estacionamentos irregulares. AVENIDAS GUARARAPES, DANTAS BARRETO E CORREDOR DO COMÉRCIO Há um pedido da classe empresarial pela revitalização de outros eixos desses bairros centrais. O principal deles, atualmente, é a Avenida Guararapes. “No Centro tivemos um grande exemplo de reforma e requalificação que foi a Avenida Conde da Boa Vista. Hoje é uma via muito organizada. Foi feita a mudança e ela permaneceu. Atualmente, uma das regiões que nos preocupa é a Avenida Guararapes, que é um espaço público estratégico, mas mal utilizado”, afirma Fred Leal, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife. Antigo cartão postal da cidade, a Avenida Guararapes foi abandonada nas últimas décadas, perdendo seu protagonismo de centro econômico. Há importantes investimentos anunciados recentemente, como a chegada do IFPE ao Trianon e mesmo a prometida reforma do antigo prédio do Diário de Pernambuco. Há ainda importantes discussões de retrofit nas proximidades da avenida para uso de moradia, um antigo pleito para a região. A proposta registrada pelo O Recife que Precisamos é reabilitar a Avenida Guararapes e o seu entorno por intermédio da viabilização da moradia nos prédios desocupados, de modo a fazer retornar o dinamismo histórico da via e da região polarizada por ela. Em relação à moradia, um dos pontos de preocupação mais recente é o aumento da população em situação de rua. Uma das pautas do projeto é o avanço da política de acolhimento, considerando cada caso individualmente, com estreita articulação dos agentes envolvidos. Além da questão da habitação, há uma proposta pelo ordenamento da distribuição de alimentos. Em continuidade a essa reabilitação do Centro, Fred Leal destaca dois outros eixos de alto interesse do setor. “Associada à Avenida Guararapes, defendemos ser muito importante a abertura da Avenida Dantas Barreto até a Bacia do Pina, sem esquecer do Corredor do Comércio”, afirmou Fred Leal, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife. A abertura da Dantas Barreto até o atual Cais José Estelita é um projeto antigo que sempre esbarrou nas linhas da Rede Ferroviária. No entanto, neste ano, a Prefeitura do Recife conseguiu um acordo com a Advocacia-Geral da União para incorporar a área do desativado Pátio Ferroviário das Cinco Pontas ao projeto de requalificação do terreno dos armazéns no Cais José Estelita. “Essa abertura e a requalificação poderá transformar a Avenida Dantas Barreto, uma ‘ferida’ urbanística histórica, numa espécie de ‘sutura’ do território pela via da trajetória temporal dos séculos na cidade (Século 16 ao Século 21) até a sua ‘chegada’ na frente d’água da Bacia do Pina na Praça dos 500 Anos do Recife”, sugere o consultor Francisco Cunha. A praça é um projeto sugerido pelo O Recife que Precisamos. A referência dos diferentes séculos se dá pelo fato dessa via integrar diversos pátios e praças que dialogam com os principais momentos da história

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Livro sobre Miguel Arraes reúne histórias com humor e inteligência

Biografia traz relatos inéditos da vida pública e do exílio do ex-governador de Pernambuco O livro “Miguel Arraes - Histórias de lá e de cá” (Editora Cubzac) apresenta 82 histórias que revelam momentos marcantes da vida pública do ex-governador Miguel Arraes. Com textos recheados de humor e inteligência, o jornalista Ítalo Rocha reuniu relatos de familiares, amigos e ex-assessores de Arraes sobre o que ele viveu em Pernambuco e no Brasil. As publicações foram feitas nas redes sociais, sem seguir uma ordem cronológica, à medida que Rocha coletava as informações. Já as histórias do período de exílio, após o golpe militar de 1964, ficaram a cargo do médico e escritor Lula Arraes, filho do ex-governador, que também foi o idealizador do projeto de reunir essas histórias em uma única obra. Além de abordar o período de exílio, o livro rememora as três campanhas vitoriosas de Miguel Arraes como deputado federal e sua volta ao Palácio do Campo das Princesas para dois mandatos como governador de Pernambuco. A apresentação do livro foi feita pela socióloga Vanja Campos, ex-chefe de gabinete de Arraes durante seu terceiro mandato. O lançamento da obra será na quinta-feira, 19 de setembro, a partir das 18h, no Real Botequim, localizado na Avenida 17 de agosto, em Casa Forte, Recife.

