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Cresce o número de profissionais em busca de migração de carreira em TI

Pessoas desempregadas e em busca de migração de carreira são as que mais apostam em cursos voltados para uma nova profissão em tecnologia Com um mercado de trabalho cada vez mais flexível e volátil, muitas empresas têm adotado projetos que visam a retenção de profissionais, além de ações para atrair e capacitar novos talentos. Hoje em dia, a transição de carreira é vista como algo muito mais natural, que independe de idade, por exemplo, onde as pessoas lidam muito melhor com as possíveis mudanças, sendo capazes de entenderem que as escolhas profissionais do passado podem ser alteradas ao longo dos anos, em busca de trajetórias de sucesso, que ao mesmo tempo, gerem satisfação a longo prazo. A boa notícia para o mercado de tecnologia é que 78% dos profissionais que atuam em outras áreas querem iniciar uma nova carreira em TI, como afirma um estudo feito pela Alura. E esse movimento ficou bem claro durante a seleção do último Programa de Formação da Orange Juice, comunidade tech patrocinada pela multinacional brasileira FCamara, criada com o intuito de guiar, ajudar e incentivar iniciantes ou amantes da área. O programa é uma iniciativa para treinar e contratar quem está no início da trajetória em tecnologia. Desde o início do projeto, em 2017, houve um aumento considerável de pessoas desempregadas ou em migração de carreira entre os inscritos. Em 2021, por exemplo, esses números representavam 40% e 47%, respectivamente; na última edição, 65% dos inscritos estavam desempregados e 60% em migração de carreira. “Os dados enfatizam o fato de muitas pessoas estarem insatisfeitas com o trabalho atual, mas também mostra que o mercado de tecnologia está ganhando espaço com diversos tipos de atuação, além de estar disposto a abraçar as pessoas. É um mercado em crescimento acelerado, com um boom de oportunidades. Quem se qualifica, tem um campo enorme de atuação para explorar”, pontua Joel Backschat, CIO da FCamara e fundador da Orange Juice. Juntas, a Orange Juice e a FCamara têm realizado ações importantes no desenvolvimento de profissionais para o segmento. Dentre os selecionados do programa deste ano, 80% estavam desempregados e 55% em migração de carreira, o que reafirma a iniciativa de ambas no fomento a essa transição. “Para participar, não é necessário ter ensino superior, por exemplo, o que de fato ajuda a abrir muitas portas para profissionais que gostariam de entrar no setor e tiveram menos oportunidades na sua história”, explica o CIO. O programa existe há sete anos e bateu recorde de inscrições em sua última edição, realizada entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Houve um aumento de 37% de inscritos em relação à edição de 2022, totalizando mais de 13 mil pessoas. Diversidade e inclusão A comunidade Orange Juice tem como meta diversificar o perfil dos candidatos, com intuito de atrair pessoas de todas as regiões do Brasil, gerando também processos mais inclusivos no que diz respeito a raça, gênero, orientação sexual e deficiência. “Tivemos um aumento no número de inscritos dos grupos afirmativos, assim como no processo de contratação. Dessa vez, tivemos pessoas de todos os estados brasileiros se candidatando. Só do Nordeste, foram 25% entre os contratados”, complementa Joel. Os participantes da ação da Orange Juice passam primeiro por um processo seletivo e, caso sejam aprovados, começam a fase de formação, que é remunerada e têm a possibilidade de efetivação. “Nosso programa é eficiente naquilo que propõe e beneficia não só os participantes, mas nós também. Hoje, podemos dizer que já formamos 600 pessoas, todas muito bem colocadas no mercado de trabalho, algumas que se tornaram C-Levels de grandes empresas, inclusive. Só na FCamara, temos sete desses executivos de senioridade, ou seja, construir essa lapidação do zero e ajudá-las em todos os processos é muito importante para nós, que temos esse senso de comunidade e estamos no centro de um ecossistema envolvendo grandes nomes”, conclui Backschat.

