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Literatura independente é tema de encontro na Livraria Leitura

Dificuldades e perspectivas da cena literária recifense estarão em pauta, no próximo dia 28 de abril, a partir das 16h, na Livraria Leitura do Shopping Tacaruna. A roda de diálogos é promovida pelos estudantes do curso de Jornalismo da Faculdade dos Guararapes, dentro da disciplina de Assessoria de Comunicação, e tem como objetivo sensibilizar o público para a valorização e consumo de produtos literários locais. Participam do encontro os escritores Ágatha Félix e Décio Gomes, o jornalista e editor da revista eletrônica O Grito!, Fernando de Albuquerque e a pesquisadora e professora universitária Gabriela Araújo, além de blogueiros e youtubers literários. Durante o evento haverá sorteio das obras dos autores. A entrada é gratuita. O mercado literário independente, tema central do encontro, é uma porta de entrada essencial para os aspirantes a escritores. Porém, incluir-se neste ambiente não é tarefa fácil. Afinal, os autores independentes precisam trabalhar não só na criação da história, mas na revisão, divulgação e até mesmo no contato com o público desejado. SERVIÇO: O quê? Roda de Diálogos sobre Literatura Independente Quando? Dia 28 de abril (sábado) às 16h Onde? Livraria Leitura do Shopping Tacaruna Entrada gratuita. Sorteio de livros. Informações: (81) 99610-4501 (Filipe Almeida). (81) 984718286 (Renato Almeida).  

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Recital gratuito encerra a semana dedicada ao choro no Conservatório

Nesta segunda-feira (16), a orquestra Matéria Prima recebe convidados num recital que marca o encerramento da semana em comemoração ao Dia Nacional do Choro, promovida pelo Conservatório Pernambucano de Música. Eles apresentam clássicos do gênero genuinamente brasileiro. O evento homenageia os 100 anos do bandolinista Jacob do Bandolim, um dos ícones do estilo e é aberto ao público, a partir das 19h30, no auditório Cussy de Almeida. Entre os convidados a compor o espetáculo, professores das oficinas instrumentais e de canto promovidas na sede da escola de música, e também grandes nomes da cena pernambucana, a exemplo de Beto do Bandolim, Moema Macedo e Lucas Cesar. “Estamos muito felizes com a repercussão e a participação do público tanto no show do conjunto Época de Ouro, no Santa Isabel, quanto nas oficinas. Esperamos uma bela plateia no show de encerramento. É uma oportunidade de apreciar esse ritmo genuinamente brasileiro e prestigiar bons músicos que temos no Estado”, destaca a gerente geral do Conservatório, Roseane Hazin. Formada em 2009, a orquestra Matéria Prima surgiu a partir do desejo de apresentar a jovens estudantes e amantes da música um repertório agradável e tipicamente brasileiro, por meio da junção do erudito com o popular. Ela reúne 11 integrantes. São eles: Arthur Philipe e Dalva Torres (canto), Júnior Teles (pandeiro), Rafael Marques (bandolim), Mauricio Cezar (piano e direção musical), Mozart Ramos (flauta), Augusto Silva (bateria), Marquinhos FM (baixo), Bozó (violão de 7 cordas), Adilson Bandeira (sax e clarinete), Roque Neto (trompete) e Elci (trombone). No show desta segunda, apresentará repertório de clássicos do choro, em especial de Jacob do Bandolim, um dos mestres do gênero. SERVIÇO ENCERRAMENTO DO DIA NACIONAL DO CHORO DO CPM – 16/4, às 19h30, no Auditório Cussy de Almeida, no Conservatório Pernambucano de Música – Av. João de Barros, Santo Amaro. Aberto ao público. Informações: 3183-3400.  

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Conheça 10 mitos e verdade sobre a saúde da voz

