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Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica Suely Galdino da UFPE recebe carta patente da molécula GQ-16

O Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica Suely Galdino (Nupit-SG) da UFPE recebeu recentemente, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a carta patente da molécula GQ-16, com vigência até 2028. O composto mostrou-se eficaz para o tratamento da diabetes, e estudos em andamento no Brasil e no exterior evidenciam sua importância para o tratamento de outras doenças de alta incidência. Este produto está sendo comercializado mundialmente por 20 empresas nos Estados Unidos, Europa, China e Japão para fins de pesquisa. No mês de junho, o Nupit-SG/UFPE receberá a visita de executivos da Coreia do Sul. Na ocasião, será discutida a inserção do GQ-16 em novos mercados. O grupo da UFPE também possui outras cooperações com empresas e centros de pesquisa sul-coreanos. O núcleo tem como eixo principal a busca de moléculas bioativas, tanto de fontes naturais quanto de produtos sintéticos, para o tratamento de doenças autoimunes e câncer. No âmbito da pesquisa translacional o grupo dialoga com as pesquisas clínica e pré-clinica e as pesquisas-ação de cunho social. Os professores líderes do núcleo são: Moacyr Jesus Barreto de Melo Rêgo (Departamento de Bioquímica) e Ivan da Rocha Pitta (Departamento de Antibióticos).

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Porto Digital realiza em Caruaru maratona de palestras

Durante os meses de maio a agosto, o Armazém da Criatividade Caruaru organiza uma série de palestras e lives para discutir inovação e empreendedorismo. É a Maratona dos Vitalinos, que terá sua largada em 15 de maio com a palestra Mercado de Economia Criativa no Brasil e Nordeste. A partir daí, a programação segue com transmissões ao vivo na página do Armazém da Criatividade no Facebook e outras palestras semanais conversando sobre tecnologia, moda, marketing, fake news e outros temas. Toda a programação da Maratona dos Vitalinos é gratuita e aberta – mas os interessados devem se inscrever para cada palestra. Na página de inscrição, também é possível conferir a programação detalhada e informações atualizadas sobre as próximas atividades. “O processo de qualificação de empreendedores sobre temas relacionados a negócios e inovação, como economia criativa, novos modelos de negócio e novos produtos e serviços, é de grande importância para a transformação de ideias em negócios, além claro da oportunidade de estar mais qualificado para participar do processo de incubação do Armazém da Criatividade”, comenta o coordenador no Núcleo de Empreendedorismo do Armazém da Criatividade, Perseu Bastos. Confira a programação para o mês de maio: • 15/05 – Palestra: Mercado de Economia Criativa no Brasil e Nordeste – Prof. Dr. Nelson (UFPE) • 16/05 – Live: Musicle – O novo mercado da música • 17/05 – Palestra: Business Model Canvas e Negócios Inovadores – Prof. Tenaflae (UNIFAVIP Wyden) • 28/05 – Palestra: Design Service – Pensando Experiências WOW – Prof. Glenda (UFPE) • 29/05 – Live: 99 mercados – O delivery evoluiu • 30/05 – Palestra: Costumer Development (Product/Market-Fit) Serviço: Maratona dos Vitalinos Local: Armazém da Criatividade – Polo Caruaru (ao lado das Lojas Americanas) Data: maio a agosto de 2018 Inscrições: http://bit.ly/MaratonaDosVitalinosACC Evento gratuito.

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Descobertas sobre zika e outras arboviroses prestes a sair do laboratório