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"O púlpito: fé, poder e o Brasil dos evangélicos" discute a influência da religião no País

Representando um olhar atual e moderado sobre a fé evangélica e seu crescimento no Brasil, a jornalista Anna Virginia Balloussier apresenta seu novo livro, explorando a influência política e social desses segmento da população que vive décadas de ascensão. Desde a formação da primeira bancada evangélica em 1987 até a atualidade, onde a fé evangélica atinge um terço dos brasileiros, a obra mergulha nos púlpitos, reais e virtuais, para examinar como questões como aborto, sexualidade e prosperidade estão remodelando a paisagem religiosa e ideológica do país. Com uma abordagem histórica e uma análise penetrante das convicções religiosas, morais e políticas que permeiam o movimento evangélico, Balloussier dá voz a um segmento da população frequentemente ignorado. A autora entrevista lideranças e fiéis anônimos para revelar a complexa interseção entre fé e poder que molda a sociedade brasileira contemporânea. Nascida no Rio de Janeiro em 1987, Balloussier é jornalista da Folha de S.Paulo e repórter especial do jornal, cobrindo religião, política e direitos humanos. Seu livro oferece um mergulho profundo em um fenômeno social em crescimento, proporcionando uma visão panorâmica das transformações que estão moldando o Brasil dos evangélicos. O livro é uma publicação da editora Todavia , em formatos impresso e ebook.

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Regulamentação de redes sociais no Brasil é inevitável, diz Pacheco

(Da Agência Brasil) O presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira (8) que a regulamentação das redes sociais no país é inevitável para que não haja discricionariedade por parte das plataformas.  “O que podemos contribuir para efetivação da solução desse debate que se travou nos últimos dias é entregar marcos legislativos que sejam inteligentes e eficientes para poder disciplinar o uso dessas redes sociais no país”, disse o senador, em entrevista coletiva, após manifestações do empresário Elon Musk, dono da rede X, sobre decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.  Segundo Pacheco, é preciso ter uma disciplina legal sobre o tema, inclusive para evitar que o Poder Judiciário tenha que decidir sobre questões relativas ao uso das redes sociais sem que haja uma lei que discipline o assunto. “Isso acaba gerando controvérsias como essa que nós vimos de o Poder Judiciário precisar agir em relação a atos antidemocráticos, a violações de direitos, atentado à democracia e isso ser interpretado como algum tipo de censura ou inibição da liberdade de expressão”.  Pacheco citou o projeto de lei sobre a regulação das plataformas digitais, que foi aprovado em 2020 no Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados. “Considero isso fundamental, não é censura, não é limitação da liberdade de expressão, são regras para o uso dessas plataformas digitais para que não haja captura de mentes de forma indiscriminada e que possa manipular desinformações, disseminar ódio, violência, ataques a instituições. Há um papel cívico que deve ser exercido pelas plataformas digitais de não permitir que esse ambiente seja um ambiente de vale tudo vale tudo”.  Outra proposta em debate no Congresso é a que prevê um marco regulatório sobre o uso da tecnologia de inteligência artificial (IA) no país, de autoria do próprio senador Rodrigo Pacheco. O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, considerou “inadmissíveis” os ataques de Musk ao STF. Ele também ressaltou a necessidade de aprovação da legislação sobre inteligência artificial, e disse que o governo apoia a proposta, que está sendo relatada pelo senador de oposição, Eduardo Gomes (PL-TO).  “A melhor resposta que o Brasil pode dar a esse que eu considero um ataque inadmissível à Suprema Corte e à própria soberania brasileira é a resposta político-institucional. De um lado, todo apoio ao trabalho do Judiciário pelos instrumentos de apuração de quem utiliza as redes sociais para atos criminosos. E ao mesmo tempo, o debate político que o Congresso Nacional vem fazendo” Nos últimos dias, Elon Musk publicou uma uma série de postagens criticando o ministro Alexandre de Moraes e o STF. No sábado (6), ele usou o espaço para comentários do perfil do próprio ministro no X para atacá-lo. Na noite de domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk entre os investigados do chamado Inquérito das Milícias Digitais (Inq. 4.874), que apura a atuação criminosa de grupos suspeitos de disseminar notícias falsas em redes sociais para influenciar processos políticos. Na mesma decisão, o ministro ordena a instauração de um “inquérito por prevenção” para apurar as condutas de Musk.

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Várias Mãos, uma cultura: retratos da arte popular pernambucana