Ela está por trás dos diálogos, das canções, dos manifestos. A voz, uma das principais fontes de união e interação, requer cuidados, assim como qualquer outra parte do corpo. “A voz é importante desde o momento do nascimento e é a grande responsável pela nossa comunicação e desenvolvimento em sociedade. Por isso, é essencial ter cuidados constantes com a voz e evitar ações nocivas, como gritar, pigarrear, ingerir bebidas alcoólicas e fumar”, afirma a fonoaudióloga do Hospital CEMA, Thaís Palazzi. A especialista lista abaixo o que é mito e o que é verdade no que diz respeito à saúde da voz e alerta que qualquer alteração vocal que persista por mais de 3 dias deve ser investigada por um otorrinolaringologista. Confira os principais mitos e verdades: 1 – “MAÇÃ FAZ BEM PARA A VOZ” VERDADE A maçã é um alimento rico em pectina, uma substância que fornece ação adstringente e auxilia na limpeza da laringe e das cordas vocais, evitando assim o acúmulo de secreção, o famoso pigarro, nessa região. Além disso, a mastigação fortalece a musculatura responsável pela articulação das palavras. Além da maçã, as folhas verdes e frutas como banana, caju e goiaba também têm função adstringente. 2 – “PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM COM A VOZ SOFREM MAIS PROBLEMAS VOCAIS” DEPENDE Possíveis problemas com a voz vão depender de como ela é utilizada. Em geral, pessoas que têm uma demanda de voz excessiva, sem cuidados vocais, como, por exemplo, com excesso de gritos, má hidratação e respiração inadequada certamente estão mais predispostas a ter alterações vocais e rouquidão. É importante para esses profissionais não aumentar a intensidade da voz quando há ruídos mais altos por trás, para não prejudicá-la. 3 – “PIGARREAR TIRA A SECREÇÃO DA GARGANTA” MITO Pelo contrário, pigarrear irrita ainda mais a mucosa. O ideal, nesse caso, é hidratar-se para que a secreção saia naturalmente, ou respirar profundamente pelo nariz e deglutir em seguida. 4 – “MÁ RESPIRAÇÃO PREJUDICA A VOZ” VERDADE A saúde dos tecidos depende da boa oxigenação. Portanto, uma respiração incorreta tem consequências negativas para a saúde mental e física, afetando também a voz. A respiração é a base principal da produção vocal e precisa acontecer de maneira adequada, tanto na fala, quanto no canto. O trabalho com a voz é feito com o corpo todo, inclusive com a respiração. 5 –” ÁLCOOL E CIGARRO FAZEM MAL À VOZ” VERDADE Cigarros e determinados tipos de drogas irritam a mucosa do trato vocal e elevam a sensação de pigarro, podendo ocasionar alterações nas cordas vocais. Já as bebidas alcoólicas, além de irritar a mucosa, têm ainda efeito anestésico podendo mascarar a dor de garganta ou os excessos vocais. 6 – “BALAS DE HORTELÃ, PASTILHAS, SPRAYS BUCAIS E GENGIBRE SÃO BONS PARA A VOZ” MITO Esses recursos apenas disfarçam a dor e o desconforto, dando uma falsa sensação de melhora. Com isso, geralmente a pessoa comete excessos, pois imagina que está melhor, prejudicando ainda mais a mucosa das cordas vocais. 7 – “BEBIDAS GELADAS OU MUITO QUENTES PREJUDICAM A VOZ” VERDADE No geral, mudanças bruscas de temperatura podem, sim, prejudicar a voz. No caso das bebidas geladas ou muito quentes há um choque térmico no organismo, o que pode causar danos à saúde vocal. 8 – “GRITAR PREJUDICA A VOZ” VERDADE Gritar é uma das atitudes mais agressoras para a laringe, pois, nesse momento, ocorre ataque brusco entre as cordas vocais. Isso pode causar um edema, irritação na mucosa das cordas vocais. O grito deve sempre ser evitado. 9 – “INGERIR UMA PEQUENA QUANTIDADE DE BEBIDA ALCOÓLICA É BOM PARA CANTAR” MITO A bebida tem efeito anestésico nas cordas vocais e o cantor que recorre a ela pode cometer excessos vocais sem perceber, o que agrava o quadro, em longo prazo. O ideal sempre é optar por ingerir água. 10 – “ALGUNS ALIMENTOS PREJUDICAM A VOZ” VERDADE Alimentos pesados e com condimentos podem fazer mal à voz, como o chocolate, o café e bebidas alcoólicas. O melhor é optar por alimentos leves e com proteínas e também beber muita água para hidratar as cordas vocais.