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A revolução da inteligência artificial nas residências de luxo

Tecnologia avança para transformar casas sofisticadas em ambientes inteligentes, oferecendo personalização e segurança sem precedentes. A integração entre tecnologia e luxo está transformando o mercado de imóveis de alto padrão, com a inteligência artificial (IA) desempenhando um papel fundamental. As residências de luxo estão evoluindo para ecossistemas inteligentes, onde o conforto e a personalização atingem novos níveis. Sistemas automatizados agora controlam diversos aspectos do cotidiano, desde a iluminação e temperatura até o entretenimento, proporcionando uma experiência de vida cada vez mais sofisticada. De acordo com Sacha Myrna, especialista em imóveis de luxo e à frente da X Metros Quadrados, "a tecnologia, especialmente a IA, está mudando completamente a forma como os proprietários interagem com suas casas. As residências de luxo não são mais apenas construções elegantes; são ambientes que se adaptam às preferências dos moradores, antecipando suas necessidades e elevando a experiência de viver com sofisticação." Esse nível de personalização vai além do que já se conhecia, com ambientes ajustáveis e totalmente imersivos. A IA também está moldando novos patamares de segurança. Tecnologias como reconhecimento facial, monitoramento de intrusos e sistemas de detecção de incidentes, como fogo ou vazamento de água, oferecem uma proteção mais robusta e eficiente. Além disso, sistemas de energia inteligentes garantem sustentabilidade, ajustando o consumo conforme as preferências dos moradores. Essas inovações tecnológicas estão transformando o conceito de luxo, criando residências que oferecem mais do que conforto visual. No futuro próximo, espera-se que a combinação de IA, automação e design continue a redefinir a maneira como vivemos, tornando as casas mais interativas, eficientes e personalizadas.

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CDL Recife encerra hoje (17) encontro com candidatos à Prefeitura

Daniel Coelho será o quinto candidato a participar do evento A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) encerra, nesta terça-feira (17), o ciclo de encontros com os candidatos à Prefeitura do Recife. O último encontro será com Daniel Coelho (PSD), das 9h30 às 11h30, na sede da CDL Recife, na Boa Vista. Ao longo dos cinco encontros, participaram também João Campos (PSB), Gilson Machado (PL), Dani Portela (PSOL) e Técio Teles (NOVO). O principal objetivo desses eventos foi apresentar as demandas e pleitos do varejo, especialmente relacionados ao comércio do Centro da cidade, além de proporcionar à diretoria e aos representantes do setor a oportunidade de conhecer as propostas dos candidatos. Em cada encontro, o consultor Francisco Cunha apresentou o projeto O Recife que Precisamos, que reúne sugestões para o desenvolvimento da cidade. Após a fala do candidato, os participantes do encontro tem a oportunidade de fazer perguntas, promovendo um diálogo aberto entre o setor varejista e os postulantes ao cargo de prefeito.

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"No universo digital das redes sociais a esquerda perde espaço"