Uma jornada pelo mundo da arte popular pernambucana que resultou numa coleção de cinco fascículos, evidenciando e trazendo nuances sobre a vida para valorizar os talentos e narrativas dos mestres e mestras que moldam a riqueza cultural de Pernambuco. "Várias mãos, uma cultura: Retratos da arte popular pernambucana" é um testemunho dedicado à preservação e celebração de heranças vivas. Nesta primeira edição, a coleção apresenta as histórias de vida e de trabalho de cinco mestres e mestras, cada um representando um trabalho essencial no retrato da cultura pernambucana: Nicola, J. Borges, Cida Lima, Marcos de Sertânia e Maria da Cruz. Originários de diferentes cidades, seus trabalhos ecoam cada região de Pernambuco. Com incentivo do Funcultura e idealizado pela pesquisadora e curadora Marly Queiroz, os livros têm pesquisa e textos de Bruno Albertim, autor de, entre outros, Pernambuco Modernista (Cepe Editora, 2022) e fotografia de Isabela Cunha. A produção executiva é de Camila Bandeira e Júlia Almeida, da Proa Cultural. A audiodescrição é de Liliana Tavares, da Com Acessibilidade. O design gráfico é da Zoludesign. “Cada página destes fascículos é um convite para explorar as memórias, os sentimentos e as inspirações que contemplam não apenas as obras desses artesãos, mas também suas vidas”, diz Marly. “Desde as lembranças da infância até os desafios e conquistas enfrentados ao longo do caminho, cada história é um testemunho da força transformadora da arte e da cultura”. Para capturar todo material de pesquisa, a equipe embarcou em uma viagem de carro desde Recife até Petrolina por vários dias. Marly Queiroz, idealizadora do projeto, ao lado de Camila Bandeira, Bruno Albertim e Isabela Cunha. Juntos, entrevistaram artesãos e familiares, mergulharam nos espaços de trabalho e nas cidades que criaram esses talentos, buscando cada detalhe para construir a pesquisa. Mais do que um registro histórico, "Várias mãos, uma cultura" é um tributo à resiliência, à criatividade e à humanidade que transmite em cada peça desses mestres e mestras. É um lembrete de que a arte não só preserva tradições, mas também inspira comunidades e enriquecendo vidas. Clique nos fascículos e baixe os livros para leitura:

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"É preciso mais investimentos em energia. É uma questão de segurança nacional."

Felipe Valença, Diretor-presidente da Copergás, detalha planos e ações para tornar o gás natural um indutor do desenvolvimento, em especial no interior, como nos Polos Gesseiro e de Confecções. Também ressalta a importância do GN na transição energética e alerta que o País necessita investir em fontes diversificadas Há pouco mais de um mês, a Copergás anunciou que vai investir R$ 986 milhões até 2029, isso significa 65% a mais que o patamar previsto anteriormente, de R$ 596 milhões. Também planeja até 2025 levar o GN para o Polo Gesseiro na região do Araripe, num investimento inicial de R$ 6 milhões, e faz estudos para também beneficiar o Polo de Confecções do Agreste. Seus planos preveem ainda a implantação do gás natural veicular no transporte público em Pernambuco, que já está em fase de testes, além de um projeto-piloto para um novo caminhão movido a GNV. Além disso, a partir de setembro, a Copergás passa a ofertar gás natural 100% renovável, o biometano, por meio da interligação, no Ecoparque da Muribeca, do supridor Orizon. À frente desse arrojado planejamento da empresa está Felipe Valença que, há menos de um ano, assumiu a presidência. Para obter esse investimento de quase R$ 1 bilhão, ele mostrou a Commit Gás e a Mitsui Gás – sócios da Copergás juntamente com o Governo de Pernambuco – a vantagem de reduzir a distribuição dos dividendos a 25% para permitir que os 75% restantes fossem reinvestidos. Nesta conversa com Cláudia Santos, Felipe Valença ressalta a urgência de ampliar a infraestrutura do gás natural como forma de induzir o desenvolvimento no Estado. Também salienta a importância dessa fonte energética como transição para uma matriz sustentável e para a própria segurança nacional. A Copergás divulgou que, na sua gestão, pretende estimular o desenvolvimento econômico de microrregiões do Estado ou segmentos econômicos com foco principalmente na indústria. Como isso tem sido executado? Nesse novo ciclo, em que buscamos alavancas de crescimento, percebemos que a Copergás deveria estar mais conectada como indutor de desenvolvimento do Estado e temos uma grande oportunidade no interior. Enxergamos que existe uma série de polos industriais em Pernambuco que ainda não são abastecidos pelo gás, entre eles, o Polo do Araripe que foi mencionado pela maioria das lideranças que ouvimos durante a revisão do nosso planejamento estratégico. Hoje temos uma malha de gás que margeia a BR-232, vai pelo litoral até chegar a Belo Jardim. Mas há outras regiões em que precisamos atuar como, por exemplo, a área têxtil de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama. É uma região que representa em torno de 20% do jeans do Brasil e, assim como o Polo do Araripe, não tem infraestrutura de gás. A boa notícia é que conseguimos aumentar o investimento da Copergás nos próximos seis anos em 65%. Isso representa quase R$ 1 bilhão. No ano passado, com a revisão do planejamento estratégico, conseguimos a confiança dos sócios para reinvestir o resultado da empresa no Estado de Pernambuco. Até então, tínhamos uma política de distribuição de 100% dos dividendos, ou seja, sobrava menos dinheiro para investir. Hoje a política de dividendos é de 25%, que é o mínimo de uma S/A. Boa parte desse recurso é para o interior, então setores, como o Polo Têxtil, serão contemplados. É um projeto de expansão que vai sair de Caruaru para o polo do Agreste. Mas isso não é para este ano porque os estudos só começam a partir do ano que vem. Levar essa solução para as indústrias impulsiona o desenvolvimento porque traz economia para empresas como o Lafepe que acabou de virar nosso cliente e tem a expectativa de economizar R$ 1,2 milhões por ano. Além de ajudar na economia, o uso do gás natural faz com que as empresas possam participar ativamente na agenda de transição energética. Há muitas indústrias que ainda queimam óleo ou madeira, como o caso do Araripe. Isso arrasa a mata nativa e cria desertos. O gás natural é muito menos poluente, oferece uma economia de pelo menos 25% de CO2. Então é realmente sustentável. Como tem sido a receptividade das empresas do gesso ao gás natural? Muito positiva. Já temos cerca de 18 cartas de intenção de empresários locais manifestando interesse. De fato, existe uma demanda. Nosso cronograma está bem definido. Nunca um presidente da Copergás esteve lá e nós já estivemos várias vezes, sempre em companhia de diversos órgãos e lideranças estaduais, pois é um assunto de interesse de todos. Na última vez, estivemos com a governadora do Estado, que anunciou a desoneração do ICMS para o Polo Gesseiro. Isso gerou confiança do empresariado local. Temos lá um projeto-piloto que começa em abril, em que um empresário está fazendo investimento e nós estamos atuando para colocar o gás em teste e, em seguida, montar a infraestrutura pra valer. Nossa previsão é que as obras sejam iniciadas até o final do ano e que, a partir do primeiro semestre de 2025, iniciaremos o fornecimento. A Copergás anunciou que também vai intensificar o acesso em localidades que já contam com rede de gás. Ainda é baixo o número de conversões em locais que já contam com a oferta de GN? Para se ter uma ideia, no ano passado, quando começamos a fazer a revisão do planejamento estratégico, identificamos que só existem nove clientes da Copergás em Caruaru e a empresa está há 15 anos lá. Queremos universalizar o consumo. Existem outras cidades que, como Caruaru, contam com uma malha de gás para uso de uma indústria ou posto de gasolina, mas não atende o pequeno e médio comércio, por exemplo. Como está o projeto em relação ao consumidor residencial? O programa Morar Bem vai entregar as casas populares com gás natural? O gás residencial no Brasil é muito elitizado. Hoje, em Pernambuco, há apenas 90 mil usuários, é um leque muito pequeno. Para ampliar esse número, fizemos uma parceria com a Secretaria de Habitação para inserir gás natural em empreendimentos do programa Morar Bem. A preferência é instalar o gás

