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Cáries: precisamos falar dessa questão de saúde pública

Parece um assunto comum, mas será que as pessoas sabem lidar com as cáries? Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a cárie é considerada a doença não contagiosa mais comum em todo o mundo e cerca de 60 a 90% das crianças em idade escolar sofrem de cáries dentárias, um problema que atinge quase 100% dos adultos. Além desses dados, um estudo realizado em 2016 pelo pesquisador e professor Wagner Marcenes, na Universidade de Queen Mary, em Londres, aponta que mais de 2 bilhões de pessoas no mundo possuem cárie. Esses dados alarmantes mostram que mesmo sendo um assunto comum, ainda é preciso falar mais sobre os cuidados e consequências que as cáries podem trazer à saúde como dores, infecções e até a perda dos dentes. De acordo com o Dr. Sidnei Goldmann, mais de 60% da população não tem um ou mais dentes, fator que pode acarretar inúmeros outros problemas de saúde que vão desde dores de cabeça, até de coluna. Inúmeros são os motivos que levam as pessoas a deixarem os cuidados bucais de lado, entre eles estão a falta de informação, traumas de tratamentos dentários e até falta de dinheiro para esse investimento. O que poucos sabem é que 90% dos problemas bucais podem ser resolvidos com uma boa escovação, principalmente as cáries. Segundo o especialista, com mais de 20 anos de carreira e especialização em implantes dentários, cuidar da saúde bucal é mais importante para o organismo do que muita gente imagina. “Além da escovação, é preciso ficar atento a outros fatores que diminuem a qualidade de vida e que estão diretamente ligados a esses cuidados como sensibilidade dos dentes que atinge cerca de 25% da população, bruxismo, que atinge cerca de 40% dos brasileiros, tensão na região da boca e muito mais”, explica Dr. Goldmann. O especialista reforça que a mudança dos hábitos alimentares ao longo dos anos também contribuem para os dados alarmantes. “É preciso conscientizar a população de que a escovação e o tratamento correto de problemas bucais vão muito além da estética, principalmente quando o consumo de açúcares tem sido alto tanto para adultos como para crianças”, finaliza. O profissional também dá dicas de como deixar o sorriso mais saudável a partir de pequenas atitudes no dia a dia. Confira: Usar fio dental com cuidado todos os dias; Consumir alimentos fibrosos, como por exemplo frutas, que massageiam as gengivas, as deixando firmes e com aspecto saudável; Sempre que se olhar no espelho, analisar a boca e os dentes com atenção. Assim, é possível identificar aspectos indesejados no sorriso, perceber manchas e alguma falha, podendo buscar ajuda profissional para solucionar esses problemas; Sempre que tomar vinho, comer alimentos pigmentados como chocolate, molho de soja, molhos em geral, caprichar na escovação para não manchar os dentes; Procurar um dentista a cada seis meses pelo menos para um checkup e remoção de tártaro .

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Período de chuvas exige cuidados com risco de dengue e diarreia

