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Capibaribe luta contra a poluição

Através deste mar/ vou chegando a São Lourenço/ que de longe é como ilha/ no horizonte de cana aparecendo (…)/Navegando este mar/ até o Recife irei,/ que as ondas deste mar/ somente lá se detém. Na série de reportagens Rio da Resistência, chegamos com João Cabral de Melo Neto, em seu poema O Rio, ao trecho mais urbano do Capibaribe. Entre seus desafios e belezas, o curso d’água mais simbólico de Pernambuco é alvo de projetos de revitalização, estudos acadêmicos e da mobilização de parte dos recifenses. Para o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe, Alexandre Ramos, há três desafios vitais dessa passagem metropolitana. “Há uma questão mais institucional, que é implantar instrumentos para realizarmos a governança da água. O engajamento dos prefeitos e prefeitas para a revitalização do rio faz parte disso. A coleta e o tratamento de esgotos e o reflorestamento são os outros fatores essenciais. Está provado cientificamente que plantar árvores (nas margens) é como plantar água”, defende. Um trabalho em andamento do comitê é sensibilizar os prefeitos para assinarem uma carta de compromisso em defesa do Capibaribe. Até o fechamento desta edição, 23 chefes do poder executivo municipal já tinham assinado. Em São Lourenço, primeira cidade visitada por Cabral na sua descida pela Região Metropolitana do Recife, aconteceu recentemente um trabalho educativo da ONG Recapibaribe com escolas públicas. Tendo sua sede no Capibar, um bar às margens do rio no bairro do Monteiro no Recife, a ONG realiza há 20 anos um trabalho de coleta de lixo e de sensibilização ambiental. “Se houvesse mais ações educativas ao longo dos 42 municípios onde o rio passa, a população sentiria mais vontade de cuidar dele”, considera a presidente da organização Socorro Catanhede. Na sua atuação no Recife, a ONG chegou a retirar de uma só vez 600 toneladas de lixo. O espaço recebe visita de escolas para educação ambiental e nos eventos em datas especiais, como no Dia do Meio Ambiente, são recolhidos alimentos não perecíveis. A arrecadação de dinheiro ou de cestas básicas é destinada a pescadores que têm no rio, hoje poluído, a sua fonte de renda. “Nosso trabalho é uma junção dos três pilares da sustentabilidade: econômico, ambiental e social. Buscamos resgatar a cidadania dos pescadores”, afirma Socorro. Os resíduos já eram percebidos por Cabral no poema: Via-me, rio, passar/ com meu variado cortejo/ de coisas vivas, mortas,/ coisas de lixo e de despejo. Para o professor Fernando Porto, do Departamento de Zootecnia da UFRPE, o acúmulo de resíduos no Capibaribe, associado às recentes mudanças climáticas, representa um grande risco de agravar os alagamentos no Recife, com impactos também na saúde dos seus moradores. Ele conta que os índices pluviométricos da cidade têm-se concentrado num período menor de tempo (o volume de chuvas que caía entre quatro e cinco meses está caindo em apenas dois meses). “Toda a área urbana do Capibaribe enfrenta esse problema dos lançamentos de lixo e esgoto. Quando ocorrem as chuvas mais intensas e o rio não consegue drenar, a cidade fica alagada. Lixo, animais, como ratos, e os fluidos de veículos se diluem com essa água, o que expõe a população ao contágio de doenças”. Pós-doutor em biologia marinha, Porto afirma que o acúmulo dessa carga difusa de plásticos, borrachas, madeiras tem sido consumida pela vida marinha. “Nos plânctons (microrganismos) do rio venho notando uma imensa quantidade de microplástico. Isso está sendo estudado nos últimos anos como um perigo para o metabolismo humano. Por meio dos esgotos, eles chegam nesses ambientes e os peixes podem comê-los. E isso acaba chegando na alimentação humana”. Um contraponto positivo da cidade, segundo o professor, é que o Recife concentra a maior área de manguezal urbano na América do Sul. “O Capibaribe está a cada dia mais fino, com suas margens sendo diminuídas. Mas o manguezal é um ativo importante que precisa ser mantido, é necessária uma política mais séria para conservá-lo. Ele capta boa parte da chuva que se acumularia nas ruas. Sem ele, a cidade pararia e ficaria ainda mais caótica nos dias de chuvas”, sentencia. AFETIVIDADE De Apipucos à Madalena, Cabral apresenta um Capibaribe diferente do que via até então. Agora vou entrando/ no Recife pitoresco,/ sentimental, histórico. No olhar do poeta, são bairros que trazem uma experiência mais contemplativa do rio. Estão neste caminho, Apipucos, Poço da Panela, Casa Forte, Madalena, Jaqueira. Esse trecho, intensamente habitado, tem sido alvo de um dos maiores projetos de revitalização da cidade, o Parque Capibaribe. O projeto da Prefeitura do Recife, em parceria com o Inciti – Pesquisa e Inovação para as Cidades, da UFPE, propõe a criação de um sistema de parques integrados por 30 quilômetros nas margens do Capibaribe. Uma iniciativa de longo prazo que tem a pretensão de fazer os olhos dos recifenses se voltarem para o rio. A primeira entrega foi a construção do Jardim do Baobá, nas Graças. “A receptividade e apropriação desse pequeno parque, de 100 metros, é surpreendente. Imagine o impacto de um quilômetro de margem com esse padrão, com terraços de contemplação, um píer maior”, sugere o secretário executivo de projetos especiais da Secretaria de Meio Ambiente do Recife, Romero Pereira. O próximo passo será o trecho entre as pontes da Torre e da Capunga, que será licitado neste semestre e as obras, previstas para durar 18 meses, devem começar no segundo semestre. A PCR planeja outros trechos do parque. “Queremos ter o projeto pronto para buscar recursos para a sua implantação”, conta Romero. Outro trecho dessa região está sendo revitalizado pelos próprios moradores. Trata-se do Jardim Secreto, um projeto da Associação dos Moradores e Amigos do Poço da Panela prestes a completar um ano. Em fase de planejamento das hortas para o local, o espaço passará também a ter a oferta de aulas gratuitas de alongamento, dança e ginástica funcional a partir deste mês. “Espaços públicos se tornam bem utilizados quando nos tornamos os verdadeiros protagonistas da cidade que sonhamos e queremos. Acreditamos que através deles podemos promover mais igualdade social,