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Lula afirma compromisso com a conclusão da Transnordestina

O presidente Luís Inácio Lula da Silva esteve presente nas obras da Transnordestina na última sexta-feira (5), em Iguatu (CE), onde reforçou o compromisso com o avanço do projeto ferroviário. Acompanhado pelo diretor de Fundos, Incentivos e Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, Lula destacou a importância estratégica da obra para a região. Além do compromisso com a trecho cearense, o Governo Federal também garantiu investimentos para a linha que conecta Salgueiro ao Complexo de Suape. No âmbito do Novo PAC, está previsto um aporte de R$ 450 milhões para estudos e projetos relacionados a o empreendimento férreo em Pernambuco. Durante sua visita, Lula conferiu de perto o progresso das obras no lote 3 da ferrovia, situado a 365 quilômetros de Fortaleza (CE), onde estão sendo finalizados os trabalhos de superestrutura, essenciais para a montagem da linha férrea que conectará os estados do Piauí e do Ceará. O presidente assegurou que não haverá falta de recursos para o empreendimento, enfatizando sua relevância não apenas para a geração de empregos e redução dos custos de transporte, mas também para a diversificação dos modais de transporte no país. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, ressaltou a colaboração entre as instituições federais para impulsionar a Transnordestina, considerada a maior obra de infraestrutura ferroviária do Brasil. Ele confirmou o contínuo apoio financeiro do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), administrado pela Sudene, ao projeto. Com mais de 1.200 quilômetros de extensão e atravessando 53 municípios nos estados do Piauí, Ceará e Pernambuco, a Transnordestina facilitará o escoamento da produção e contribuirá para a redução dos custos logísticos na região. A ferrovia será fundamental para o transporte de minérios, fertilizantes, grãos e combustíveis.