Os surtos de zika, chicungunha e dengue nos últimos anos fizeram despertar a atenção de pesquisadores para a necessidade de investigar novas formas de prevenir e combater as arboviroses. Órgãos como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Secretaria de Saúde do Recife desenvolvem novas pesquisas na área. Confira a seguir o que os estudos mais recentes revelam. Remédio Pesquisas realizadas por cientistas da Universidade da Califórnia, tendo um brasileiro à frente do estudo, Alysson R. Muotri, constatou que a cloroquina, medicamento usado no tratamento da malária, pode impedir transmissão do vírus zika da grávida para o feto, evitando assim que os bebês nasçam com microcefalia. Segundo o infectologista do Hospital Esperança Recife, Moacir Jucá, a análise realizada in vitro mostra que a cloroquina defendeu dos ataques do vírus os minicérebros humanos – estruturas formadas por células-tronco que se aproximam da formação de um cérebro desenvolvido. Em seguida, os testes foram realizados com camundongos, que também responderam positivamente ao medicamento. “As fêmeas grávidas tratadas com cloroquina se tornaram imunes à doença, e tiveram filhotes saudáveis, mesmo após serem expostas ao vírus”, conta Jucá. Entretanto, o coordenador do serviço de infectologia do Hospital das Clínicas da UFPE, Paulo Sérgio Araújo, afirma que ainda é cedo para garantir a eficácia da droga. “Mulheres grávidas, por exemplo, não deveriam usar a substância porque acarreta risco ao feto, por isso, o tratamento requer mais estudos”, alerta. Até pouco tempo acreditava-se que as únicas formas de transmissão da zika se dava pela picada do mosquito, e da gestante para o filho e por meio do aleitamento materno. Entretanto, um estudo intitulado “Zika Bra”, fomentado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com a Fiocruz, investiga a forma de transmissão da doença via sexual e a possibilidade de contágio por outros fluídos biológicos, como lágrima, saliva, suor e sêmen, sendo a última já relatada em artigos, mas ainda sem força científica. “Por isso, são necessários estudos mais desenhados, como o que estamos desenvolvendo, com o número maior de pessoas participando, além das cinco identificadas na região”, ressalta Araújo, que é coordenador da pesquisa. Iniciado no segundo semestre de 2017, o estudo está sendo realizado em Manaus, no Rio de Janeiro e no Recife, onde são investigados moradores próximos ao HC, centro em que se desenvolvem as análises. Síndrome de Guillain-Barré O resultado de um estudo intitulado Quadro neurológico associado a Zika Vírus, coordenado por Lucia Brito e Fátima Militão, desenvolvido pela Fiocruz em parceria com o Hospital da Restauração, está prestes a ser publicado. A pesquisa vai divulgar números significativos de pacientes acometidos por zika e chicungunha que desenvolveram sintomas relacionados à Síndrome de Guillain-Barré (SGB). Trata-se de uma doença neurológica em que há uma produção desordenada de anticorpos que atacam os nervos periféricos, fazendo com que o impulso nervoso seja transmitido de forma lenta, causando fraqueza muscular e paralisia. “O número de pacientes analisados foram mais de 200”, informa o pesquisador e colaborador da Fiocruz Pernambuco, Carlos Brito. O intuito principal desta iniciativa é alertar os especialistas e a população que o quadro neurológico da SGB, relacionado a chicungunha e Zika, é mais frequente do que se imagina. “Inclusive, no caso da chicungunha, a doença pode ser tão grave quanto a zika e, em alguns casos, em uma proporção até maior”, esclarece Brito. Embora seja uma doença pouco conhecida pelos pernambucanos, quatro casos de pacientes com Guillain-Barré foram confirmados pela Universidade Federal de Pernambuco. Brito acredita que os resultados ajudarão a criar protocolos no tratamento de pacientes e melhorar os diagnósticos. Vale lembrar que o Ministério da Saúde já havia confirmado a ligação do Zika vírus com a SGB, depois de alguns estudos realizados pela UFPE, no qual foi observado que dos seis pacientes com sintomas neurológicos, quatro foram confirmados com a síndrome. Em breve, novas vacinas Já existe vacina para dengue desde a metade de 2016, entretanto, ela é oferecida apenas em consultórios particulares e tem eficácia de 66%. “O Programa Nacional de Imunização considera que não é custo-efetivo, logo ele não oferece a vacina nos postos de saúde, com exceção do Estado do Paraná, que implantou ano retrasado”, conta Paulo Araújo. A vacina é indicada para crianças a partir de 9 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos. A boa notícia é que existe uma vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH), que se tiver comprovada a sua eficácia será distribuída gratuitamente. Ela está em fase de teste, sendo aplicada em 16 centros pelo Brasil, entre eles a Fiocruz no Recife. Vem sendo aplicada em pacientes de 2 a 60 anos e o bairro eleito para receber o teste no Recife foi Iputinga. Araújo explica que essa vacina é produzida com vírus inativado, ou seja, que está enfraquecido. “Se os resultados encaminharem para comprovar sua eficácia será uma arma contra a doença”, destaca. O estudo vai abranger 17 mil pessoas. Em Pernambuco a mostra é estimada em 1.200 pacientes e, por enquanto, já foram inseridas mais de 900 pessoas. A previsão é que, se tudo der certo, a novidade seja aprovada no prazo de três a cinco anos. Uma vacina experimental contra a infecção pelo vírus zika também está sendo estudada. Apesar de ter sido testada em humanos e aprovada por comitês de ética nacionais e internacionais, ela precisa ainda ser avaliada em um novo grupo de pessoas. “A finalidade é estudar novos dados sobre a sua eficácia e segurança no organismo de pessoas sadias. Por enquanto, é tudo ainda muito incipiente”, justifica Jucá. MOSQUITOS ESTÉREIS Uma das estratégias utilizada pela Secretária de Saúde do Recife para combater o Aedes Aegypti é o uso das ovitrampas, armadilhas com água que simulam um criadouro. Por conterem larvicida, os ovos colocados pelo mosquito fêmea não se desenvolvem. “As aplicações das ovitrampas nos ajudam a dar um diagnóstico mais preciso da frequência e quantidade de vetores do Aedes nas comunidades”, explica Jailson Correia, secretário de Saúde