Os resultados das pesquisas eleitorais são avaliados pelo economista e analista político Maurício Romão. Ele destaca a importância da comunicação eficaz nas redes sociais para conquistar os eleitores, mas adverte que o tempo de rádio e TV permanece tendo um peso relevante para a eleição de um candidato. Mesmo em tempos do protagonismo da internet, a propaganda política na mídia tradicional (rádio e TV) ainda é muito importante para auxiliar um candidato a ganhar a eleição. Mas saber se comunicar com os eleitores pelas redes sociais também é fundamental. A avaliação é do economista e analista político Maurício Romão que, nesta conversa com Cláudia Santos, analisa fenômenos digitais como Pablo Marçal e ressalta que a esquerda ainda não conseguiu desenvolver uma boa performance nesse universo. Em compensação, destaca que o prefeito João Campos tem o talento de mostrar as ações do seu mandato com “grande vivacidade nas redes sociais”. Mas, ressalva, que sua aprovação por mais de 80% dos recifenses deve-se também à escolha de seu secretariado e ao fato de priorizar áreas como habitação, infraestrutura e finanças. Romão analisa ainda o desempenho de candidatos em outras cidades pernambucanas, a ascensão da extrema direita no mundo e os motivos da queda na aprovação do Governo Lula, apesar do bom desempenho dos índices da macroeconomia no País. A que se deve a boa avaliação do prefeito João Campos, que tem mais de 80% de preferência do eleitorado? No meu trabalho com pesquisas, não tenho visto, numa cidade grande, principalmente numa capital, alguém com 88% de aprovação, como foi o caso de João Campos nesta última pesquisa. Em cidades pequenas, é possível encontrar uma aprovação dessa magnitude, mas numa capital, é muito difícil. No caso do prefeito do Recife, isso se deve, primeiramente, porque ele soube aproveitar o exercício do executivo e se comunicar muito bem com a sociedade. Ele mostrou o que estava fazendo com grande vivacidade nas redes sociais e soube escolher um secretariado integrando a questão política, referente aos apoios recebidos, com a parte técnica. Soube mapear as expertises dos seus auxiliares e colocou pessoas de alto nível, cada uma em seu devido lugar. Então, embora jovem, conseguiu mostrar uma experiência inaudita que foi a de escolher bem o seu pessoal, saber se comunicar e priorizar algumas ações. Quais seriam algumas dessas prioridades que ele acertou? As áreas que mais se destacaram foram habitação, infraestrutura e finanças. João Campos conseguiu controlar as finanças de tal sorte que seus investimentos fossem canalizados para aqueles programas que ele tinha percebido como os mais relevantes para sua gestão. A área de finanças, me pareceu muito bem controlada, bem gerida numa cidade complexa, estruturalmente difícil, com desigualdades sociais, inclusive numa época de dificuldades como a pandemia. Outras iniciativas relevantes são referentes à infraestrutura, habitação e lazer. Na Tamarineira, por exemplo, havia aquele hospital antigo, sem nenhuma utilização, em que se questionava se não deveria servir a outro propósito. O prefeito, com determinação, convenceu a sociedade de que aquilo poderia ser um equipamento social de muita utilidade, como está sendo agora com o parque. O secretariado foi importante para mostrar a situação da cidade do ponto de vista estético, mas também de inclusão social. O que as pesquisas vêm indicando sobre as disputas eleitorais nas principais cidades da Região Metropolitana e do interior do Estado? A disputa mais acirrada, com ligeira vantagem para o prefeito e com certas incógnitas de desdobramento é Caruaru. Lá, as pesquisas mostram um quadro de indefinição. Em Petrolina, me pareceu que a questão já está resolvida. Pode ser que haja mudança no percurso, mas Simão Durando, que é candidato à reeleição, é muito bem avaliado. Lá há uma oposição contundente mas, do ponto de vista das pesquisas, a distância numérica ainda está razoavelmente elevada entre a liderança de Simão e os outros candidatos. Em Olinda temos apenas três pesquisas, duas delas de antes das convenções, quando as candidaturas ainda não estavam definidas. A terceira, do Ipespe, mostra Mirella Almeida, a candidata do prefeito, na frente dos demais concorrentes, com Isabel Urquiza como vice-líder. De qualquer sorte, é preciso aguardar novos levantamentos para se ter uma ideia mais clara do quadro eleitoral na cidade. E em Jaboatão há um diferencial razoavelmente bom do prefeito Mano Medeiros em relação a Elias Gomes e Clarissa Tercio. Embora ela esteja aparecendo agora, com uma certa expressividade nos últimos levantamentos, o ambiente em Jaboatão também é de grande incógnita. Então, um mapeamento momentâneo dessas principais cidades mostra a reeleição do prefeito de Petrolina e que é preciso aguardar definição em Caruaru, Jaboatão e Olinda. O presidente Lula teve votação expressiva em Pernambuco. Ele ainda tem capacidade de influenciar o voto no Estado? Sim, porque Lula tem um histórico muito bonito do ponto de vista de uma pessoa simples, que se formou na vida e chegou a ser presidente pela terceira vez no País e é um líder inconteste. Mas, também, há uma corrente grande de antipetistas e antilulistas na sociedade. Então, muitas vezes, a influência se dá de forma menos acentuada, mas os candidatos, tanto das majoritárias, como das proporcionais procuram mostrar certa proximidade com Lula em função desse histórico, por ser um presidente da República, ser um líder. Mas ele recentemente está perpassando uma fase de dificuldades no trato da coisa pública. Há uma sensação de que as entregas que foram prometidas não estão sendo materializadas em consonância com o que se esperava. Isso cria um desalento, uma certa distância do eleitorado com ele. Tanto é que as pesquisas têm mostrado que a sociedade está muito dividida na sua aprovação e desaprovação. A que se deve essa divisão em torno da aprovação do Governo Lula? Isso se deve também ao colapso gradual do nosso modelo de representação e de governança. Há uma crise na democracia liberal em que foi se formando um fosso entre o representante e o representado. Isso torna o eleitor muito cético, desesperançoso com o que pode ser feito por ele, em particular, e pelas circunstâncias em que ele