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62% dos brasileiros já ouviram piadas ofensivas no trabalho, diz pesquisa

Responda com sinceridade: você já testemunhou brincadeiras ofensivas no ambiente de trabalho? Se sua resposta for positiva, saiba que isso não é por acaso: de acordo com 63% dos brasileiros entrevistados na nova pesquisa da Preply, as empresas são o espaço onde mais se reproduz piadas insensíveis ou de mau gosto — à frente do círculo familiar, grupos de amigos e até mesmo das redes sociais. Isso porque, em um contexto no qual muitos humoristas têm sido criticados por, não raramente, normalizarem discursos de ódio, a especialista em idiomas pediu que centenas de pessoas de todas as regiões revelassem suas experiências com certas piadas de mau gosto (seja como reprodutoras ou ouvintes), entre os preconceitos mais ouvidos sob a forma de “gozação” e como costumam reagir ao ouvi-los. Durante o levantamento, aliás, mesmo quem afirmou reproduzi-las no dia a dia também não negou: já se sentiram pessoalmente ofendidos ao ouvir certas “gracinhas” por aí. Principais conclusões: 52,6% dos entrevistados reproduzem ou já reproduziram piadas insensíveis Isso porque, ao serem perguntados sobre suas participações nessas supostas “brincadeiras”, 5 em cada 10 respondentes afirmaram fazer ou já ter feito alguma “gracinha” considerada insensível ou de mau gosto socialmente, muitos dos quais também fazem parte dos grupos que disseram ficar constrangidos por outras pessoas (82,6%) ou se ofenderem com certas piadas de terceiros (71,6%). Tal incômodo, de toda maneira, nem sempre é o suficiente para justificar eventuais confrontos durante esse tipo de situação. Afinal, mesmo ao ouvirem piadas que avaliam como insensíveis (seja porque se utilizam de temas delicados, discriminatórios ou que podem causar desconforto), somente cerca de 10% das pessoas revelaram manifestar a própria desaprovação (13,6%) ou educar os demais sobre os impactos negativos (11,4%) desse tipo de humor. Piadas no trabalho: quando as brincadeiras se tornam ofensas Nem na faculdade, nem entre os colegas: de acordo com o que responderam a maioria dos brasileiros, o lugar onde mais escutam piadas insensíveis ou de mau gosto diariamente é, na verdade, o ambiente de trabalho (62,6%) — o mesmo espaço em que, segundo um estudo da Workplace Bullying, práticas intimidatórias afetam mais de um terço dos funcionários. Só então (e já fora do meio profissional) é que viriam outros locais e circunstâncias onde tendem a surgir “gozações” do tipo, como em meio a conversas em grupos de amigos (56,8%), ambientes escolares (49,6%), eventos sociais (48,2%) e espaços públicos (44,2%). Ora, mas e quanto à internet, esse terreno em que piadas se confundem com discursos de ódio e ofensas gratuitas com grande frequência? Para 6 em cada 10 entrevistados, estamos falando de um dos espaços onde mais se encontram “brincadeiras” ofensivas, sobretudo em três redes sociais específicas: Instagram (46,6%), Facebook (28,2%) e TikTok (27,6%), as mais mencionadas nas respostas. As reuniões de família, como imaginado, também não ficam muito atrás no quesito passar do ponto em nome do riso, tendo em vista que familiares como primos (39,8%), tios (37,6%) e até mesmo os próprios pais (25,2%) foram classificados como reprodutores de piadas desconfortáveis na visão dos ouvidos pela Preply. Sexismo, racismo, xenofobia: preconceitos disfarçados de piada Mas, afinal, se experiências com piadas de mau gosto não faltam entre os brasileiros, que temas sérios têm sido menosprezados em prol da “gozação” entre a população? Como uma pesquisa atenta à relação entre certos estigmas, possíveis discursos de ódio e comentários humorísticos, esse foi um dos questionamentos da Preply aos entrevistados, que dividiram com a plataforma o que mais ouvem da boca dos outros disfarçado de humor. Ao que demonstram os respondentes, são três os tópicos que mais aparecem nas piadas ouvidas no dia a dia: mensagens sexistas (56,6%), por trás, por exemplo, de brincadeiras envolvendo mulheres loiras e sogras, zombarias à aparência física (55,8%), como aquelas que envolvem pessoas gordas, e, ainda, piadas racistas (54,4%). Somam-se a eles, por sua vez, comentários jocosos sobre grupos como a população LGBTQIA+ (45,2%), membros de determinados grupos religiosos (35,6%), pessoas em situação de vulnerabilidade social (29,6%) e indivíduos com deficiência (30%). "Quando usado de forma positiva, o humor promove conexão e empatia, serve como um quebra-gelo universal e permite que as pessoas riam juntas. Sua verdadeira potência reside na capacidade de nos unir na alegria sem fazer de ninguém o objeto de ridicularização", destaca Sylvia Johnson, líder de Metodologia da Preply. "Assim, devemos tomar precauções para evitar o humor que zomba, diminui ou ofende com base em gênero, raça ou cultura".