A chegada do verão, período que combina com o ciclo de férias escolares, não traz apenas a expectativa de momentos de alegria e descontração em cenários de praia e piscina. A estação com maior incidência de chuvas apresenta condições climáticas que favorecem a proliferação de viroses gastrointestinais e do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya. Estas doenças podem levar à desidratação, um problema relativamente simples de solucionar, mas que, em quadros mais graves, pode representar um risco à vida. Sede, dor de cabeça, fraqueza, tontura, fadiga e sonolência podem indicar quadros leves de desidratação. Boca seca, redução do volume de urina, prostração, taquicardia e falta de elasticidade da pele são os indícios de um quadro moderado do problema. Pessoas com desidratação severa podem apresentar sede intensa, ausência de urina (anúria), respiração rápida, confusão mental, pele fria e úmida e alterações no funcionamento termorregulador e cardiovascular do organismo. De acordo com Olavo Rodrigues, farmacêutico clínico, mestre em Biotecnologia e superintendente de Desenvolvimento de Produtos e Assuntos Regulatórios da Natulab, é preciso corrigir o mais brevemente possível os mecanismos anormais de perdas de líquido, como febres, vômitos, diarreias. Nestes casos, a prevenção passa diretamente pelo cuidado com a alimentação, por meio da higienização correta de alimentos, a fim de evitar intoxicações alimentares, viroses e outras infecções oportunistas. Nos casos em que a desidratação está instalada, independentemente da causa, os princípios gerais de tratamento são os mesmos: reidratar e promover o equilíbrio eletrolítico (de sais minerais). "Para a desidratação leve e moderada, pode ser indicada uma terapia de reidratação oral, com uso de soluções reidratantes – sejam elas caseiras ou não. Nos casos mais graves, pode ser necessária a reidratação endovenosa (na veia)". Crianças, idosos e gestantes demandam cuidados especiais. "O organismo destas pessoas é mais sensível às alterações bruscas de ambiente, exigindo cuidados e medidas preventivas redobrados", alerta Rodrigues. A desidratação profunda pode, em última instância, comprometer as funções metabólicas do organismo de forma generalizada, e com risco de morte. Vale lembrar que, aproximadamente, 75% da composição corporal é água. Manter essa concentração é fundamental para preservar o bom funcionamento dos sistemas orgânicos. "O corpo humano elimina água através da urina, fezes, suor, por evaporação imperceptível pela pele e através da respiração. Essas duas últimas formas, embora imperceptíveis ao indivíduo, representam uma perda significativa no total diário", explica o superintendente da Natulab. A boa notícia é que algumas medidas preventivas simples podem ser adotadas, a fim de garantir o bem-estar nesta época do ano. "O primeiro passo é compensar a perda natural de água que é maior nessa época, com a ingestão de bastante líquido (dois litros ou mais ao dia)", orienta. O farmacêutico ressalta ainda outros fatores importantes: evitar a exposição excessiva ao sol, principalmente entre 10h e 16h; buscar ambientes frescos e à sombra; manter uma alimentação equilibrada, leve e nutritiva; e permanecer atento aos sintomas da desidratação.

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Os Reis e Rainhas da Folia do Recife

