Arquivos Z_destaque_noticia - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Brasil tem 95 milhões de hectares prontos para restauração e preservação

Estudo aponta áreas com vegetação nativa e déficits ambientais que aguardam ações de conservação O Brasil conta com 95 milhões de hectares que precisam de iniciativas de preservação e restauração ambiental, segundo o 3º Panorama do Código Florestal, realizado pela UFMG. Desses, 74 milhões de hectares são vegetações nativas em propriedades rurais que superam as exigências legais e podem gerar renda aos proprietários por meio de pagamentos por serviços ambientais. Outros 21 milhões de hectares, desmatados além do permitido, aguardam ações de recuperação para atender ao Código Florestal. “Se a propriedade tem percentual acima do que é exigido pela lei, o próprio Código Florestal estabelece a possibilidade de emitir uma cota de reserva ambiental, que seria o lastro para que se tenha pagamentos por serviços ambientais ou mercados de ativos florestais”, explica Felipe Nunes, pesquisador da UFMG. Ele também destaca que esses pagamentos podem ser feitos por governos ou iniciativas privadas, garantindo remuneração para quem mantém a floresta em pé. Apesar das oportunidades, o estudo também expõe irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Mais de 200 mil imóveis foram registrados em áreas protegidas, como terras indígenas, unidades de conservação e terras públicas sem destinação. A Amazônia Legal é a região mais crítica, com 18,3% de sobreposições registradas. Para Felipe Nunes, “o sistema precisa remover do cadastro todos os registros irregulares. O maior ativo brasileiro é o seu ativo florestal, e o Brasil pode liderar uma agenda mundial de pagamento por serviços ambientais e restauração em larga escala”. A revisão do Código Florestal, em 2012, também trouxe desafios para proprietários que precisam restaurar ou compensar áreas desmatadas até 2008. Esse esforço, se bem monitorado, pode alavancar o Brasil como líder global em sustentabilidade agroambiental, aliando preservação florestal e produtividade agrícola.

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Algomais vence Prêmio Fiepe de Jornalismo com série "Pernambuco em Perspectiva"

A Revista Algomais voltou a vencer o Prêmio Fiepe de Jornalismo, desta vez com a série de reportagens "Pernambuco em Perspectiva", assinada pelo repórter Rafael Dantas, na categoria de texto impresso. A premiação reconheceu também trabalhos da TV Globo, na categoria vídeo, da CBN Recife, na categoria rádio, e do Leia Já, na categoria internet. O Prêmio Fiepe de Jornalismo reconhece incentiva a publicação de reportagens que destacam a visibilidade do setor industrial no Estado. A série de reportagem Pernambuco em Perspectiva aponta os desafios do Estado de redesenhar um planejamento de longo prazo, considerando os desafios do século 21. As reportagens podem ser conferidas no link Pernambuco em Perspectiva. Ainda em 2024, a Algomais venceu ainda o Prêmio Sebrae de Jornalismo, em Pernambuco, e foi finalista do Prêmio Urbana-PE.

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Pobreza e extrema pobreza atingem menor nível no Brasil desde 2012

Avanços no mercado de trabalho e programas sociais impulsionam a redução, aponta IBGE A pobreza e a extrema pobreza no Brasil atingiram, em 2023, os menores índices registrados pela Síntese de Indicadores Sociais do IBGE desde 2012. O número de brasileiros vivendo na extrema pobreza caiu para 9,5 milhões, o equivalente a 4,4% da população, enquanto 58,9 milhões enfrentavam condições de pobreza, representando 27,4%. Esses avanços foram impulsionados pela recuperação do mercado de trabalho e pela ampliação de benefícios sociais, como o Bolsa Família, que aumentou os valores médios pagos aos beneficiários. No Nordeste, no entanto, os índices permanecem alarmantes: 9,1% da população vive na extrema pobreza, mais que o dobro da média nacional. Já no Sul, a situação é menos grave, com apenas 1,7% nesse patamar. Segundo o pesquisador do IBGE Bruno Mandelli Perez, o impacto dos programas sociais é particularmente importante na extrema pobreza. “Tanto o mercado de trabalho quanto benefícios de programas sociais são importantes para explicar a redução na pobreza, mas o mercado de trabalho é mais importante no caso da pobreza; e os benefícios de programas sociais, na extrema pobreza.” A pesquisa também aponta disparidades entre diferentes grupos da população. Mulheres, negros e jovens enfrentam as maiores taxas de pobreza e extrema pobreza. Entre os jovens até 15 anos, quase metade (44,8%) vive em pobreza monetária. Apesar dos avanços, simulações do IBGE indicam que, sem os programas de transferência de renda, a extrema pobreza subiria para 11,2%, e a pobreza alcançaria 32,4%.