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Mercado reduz estimativa de crescimento do PIB de 2,70% para 2,51%

O mercado financeiro reduziu novamente a estimativa para o crescimento da economia este ano. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, agora passou de 2,70% para 2,51%. Essa foi a segunda queda consecutiva. Para 2019, a previsão permanece em 3%. As estimativas são do boletim Focus, publicação divulgada às segundas-feiras pelo Banco Central (BC), na internet. O mercado financeiro reduziu também a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 3,49% para 3,45%, neste ano. Para 2019, a estimativa foi ajustada de 4,03% para 4%. A estimativa está abaixo do centro da meta que é 4,5% este ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75% Taxa básica de juros Para alcançar a meta, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. Para cortar a Selic, o BC precisa estar seguro de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. Nesta semana, o Copom realiza a terceira reunião do ano, com expectativa de que a Selic tenha o último corte do atual ciclo de reduções. Para o mercado financeiro, a Selic será reduzida em 0,25 ponto percentual, indo para 6,25% ao ano, conforme indicado pelo BC, em março. Em 2019, a expectativa é que a Selic volte subir e encerre o período em 8% ao ano. Dólar Para especialistas, a recente alta do dólar não deve fazer com que o BC mude a estratégia de reduzir a Selic. Na última sexta-feira (11), o dólar chegou a R$ 3,60, o maior valor em quase dois anos. Na visão de economistas, o efeito da alta do dólar na inflação deve ser um pouco menor do que normalmente é observado porque a economia ainda está em recuperação. De acordo com analistas, a alta do dólar ocorre devido à expectativa de aumento mais intenso dos juros nos Estados Unidos, o que o que atrai dinheiro para economias avançadas, provocando a fuga de capitais financeiros de países emergentes, além das incertezas sobre as eleições no Brasil e a crise na Argentina, com pedido de empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Na última sexta-feira, para segurar a cotação da moeda americana, o BC anunciou ajustes nos leilões de swaps cambiais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, além de informar que fará oferta adicional de contratos de swap cambial. Para as instituições financeiras consultadas pelo BC, o dólar deve encerrar 2018 em R$ 3,40. Na semana passada, a estimativa era R$ 3,37. Para o fim do próximo ano, a estimativa segue em R$ 3,40. (Agência Brasil)