Aos 29 anos, Adilson Saturno irá encarar pela segunda vez o concurso para se tornar o Rei Momo do Carnaval do Recife. Professor de matemática na rede pública e formado em dança pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) já está se preparando para a disputa. No menu da vitória, vem fazendo mais aulas de dança e prepara a sua indumentária com figurinista. Ele é um dos 15 candidatos a Rei Momo, ao lado de 45 mulheres que estão em busca do título de Rainha do Carnaval. A primeira eliminatória acontecerá nesta sexta (19), no Teatro Mendonça, a partir das 19h. O evento é gratuito e aberto ao público. O programa, gratuito, promete ser imperdível para quem circula pela Zona Sul. Antes da disputa, o maestro Ademir Araújo e a Orquestra Popular do Recife fazem apresentação para a plateia. Ao longo do desfile, os candidatos a majestades fazem suas evoluções e tentam conquistar a plateia e o corpo de jurados. A coroa, entretanto, só será decidida ao final da disputa, que acontecerá no dia 26 de janeiro (sexta-feira), às 20h, no Pátio de São Pedro. A próxima etapa também conta com o maestro Ademir Araújo e a Orquestra Popular do Recife. O Concurso que define as majestades da folia já é uma tradição que remonta à década de 1950. Ao serem eleitos, recebem R$ 20 mil Reais cada um como premiação e a missão de comandar os quatro dias da maior festa popular brasileira, abrindo e fechando as portas da folia no Recife. Para concorrer, é preciso ser maior de 18 anos e, ao contrário de antigas disputas, o candidato a Rei Momo não precisa ter sobrepeso para se submeter ao concurso. Os critérios que definem a coroação das majestades passa por pré-requisitos como desenvoltura, atitude, postura, simpatia e elegância em palco, além de apresentação, criatividade e empolgação e conhecimentos da cultura carnavalesca. Na bancada do júri, pessoas da sociedade civil ligadas ao segmento cultural como carnavalescos, arte-educadores, coreógrafos, bailarinos, atores e diretores. Para muitas das candidatas, o concurso é um sonho antigo que só passou a ser realidade depois de muito tempo. É o caso de Maria Lucrécia Teixeira, que sempre acompanhou o concurso pela TV junto com a mãe, mas, nunca teve coragem de concorrer. Até que em 2013, viu sua amiga de infância, Patrícia Fernandes, ganhar o concurso. "Ir ao Pátio de São Pedro com toda minha família e amigos torcer pela Patrícia reacendeu em mim a vontade de voltar a dançar e também de participar do concurso.", explica Lucrécia. Assim, Lucrécia voltou para a Escola de Frevo, que tinha abandonado por que não conseguia conciliar com a vida de casada e mãe de dois filhos, além do trabalho de recepcionista. Já em 2014, Lucrécia se inscreveu no concurso e, de lá para cá, sempre chegou até a final. Com 31 anos, a passista tem se esmerado em treinar não só coreografias, mas também postura, posicionamento no palco, a fala ao dar entrevistas e também os figurinos de apresentação, que contam com o design do costureiro Otávio Kevin. "É o conjunto que conta, não só para os jurados, como para os foliões. E acho que a simpatia é o ponto principal.", comenta. Já para Patrícia Fernandes, que traz a experiência de ter sido rainha em 2013, o segredo é a calma e segurança da candidata. "O frevo a gente treina o ano inteiro, no concurso o grande segredo é o psicológico e a calma. Não ensaio uma coreografia por que acho que fica mecânico. Deixo o frevo tomar conta de mim e danço.", comenta Patrícia. Eliminatória do Concurso de Rei e Rainha do Carnaval 2018 Teatro Luiz Mendonça – Parque Dona Lindu, 19h Gratuito Sugestões de personagens Candidatos: Adilson Saturno – 9.9686.0927; 29 anos, concorre pela segunda vez. Enxerga no concurso a possibilidade de dar protagonismo aos bailarinos acima do peso, objeto de seu mestrado em Dança Alexandre Avelino – 9.9133.3675; 20 anos, concorre pela segunda vez. Estudante de educação física, mecânico e motoboy aos fins de semana, também participa de projetos culturais. Com 116kg, mora em São Lourenço da Mata. Anderson Lima – 9.8852.7769 - 24 anos, técnico da enfermagem, é do Alto José Bonifácio e também concorre pela segunda vez. Já dançava desde pequeno, é aluno da escola de frevo e participa de quadrilhas. Candidatas Maria Lucrécia Teixeira – 9.8504.2648. Aos 31 anos, Maria Lucrécia concorre ao posto de rainha do Carnaval desde 2014. Entrou na disputa após ver uma de suas melhores amigas, Patrícia Fernandes, ser coroada. Patrícia Fernandes – 9.8869.8914. Rainha da folia em 2013, acredita que o segredo para o sucesso é a calma e segurança da candidata Priscila Silva Sheron – 9.7906.2532, Aos 25 anos, ela participa do concurso pela sexta vez. No ano de 2015, ela não conseguiu chegar à final e todos comentavam que ela não tinha conseguido dançar direito e estava gorda. Foi aí que ela descobriu que estava, na verdade, grávida de cinco meses! Teve o filho e voltou ao concurso no ano seguinte.

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Festa de São Sebastião terá shows, missa e procissão em Belo Jardim

A festa de São Sebastião, padroeiro de Belo Jardim, começa nesta quarta-feira (17) e segue até o sábado (20) com shows musicais, missas, novenários e procissão. O evento é organizado pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição e conta com o apoio da Prefeitura de Belo Jardim, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte, Eventos e Turismo. Nesta quarta-feira (17), haverá o Terço da Misericórdia, às 15h, na Igreja Matriz e, às 19h, celebração eucarística com o padre Antônio Maciel. Na quinta-feira (18), a programação começa às 6h30 com o Ofício da Imaculada Conceição. Às 15h, será rezado o Terço da Misericórdia e, às 19h, o padre Geraldo Magella celebra a missa na Paróquia. Na sexta-feira (19), a missa será às 19h30 presidida pelo padre José Gomes Melo, de Sanharó. Após a celebração, haverá quermesse e shows musicais com a Banda Chapéu de Couro e Jorge do Sinal e Banda. Já no sábado (20), haverá a procissão com a imagem de São Sebastião, às 16h, pelas principais ruas e avenidas da cidade. Às 17h30 será celebrada uma missa campal na Praça Nossa Senhora da Conceição, no Centro. Após a missa, haverá shows com Dema e Rosário e Gilberto e Banda.