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Natureza preservada entre os canaviais

A grandeza da atividade canavieira impressionou João Cabral de Melo Neto em seu poema O Rio: Tudo planta de cana/ nos dois lados do caminho(…)/ Tudo planta de cana/ e assim até o infinito;/ tudo planta de cana/ para uma só boca de usina, diz o poeta num dos versos. A relação dos engenhos e das usinas com a terra e os cursos d’água da região da Bacia do Capibaribe recebem uma atenção especial de João Cabral. Uma antecipação em versos da preocupação tão atual com a sustentabilidade ambiental. Preocupação que é compartilhada pela Usina Petribú. Para cuidar do solo, que produz até 1,5 milhão de toneladas por ano de cana, e as águas que irrigam essa plantação, a empresa possui uma série de ações de conservação ambiental. Os investimentos sustentáveis vão desde a preservação das matas ciliares do Rio Capibaribe, ações de reciclagem, até a manutenção de reservas de mata atlântica e a produção de energia a partir da biomassa. “Temos cuidado com os rios que cortam nossas propriedades. Todos são muito produtivos e cheios de vida, por isso mantemos uma fiscalização efetiva sobre eles”, assegura Jorge Petribú, presidente do Conselho da empresa. Ele destaca que dentro das terras da usina existem diferentes tipos de reservas naturais, que são protegidas por um intenso sistema de segurança. Uma equipe de 50 profissionais, com cinco brigadas de incêndio, fiscaliza 24 horas por dia a região, evitando queimadas, supressão da vegetação, além da caça e a pesca clandestinas. A área total, somando florestas, zonas de preservação permanente e reservas legais, é em torno de dois mil hectares. A preocupação ambiental abrange a manutenção das espécies dessa região. Há cerca de 50 anos, Paulo Petribú, pai do atual presidente do Conselho, instituiu um criadouro de animais silvestres. A princípio era numa área em volta da casa, mas hoje são 72 hectares, cercados por uma tela, onde os animais ficam soltos, se alimentando das frutas e capins da reserva. Jacarés, emas, veados, capivaras, cotias, além de diversas cobras e aves, como gaviões e corujas, vivem nesse criadouro. De acordo com Jorge Petribú, a área já recebeu solicitações do Ibama para realizar a soltura de animais que foram recuperados do tráfico. Hoje, frente ao período de seca, em alguns momentos é necessário inserir alimentos externos para os animais. “Como não existem predadores, as espécies que vivem nesse criadouro se reproduzem muito e isso periodicamente está nos levando a ampliar a área destinada a esses bichos”. SEM RESÍDUOS Toda a atividade da produção de açúcar e etanol gera derivados que são aproveitados em outros processos relevantes para o negócio da própria usina. O bagaço da cana, por exemplo, é o insumo para a geração de energia. A capacidade de produção desse sistema é de 160 mil megawatts/hora por ano. Um terço disso representa todo o consumo de eletricidade da usina e os outros dois terços são comercializados. Um investimento recente da empresa tem sido na cultura de eucalipto, plantada nos terrenos mais íngremes da Petribú para compor a produção de energia a partir da biomassa. Atualmente 1,3 mil hectares já são destinados aos eucaliptos, mas a empresa pretende dedicar sete mil hectares. Operando nos períodos da entressafra da cana-de-açúcar, a capacidade de geração de energia da Petribú será alavancada para 300 mil megawatts/hora por ano. Outros dois subprodutos da atividade que já são reaproveitados são o vinhoto (ou vinhaça), o líquido residual gerado na produção de etanol, e a torta de filtro, um lodo também residual da produção de açúcar. Décadas atrás não tinham destinação produtiva mas, atualmente, são utilizados para fertilização das terras. “Aproveitamos os derivados da nossa produção que são direcionados para as áreas menos produtivas. Ao serem incorporados no solo, deixam a terra com mais matéria orgânica”, afirma Arnaldo Andrade, gerente de desenvolvimento organizacional da Usina Petribú. Até o gás carbônico liberado no processo de produção está sendo reaproveitado. Desde 2012 a empresa construiu uma fábrica de gás utilizando como insumo os gases liberados no processo de fermentação da usina. “Recolhemos o CO2 que é liberado para atmosfera, purificamos, comprimimos e ele serve para vários produtos, como extintor de incêndio, água mineral, refrigerantes”, explica Jorge. A capacidade produtiva é de 70 toneladas de gás por dia. Na próxima edição desta série, apresentaremos um pouco da relação das pessoas que trabalham na região com a atividade canavieira. LEIA TAMBÉM   OFERECIMENTO

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No Dia Mundial da Voz, fonoaudióloga alerta para a importância de ficar atento à saúde vocal