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Projeto São Francisco estimula economia após um ano da chegada das águas a Paraíba e Pernambuco

A chegada das águas do ‘Velho Chico’ ao sertão vem mudando há um ano a realidade de aproximadamente um milhão de pessoas nos estados da Paraíba e de Pernambuco. Desde a inauguração do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em março do ano passado, a população de 33 municípios nos dois estados comemora a nova rotina nas residências, no comércio e na agricultura. As transformações impactam diretamente no desenvolvimento da região, como o fim do racionamento em Campina Grande, segunda cidade mais populosa da Paraíba. Em Monteiro, primeiro município paraibano a receber as águas do Projeto São Francisco, a prefeita Ana Lorena Nóbrega afirma que a segurança hídrica a partir do Eixo Leste criou condições mais favoráveis à comercialização de diversos produtos regionais. “Nossa economia gira muito em torno da caprinocultura, da agricultura familiar e, claro, a chegada das águas deu uma levantada visível na produção e comercialização”, disse a prefeita, que também aposta na instalação de novas indústrias e empresas para movimentar ainda mais a economia local. De lá, as águas seguiram pelo leito do Rio Paraíba até chegar ao Açude Epitácio Pessoa, conhecido como Boqueirão, responsável por abastecer a região metropolitana de Campina Grande. Em pouco tempo, a população passou a sentir o alívio nas torneiras com o fim do racionamento. Além de evitar o colapso hídrico, a obra do Governo Federal fortalece os setores da agricultura e pecuária, como destaca o produtor João de Deus Rodrigues. “Nos tranquiliza muito a certeza de que, num momento mais crítico de seca, podemos garantir suporte aos animais, por exemplo”, comenta. O empresário Divaildo Júnior, presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Campina Grande, observa que o setor já apresenta importantes sinais de retomada do crescimento. “A cidade voltou a se planejar a longo prazo, a captar investimentos e buscar atrair novas empresas. Hoje, sim, podemos dizer que temos garantia hídrica. O projeto de transposição foi uma bênção”, garante. Em Pernambuco, a primeira cidade a ser beneficiada pelo Eixo Leste foi Sertânia, na região do Sertão do Moxotó. O artista plástico Júnior Silva, que hoje vive no estado do Mato Grosso, visitou o município para rever a família e se surpreendeu com o novo cenário. “Antes buscávamos água em poços distantes para encher tanques e baldes, ou então aguardávamos o reforço que vinha dos carros-pipa. Era uma precariedade. Hoje, temos água de boa qualidade nas torneiras de casa”, comemora. Água para quatro milhões de pessoas O Eixo Leste do Projeto São Francisco foi projetado para garantir o abastecimento de mais de quatro milhões de pessoas em 168 municípios nos dois estados – Pernambuco e Paraíba. Com a inauguração, o Governo Federal cumpriu sua missão de entregar a água do Rio São Francisco nos pontos de captação. O tratamento e o fornecimento do recurso hídrico estão a cargo dos governos estaduais.

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Equipamentos recifenses terão programação especial na 16ª Semana de Museus