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UPE realiza levantamento de alunos e servidores atingidos pela ditadura civil-militar

Pesquisa busca homenagear integrantes da comunidade acadêmica que foram vítimas da repressão entre 1964 e 1985. Foto: Evandro Teixeira/Instituto Moreira Salles A Universidade de Pernambuco (UPE) está conduzindo um levantamento para identificar estudantes e servidores (técnicos e docentes) que foram vítimas de perseguição durante a ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985). A iniciativa visa homenagear aqueles que, enquanto membros da antiga Fundação de Ensino Superior de Pernambuco (FESP), foram cassados, presos ou submetidos a outras formas de violência. A ação faz parte de um esforço para preservar a memória desses indivíduos e valorizar suas contribuições à luta pela democracia. De acordo com a reitora da UPE, Profa. Socorro Cavalcanti, alguns nomes já foram identificados a partir do Relatório da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, mas a pesquisa ainda busca mais informações. “Até o momento, chegamos a seis nomes, um docente e cinco estudantes. No entanto, é necessário aprofundar as pesquisas para reconhecer a luta de nossa comunidade acadêmica pela democracia. É fundamental valorizar a memória para que nunca se esqueça, para que nunca mais aconteça”, destacou a reitora. A UPE está recebendo contribuições da sociedade para o levantamento por meio de um formulário online, com prazo até 30 de setembro de 2024. As informações coletadas serão utilizadas para embasar a concessão de homenagens aos atingidos pelo Decreto 477, uma lei que, durante o regime militar, permitia a cassação de direitos civis de professores, alunos e funcionários de instituições de ensino. A pesquisa é coordenada por professores do curso de História do Campus Mata Norte, em colaboração com movimentos sociais. Durante a reunião do Conselho Universitário da UPE (CONSUN), a proposta foi recebida com apoio dos conselheiros, que ressaltaram a importância de valorizar a democracia e os direitos humanos. “A iniciativa é pela memória de todos que tombaram na luta pela democracia, para que jamais volte a acontecer”, afirmou a Profa. Aronita Rosenblatt, da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP-UPE). Os interessados podem colaborar preenchendo o formulário através do link: https://forms.gle/E4zXhzASZYdTCxUPA.

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Inadimplência cresce no Recife após três meses de queda

Endividamento das famílias recifenses atinge 81,5% em agosto, revela pesquisa da Fecomércio PE O índice de endividamento das famílias no Recife voltou a subir em agosto de 2024, após três meses consecutivos de queda. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e com dados locais analisados pela Fecomércio-PE, 81,5% das famílias da capital pernambucana estão endividadas, um aumento de 2,3 pontos percentuais em comparação com julho. Deste total, 28,6% possuem contas em atraso e 16,1% afirmaram que não terão condições de pagar suas dívidas no próximo mês. Gráfico 1: Taxa de endividamento em Recife-PE (%) Fonte: CNC; elaboração: Fecomércio-PE O cartão de crédito continua sendo o principal fator de endividamento, citado por 95,3% das famílias. Nas famílias de maior renda, acima de 10 salários mínimos, 29% mencionaram financiamento de carros como parte significativa das dívidas, enquanto para aquelas com renda inferior a esse valor, o percentual é de apenas 3,7%. "O cartão de crédito ainda se destaca como o principal meio de endividamento das famílias pela facilidade de acesso ao crédito. A educação financeira e o incentivo à recuperação do emprego são essenciais neste cenário", apontou Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE. A pesquisa também mostrou que a inadimplência teve uma leve alta, passando de 27,4% em julho para 28,6% em agosto. Além disso, o percentual de famílias que afirmam não ter condições de quitar suas dívidas subiu de 15,7% para 16,1%. O cenário é mais grave entre as famílias que ganham até 10 salários mínimos, onde 37,7% das famílias estão com contas em atraso, contrastando com 7,4% das famílias de renda superior. De acordo com o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, o aumento do endividamento reflete a combinação de crédito restrito e recuperação lenta da renda familiar. “Com o mercado de trabalho ainda fragilizado e altos níveis de informalidade, a seletividade na concessão de crédito tem limitado o poder de consumo das famílias. Os juros e multas por inadimplência, especialmente no uso do cartão de crédito, agravam ainda mais a situação financeira dos consumidores", explicou.