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Cuidados paliativos garantem qualidade de vida a pacientes com câncer

O Dia de Combate ao Câncer é celebrado em 8 de abril e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) calcula que o Brasil deve registrar 704 mil novos casos da doença, por ano, até 2025. Para Pernambuco, a instituição apresentou a estimativa de 24.590 novos casos, nesse mesmo período. O diagnóstico e o tratamento ainda provocam, em muitos casos, ansiedade aos pacientes e, nesse contexto, os cuidados paliativos são aliados importantes para complementar as abordagens necessárias a muitas dessas pessoas que portam uma doença neoplásica. O termo “cuidados paliativos” vem da palavra “paliar”, que significa aliviar. Segundo a Aliança Mundial de Cuidados Paliativos, por ano, cerca de 57 milhões de pessoas precisam dessa área e, destes, 25 milhões estão no final da vida. A base principal desse tipo de abordagem é a reafirmação da vida e da morte como processos naturais e o objetivo é integrar aspectos psicológicos e sociais ao tratamento do paciente.     A jornada contra o câncer tem como foco principal a cura e a qualidade de vida do paciente, mas, para além desse objetivo, é preciso compreender o seu estado físico e emocional. Dessa forma, os cuidados paliativos são muito indicados para essas pessoas. “Pacientes oncológicos em estágio avançado (com metástase), pessoas em tratamento oncológico com sintomas de difícil controle em qualquer fase da doença e pessoas com neoplasias hematológicas avançadas ou refratárias, são muito beneficiados por essa abordagem", explica Lívia Interaminense, médica paliativista da Multihemo Oncoclínicas. Princípios do paliativismo Como os cuidados paliativos têm o objetivo de aliviar sintomas físicos, cuidar da saúde mental e oferecer apoio para pacientes e familiares, a melhora na qualidade de vida dessas pessoas é visível. Além disso, é possível se desenvolver uma visão integral do paciente, valorizando sua autonomia, prevenindo o estresse, conhecendo seus desejos, além de ser possível montar um planejamento de cuidados individualizado, de acordo com a necessidade e contexto de cada um. “Na Multihemo Oncoclínicas, há o Programa de Cuidados, onde podemos ampliar ainda mais nossa capacidade de praticar um atendimento de maneira personalizada, uma assistência humanizada, entendendo as necessidades e o histórico de cada pessoa”, afirma Lívia. Dentro do programa, o atendimento é feito por um time multidisciplinar, com profissionais de diversas áreas: médico, psicólogo, nutricionista e enfermeiro. “Esse é o grande diferencial: ter uma equipe inteira à disposição do paciente e da família num lugar só e ao mesmo tempo”. A médica explica que se engana quem imagina que os cuidados paliativos são apenas voltados aos portadores de doenças mais agressivas. Pacientes com perspectivas de cura também estão no foco dessa abordagem, pois eles têm suas trajetórias de vida modificadas, o que pode comprometer, e muito, a sua qualidade de vida. “Em algum momento esse paciente passou por alterações de imunidade desencadeadas por algum tipo de tratamento oncológico”, contextualiza. Um dos casos comuns é o de mulheres que venceram o câncer de mama. Alguns tipos desse tumor têm mais associação à neoplasias de ovários, intestino e tireoide. Essas pacientes merecem uma abordagem proativa de pesquisa e implementação de prevenção para outras doenças. “Para elas, a equipe de cuidados continuados vai estabelecer metas de prevenção secundária, além de reforçar o acompanhamento regular com seu oncologista e cuidados gerais com a saúde”, finaliza a especialista.