Já é tradição no calendário cultural nacional: para celebrar o 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, equipamentos do país inteiro preparam uma semana inteira de programação caprichada. Para estimular a população a conhecer e frequentar esses espaços de fomento e preservação cultural, seis equipamentos geridos pela Prefeitura do Recife irão participar da 16ª Semana de Museus, que acontece entre os próximos dias 14 e 20 de maio. Com o tema Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos, a semana capitaneada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) mobiliza mais de 1.130 instituições no país, somando 3.261 eventos realizados em 489 municípios de 26 estados brasileiros. Confira a programação completa da semana no guia online produzido pelo Ibram (http://guiadaprogramacao.museus.gov.br/). Confira a programação de cada equipamento: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) – Dedicado à produção de arte contemporânea, o equipamento preparou uma programação especial para a semana comemorativa, além das duas exposições em cartaz: ExistenCidades, do fotógrafo Beto Figueiroa, e A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos, de Neilton, guitarrista da banda, que celebra a história do grupo que saiu do Alto José do Pinho para a posteridade do punk nacional. A programação da semana começa com uma roda de diálogos, no dia 15, das 18h às 20h30, sobre Arte, Conectividade e novos públicos, para discutir sobre relações e conexões nos espaços expositivos. A entrada é gratuita. De 15 a 20, estará em cartaz a exposição Tempos de Conectividade, com curadoria dos estagiários do MAMAM, abordando a ideia de museus hiperconectados e buscando abarcar novos públicos, com performances de Sandra Cinto e Daniel Santiago. De terça a sexta, das 12h às 18h e de sábado a domingo, das 13h às 17h. Nos dias 15 e 16, das 14h às 17h, será oferecida uma oficina de lambe-lambe O MAMAM é logo ali, que vai produção coletiva de cartazes em lambe-lambe, que serão aplicados em locais nas intermediações do museu, com frases que indiquem sua localização. Há 20 vagas disponíveis. Inscrições: educmamam@gmail.com. No dia 18, das 14h às 17h, tem mais oficina. Batizada de Troco Arte, a experiência irá trabalhar o contraste entre as novas formas de comunicação e as antigas, através da arte postal. Foram abertas 10 vagas. Inscrições pelo mesmo e-mail: educmamam@gmail.com. No dia 19, das 14h às 20h, o evento Entre lanças e contas promoverá oficinas, rodas de diálogo e feira, com a participação de artistas, artesãos e músicos, para tratar de arte e cultura dos povos negro e indígena e da produção simbólica que demarca a etnia, a identidade e o território. A entrada é gratuita. Um dos mais representativos museus de arte contemporânea do Nordeste, o MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, na Boa Vista. Abre de segunda a sexta, das 10h às 18h, e sábados e domingos, das 13 às 17h. O acesso é gratuito. Museu da Cidade do Recife/Forte das Cinco Pontas – No equipamento que faz parte do Conjunto de Fortificações do Brasil, integrante da Lista Indicativa brasileira do Patrimônio Mundial da Unesco, a programação preparada para a Semana de Museus contempla toda a família. Entre 15 e 20 de maio, a atividade O Forte e o Tempo será oferecida todos os dias, estimulando os visitantes a interagir com a fortaleza de uma maneira leve e criativa, participando de um jogo que tem como objetivo a criação de um forte subjetivo. No dia 19, às 10h, uma oficina de colagem convidará os participantes a criar monstros marinhos, a exemplo dos que habitavam o imaginário coletivo na época das grandes navegações e estampam paredes, mapas e azulejos holandeses expostos na mostra Cinco Pontas. Às 15h, o artista Victor Vasconcelos vai ensinar a confeccionar peças de artilharia militar lúdicas, feitas de bola de encher na oficina ARTElharia. Serão oferecidas 20 vagas para crianças a partir de 10 anos. A inscrição deve ser feita pelo e-mail: educativomcr@gmail.com. O Museu da Cidade do Recife fica na Praça das Cinco Pontas, São José. Funciona de 9h a 17h, de terça a domingo. O acesso é gratuito. Murillo La Greca – No equipamento, além de conferir a Mostra Coletiva de Artes Visuais Vetores, que reúne trabalhos de nove artistas, e a exposição permanente do equipamento, Um artista de outro tempo, que conta a trajetória artística do patrono do equipamento, Murillo La Greca, será realizada, no dia 17, uma capacitação sobre a arte e seu papel na escola, para 100 professores da rede municipal. O museu abre de terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h, e, no sábado, das 15h às 18h. Paço do Frevo – Espaço de salvaguarda e valorização do frevo, tradição genuinamente recifense reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, o equipamento celebra a data com conversas e, claro, música e dança, além do acervo permanente, à disposição dos visitantes em busca de intimidade com o gênero musical e sua história. Ao longo de todo o dia 15, das 9h às 16h30, haverá vivências para quem quiser se arriscar na extensa biblioteca de passos que o frevo coloca nas ruas. No dia 18, a programação começa às 9h, com a palestra Patrimônios e Conexões, sobre o diálogo entre as tradições e a contemporaneidade. Entre 10h30 e 12h, será oferecida uma roda de conversa com relatos de experiências sobre patrimônio e conexões digitais. E, das 14h às 17h, um minicurso tratará de comunicação estratégica, internet e patrimônio. O Paço do Frevo fica na Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife. Funciona de 9h a 16h30 de terça a sexta e de 14h a 18h aos sábados e domingos. O ingresso custa R$ 8. Casa do Carnaval – Espaço destinado a pesquisas sobre as manifestações da cultura popular, a Casa do Carnaval irá oferecer, gratuitamente, uma oficina de Catalogação de Acervos, entre os dias 14 e 18 de maio. Serão disponibilizadas 10 vagas, destinadas a estudantes universitários, equipes de museus e interessados em aprender noções básicas sobre práticas de salvaguarda de acervo. As inscrições podem ser feitas pelo