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Balança comercial tem superávit recorde em 2017 e atinge US$ 67 bilhões, diz FGV

O Brasil registrou em 2017 superávit recorde de US$ 67 bilhões na balança comercial, de acordo com o Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado ontem (17), pelo Instituto Brasileiro de Economia de Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O resultado foi puxado por um aumento de 17,6% nas exportações; acima dos 9,6% das importações. De acordo com a FGV, porém, em 2018, o superávit deve ser menor, “com aumento das importações e menor crescimento das exportações”. Em volume, as exportações aumentaram 9,4%, lideradas pelo setor agropecuário, com expansão de 24,3%. Os preços, de maneira geral, cresceram 9,5%, com destaque para a indústria extrativa, que aumentou de 34%. Segundo o estudo, as 23 principais commodities exportadas pelo país responderam por 77% do aumento das exportações de 2016 para 2017 e representaram 52% do total exportado no ano passado. Já as exportações de não commodities experimentam crescimento inferior ao das commodities atingindo 8,8%, em valor. O bom desempenho das commodities é explicado tanto pelo aumento de 13,8% nos preços quanto pelos 10,5% relativos à expansão em volume, entre 2016 e 2017. Já as importações de bens de capital da indústria de transformação continuam a trajetória de queda iniciada em 2014. O setor agropecuário que seguia a mesma tendência, aumenta suas importações de bens de capital em 2017 em 39,7%, neste caso, puxado pela safra recorde de grãos do ano passado. Também as importações de bens intermediários pela indústria de transformação, que estavam em queda desde 2013, voltaram a crescer fechando 2017 com expansão de 7,4% – o que, na avaliação dos economistas da FGV, “confirmam a recuperação da indústria”. Na pesquisa do ano passado, a FGV introduziu o índice de petróleo e derivados. Em 2017, os preços aumentaram 32% e o volume, 19,6%. Segundo a FGV, desde 2010, não era registrada variação positiva conjunta destes dois índices. A pesquisadora da área de Economia Aplicada do Ibre, Lia Valls, confirma a projeção de um aumento menor no superávit para 2018. “[Em 2017], a recuperação se deu em comparação aos níveis baixos de 2015/2016, em especial para o minério de ferro e o petróleo”, destacou. Lia Valls diz que o aumento no volume depende do crescimento do comércio mundial, que deverá ser menor em 2018, devendo ficar em 3,5%. A avaliação é de que a expansão do ano passado partiu de uma base baixa, uma vez que o crescimento 2015/2016 foi de apenas 1,3%. “Logo, para assegurar expansão no valor exportado, as manufaturas deveriam crescer acima do percentual de 9% ocorrido em 2016/2017. Pouco provável, pois o aumento nas exportações de manufaturas liderada pelo setor automotivo foi beneficiada pela recuperação da economia argentina e pela ampliação de cotas em acordos assinados em 2016/2017. E não é esperado que o crescimento de 2018 supere o de 2017 na Argentina”, explicou. Corrente de comércio Ao interromperem trajetória de queda e cresceram 17,6% e 9,6%, respectivamente de 2016 para 2017, as exportações e as importações fizeram com que a corrente de comércio aumentasse entre esses dois últimos anos de US$ 23 bilhões para US$ 369 bilhões. A FGV ressalta, no entanto, que, apesar desse crescimento, a corrente de comércio ainda está longe do pico de 2013, quando alcançou o valor de US$ 482 bilhões. “No caso das exportações, esperamos aumento inferior ao do ano de 2017. O superávit de 2018 será, portanto, inferior ao de 2017, ao redor de US$ 50 bilhões. Observa-se, porém, que essa é uma estimativa preliminar e que deverá mudar ao longo do ano”, informa a FGV. (Agência Brasil)

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Cai de 48% para 30% o percentual de empresários que notaram piora nos seus negócios em 2017