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Duas reportagens da Revista Algomais estão na final do Prêmio Fiepe de Jornalismo 2024

A segunda edição do Prêmio Fiepe de Jornalismo indicou duas reportagens da Revista Algomais entre as finalistas. Os trabalhos "Desafios do Polo Gesseiro" e "Pernambuco em Perspectiva", ambas do repórter Rafael Dantas, concorrem neste ano. O Prêmio Fiepe de Jornalismo, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), tem como objetivo valorizar produções jornalísticas que ampliem a visibilidade do setor industrial pernambucano. A premiação também destaca iniciativas que promovam a conexão entre a indústria, a sociedade e suas demandas coletivas. A Algomais foi uma das vencedoras da primeira edição do prêmio, no ano passado. Os finalistas do Prêmio Fiepe de Jornalismo, divididos por categoria, trazem produções de destaque. Na categoria Internet, concorrem Angela Fernanda Belfort de Araújo, do Portal Movimento Econômico, com “O impacto das eólicas foi desigual para os nordestinos do semiárido”; Everton Joanes de Freitas, do G1 Caruaru e Região, com “Do Agreste para o mundo: empreendedores lucram com peças de artesanato no interior de PE”; e Jorge Cosme da Silva Neto, do LeiaJá, com “A vida dos catadores após o fim do lixão de Camaragibe, o último do Grande Recife”. Na categoria Impresso, estão Maysa Helena de Lira Sena, da Revista Folha Energia, publicada pela Folha de Pernambuco; e Rafael Dantas, da Revista Algomais, com duas matérias finalistas: “Desafios do Polo Gesseiro” e “Pernambuco em Perspectiva”. Já em Videojornalismo, os finalistas são Beatriz de Castro Serra, da TV Globo, com “TEC PE – Inclusão Digital”; Caíque Luiz Batista de Paula, também da TV Globo, com “CONEXÃO + Verde – Mudanças Climáticas”; Luna Esther Markman Loureiro, da TV Globo, com “CONEXÃO + Verde – Preservação do mar”; e Mônica Andrade da Silveira, também da TV Globo, com a série especial “Inteligência Artificial”. Na categoria Radiojornalismo, concorrem Antônio Marcos de Azevedo, da CBN Caruaru, com “O Comércio de bairro e o impacto econômico dos pequenos negócios no Agreste de Pernambuco”; Magno Wendel de Lima, do Jornal BN Caruaru, com “Moda do Agreste para o Mundo – A exportação das indústrias de confecção de Pernambuco”; e Maria de Lurdes Luna de Melo, da Rádio CBN Recife, com “Costurando Caminhos”. A cerimônia de premiação será realizada amanha (5), na Casa da Indústria.

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Agenda TGI 2025 discute caminhos para enfrentar a Era da Escassez