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Sesc abre inscrições para Oficina de Criação Literária no Centro do Recife

No intuito de estimular o livre pensamento valorizando a manifestação artística, o Sesc Santa Rita, no Centro do Recife, está com inscrições abertas para a oficina de criação “Pedagogia dos Saraus: Teoria e Prática Literária/Educativa”. Conduzida pelo educador e escritor paulista Rodrigo Ciríaco, a ação tem início hoje  (14/04) e segue até o dia 18, no horário das 18h às 22h. A inscrição custa entre R$ 10 e R$ 28 e deve ser feita no Ponto de Atendimento da unidade até o primeiro dia da oficina. A oficina parte do projeto Arte da Palavra, iniciativa do Sesc que circula o país realizando atividades de fomento e debates sobre a literatura. “Os encontros vão servir de espaço para a troca de ideias e experiências entre quem já trabalha há anos com a literatura, que é o caso de Rodrigo, e quem quer entrar nesse mundo fascinante, mas sente que tem alguma dificuldade para começar a escrever”, explica a professora de Artes do Sesc Santa Rita, Cláudia Cavalcanti. Autor de livros como “Te Pego Lá Fora”, “100 Mágoas” e “Vendo Pó…esia”, Rodrigo Ciríaco cresceu na Zona Leste de São Paulo e tem uma obra marcada pelo cotidiano na periferia. É idealizador do projeto “Pedagogia dos Saraus”, que, desde 2006, desenvolve ações de incentivo à leitura e produção escrita em escolas públicas da capital paulista. Também já participou de festivais no Brasil e no exterior. Os interessados em participar devem procurar o Ponto de Atendimento da unidade, que fica na Rua Cais de Santa Rita, no bairro de São José. A inscrição custa R$ 10 para comerciários e dependentes e R$ 20 para o público em geral, com o acréscimo de uma taxa de R$ 8 para quem não tiver carteira de usuário do Sesc, emitida na hora. Além do pagamento desse valor, para tirar a carteira, é preciso apresentar documento de identidade, CPF e foto 3 x 4. Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br. Serviço – Oficina de Criação Literária com Rodrigo Ciríaco Local: Sesc Santa Rita, Rua Cais de Santa Rita, 156, São José Período: de 14 a 18 de maio Horário: das 18h às 22h Inscrições: R$ 10 (comerciários e dependentes) e R$ 20 (público geral, com acréscimo de R$ 8 para quem não tiver carteira de usuário do Sesc) Informações: (81) 3224-7577

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Terça Negra terá programação em dobro no mês de maio