A crise econômica foi dura e forçou muitos empresários a passarem por uma completa readaptação de seus negócios. Ainda assim, sinais mais tranquilos podem ser vistos no horizonte próximo. Uma sondagem realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do país revela que o percentual de comerciantes e empresários de serviços que notaram piora na situação financeira de seus negócios diminuiu de 48% em 2016 para 30% em 2017, o que configura uma queda expressiva de 18 pontos percentuais em 12 meses. No mesmo sentido, aumentou de 15% para 21% o volume de empresários que observaram um desempenho melhor no último ano na comparação com 2016. A situação permaneceu estável para 40% dos entrevistados. Entre aqueles que melhoraram a performance de suas empresas ao longo do ano passado, 51% presenciaram resultados mais expressivos nas vendas e 27% conseguiram ampliar a carteira de clientes. Há ainda 9% de varejistas que diversificaram os produtos ofertados. Considerando aqueles que amargaram um ano pior para as finanças da empresa em 2017, mais da metade (51%) argumentam que não tiveram um bom resultado nas vendas, alternativa que em 2016 era ainda maior: 63% da amostra. Também são citados a diminuição da margem de lucro (34%) e aumento a concorrência (24%). Quando a análise se detém ao quadro macroeconômico do país como um todo, quatro em cada dez (42%) empresários consultados acreditam que as condições gerais da economia pioraram em 2017, embora tenha havido uma queda de 20 pontos percentuais na comparação com a sondagem feita para 2016. Outros 35% não notaram mudança, ao passo que 14% acreditam em melhora, percentual que apresentou alta de cinco pontos percentuais. “Foram quatro anos turbulentos, marcados por retração no investimento e no consumo, além de desemprego em disparada, queda nas vendas e um cenário político instável, contaminando todo o ambiente de negócios no país. Agora, ao que parece, o empresário brasileiro começa a vislumbrar a possibilidade de uma retomada lenta e gradual dos negócios”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. 28% dos empresários pretendem ampliar negócios em 2018; planos mais frustrados em 2017 foram reformar empresa e aumentar vendas Embora parte expressiva dos comerciantes e empresários de serviços ainda note uma estagnação ou piora na economia em 2017, a percepção é de que a pior fase da crise ficou para trás e a perspectiva de crescimento do PIB já contagia o empresariado para 2018. De acordo com a pesquisa, 56% dos empresários estão animados com a possibilidade de melhorar o desempenho de suas empresas nesse ano que se inicia contra apenas 8% que se dizem desanimados e 27% que estão sem expectativa positiva ou negativa. Pensando no quadro de funcionários, somente 6% acreditam na necessidade de realizar novas demissões. De acordo com a pesquisa, 28% dos empresários pretendem ampliar seus negócios este ano e 16% desejam lançar novos produtos ou serviços no mercado. No que diz respeito a tomada de crédito e realização de investimentos, contudo, o cenário é de cautela: somente 16% manifestam a intenção de adquirir equipamentos e só 8% pensam em pegar empréstimos. Para driblar os efeitos da crise que ainda persistem, 22% dos empresários vão priorizar pagamentos à vista em 2018 e 20% reforçar propaganda. A pesquisa mostra que pouco mais de um terço (34%) dos empresários conseguiram realizar ao menos parte daquilo que se prophttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam no ano passado. Outros 25% não cumpriram seus objetivos. As principais conquistas foram aumentar as vendas (28%), comprar equipamentos (27%), reformar a empresa (26%) e investir em propaganda (22%). Em sentido contrário, os planos mais frustrados foram, principalmente, fazer uma grande reforma (28%), aumentar vendas (24%) e comprar equipamentos (20%). E o principal motivo para aqueles que tiveram de desistir de seus projetos foi a falta de recursos financeiros, mencionada por 26% desses entrevistados. 40% tiveram que ajustar orçamento em 2017; para 2018, eleições preocupam 20% dos empresários Sinal de que o otimismo ainda exige cuidados, é que 28% dos empresários tem como principal temor a possibilidade de o pais não sair da crise, seguido do resultado das eleições presidenciais (20%) e do risco de fechar a própria empresa (14%). De modo geral, 40% dos empresários brasileiros tiveram de fazer ajustes no orçamento ao longo de 2017, mas esse percentual também diminuiu frente a 2016, quando 48% tiveram de adaptar a empresa para tempos mais sombrios. Dentre essa parcela de empresários impactados pela crise, 52% reduziram funcionários, 28% diminuíram o consumo de água e luz e 25% economizaram na conta telefone. Entre os que demitiram ano passado, a média é de dois a três funcionários dispensados por empresa. No caso desses entrevistados, as alternativas encontradas pelos donos das empresas para seguir com a gestão do dia a dia foi redistribuir as atividades entre os demais membros da equipe (37%) ou até mesmo assumir pessoalmente as atividades que ficaram sem trabalhador (24%). Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a capacidade da adaptação do empresário brasileiro tem sido fundamental para o país. “O empresário brasileiro tem uma capacidade de resiliência muito forte. Em tempos difíceis o empreendedor se vê obrigado a fazer sacrifícios, como baixar preços para lidar com a queda no consumo ou até mesmo promovendo cortes de funcionários. No entanto, são medidas paliativas e que não se sustentam no longo prazo. É precioso proporcionar um ambiente mais propício para os negócios, em que seja possível baixar custos e investir em inovação, aumentando a competitividade”, argumenta Pellizzaro Junior. 15% admitem ter ficado com as contas no vermelho por vários meses ao longo de 2017; em 2016, percentual era de 22% A sondagem ainda revela que 15% dos empresários ouvidos admitem que ficaram vários meses ao longo de 2017 com as contas da empresa no vermelho – em 2016, esse percentual era maior, alcançando 22% dos empresários. Além disso, 14% tiveram de reduzir o mix de produtos e serviços que oferecem aos clientes. “O endividamento é um grande obstáculo para qualquer empreendedor