Na próxima segunda-feira (16/04), é comemorado o Dia Mundial da Voz, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde vocal. A fonoaudióloga e especialista em voz Karine Pontes, professora de perícia vocal do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), explica que hábitos simples no dia a dia já podem ajudar a prevenir problemas com a voz. “Entre os principais cuidados, evitar abuso e maus usos vocais, como falar forte, alto, gritar, pigarrear e fazer ‘competição sonora’, quando conversamos alto no barulho”, orienta. “Conversar bem acima do tom quando se tem muito ruído em volta, realmente, força a voz. Nessa situação, ela é produzida com esforço e intensidade elevada. O ideal é se afastar um pouco do barulho, se quiser conversar. No caso de festas, converse longe de caixas de som”, recomenda. Outra dica é investir numa boa hidratação, que é essencial para o bom funcionamento da voz. De acordo com a professora de fonoaudiologia, beber água é fundamental para todo o organismo, assim como para as pregas vocais, pois elas estando bem hidratadas, a voz é produzida de forma mais harmoniosa e sem esforço. “Se o indivíduo usa a voz profissionalmente, como professores e cantores, é melhor optar por água em temperatura ambiente, pois bebidas muito geladas podem causar choque térmico e, as quentes, vasodilatação”, explica Karine, lembrando que realizar mudanças de temperatura para fins terapêuticos da voz, só devem ser feitas sob orientação de um fonoaudiólogo. “Deve-se também evitar comidas muito condimentadas, gaseificadas e muito ácidas para não favorecer o refluxo laringofaríngeo, que pode agredir as pregas vocais”, alerta Karine. Para quem usa muito a voz no trabalho, os cuidados devem ser redobrados. “O ideal é procurar também um acompanhamento de fonoaudiólogo para orientar sob aquecimento, desaquecimento e prevenção de lesões de pregas vocais”. Outro fator importante é ficar atento a alguns sintomas, já que o esforço vocal pode gerar desde fadiga até alguma lesão de prega vocal, surgindo queixa como a rouquidão. “Caso essa rouquidão persista por mais de 15 dias, deve-se procurar ajuda profissional de médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo”, recomenda a professora de fonoaudiologia do IDE Karine Ponte.

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Cidade para carros ou para pessoas?