Neste mês de maio, em que se celebra o Dia da África, a Terça Negra terá programação em dobro, no Pátio de São Pedro. Realizado pelo Movimento Negro Unificado, com apoio da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura, Fundação de Cultura Cidade do Recife e Núcleo da Cultura Afro-brasileira, o evento que celebra tradições, manifestações e artistas da cultura negra terá duas edições: nos próximos dias 15 e 22. No dia 15, seguindo o calendário regular das terças no Pátio de São Pedro, será realizado um tributo a Bob Marley, com apresentações das bandas Massapê, às 20h, Marlevou, às 21h, e Positividade, às 22h. No dia 22, o Pátio sedia uma Terça Negra extra, uma grande festa preparada pelo Movimento Negro Unificado para celebrar o Dia da África com cinco atrações e mais de oito horas de programação. A festa começa às 16h, com uma feira afro de empreendedores e segue, das 19h às 23h, com apresentação do Fórum Permanente de políticas Públicas para Capoeira e apresentações do Balé Afro Magê Molê, do Afoxé Omulu Pá Keru Awo. Mantendo uma tradição cultivada há muitas terças, o encerramento será no embalo do coco, com o Coco dos Pretos. Sobre a data – O Dia da África evoca a reunião de 32 chefes de estado africanos, em Addis Abeba, Etiópia, no dia 25 de maio de 1963, para defender e emancipar o continente africano, libertando-o do colonialismo e do apartheid. Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU), referendou a importância da data instituindo o Dia da África. A Terça Negra acontece no Pátio de São Pedro, Bairro de Santo Antônio, e tem entrada franca. Programação Dia 15 de maio 20h – Massapê 21h – Marlevou 22h – Positividade Dia 22 de maio 16h – Feira dos Afro empreendedores 19h – Apresentação do Fórum Permanente de políticas Públicas para Capoeira 20h – Balé Afro Magê Molê 21h – Afoxé Omulu Pá Keru Awo 22h – Coco dos Pretos

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Gilú Amaral apresenta show de percussão no circuito Aurora Instrumental

O circuito Aurora Instrumental apresenta, na próxima quarta-feira (16), o show Percursos, trabalho solo do percussionista pernambucano Gilú Amaral. O espetáculo expressa o talento, a criatividade, o aprofundamento dos estudos musicais e a entrega plena do artista por meio da execução de instrumentos percussivos e melódicos. Gilú cria a narrativa de Percursos explorando as sonoridades do pandeiro, caxixi, ngoma, alfaia, tambor falante, ngoni, hangdrums, mbira e berimbau. No Aurora Instrumental, o show contará com as participações especiais da bailarina Inaê Silva, da poetisa Luna Vitrolira e do artista Toni Braga, que criará desenhos e fará projeções no espetáculo. Percursos conta a história de vida de Gilú Amaral e também busca resgatar a essência do próprio homem ao trabalhar elementos inspiradores e a relação com a natureza, realimentando melodias e explorando as possibilidades de sons e emoções. O show já foi apresentado em várias cidades do Brasil, países da Europa e nos Estados Unidos – onde Gilú participou do PASIC 2017 (Percussive Arts Society International Convention), um dos eventos mais importantes de percussão e bateria do mundo. Considerado um dos melhores percussionistas da sua geração, os trabalhos mais conhecidos de Gilú são a Orquestra Contemporânea de Olinda, o grupo instrumental Wassab, Ave Sangria (nova fase da banda) e Henrique Albino Trio.   SERVIÇO: Aurora Instrumental apresenta Gilú Amaral Dia: quarta-feira (16/05) Horário: às 19h30 Local: Teatro Arraial Ariano Suassuna (Rua da Aurora, nº 457, Boa Vista, Recife – PE) Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Vendas: Bilheteria do Teatro Arraial (abre 1 hora antes do show) e no https://www.sympla.com.br/aurorainstrumental

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Azul começa a voar do Recife para Fort Lauderdale