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Parque Santana vai ganhar novo skatepark

O Parque Santana, na zona norte do Recife, ganhará nova pista de Skate. O projeto é uma parceria do Ministério do Esporte com o Governo do Estado de Pernambuco e a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer. Com um repasse de quase R$ 600 mil da União, e obra do Governo do Estado, através da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do estado, os 1.655,49 metros quadrados destinados para o Skatepark ganharão 12 novos equipamentos, como escadarias, corrimãos e rampas. A pista terá um fluxo mais fluido com um trajeto único e ficará mais democrática, atendendo a diversas modalidades do skate, como o street, o freestyle, surf skate e patinação. Para tanto, a área será interditada durante os seis meses previstos para a obra, a partir desta quarta-feira, 16. “No novo SkatePark serão implantados rampas e obstáculos, na intenção de tornar o espaço mais atrativo para os skatistas e as famílias que já utilizam o equipamento. A proposta é reafirmar o espaço como nova opção de lazer para a população da Zona Norte, principalmente nos fins de semana”, explica a secretária de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Manuela Marinho. O Parque Santana, situado no bairro homônimo, tem 63 mil metros quadrados de área. “Esse espaço vem passando por várias reformas, recebendo equipamentos esportivos e tornando-se uma nova opção de lazer e entretenimento para as famílias da cidade.”, comenta Ana Paula Vilaça, Secretária de Turismo, Esportes e Lazer do Recife. O espaço tem um parque inclusivo, nomeado como Anna Laura que foi inaugurado em 2017 e possui equipamentos inclusivos, tem ainda pista de bicicross, Parcão e Academia Recife. Outras áreas especialmente pensadas para os skatistas do Recife continuam funcionando: o skatepark da Orla de Boa Viagem e a pista do Santos Dumont. Com 1050 m² de área, a pista da Orla contempla as modalidades de bowl e street e leva o nome do fotógrafo Marcelo Lyra, vitimado no mesmo acidente de avião que matou o ex-governador Eduardo Campos, que era um grande defensor e incentivador do skate. Já o Skatepark do Santos Dumont foi construído com a consultoria do skatista e desenvolvedor de pistas Anderson Trow e é composta de bancos, escadas e corrimãos típicos para a modalidade street (rua). Com 1.350 metros quadrados, ela também é destinada aos usuários de patins.

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Ipea divulga nova análise sobre a conjuntura econômica do país