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Violência de Estado persiste na democracia, alerta historiador

(Da Agência Brasil) Estima-se que na ditadura militar morreram 8.350 indígenas nas disputas de terra e na implantação de grandes projetos em áreas florestais. No mesmo período, 1.200 camponeses também teriam morrido em conflitos semelhantes. Segundo relatório da Comissão Nacional da Verdade, de 2011 a 2014, essas mortes foram causadas pela ação do Estado autoritário ou por omissão. Apesar de constarem em relatório oficial, essas mortes são menos conhecidas e por que não despertam tanta atenção? Na avaliação do historiador e sociólogo Lucas Pedretti, esse apagamento se assemelha ao que acontece hoje em dia com as pessoas mortas em operações policiais em comunidades e áreas periféricas: a sociedade brasileira se importa pouco com essas vidas. “A gente dá mais valor a algumas vidas do que outras e, portanto, a gente chora mais determinadas mortes do que outras”, diz o estudioso. Ele acrescenta: “O que chamamos de democracia tolera e aceita a violência de Estado contra a juventude negra periférica.” Esses assuntos são tratados no livro A transição inacabada: violência de Estado e direitos humanos na redemocratização, que Lucas Pedretti está laçando pela editora Companhia das Letras. A seguir, os principais trechos da entrevista do autor à Agência Brasil: Agência Brasil: Somos um país de história extremamente violenta: tivemos genocídio indígena desde a colonização, por 350 anos a exploração de pessoas escravizadas foi o motor da economia; e nossa miscigenação se deu com estupro de mulheres indígenas e pretas escravizadas. Os indicadores de violência na ditadura e na democracia são coerentes com esse legado? Lucas Pedretti: Sem dúvida nenhuma. Precisamos olhar para o período da ditadura militar como mais um capítulo dessa longa história de violência, de barbárie. O livro questiona exatamente como e por que diante dessa história, em que a violência é a marca fundamental, apenas em torno de determinados assuntos houve mobilização capaz de levar o Estado a admitir a violência e produzir, ainda que de forma muito limitada, políticas de reconhecimento com o funcionamento da Comissão de Mortos e Desparecidos Políticos [Lei nº 9.140/1995], Comissão de Anistia [Lei nº 10.559/2002] e Comissão Nacional da Verdade [Lei nº 12.528/2011]. São momentos únicos da história do Brasil em que o Estado assume que violou direitos e tenta de alguma maneira reparar. Mas por que a gente não tem uma comissão da verdade indígena, ou sobre a escravidão negra ou sobre a violência policial pós-1988? É evidente, como tento mostrar no livro, que raça e classe pesam nisso. Os alvos da violência política da ditadura reconhecida pelo Estado são historicamente mais protegidos: a juventude branca, universitária, de classe média ou, muitas vezes, filhos da elite. Agência Brasil: Você escreve no livro que “para casos como a Chacina de Acari [1990] não houve comissões da verdade, programas de reparação ou políticas de memória. Pelo contrário, a resposta da Nova República foi aumento das formas de violência do Estado”. A sociedade brasileira é mais sensível à violência política do que à violência urbana cotidiana? Lucas Pedretti: A gente dá mais valor a algumas vidas do que outras e, portanto, a gente chora mais determinadas mortes do que outras. A ideia de violência política, tal como foi construída na redemocratização, teve a função de permitir a reintegração de militantes da oposição. Esse discurso foi capaz de reabilitar politicamente sujeitos que o regime militar chamava de subversivos e terroristas. Mas esse discurso mantinha uma certa divisão entre uma violência tolerável e uma violência intolerável. Quando a violência do Estado atinge uma juventude branca universitária gera repúdio porque extrapola aquilo que a sociedade brasileira considera normal, como a morte de um jovem negro na periferia ou um massacre indígena. Agência Brasil: Recentemente, foi encerrada Operação Verão, na Baixada Santista, com 56 pessoas mortas pela Polícia Militar de São Paulo. Essas operações especiais das polícias, feitas em diferentes estados, têm alguma semelhança com a repressão política? Lucas Pedretti: Todas essas operações policiais estão ancoradas numa lógica na qual determinadas pessoas e determinados territórios da cidade não são dignos dos direitos, da cidadania e das proteções constitucionais. Diante de uma pessoa cuja humanidade não se reconhece e é considerada uma ameaça, nós autorizamos socialmente que a polícia vá lá, torture, prenda e mate arbitrariamente. A ditadura estabelece mecanismos institucionais, jurídicos e legais que seguem até hoje e que dão respaldo à situação das polícias. Os autos de resistência, por exemplo, são instituídos durante a ditadura. A atribuição de uma Justiça Militar para julgar militares acusados de cometer crimes contra civis é uma criação da ditadura. A própria organização institucional das polícias militares, como esse corpo se funciona como força auxiliar do Exército, é também uma herança da ditadura militar. Para além desses mecanismos jurídicos, institucionais e administrativos, existe algo do ponto de vista discursivo. A ditadura foi o momento em que a ideia de que a mão pesada do Estado deve se fazer valer - independente das leis e garantias constitucionais - e de que as polícias devem atuar autonomamente - sem nenhum tipo de controle externo, sem nenhum tipo de submissão ao poder político civil - tem como contrapartida a garantia da impunidade de policiais. É importante dizer que a nossa democracia foi capaz de aprofundar todos esses mecanismos. Isso é algo que precisamos pensar. O que chamamos de democracia tolera e aceita a violência de Estado contra a juventude negra periférica, talvez hoje de forma mais grave do que como acontecia no próprio regime autoritário. Agência Brasil: A impunidade e a maneira como a polícia se comporta hoje são sinais da atuação autônoma das polícias e de perda de controle dos governos estaduais? Lucas Pedretti: É difícil diagnosticar de forma definitiva que todos os governos estaduais perderam o controle das polícias. O que é possível dizer é que estamos diante de um movimento em que no lugar das corporações policiais se submeterem a um controle rígido civil - como seria esperado em um regime democrático, uma vez que eles são os profissionais que usam a violência cujo monopólio legítimo o Estado detém – vemos