Os recifenses ganharam mais uma ligação direta e inédita entre Pernambuco e os Estados Unidos. Na última sexta-feira (11), a Azul realizou o voo inaugural entre a capital pernambucana e Fort Lauderdale, no estado norte-americano da Flórida. O avião com destino a Miami deixou o Recife pouco depois das 10h e tem previsão de chegada para às 17h30 nos EUA. Os voos entre os dois destinos serão realizados às sextas e domingos, passando a três frequências semanais a partir do dia 6 de junho. A bordo das aeronaves Airbus A330, a maior em operação na frota da companhia, os Clientes poderão chegar ao continente norte americano em pouco mais de sete horas. Com a nova rota, o Recife passa a contar com oito voos semanais da Azul para quatro destinos internacionais: Rosário e Córdoba, na Argentina, e Fort Lauderdale e Orlando, nos Estados Unidos. O diretor de Planejamento de Malha da Azul, Daniel Tkacz, celebra o início da operação para Lauderdale e ressalta que o novo voo é resultado de uma combinação entre a alta demanda e as conexões criadas pela empresa na capital pernambucana. “O voo inaugural de hoje representa um marco para Pernambuco. Acreditamos no potencial de demanda do estado, que nunca antes em sua história havia recebido tanto investimento em destinos diretos, e por isso estamos concretizando essa nova operação internacional. Com o centro de conexões que criamos no Recife, podemos ampliar a nossa oferta de voos dentro do Brasil e para o exterior. Nossa intenção é continuar conectando os recifenses e todo o Nordeste brasileiro as demais regiões do país e do mundo, seja em voos diretos da Azul, seja por meio de nossos parceiros”, destaca Tkacz. Clientes de ao menos seis cidades do Nordeste são beneficiados diretamente com o novo mercado da empresa. Com conexões curtas, quem parte de Salvador, João Pessoa, Maceió, Natal, Fortaleza e Aracaju consegue chegar com mais rapidez e conveniência a Fort Lauderdale.

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Trabalhador valorizado, empresa competitiva

João Cabral de Melo Neto, no poema O Rio, narra a força dos trabalhadores que movem as engrenagens da indústria que transforma o canavial em açúcar e álcool. Um dos setores mais tradicionais do Estado, que segue tendo um papel forte na economia e na geração de empregos. Em Pernambuco, diante de um solo fértil, mas acidentado, que inviabiliza a mecanização da produção, trabalhadores da Zona da Mata Norte permanecem sendo um dos grandes ativos para a produtividade do setor. Na Usina Petribú, no município de Lagoa de Itaenga, a política trabalhista e social inovadora tem estimulado a valorização dos seus profissionais e o progresso na carreira. No quadro dos colaboradores da Petribú há diversas histórias de funcionários com longos anos de carreira, como a de Erivaldo Severo da Silva, 54 anos, dos quais 27 como funcionário da empresa. Sua trajetória foi de progressão na vida profissional. Começou no corte da cana, com um desempenho de destaque – ele venceu por três edições o Facão de Ouro, uma premiação interna que reconhece o funcionário com maior produtividade do ano. Ao longo de sua carreira, ele assumiu várias funções até chegar a posição de fiscal agrícola. “Comecei a estudar depois dos 40 anos. Era analfabeto, leigo. Tive o prazer de poder crescer no trabalho”, revela Seu Severo. Quem também atravessou longos anos dentro da usina é a educadora Evanice Rodrigues de Carvalho. Ela trabalhou na Petribú entre 1965 e 1975. A professora retornou em 1985, permanecendo até hoje na direção da Escola Josepha de Petribú. A instituição, que é um dos braços da responsabilidade social do grupo, existe desde 1909 e atende atualmente 105 crianças, com turmas formadas por filhos dos funcionários. “São 43 anos na empresa, trabalhando com muito carinho na formação das nossas crianças”, relata. A escola, localizada próximo à sede, em Lagoa de Itaenga, dispõe de uma infraestrutura com biblioteca, assistência médica odontológica, sala de música e laboratório de informática. As crianças e professoras são conduzidas para as aulas diariamente de ônibus financiado pela empresa. A oferta de educação para os filhos e o estímulo a fazer carreira não são as únicas características do relacionamento da empresa com seus funcionários. “Essa relação é muito sadia e transparente. Há famílias que estão na terceira ou quarta geração trabalhando conosco. Poucas usinas têm uma convivência tão próxima com os trabalhadores”, relata Jorge Petribú, presidente do Conselho da empresa. De acordo com Arnaldo Andrade, gerente de desenvolvimento organizacional da Usina Petribú, o estímulo ao crescimento profissional é uma marca que tem contribuído inclusive para o desempenho competitivo da usina. “Uma grande mudança começou quando passamos a fazer a gestão do conhecimento”, destaca. Arnaldo relata que existem vários programas para formação de líderes entre os trabalhadores e até para preparar os futuros gestores do grupo. Os treinamentos internos também são bastante estruturados, passando por disciplinas como atendimento ao cliente e gestão de processos. O gerente lembra que a empresa também incentiva a formação superior, por isso apoia aqueles funcionários que já têm tempo de casa e desejam seguir seus estudos na universidade. “O posicionamento é sempre positivo para a educação. Tive vários estagiários que tiveram seus estudos patrocinados”, orgulha-se Arnaldo. DESAFIOS Uma quebra de paradigma vivida na empresa há 5 anos foi a escolha de Daniela Petribú para a presidência. Ela é a primeira mulher à frente dos negócios da família que têm uma história de três séculos com a atividade sucroalcooleira, um setor marcado historicamente por lideranças masculinas. Vinda da área financeira, ela afirma não ter sofrido qualquer preconceito na direção da Petribú. “As pessoas me olhavam com alguma curiosidade, mas nunca houve preconceito. Além disso, trabalho muito em conjunto. Isso contribui para essa relação de respeito”. Entre os desafios para o futuro, além de lidar com as intempéries das mudanças climáticas, Daniela destaca a grande quantidade de pessoas envolvidas na atividade. “Devido à topografia acidentada da Mata Norte, não podemos trabalhar com o corte mecanizado. Tem que ser manual. Por isso, sempre empregamos um contingente muito grande de trabalhadores”. Na época da safra da cana-de-açúcar trabalham aproximadamente quatro mil pessoas na usina, enquanto que na entressafra a média de colaboradores é de 2,3 mil pessoas. Uma multidão, que se assemelha com o cenário narrado por João Cabral há 65 anos no seu poema. LEIA TAMBÉM     OFERECIMENTO