O Recife está há alguns anos entre as cidades com mais congestionamentos do País. Pesquisas, como a da companhia holandesa TomTom, apontam o trânsito da capital pernambucana como o 8º pior do mundo. Um cenário que na avaliação dos especialistas só será revertido com a valorização do transporte público e o desincentivo ao uso de veículos particulares. A relação entre a priorização dos modais de deslocamento coletivos e a qualidade de vida nas cidades é o tema da série Transporte Público e Cidadania, que iniciamos nesta edição da Algomais. Com o crescimento de renda da população no início desta década, a chamada nova Classe C passou a adquirir automóveis e motos. Fenômeno que foi freado com a crise econômica que o País atravessa, mas que deixou sequelas. “Em busca de uma situação mais confortável, as pessoas substituem o transporte público pelo individual, aumentando ainda mais os congestionamentos. Isso amplia o tempo nos deslocamentos, que é ruim para o cidadão e para o País”, aponta a pesquisadora da FGV Energia Tamar Roitman. De acordo com levantamento do Numbeo, portal especializado em comparar indicadores de metrópoles do mundo, a média de tempo de viagens no Recife é de 55,6 minutos, a pior do País. “A cidade acabou para o carro. A situação do trânsito não está pior porque a situação econômica reduziu a vendas de automóveis e a circulação de veículos. Mas, com a economia melhorando, há uma tendência dos congestionamentos aumentarem ainda mais”, aponta Sidney Schreiner, diretor executivo de planejamento da mobilidade do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira. Para superar o desperdício de tempo e de desgaste físico e mental da população nos engarrafamentos, o caminho traçado pelo poder público no Plano de Mobilidade Urbana do Recife é desestimular o uso de automóveis. “Os projetos do plano vão trazer uma indicação muito forte para a priorização do transporte coletivo (ônibus e metrô) e ativo (a pé e bicicletas)”, apontou Schreiner. De acordo com a última pesquisa Origem e Destino da cidade, 70% da população tem esses modais como principal forma de deslocamento para o trabalho, sendo que 71,7% desses são usuários do sistema de ônibus. A Prefeitura do Recife e o Governo do Estado fizeram investimentos para aumentar a velocidade dos coletivos. A PCR implantou 58 quilômetros de vias exclusivas de ônibus, as chamadas faixas azuis. De acordo com a CTTU (Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife), o melhor desempenho delas está na Avenida Herculano Bandeira, onde o aumento da velocidade dos coletivos chegou a 118% após a instalação da medida. Já o governo instalou o BRT que, somando os dois ramais, tem 25,3 quilômetros de vias reservadas a esses veículos, tendo alcançado um ganho de velocidade entre14% e 17%. A aposta nas faixas azuis e o trabalho de controle urbano em pontos críticos da cidade, como as feiras públicas, são os dois trabalhos destacados pelo secretário de Mobilidade do Recife, João Braga. “Há um grande esforço no sentido de melhorar a qualidade do serviço e o tempo de viagem do transporte público. Temos discutido com as diversas comunidades para estabelecer ações que melhorem a fluidez dos ônibus”, ressalta. O secretário destaca o desafio de conscientizar a população. “Todo avanço para o transporte público gera uma reação. A maioria das pessoas tem carros hoje. Por outro lado, aumenta a pressão pela ampliação das faixas exclusivas. Mas a cidade precisa privilegiar quem transporta mais gente”, pondera Braga. Essa disputa gerou recentemente a proposta de uma comissão de vereadores do Recife para que a faixa azul da Avenida Antônio de Góes, na Zona Sul, fosse compartilhada com carros nos horários de pico. A sugestão foi negada pela CTTU, baseando-se no fato de que após a restrição do trecho para veículos individuais a velocidade dos coletivos aumentou em 35%. Além da supressão de faixas para os carros, há diversos instrumentos utilizados nas grandes metrópoles do mundo para reduzir a circulação do transporte individual, como a diminuição de vagas de estacionamentos públicos, rodízio de carros e até a instituição de tarifas de congestionamento (conhecidos como pedágios urbanos). No Recife, o Plano de Mobilidade prevê a pedestrianização de algumas vias. “O primeiro passo é focar na qualidade do sistema, investindo na eficiência e qualificação dos veículos, com ar-condicionado, wi-fi e acessos com piso baixo, por exemplo. Os resultados não serão instantâneos. Esse é um processo de médio prazo para gerar uma migração do transporte individual para o coletivo”, diz Schreiner. Na próxima edição trataremos do impacto na saúde das pessoas provocado pelo atual modelo de transportes, ancorado nos veículos individuais e movido a combustíveis fósseis. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)   CONFIRA AS DEMAIS REPORTAGENS DA SÉRIE NOS LINKS A SEGUIR: http://revista.algomais.com/urbanismo/o-transito-que-adoece-as-cidades http://revista.algomais.com/sem-categoria/avancos-e-desafios-apos-4-anos-do-brt-na-regiao-metropolitana-do-recife http://revista.algomais.com/exclusivas/inovacao-para-o-passageiro

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Açai Concept: de Pernambuco para o mundo