O principal impulsionador de crescimento econômico atual tem sido o estímulo monetário, que se reflete num patamar historicamente baixo da taxa de juros básica. É o que mostra a nova edição da Visão Geral, da Carta de Conjuntura do Ipea. Divulgada nesta terça-feira, 15, a pesquisa indica ainda que, embora a expansão econômica tenha ficado um pouco abaixo do esperado nos últimos meses, os setores de bens de capital e de bens de consumo duráveis – os que sofrem influência mais direta das taxas de juros e da oferta de crédito – tiveram excelente desempenho. “Uns indicadores apontam numa direção e outros na outra. Começamos a investigar uma ampla gama de indicadores, com o intuito de fazer uma análise mais detalhada da conjuntura. Quando se olha apenas para alguns dados, a oscilação no curtíssimo prazo é muito grande, mas isso não deveria gerar mudanças bruscas de expectativas”, explica José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas. Num cenário caracterizado por níveis ainda elevados de desocupação e por um quadro de incerteza política devido à proximidade das eleições, o bom desempenho desses setores demonstra que a economia está reagindo aos estímulos monetários e que a retomada segue seu curso, ainda que de forma gradual. A política monetária barateou o crédito, provocando um efeito positivo que ajuda a explicar esse desempenho. “A taxa de juros menor favorece o aumento do consumo de bens duráveis e o crescimento dos investimentos, que estão concentrados em máquinas e equipamentos”, ressalta o diretor do Ipea. A utilização da capacidade instalada da indústria no país segue se recuperando. “Apesar de continuar em níveis elevados, a ociosidade na indústria de transformação vem caindo”, pontua Leonardo Mello de Carvalho, do Grupo de Conjuntura do Ipea. No entanto, como revelado pelo Indicador Ipea Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), o desempenho da construção civil continua negativo na comparação com 2017, mostrando a dificuldade de retomada do setor. Marco Antônio Cavalcanti, diretor-adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas, ressalta que, de forma geral, as perspectivas da economia brasileira continuam positivas, embora sujeitas a incertezas. “Na ausência de novas fontes significativas de volatilidade ou instabilidade no cenário externo, ou no front político doméstico, a atividade deverá continuar em sua trajetória de recuperação gradual ao longo do ano.” ​ Para o mercado de trabalho, a novidade é a análise conjunta dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, e daqueles do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. A informalidade – trabalhadores sem carteira e por conta própria – ainda é a maior responsável pelo aumento da ocupação. “Num período de retomada, essa melhora do emprego é mais gradual. Nos períodos em que a economia começa a ter queda, o emprego não se altera concomitantemente. Ele demora naturalmente a reagir à conjuntura. Na retomada ocorre o mesmo. Estão sendo gerados empregos, inclusive formais, mas de forma lenta”, explica José Ronaldo, diretor do Ipea. A taxa de desocupação, calculada com dados ajustados, vem mantendo-se praticamente estável nos últimos três trimestres, girando em torno de 12,5% – patamar ainda muito alto, mas 0,6 ponto percentual inferior ao de um ano antes. Uma piora é identificada na conjuntura internacional, com impacto sobre a taxa de câmbio. O risco-país, influenciado por fatores externos e internos, também vem aumentando. É o que mostra o Indicador Ipea de Risco Idiossincrático do Brasil. A tendência de aumento do risco-país por motivos internos teria começado ainda no início de dezembro, possivelmente como reflexo das dificuldades em se avançar nas reformas que viabilizem o equilíbrio fiscal de longo prazo. Mais recentemente, é provável que sua elevação esteja relacionada às incertezas do cenário político dos próximos anos. Consumo Aparente Lançado conjuntamente com a Visão Geral, o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 2%, na série com ajuste sazonal, entre fevereiro e março, em que pese, no acumulado de 12 meses, a alta de 3,7% na demanda por bens industriais – ritmo de crescimento mais intenso que o apresentado pela produção doméstica, de 2,9%, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do IBGE. “Quando se analisam os indicadores de atividade, esses dois setores [produção de bens de capital e de bens de consumo duráveis] continuaram crescendo. Dentro os consumos duráveis, destaca-se o excelente desempenho da venda de automóveis. É uma atividade com peso importante dentro do setor”, resume Leonardo Mello de Carvalho. As vendas de automóveis acumularam 738 mil unidades no primeiro quadrimestre do ano, patamar 20,4% maior que o verificado no mesmo período de 2017.