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Play REC 2024 anuncia seis videodanças inéditas em festival internacional

O festival destaca a produção artística de videodança com obras apoiadas e homenagens a importantes companhias de dança O Festival Internacional de Videodança do Recife, Play REC 2024, lança seis videodanças inéditas, disponíveis no site oficial do evento. As obras são resultado de apoio direto à criação e destacam artistas do Brasil e de Portugal, como Ana Deus com “Coincidança” e “Ribanceira”, Letícia Sekito com “Dourada”, e Wura Moraes com “Omi”. Além disso, dois trabalhos de alunos da UFPE, “Cafeto” de Bruna Souza e “Oto” de Dia Vieira, foram selecionados para compor a programação. Com 17 anos de existência, o Play REC consolidou-se como uma referência na produção de videodanças, oferecendo uma plataforma de incentivo e criação que coloca Pernambuco no circuito global dessa expressão artística. Além das obras inéditas, o festival também exibe 20 videodanças selecionadas por meio de um programa Open Call, que reuniu participantes da Argentina, México, Chile, Estados Unidos, Itália, França e Brasil. O festival também presta homenagem à Cia. Etc., uma das companhias mais influentes de Pernambuco, reforçando sua importância no cenário local e internacional. Para Oscar Malta, curador do Play REC e pesquisador da Universidade do Porto, o destaque do evento está na sua capacidade de estimular novas criações e integrar a videodança ao ambiente acadêmico e cultural de Pernambuco. A videodança é uma forma de expressão artística que combina dança e cinema, permitindo novas explorações visuais dos movimentos coreográficos. O Play REC 2024 é realizado com apoio do Funcultura e da Secretaria de Cultura de Pernambuco, e toda a programação está disponível no site oficial e nas redes sociais do festival.

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Mudanças climáticas podem agravar os problemas de segurança alimentar

A relação entre fome e mudanças climáticas foi aprofundada por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), durante debates recentes sobre segurança alimentar e nutricional. A professora Rosana Salles da Costa, coordenadora do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UERJ, destacou como a insegurança hídrica, uma consequência das mudanças climáticas, pode diminuir o acesso a alimentos saudáveis. Segundo ela, a redução da qualidade e quantidade de água prejudica áreas de cultivo e, consequentemente, o abastecimento de alimentos para a população. Além disso, o aumento dos preços dos alimentos, causado pela diminuição da produção, também foi discutido. A professora enfatizou a necessidade de políticas públicas eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e melhorar a segurança alimentar, através de ações coordenadas entre os diferentes níveis de governo. A segurança alimentar está relacionada ao direito a uma alimentação adequada, enquanto a insegurança alimentar se manifesta quando esse direito não é garantido em termos de quantidade ou qualidade. No Brasil, a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) classifica a insegurança em três níveis: leve, moderada e grave. A insegurança alimentar grave, que reflete a fome, é particularmente alarmante, afetando famílias que frequentemente passam o dia sem comer ou fazem uma única refeição diária. Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostram que 10,8% dos lares chefiados por mulheres enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave, em comparação com 7,8% dos lares chefiados por homens. A pesquisa também revela que 74,6% dos lares com insegurança alimentar grave são liderados por pessoas pretas e pardas. A professora Rosana Salles da Costa observou que os lares chefiados por mulheres, especialmente mulheres negras, são os mais afetados. O estudo incluiu a apresentação de dados preliminares de pesquisas da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), além de novas ferramentas como o aplicativo VIGISAN e a plataforma FomeS. Essas ferramentas, financiadas por diversas instituições, fornecem dados essenciais sobre mudanças climáticas, insegurança alimentar, insegurança hídrica, saúde e estado nutricional infantil.

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