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Bruno Liberal e a sedução do leitor

*Por Paulo Caldas Sonhada por tantos escritores, a sedução do leitor acontece quando a habilidade do autor faz uso de recursos técnicos que a tornam possível. A narrativa na primeira pessoa, por exemplo, conforme Raimundo Carrero (um Pelé da técnica literária) é um recurso que traz o leitor para o ambiente onde se passa a cena, numa das formas de seduzi-lo. Aliado deste artifício, Bruno Liberal pavimenta com habilidade outras veredas para o leitor caminhar ao seu lado. No conto Zunido Amargo provoca uma alegoria ao narrar com sutileza o instante em que a personagem enfermeira deixa por um instante de ser enfermeira, e ressalta em monólogo  interior (outro recurso técnico): “Notei sua boca carnuda, então fiz besteira e disse que ela era linda. Saiu batendo a porta, sempre digo isso às mulheres você é linda e a maioria aceita”. Entende-se que houve clara mudança de atitude da personagem apoiada na frase “deixando por um instante de ser enfermeira”. No conto O instante da nuvem negra, nos leva à reflexão o diálogo do protagonista com o personagem definido como um homem velho, “Nada pode ser mais importante do que a ilusão de um sorriso”. Na sequência, evidencia o gestual do personagem: “Parou de batucar e olhou suas mãos distantes, antigas. A pele manchada pelas ranhuras da vida”. Com singular destreza Liberal opta pela narrativa na terceira pessoa e com os olhos transformados em câmeras, no texto Sara e os Pôneis, define o cenário com a metáfora “O dia se enchendo de noite” e arremata com a símile “Como lama na piscina transparente”, do mesmo modo, mais adiante destaca: “Fez frio naquele instante. Era como o gelo dentro dela gritando o nome da filha”. Noutros momentos passeia pela alameda do bom humor em A espera, quando segue o atalho da ironia: “Desaprendi a beijar em oitenta e um. Nada de mais, só não sabia mais o que fazer com a língua”. Em Olho Morto Amarelo, conto que dá título ao livro, o autor com absoluta seriedade, brinca com as suas possibilidades criativas e se aproxima do mágico,  talvez o melhor momento do conjunto de sua escrita. Contudo, na opinião deste comentarista, o clímax do livro reside no Gato de Fogo, quando numa provável reminiscência, remete os leitores às próprias saudades.   À primeira vista, o leitor pouco atento, por certo vai perceber que não está diante de um contista comum; mesmo considerando Bruno Liberal jovem escritor com pouco mais de 45 anos de idade e na bagagem um livro lançado. Ele encaixa palavras nas frases de tal modo que às vezes o emprego de ligações usuais, palavras afastadas do binômio função/efeito ou a marcação de vozes entre aspas, pecados veniais que não maculam a estética da narrativa. *Paulo Caldas é escritor

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“Me chame pelo seu nome” e um inusitado primeiro amor