Francisco Cunha e Fábio Menezes analisaram, na Agenda TGI, a carência de tolerância política, de recursos para preparar o mundo para as mudanças climáticas e de planejamento para lidar com as transformações tecnológicas: Também apontaram as soluções para enfrentar esse cenário em 2025. Fotos: Tom Cabral *Por Rafael Dantas A falta de tolerância política, a privação de recursos para preparar o mundo para as mudanças climáticas e a ausência de planejamento para lidar com as transformações tecnológicas são apenas alguns dos sintomas da era da escassez que vivemos. Há muitas outras lacunas, destacadas pela Agenda TGI 2025, diante dos imensos desafios do planeta, do Brasil, de Pernambuco e do Recife. O evento, realizado pela TGI e pela Revista Algomais, com patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil e do Governo Federal, trouxe uma análise do cenário crítico atual e fez projeções para 2025. A agenda ambiental, antes relegada aos especialistas do assunto, tornou-se uma peça central para compreender essa era da escassez. Ao extrapolar os limites planetários, a humanidade tem enfrentado problemas como a redução dos recursos hídricos, a extinção de espécies e a devastação de ecossistemas que resultam em tragédias com frequência cada vez maior. Calamidades muitas vezes provocadas pelo homem, mas diretamente relacionadas às mudanças climáticas. A tensão entre o desenvolvimentismo econômico e a pauta da sustentabilidade, diante de catástrofes como a vivida pelo Rio Grande do Sul neste ano, impõe uma reversão histórica de prioridades na agenda política. Essa percepção atravessou diversas considerações dos consultores e sócios da TGI Consultoria, Francisco Cunha e Fábio Menezes, que conduziram as palestras do encontro, o maior evento empresarial de final de ano no Estado. Em Pernambuco, a falta de recursos hídricos e o aumento das temperaturas são sintomas preocupantes para o interior do Estado, que já têm 90% do seu território dentro da região semiárida. Enquanto isso, a capital sofre pelo inverso, a elevação do nível do mar e os episódios extremos de chuvas são ameaças à cidade que anos atrás já foi apontada como a 16ª mais vulnerável ao fenômeno do aquecimento global. Essa realidade impôs ao planeta a valorização dos “créditos de carbono”. A partir deles, projetos que diminuem as emissões de gases de efeito estufa ou captam CO2 da atmosfera, geram bilhões de dólares por ano. “Queimar florestas é queimar dinheiro. Na visão clássica antiga, o ser humano tirava um recurso da natureza que não tinha nenhum valor. A partir disso transformava e se estabelecia um valor. Agora, não dá mais para ser assim, o valor vai ser estabelecido a partir do que a natureza nos fornece. Ela nos dá dinheiro, dá crédito de carbono. Isso pode se transformar em margem de lucro”, afirmou Fábio Menezes. As resistências para não reconhecer essa mudança de perspectiva sobre a preservação ambiental é um dos grandes desafios contemporâneos. Francisco Cunha elencou fatores como o negacionismo climático (que minimiza o impacto da ação humana e dos combustíveis fósseis na crise), a postergação das metas e mesmo o discurso de que já é tarde demais para fazer algo (o doomismo) dificultam a transição do desenvolvimento global para a adoção de modelos mais sustentáveis. Uma pauta de grande peso para Pernambuco e para o Recife, devido às extremas vulnerabilidades ambientais que enfrentam. FALTA DINHEIRO PARA O GOVERNO E PARA AS FAMÍLIAS A mudança da matriz energética e a preparação das cidades para se tornarem mais resilientes são duas metas que por si já demandam muitos recursos. Além disso, há desafios infraestruturais e sociais históricos, como a desigualdade, que não foram ainda superados pelo Brasil e também exigem vultosos recursos financeiros. “Uma escassez que enfrentamos está relacionada à crise fiscal estrutural que o País vive. Falta dinheiro. Somos um País que tem carências enormes e obrigações sociais muito explícitas, sobra muito pouco dinheiro para fazer investimento para infraestrutura e serviços de modo geral. Por causa dessa fragilidade fiscal, os juros tendem a ser altos, o que ‘come’ parte do dinheiro disponível”, afirmou Francisco Cunha. “O mercado está sempre pressionando para que o Governo sinalize que a dívida pública não vá explodir, pois há um grande receio de que o País não pague suas obrigações”. Esse cenário foi duramente agravado com a pandemia da Covid-19. O enfrentamento à crise sanitária fragilizou ainda mais as contas públicas e acentuou os problemas de ordem social. A queda de renda das famílias durante os últimos anos foi apontado como um dos fatores que levam a uma percepção negativa da economia, mesmo os macroindicadores estando acima das expectativas do mercado. Apesar de o Brasil ter um crescimento do PIB (produto interno bruto) acima do que era esperado por três anos seguidos, ter conseguido controlar a inflação e atingir recordes de redução do desemprego, as famílias não são capazes de perceber esse cenário nas suas vidas cotidianas. Essa realidade é muito semelhante à vivida nos Estados Unidos, que elegeu com sobra o ex- -presidente republicano Donald Trump, apesar dos indicadores positivos da gestão dos Democratas nos últimos quatro anos. A célebre frase It's the economy, stupid (É a economia, idiota) criada em 1992 por James Carville, estrategista da campanha do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, passou a não responder de maneira completa a direção do voto eleitoral. Durante o evento, Fábio Menezes mencionou que apesar dos avanços econômicos atuais, o déficit deixado pela crise durante a pandemia ainda pesa duramente na realidade das famílias. Em outras palavras, a queda da massa salarial durante a pandemia, seja pelo desemprego ou pela inflação, não teria sido recuperada pelos trabalhadores. Uma realidade que gera até hoje uma insuficiência do poder de consumo, que excluiu da classe média parcelas gigantes da população brasileira e mundial. “ A impressão é que o controle da inflação chegou muito tarde. A estimativa é que os preços subiram na pandemia em torno de 20% e a renda subiu menos de 4,5% nos Estados Unidos. Significa que as pessoas não estão conseguindo manter o padrão de vida. O que parece é que não se trata da economia dos dados

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Recife recebe edição especial do TEDx com foco em educação e inovação