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Música, remédio prazeroso

Desde antes de Cristo, a música já era utilizada para acalmar espíritos. Hoje, ela vem sendo aplicada para fins terapêuticos em hospitais e clínicas. Profissionais como o pediatra, músico e compositor Fernando Azevedo têm constatado na prática os bons resultados dos sons musicais para os pacientes. Juntamente com outros dez médicos de especialidades diferentes, Azevedo canta e toca para pessoas que estão hospitalizadas. “Levamos um ‘cardápio’ de música clássica à MPB para elevar o estímulo das pessoas que estão nos leitos”, relata o médico e músico. Ele e seus colegas já se apresentaram no Hospital Otávio de Freiras, no Imip e no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, onde a Orquestra de Médicos do Recife foi criada. “Percebo que todos ficam mais felizes e estimulados com a melodia. Não é apenas o medicamento que trata um paciente enfermo”, assegura. Para ele, a música consegue esse efeito por atingir as pessoas de forma lúdica, aliviando-as um pouco daquela realidade estressante em que se encontram num hospital. E é fácil entender como acontece esse efeito. Segundo a médica intensivista Cláudia Ângela Vilela de Almeida, a música libera endorfina, substância produzida pelo cérebro responsável por proporcionar a sensação de felicidade, humor, bem-estar e prazer; e diminui a produção de cortisol, hormônio liberado pelo nosso organismo quando estamos em situação de estresse. “A música também melhora a imunidade, principalmente quando o paciente está na UTI, pois ele fica mais calmo, diminui ansiedade, a incidência de delírio e, assim, melhora a qualidade do sono”, justifica Cláudia. A intensivista coordena o projeto de extensão Música para o Coração e a Alma, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE). No projeto alunos e profissionais do Departamento de Música do Centro de Artes e Comunicação e de outros setores da universidade, além de funcionários do hospital, músicos convidados e corais se apresentam para os pacientes internados. Durante um período de 30 minutos a duas horas, eles cantam e tocam à beira dos leitos. No repertório estão presentes estilos musicais dos mais variados, desde músicas espirituais a marchinhas de Carnaval. “Às vezes eles passam muito tempo deitados, por essa razão ficam deprimidos e isso mexe também com familiares que os acompanham no hospital. A necessidade de algo que os conforte e torne a visita dos parentes agradável é imensa”, justifica Cláudia. O projeto que surgiu com o objetivo principal de promover por meio da música a humanização da assistência à saúde no HC-UFPE, especificamente na UTI, já tomou proporções maiores e passou a ser executado em outros departamentos. MEMÓRIA Sons musicais também são empregados na estimulação cognitiva. “Estudos comprovam que a música vem sendo cada vez mais utilizada em pacientes com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, demência senil e hiperatividade, por estimular as áreas emocional e motora”, explica Vânia Ribeiro, psicopedagoga e sócia da clínica Amigos da Memória. A música é utilizada no espaço para estimular seus alunos com ou sem doenças neurodegenerativas a recordar. “Pesquisadores como Weinstein (que publicou artigo sobre o tema na Archives of Neurology), mostram ser possível trabalhar a canção com idosos com demência porque a percepção, a sensibilidade, a emoção e a memória para a música podem permanecer por muito mais tempo do que as outras formas de memória”, ressalta a fonoaudióloga Lúcia Liberal também sócia do espaço. Escutar uma música que costumava ouvir numa determinada época pode ser uma forma de um indivíduo exercitar a memória e lembrar-se de seu passado. “A música é positivamente aplicada no resgate da história de vida dos alunos, uma vez que é conhecida como a linguagem da emoção”, informa a psicopedagoga. “Isso acontece porque ao escutarmos uma canção que apreciamos, desencadeia-se atividade no hipocampo, região do cérebro que desempenha um papel fundamental na ativação da memória e nas emoções vinculadas à socialização”, esclarece a psicopedagoga. *Por Paulo Ricardo Mendes (algomais@algomais.com)