*Houldine Nascimento Afastado do cinema desde 2009, James Ivory planejava retornar com uma adaptação de “Me chame pelo seu nome”, romance de estreia do autor egípcio-americano André Aciman. Ele viu potencial nesta história que mostra, entre outros pontos, o desabrochar da sexualidade de um jovem de 17 anos durante o verão italiano de 1983. O que se esperava era que Ivory – responsável pelo roteiro – também estivesse na direção, mas ele acabou desistindo e, assim, o projeto foi parar nas mãos de Luca Guadagnino (“Um sonho de amor”). Ambientada no norte da Itália, a trama do filme homônimo Me chame pelo seu nome (Call me by your name, 2017), em cartaz nos cinemas do Brasil a partir desta quinta-feira (18), se concentra no inesperado relacionamento de Elio (Timothée Chalamet), filho único da família americana Perlman, com um homem mais velho, o que representa seu primeiro amor. Membro de uma família intelectualizada, e de ascendência ítalo-francesa, Elio passa o verão fazendo transcrições de música clássica e se divertindo com garotas de sua idade. É nesse período que seu pai (Michael Stuhlbarg), um especialista em cultura greco-romana, costuma receber acadêmicos para auxiliá-lo em pesquisas. Desta vez, quem chega é um rapaz americano de 24 anos, Oliver (Armie Hammer). Uma visita a princípio insignificante, o hóspede vai despertando aos poucos a curiosidade do protagonista. Não há muito que fazer na pacata vila e a convivência vai ficando cada vez mais forte, especialmente pela afinidade existente entre os dois, de passeios de bicicleta à ligação afetiva por serem judeus e longas conversas. Antes de a relação se concretizar, eles se envolvem em namoricos com algumas moças. A velocidade dos acontecimentos segue o estilo europeu, por vezes lento e disforme. O relacionamento dos protagonistas é visto com delicadeza e opta pela sensualidade ao invés da nudez explícita, apesar da malícia presente em determinadas cenas. Há pouco espaço para os personagens secundários, como o casal Perlman, feito por Michael Stuhlbarg e Amira Casar, mas eles passam segurança na pequena participação que fazem. Já a atuação de Timothée Chalamet surpreende ao sair de uma aparente displicência para uma entrega completa. Pelo desempenho, ele tem sido reconhecido com indicações aos principais prêmios da temporada, como Globo de Ouro, Bafta e SAG. A expectativa agora é de que também seja nomeado ao Oscar. Uma curiosidade é que um dos produtores envolvidos é o brasileiro Rodrigo Teixeira (“A bruxa”), que tem apostado com muita ousadia e inteligência em boas produções independentes dentro e fora do país. Foi justamente a partir da entrada dele que o projeto, que esteve perto de não acontecer, saiu do papel. De uma carreira inicialmente tímida em festivais no começo de 2017, Me chame pelo seu nome foi ganhando força e é uma das produções cotadas para disputar o Oscar de Melhor Filme este ano. Quem se dispor a ver o filme sem amarras tende a se envolver com esta sutil e incomum história de amor. *Houldine Nascimento é jornalista

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Aeroporto de Recife bate recorde de passageiros em 2017