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Seminário vai abordar a educação patrimonial e arqueologia do agreste central de Pernambuco

Uma iniciativa do Laboratório de Antropologia do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE (CAA) , o I Seminário Educação Patrimonial e Arqueologia do Agreste Central de Pernambuco será realizado amanhã (15), a partir das 14h, no Auditório Luiz Gonzaga, no Campus do Agreste. O evento, que é aberto ao público, abordará a produção de conhecimentos sobre o patrimônio arqueológico da região, as ações de preservação, dialogando com as perspectivas de desdobramentos das pesquisas para a comunidade, considerando, sobretudo, a elevada concentração de pobreza no semiárido pernambucano, com destaque para as localidades onde se encontra a grande maioria desses sítios. REGIÃO | O Agreste Central de Pernambuco possui diversos sítios arqueológicos pré-contato, que registram, de diferentes formas, a presença dos primeiros grupos humanos na região. Localizados em serras, muitas delas pouco exploradas e de difícil acesso, esses sítios necessitam de cuidados para sua conservação e salvaguarda, tanto em relação às intempéries naturais quanto em relação à ação humana. Para tanto, faz-se necessário conhecê-los, inventariá-los, cadastrá-los, bem como a realização de um trabalho de educação patrimonial junto aos moradores e moradoras. Programação 15/05 – Auditório Luiz Gonzaga – Centro Acadêmico do Agreste – CAA 14h – Mesa: Arqueologia, Educação e Produção de Conhecimento Coordenador: Ricardo Pinto de Medeiros (UFPE/CFCH) Participantes: Elenita Helena Rufino (Iphan-PE), Roberta Richard Pinto (Museu de Arqueologia da Unicap) e Sandro Guimarães de Salles (UFPE/CAA) 19h – Mesa: Educação Patrimonial e Arqueologia no Agreste Central Coordenador: Saulo Ferreira Feitosa (UFPE/NCV) Participantes: Leandro Surya (UFVSF), Mônica Mendonça (Museu Histórico do Brejo da Madre Deus), Josué Euzébio Ferreira (Instituto Histórico de Caruaru)

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