Em meio aos dissabores da crise econômica, a empresa pernambucana Açaí Concept investiu nas delícias dos frutos da região Norte para se firmar como uma das franquias que mais cresce no País. Em apenas quatro anos são mais de 200 unidades espalhadas pelo Brasil e até no exterior, tendo alcançado o faturamento de R$ 80 milhões em 2017. Para este ano, a empresa que já trabalha com açaí, cupuaçu e a estrangeira pitaya, deve trazer novos produtos e seguir num processo mais acelerado de internacionalização. A empresa vive um crescimento exponencial desde o seu lançamento. Entre 2015 e 2016 o faturamento cresceu em 70%. De 2016 para 2017 o avanço no desempenho foi em torno de 35%. E sobre essa performance, a marca projeta crescer 33% em 2018. “Acreditamos que as lojas irão faturar mais e a confiança dos empreendedores tende a melhorar com a recuperação econômica. Podemos alcançar números ainda mais positivos. A franquia é um caminho tanto para quem perdeu o emprego e deseja se recolocar no mercado como para quem pretende fazer um investimento em vez de colocar o dinheiro na poupança”, afirma o sócio Rodrigo Melo. Além das frutas da Amazônia terem caído no gosto dos brasileiros, o segredo do sucesso da franquia tem outros ingredientes. “Somos um fast food saudável. Não existe no mercado de franquias uma empresa que tenha crescido tão rápido em abertura de lojas nos últimos anos. Mas isso tem alguns motivos: valor do investimento reduzido, boa taxa de rentabilidade e a simplicidade do modelo de negócios”, destaca o sócio. Ele explica que uma unidade funciona com poucos funcionários, pois o preparo dos produtos é simples, e destaca que o investimento para abrir uma loja – entre R$ 80 e R$ 150 mil – é baixo para o praticado no mundo do franchising. Isso está promovendo um crescimento orgânico da marca: vários franqueados após abrirem a primeira loja ou quiosque se animam para investir em outras unidades. A inovação é um dos traços de atuação da empresa. Desde aspectos simples, como o uso do copo em vez das tradicionais tigelas para o consumo do açaí até a inserção de novas frutas no mercado. A pitaya, originária do México, é o mais novo produto da moda no mundo fitness e se espalhou pelo País quando a empresa decidiu introduzi-la no seu cardápio. Para 2018 duas inovações chegaram nas unidades da Açaí Concept. Nos próximos meses os cardápios terão o creme de abacate, fruta bastante conhecida pelos pernambucanos, e a golden berry, típica dos andes e bastante saudável. Ambos oferecidos no mesmo formato que é vendido o açaí atualmente. EXPANSÃO Entre os planos da Açaí Concept para 2019 está alcançar a meta de 400 unidades franqueadas pelo mundo. Com quase 10 lojas em Portugal e com as primeiras unidades em funcionamento na Espanha (Barcelona) e Estados Unidos (Boca Raton, na Flórida), os projetos da empresa são audaciosos. Já com contratos assinados no Canadá, Chile e Argentina, a marca projeta ganhar o mundo nos próximos anos. “O açaí está ganhando muitas recomendações médicas, por ser um produto saudável. Isso tem chamado atenção para essa fruta no mundo. Mais cedo ou mais tarde boa parte dos países terão o açaí inserido no seu consumo”, avalia. Os indicadores dos consumidores portugueses, por exemplo, apontam que 82,5% dos que experimentam o produto voltam para consumir com amigos e familiares. Até 2020 a projeção da Açaí Concept é de ter 100 estabelecimentos em Portugal e 300 na Espanha, para depois expandir para os vizinhos europeus. Entre os lusitanos, as lojas estão vendendo também a tradicional tapioca, com grande aceitação do público. Com a média de abertura de 100 lojas no Brasil por ano e o início do processo de internacionalização da marca, a expectativa do empresário é de alcançar a mil unidades franqueadas em um horizonte de quatro anos. Com o sucesso do Açaí Concept, um outro braço de atuação do grupo é o Concept Franchising, uma consultoria para marcas que pretendem se lançar no mercado de franquias. “Muitas pessoas que têm uma operação e querem que seu negócio se torne franquias estão nos procurando”. A Nuts, que trabalha com crepes e waffles, e o Sanduba do Careca, de Maceió, são duas marcas que se transformaram recentemente em franquias com o apoio do grupo. Com o espírito da inovação e na onda do consumo de produtos saudáveis, a marca pernambucana tende a se consolidar como principal nome da venda de açaí no mundo nos próximos anos.  

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Melhoria na distribuição da renda pode ter provocado reação conservadora