Em 2017, o Aeroporto Internacional de Recife/Gilberto Freyre atingiu a marca dos 7,77 milhões de passageiros, um novo recorde. A movimentação do ano passado superou até mesmo a registrada em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, que teve Recife como uma das cidades-sede. No ano do Mundial da Fifa, foram 7,2 milhões de passageiros. O destaque ficou por conta dos passageiros de voos internacionais, totalizando 363 mil. Se comparado ao ano de 2016, quando foram registrados 242,1 viajantes internacionais, houve um crescimento de 50% no número desses tipos de embarques e desembarques. Além disso, de 2014 para 2017, a quantidade de destinos internacionais saltou de quatro para 12 no terminal pernambucano. No ano passado, inclusive, foi inaugurada a rota para Frankfurt, na Alemanha, e em março de 2018, serão inauguradas outras três: Fort Lauderdale (Estados Unidos), Córdoba e Rosário, ambas na Argentina. De 2016 para 2017, o aeroporto também registrou aumento de 12,4% na quantidade total de passageiros. Segundo o superintendente do terminal, Carlos Antônio da Silva, o resultado se deve à maior promoção da capital pernambucana para outras cidades do Brasil e do mundo. "Esse terminal é o ponto de distribuição mais importante para as regiões Norte e Nordeste do país, e uma das razões é a localização privilegiada de Recife. A cidade, hoje, é um ponto de distribuição para essas duas regiões brasileiras", explicou. Comemoração Para celebrar o recorde de movimentação e também o aniversário do terminal, que completa 60 anos de operações nesta quinta-feira (18), o Aeroporto do Recife será palco de uma série de apresentações. Quem passar pelo local nessa data será recebido por grupos de frevo e caboclinho. Ao todo, os grupos farão seis apresentações no saguão de desembarque, no período das 11h às 14h. A ação é realizada pela Infraero, em parceria com a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, através da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur). Administrado pela Infraero desde 7 de janeiro de 1974, o aeroporto já foi palco de muitos fatos curiosos e até mesmo emocionantes, que vão desde a visita do Papa João Paulo II, em 1980; passando pela chegada do grupo juvenil porto-riquenho, “Menudos”, em 1985; a chegada da seleção brasileira, quando esta foi tetracampeã em 1994; até a mais recente recepção – quando a aeronave de pesquisas ambientais da Agência Espacial Americana (Nasa) fez dois pousos técnicos – entre agosto e setembro de 2016, para reabastecimento e manutenção preventiva da aeronave. De acordo com o superintendente, o terminal representa mais do que um simples portão de entrada e saída de passageiros. “Esse terminal é o ponto de distribuição mais importante para as regiões Norte e Nordeste do país, e uma das razões é a localização privilegiada de Recife. A cidade, hoje, é um ponto de distribuição para as demais regiões brasileiras”, enfatiza.

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Tarifa de energia deve permanecer na bandeira verde até março, diz ministro

A tarifa de energia elétrica deve permanecer na bandeira verde (sem custo adicional nas contas) até o fim do primeiro trimestre deste ano, afirmou ontem (16) o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Segundo o ministro, o volume de chuvas acima da média no fim do ano contribui para a permanência da tarifa. O cenário já vinha sendo sinalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que anunciou, no fim de dezembro, que janeiro terá bandeira verde. Coelho Filho disse, durante visita à Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), que as as precipitações têm permitido a recuperação dos reservatórios das principais usinas do país. “O sistema [elétrico nacional] é interligado, e a gente veio de cinco ou seis anos de chuvas abaixo da média nos maiores reservatórios, mas os resultados de novembro e dezembro e dos primeiros dias de janeiro têm sido muito animadores”, disse o ministro. Em dezembro, vigorou a bandeira vermelha para o Patamar 1, quando são cobrados R$ 3 a cada 100 kWh. Nos meses de outubro e novembro, vigorou a tarifa vermelha, no Patamar 2, o que implicou a cobrança adicional de R$ 5 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. A justificativa para a cobrança extra deve-se ao acionamento de usinas termelétricas que apresentam custo maior para a produção de energia. De acordo com a Aneel, com a chegada do período chuvoso, houve acréscimo no nível dos reservatórios, diminuindo a necessidade de acionamento das térmicas. "O acionamento dessa cor indica condições favoráveis de geração hidrelétrica no Sistema Interligado Nacional. Mesmo com a bandeira verde, é importante manter as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de energia elétrica", disse a Aneel, em nota no fim de dezembro. Durante a visita a Itaipu, Coelho Filho participou da inauguração oficial do Centro de Inovação em Mobilidade Elétrica (CI-MES) e da assinatura de um acordo de cooperação, entre Itaipu e Ministério do Meio Ambiente, para a implantação do Programa de Mobilidade Sustentável nos Ministérios. A iniciativa visa atender ao compromisso assumido pelo Brasil na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP-21), realizada em 2015, em Paris, de reduzir as emissões em 37%, para até 2025, e de 43% até 2030. O programa será coordenado pelo de Minas e Energia e terá suporte técnico de Itaipu. Pelo menos 10 veículos elétricos da binacional serão cedidos para uso nos ministérios. Hoje, apenas o ministério conta com um modelo elétrico de Itaipu. “O meu carro oficial em Brasília é um veículo elétrico de Itaipu”, afirmou o ministro. (Agência Brasil)

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