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A evolução das mulheres no mercado de trabalho empresarial

Uma jornada de resiliência, conquistas e muito por avançar *Por Luciana Almeida A história das mulheres no mercado de trabalho empresarial é uma narrativa de resiliência, determinação e conquistas progressivas. No entanto, essa jornada tem sido marcada por desafios, discriminação de gênero e desigualdade de oportunidades, conforme evidenciado em algumas etapas dessa trajetória. A chegada da Revolução Industrial encontra as mulheres exercendo papéis associados a afazeres domésticos e a trabalhos manuais muito mal pagos. Seguiram por décadas relegadas a tarefas acessórias, subvalorizadas e sub-remuneradas, quando comparadas aos seus colegas masculinos. O que mudou esse panorama, de certo modo, foram as guerras quando, por força de necessidades econômicas, as mulheres foram impulsionadas para o mercado de trabalho. Ainda que em situação de inferioridade em reconhecimento e remuneração, representou uma oportunidade para demonstrarem suas capacidades. O movimento feminista ganhou força ao longo do Século 20, reivindicando direitos civis, igualdade salarial, oportunidades de ascensão profissional e inspirando movimentos sociais e legislações em seu favor. Gradualmente, as mulheres conquistaram algum espaço em setores antes exclusivos dos homens. As disparidades, no entanto, persistiram. A representação das mulheres em cargos de liderança continuou limitada, reflexo de uma cultura enraizada em preconceitos que continuou a impedir o pleno desenvolvimento do potencial feminino. Apenas muito recentemente, houve uma mudança perceptível: as organizações começam a reconhecer o valor da diversidade de gênero, entre outras, e a adotar políticas inclusivas. É constatado em diversas pesquisas que empresas que investem em diversidade e inclusão criam ambientes que favorecem a inovação, a produtividade e o crescimento. Estudos mostram que empresas com uma representação equilibrada de gênero em cargos de liderança tendem a ser mais inovadoras, lucrativas e socialmente responsáveis. Mulheres líderes frequentemente demonstram habilidades de comunicação mais eficazes, capacidade de resolução de problemas, empatia e inteligência emocional, características essenciais em um mundo empresarial cada vez mais diversificado e globalizado. Há diferentes empresas que desenvolvem ações visando a uma equidade de gênero e buscam desenvolver uma cultura nesse setor. Destacam-se, por exemplo, o Prêmio Women’s Empowerment Principles, em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global, uma iniciativa da ONU para mobilizar as empresas para os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável). Dentro desse pacto é possível ter acesso a diferentes empresas que apoiam a causa e fazem a diferença nesse setor. No Brasil, a Lei de Igualdade Salarial, promulgada em julho do ano passado, é outro passo no sentido de corrigir lacunas com vistas à promoção da igualdade de remuneração entre mulheres e homens que desempenham funções equivalentes. É, certamente, animador o crescimento de iniciativas para apoiar as organizações a promoverem igualdade de gêneros no ambiente de trabalho. Entretanto, as metas ainda estão distantes de serem alcançadas. Instituição que analisa a composição dos parlamentos em vários países aponta que entre os 192 pesquisados, o Brasil ocupa a posição de número 142 no ranking de participação de mulheres na política. Por outro lado, na liderança das empresas, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e da Spencer Stuart, apenas 14% das posições em conselhos de administração e 25% em diretorias são ocupadas por mulheres. Enquanto são celebradas as conquistas das mulheres no mercado de trabalho empresarial, também é essencial reconhecer que somente unindo forças e desafiando os obstáculos culturais constituídos poderemos avançar na direção de um futuro onde a competência, o talento e as habilidades sejam reconhecidos igualmente para todas e todos.

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