O tema das desigualdades no Brasil foi investigado por estudo de grande fôlego, realizado por 23 pesquisadores de diversas áreas das ciências sociais e que resultou no livro Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos 50 anos. Fechando o foco sobre o tema, a coordenadora do estudo destaca que há duas versões sobre tal processo. “A primeira argumenta que, durante o período democrático, a desigualdade no Brasil permaneceu constante, com os mais ricos se apropriando de um quarto da riqueza nacional. Essa versão é verdadeira e os trabalhos que a sustentam são muito convincentes”, disse Marta Arretche, professora titular do Departamento de Ciência Política da USP, à Agência FAPESP. “A outra versão diz que, durante o período democrático, a desigualdade no Brasil caiu muito, e caiu ainda mais rapidamente do que em outros países que lograram ser igualitários na mesma época. Essa versão também é verdadeira”, disse a também coordenadora do Centro de Estudos da Metrópole, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP. O assunto foi abordado por Arretche em uma das palestras mais concorridas na Escola São Paulo de Ciência Avançada em Ciências Sociais, com o tema “Democracia e desigualdades: teoria e achados empíricos do projeto Trajetórias das Desigualdades”. “Por estranho que possa parecer, as duas versões são verdadeiras porque tratam de questões diferentes. A primeira trata da concentração da riqueza no topo da pirâmide, do quanto o 1% mais rico se apropria do total da riqueza nacional. A segunda trata dos outros 99%. E o que aconteceu nesse grande contingente de 99% foi um razoável grau de inclusão. No período democrático, de 1984 até 2015, os mais pobres tiveram ganhos relativos maiores do que os mais ricos. Houve inclusão no acesso ao sistema público de saúde e ao sistema público de educação; o salário mínimo real aumentou consideravelmente. Esse foi um atributo da democracia brasileira”, disse Arretche. A pesquisadora lembra que os maiores avanços em termos de inclusão social ocorreram durante os governos de esquerda, “mas também ocorreram sob os outros governos, porque, no período de transição para a democracia, havia um entendimento bastante compartilhado de que a democracia não ia sobreviver no Brasil se não fosse reduzida a pobreza e a desigualdade. E foram criadas políticas para isso. Mais recentemente, há evidências de que esse consenso já não existe. A sociedade brasileira está muito dividida com relação à inclusão. Para além dos conflitos entre pobres e ricos, há também um conflito entre os muitos pobres e os menos pobres. Porque os ganhos dos primeiros podem representar custos para os segundos”. Arretche exemplificou sua afirmação citando a aprovação, em 2013, da Proposta de Emenda à Constituição 478, que estendeu aos empregados domésticos os direitos trabalhistas usufruídos pelos demais trabalhadores urbanos e rurais. Essa extensão de direitos, que beneficiou os muito pobres, teria impactado fortemente o orçamento dos menos pobres que dependiam dos serviços dos primeiros. “Este é, provavelmente, um conflito típico de sociedades muito desiguais que começam a mudar – sociedades nas quais os cidadãos não podem contar com serviços públicos. Uma das bases da estabilidade no Brasil era o fato de os menos pobres se assegurarem um relativo bem-estar pagando salários muito baixos para os mais pobres. À medida que o salário desses trabalhadores menos qualificados começou a crescer, por força da lei, os integrantes dos estratos intermediários se sentiram prejudicados. Esta perversidade, característica de sociedades muito desiguais, é um grande desafio para a democracia”, disse. A diretora do CEM ponderou que a resistência às mudanças por parte desses setores situados no meio da curva da distribuição de renda poderia estar associada a esse tipo de conflito. “O salário mínimo aumentou significativamente no período considerado. E isso não teve impacto apenas sobre o orçamento fiscal ou sobre o orçamento das grandes empresas, mas também sobre o orçamento das pequenas empresas e sobre o orçamento das famílias – enfim, daqueles que compram os serviços dos trabalhadores que recebem o mínimo. Os dados mostram que 25% dos eleitores brasileiros têm sua renda diretamente indexada ao salário mínimo”, disse. “Isso tende a provocar uma grande divisão no próprio interior das famílias. Pois se, por um lado, o aumento do salário mínimo pode representar um ganho de renda para alguns membros, ele também pode representar um aumento de custos para outros. Muito provavelmente este é um dos fatores na base do que tem sido caracterizada como uma reação conservadora. Trata-se do efeito típico de uma sociedade altamente desigual que começa a se tornar menos desigual pela via da proteção dos piores situados”, disse Arretche. A principal base de dados utilizada no livro Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos 50 anos foi o Censo de 2010, o mais recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, na palestra, Arretche atualizou os dados até 2015. Sua análise não contempla as mudanças ocorridas após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. *José Tadeu Arantes  |  Agência FAPESP

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8 imagens de fábricas do Recife antigamente