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Inhame, um superalimento

Ele não usa capa, raios UV e muito menos voa para salvar a população em perigo. Nem tem a fama do espinafre, que ingerido pelo personagem Popeye, conferia grandes poderes ao marinheiro da animação. Mas o inhame pode ser considerado um superalimento. Iguaria presente em boa parte das mesas dos brasileiros, possui em sua propriedade algumas substâncias que fazem bem para quem o consome, sendo bastante útil para a prevenção e o combate de muitas doenças. “Parente” da batata e da macaxeira, poucos sabem que o inhame é originário da África e foi trazido para o Brasil na época da colonização pelos portugueses. Chegando aqui, caiu no paladar dos brasileiros e passou a ser considerado um produto regional, pois se desenvolveu bem no solo nordestino. Atualmente existem mais de 600 espécies, sendo apenas algumas consideradas comestíveis, como o inhame-branco. A nutricionista do Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira)Ligia Barros explica que além de ser saboroso quando acompanhado com outros alimentos, o inhame é rico nos chamados “carboidratos complexos”. Esse grupo de alimentos possui baixo índice glicêmico que garante um bom aporte de energia, sem, no entanto, aumentar em demasiado a taxa de glicose no sangue. “É um alimento com teor de calorias reduzido e pode auxiliar no planejamento alimentar de algumas pessoas que se beneficiem desse fato para perda de peso”, explica a nutricionista. Isso porque, o tubérculo garante uma boa quantidade de fibras auxiliando na manutenção da glicemia (nível de açúcar no sangue), no bom funcionamento intestinal, no controle dos lipídeos (gorduras) circulantes na corrente sanguínea e, assim, consequentemente, ajuda o indivíduo a se manter saciado por mais tempo. Mas, seus “poderes” não param por aí. O alimento ainda possui um bom teor de cálcio e fósforo, que ajuda na manutenção da saúde óssea e também contém um excelente teor de potássio, que auxilia no funcionamento do sistema cardíaco e na melhora dos níveis de pressão arterial. Suas propriedades vão mais além. Também dispõe de um bom teor de vitamina C e zinco, fortalecendo o sistema imunológico e fazendo com o que o corpo melhore as defesas do organismo. A nutricionista explica que o inhame também é fonte de vitamina do complexo B, em especial a Tiamina (B1), que auxilia na manutenção de uma boa saúde mental. Ele também pode ser fonte de diosgenina, um fito-hormônio que pode auxiliar no combate dos sintomas da menopausa e da TPM. Ao contrário de outros alimentos que têm algumas contraindicações, o inhame pode ser utilizado desde na dieta de bebês que iniciaram a alimentação complementar ao peito, quanto de idosos. “A quantidade vai depender do planejamento dietético do nutricionista para cada pessoa”, orienta Ligia. Mas, por ser uma fonte de carboidratos, pode ser calórico, logo o ideal é consumi-lo em baixa quantidade, com uma porção ao dia, seja cozido, assado ou feito no vapor. Ainda é possível experimentá-lo no formato de purê, sopas e acompanhado de carnes e/ou ovos, o que garante um bom aporte de carboidrato e proteína. Embora seja comum encontrar outras funções do tubérculo além da alimentar, como compressa de inhame cru no combate de inflamações e abscesso, não existe comprovação científica de que estas práticas realmente funcionam. “Não podemos receitar aos pacientes outras finalidades do alimento, a única garantia que temos é que ele auxilia no tratamento e na prevenção de algumas doenças”, ressalta Ligia. A nutricionista ainda alerta que mesmo sendo um alimento rico em nutrientes, de baixo custo e acessível à população, o inhame deve ser consumido tendo a consciência de que não existe alimento milagroso para o processo de emagrecimento, bem como para as doenças. “Porém, uma boa alimentação desempenha um papel fundamental no bom funcionamento do nosso organismo e só traz benefícios para o dia a dia”, aconselha.

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Cidades Algomais FPS debate o futuro da medicina

Promovido pela Faculdade Pernambucana de Saúde, Algomais, pela MOVA – Marketing de Experiência e pela rádio CBN Recife, o CAM FPS: O Futuro da Medicina acontece no próximo dia 13 de junho, das 18h às 21h30, no Teatro RioMar. O evento faz parte do projeto CAM – Cidades Algomais, que tem como objetivo discutir e compartilhar exemplos positivos e experiências transformadoras nos centros urbanos. Focado na temática da saúde, esta edição do evento irá colocar em debate os avanços tecnológicos da medicina no diagnóstico e tratamento dos pacientes. O CAM FPS: O Futuro da Medicina é apresentado pela Faculdade Pernambucana de Saúde. O evento também conta com o apoio do Shopping RioMar, Luck Viagens, Hotéis Pernambuco, Sundown Vitaminas, Tulasi Mercado Orgânico e Leviora. “O objetivo do Cidades Algomais é apresentar soluções transformadoras para os principais desafios urbanos e trazer exemplos inspiradores ligados a temas como Saúde, Economia, Gestão Pública, Mobilidade e Educação. Nesta segunda edição, nosso foco é na saúde e tecnologia. Iremos apresentar e discutir as soluções, inovações e os avanços na medicina com a aplicação da tecnologia. Será um evento para discutir tanto as inovações tecnológicas na área médica que estão sendo utilizadas hoje, como também aquelas que serão lançadas em um futuro breve”, afirma Mariana de Melo, Diretora de Inovação da Algomais e coordenadora do evento. Entre os palestrantes confirmados estão o pediatra e diretor de ensino do IMIP, João Guilherme, e o geneticista do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, Diogo Soares. O evento também contará com uma mesa redonda com startups locais da área de saúde. Vão participar desse momento a Neurobots, que estimula a reabilitação neurológica de pacientes que tiveram AVC através de técnicas que exercitam o cérebro; a Pickcells, plataforma que permite o diagnóstico automatizado, mais rápido e preciso de doenças infecciosas; e a Epitrack, empresa que criou plataforma colaborativa para controle de epidemias. O CAM FPS: O Futuro da Medicina é destinado a estudantes universitários, profissionais de saúde e de tecnologia, gestores públicos e empresários. O evento terá capacidade para 650 pessoas. Os ingressos custam R$80 e serão vendidos pelo site www.cidadesalgomais.com. Mais informações pelo telefone (81) 3134.1729.

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