Com o crescimento das cidades e o avanço da industrialização pelo Brasil, o Recife foi uma das capitais brasileiras onde nasceram e morreram diversas fábricas. Selecionamos 7 imagens de indústrias do município. Algumas delas podem ainda ser vistas as suas ruínas ainda presentes no cotidiano recifense. Outras passaram por algum processo de revitalização ou ganharam novos usos. 1. Fábrica Coronel Othon em Recife, em 1957 (Foto de Tibor Jablonsky) 2. Fábrica do Tacaruna. De acordo com Cláudia Verardi, da Fundaj, “A área conhecida hoje como Tacaruna, que faz divisa entre os municípios de Recife e Olinda, começou com a implantação, pela Companhia Industrial Açucareira, em 1890, da Usina Beltrão, a primeira e mais moderna refinaria da América do Sul. Havia no grandioso projeto da Usina uma preocupação estética e técnica, desde sua concepção até a construção. Em 1895, as obras da Usina foram concluídas.” 3. Fábrica da Torre. Segundo Rodrigo Cantarelli, arquiteto e museólogo da Fundação Joaquim Nabuco, “Fábrica da Torre é o nome pelo qual ficou conhecida a Companhia Fiação e Tecidos de Pernambuco. Localizada no bairro da Torre, no Recife, a fábrica foi um agente importante no processo de industrialização do estado de Pernambuco, iniciado na segunda metade do Século XIX.” 4. Indústria de Azulejos S.A – Nas terras do Engenho São João da Várzea, do Engenho São Cosme e do Engenho São Francisco veio a ser instalada a Usina São João da Várzea. Em 1917, Ricardo de Almeida Brennand construiu a Cerâmica São João no local do Engenho São Cosme. Em 1954, a família de Brennand inaugurou uma Fábrica de Azulejos no Recife, a Indústria de Azulejos S.A. (Iasa). 5. Fábrica de Porcelana São João – Em 1947, foi inaugurada na margem do Rio Capibaribe, onde estava localizado o Engenho São João, a fábrica que durou aproximadamente duas décadas. 6. Fábrica de discos Rozenblit – única grande gravadora brasileira localizada fora do eixo Sul-Sudeste do País, funcionou no Recife entre os anos de 1954 a 1984. Fundada em 11 de junho de 1954, a Fábrica produzia e divulgava discos de frevo e favoreceu a gravação de outros ritmos pernambucanos como o baião, coco, xote, maracatu e a ciranda. 7. Fábrica Fratelli Vita no Recife (Foto do site Lugares Esquecidos). Tradicional indústria de refrigerantes que teve uma filial no Recife. 8. Fábrica na Rua da Aurora, em 1905 (Sem identificação da fábrica. Acervo Manoel Tondella – Fundaj)

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Participação da sociedade marca Fórum de Cultura e Esportes de São Lourenço da Mata

Buscando integrar os setores culturais e desportivos da cidade, a Prefeitura de São Lourenço da Mata promoverá, na próxima quarta-feira (18), a partir das 9h, no Cine Royal, o I Fórum Municipal de Cultura e Esportes de São Lourenço da Mata. A intenção do evento é discutir e planejar ações que contemplem os segmentos. A realização está a cargo da Secretaria de Cultura, Esporte, Juventude e Turismo. Uma das ações mais importantes e que terá atenção especial é o mapeamento dos equipamentos e das manifestações que reforcem a identidade cultural de São Lourenço da Mata. “Também vamos buscar ouvir as reivindicações dos que fazem a cultura, uma vez que essas pessoas são as que vivenciam a arte no dia a dia e sabem os caminhos que precisam ser trilhados”, diz o prefeito Bruno Pereira. O secretário Jairo Chaves chama a atenção para as oportunidades de crescimento econômico que as atividades culturais podem proporcionar. “Formalizar grupos e regulamentar procedimentos são ações que avançam no sentido de fortalecer a identidade cultural de São Lourenço da Mata”, complementa Chaves, que vai mediar a discussão sobre os temas abordados e das reivindicações dos grupos culturais e agremiações esportivas. A programação do evento vai contar com uma palestra do controlador-geral do município, Felipe Silva, com o tema “Crescer e empreender – Construindo oportunidades através da formalização”. Na sequência, será a vez da coordenadora de produção da Rede Globo Nordeste, Izabel Carvalho, que vai falar sobre produção cultural. O tema “Esporte e projetos sociais” será abordado por Denis Lima, da Confederação Brasileira de Judô, e pela professora especializada em saúde e atividade física Verônica Mendes. Fechando os debates, a presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Márcia Souto, apresentará a palestra “Cultura, patrimônio de um povo”. Para participar da primeira edição do Fórum Municipal de Cultura e Esportes, os interessados devem se inscrever, até a próxima segunda-feira (16), na sede da Secretaria de Cultura, Esporte, Turismo e Juventude, localizada na rua Coronel José Duarte, nº 152, ao lado da antiga Telpe, das 8h às 15h. São esperados grupos culturais como ursos (uma das manifestações mais importantes da cidade), maracatus e caboclinhos, assim como representantes de agremiações desportivas.

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