Evento discute o papel da educação no futuro das cidades, com apoio da Prefeitura do Recife. Foto: Mission College Na próxima sexta-feira (6), o Recife será palco do TEDx Boa Viagem ED, uma edição especial que explora as conexões entre educação e inovação. O evento acontece na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, das 9h às 13h, reunindo especialistas, educadores e lideranças em um debate sobre como a educação pode transformar vidas e impulsionar o desenvolvimento urbano. Com apoio principal da Prefeitura do Recife, a iniciativa reforça a estratégia municipal de colocar a educação no centro das políticas públicas, promovendo inclusão, geração de oportunidades e renda. As discussões serão divididas em cinco eixos temáticos, com abertura do prefeito João Campos, no eixo “A Cidade que Cuida da Educação”. Nomes como o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Figueiredo, e a Educadora do Ano 2023, Eukennya Araújo, trarão perspectivas sobre inovação no ensino e inclusão. Destaque também para Giovanna Machado, idealizadora do projeto Futuras Cientistas, que encerrará o evento com reflexões sobre diversidade e acessibilidade na educação. O TEDx Boa Viagem ED terá um público restrito a 100 convidados, mas as palestras estarão disponíveis gratuitamente no canal de YouTube do TEDx, permitindo que mais pessoas tenham acesso às “ideias que merecem ser espalhadas”. O evento conta ainda com o apoio de empresas como Grupo Cornélio Brennand e Associação Comercial de Pernambuco, reforçando a parceria entre o setor público e privado. Serviço:Evento: TEDx Boa Viagem EDData: Sexta-feira, 6 de dezembroHorário: Das 9h às 13hLocal: Galeria Janete Costa, Parque Dona Lindu

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Visit Pernambuco - Travel Show reúne turismo nacional e internacional em Porto de Galinhas

Evento acontece nos dias 3 e 4 de dezembro, com foco em negócios e promoção dos destinos do estado A 6ª edição do Visit Pernambuco - Travel Show será realizada nos dias 3 e 4 de dezembro no Convention Center do Armação Resort, em Porto de Galinhas. O evento reunirá mais de 180 profissionais do setor de turismo, incluindo buyers (compradores) do Brasil, América Latina e Europa, e suppliers (fornecedores) locais e regionais. A expectativa é movimentar cerca de R$ 200 milhões em negócios e consolidar a posição de Pernambuco como um dos principais destinos turísticos do Nordeste. O evento, promovido pela Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG) e pelo Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau (PGACVB), conta com o apoio do Sebrae-PE, Prefeitura do Ipojuca, Governo de Pernambuco, TAP Portugal e Banco do Nordeste, além de patrocinadores como grandes hotéis e empresas de receptivos. Segundo Eduardo Tiburtius, presidente da AHPG, “o Visit Pernambuco tem o compromisso de trazer as últimas tendências e novidades do setor para o Summit, proporcionando mais conhecimento para os profissionais”. A programação inclui rodadas de negócios entre buyers e suppliers, área de exposição com estandes de destinos e hotéis, e o Summit Visit Pernambuco, que oferece palestras, capacitações e painéis sobre marketing, ESG, vendas e mercado. "A realização desse evento traz oportunidade para que dezenas de buyers e fornecedores façam conexões com os empreendimentos locais", destaca Alexandre Alves, gerente do Sebrae/PE. Entre os destaques do Summit está um painel exclusivo sobre o cenário aéreo de Pernambuco, que abordará os novos voos internacionais vindos do Paraguai e Chile. Além disso, participantes terão a oportunidade de explorar os atrativos da região por meio de famtours, promovendo o destino de Porto de Galinhas. “Estamos comemorando os números da 6ª edição do Visit PE, que irá promover muito networking e negócios em dois dias”, pontua o Secretário de Turismo do Ipojuca, Mário Pilar. ServiçoVisit Pernambuco – Travel ShowData: 3 e 4 de dezembroLocal: Convention Center do Armação Resort, Porto de GalinhasIngressos e programação: Sympla

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Doutores da Alegria promovem leilão beneficente para manter suas atividades

Evento virtual reúne obras de artistas pernambucanos e experiências exclusivas para arrecadação de recursos. Foto: Rogério Alves Os Doutores da Alegria realizarão o Leilão Beneficente da Alegria no dia 2 de dezembro, às 18h, com transmissão on-line pelo site da Sodré Santoro. O evento visa arrecadar fundos para a manutenção das atividades da associação, que enfrenta dificuldades financeiras, com uma queda de 70% na arrecadação em 2024. As doações incluem obras de arte, camisas de futebol autografadas e hospedagens em locais turísticos. Luis Viera da Rocha, diretor-presidente da associação, destacou a importância da mobilização: “Os recursos arrecadados contribuirão significativamente para o retorno integral das nossas atividades em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.” Em Recife, o programa "Palhaços nos hospitais" teve redução de visitas devido à crise, afetando também o Curso Livre de Palhaçarias, encerrado antes do previsto. Entre as peças doadas, estão obras de artistas pernambucanos como Rinaldo Silva e Raul Córdula, além de camisas autografadas do Sport Club do Recife. Interessados podem acessar o catálogo e dar lances iniciais no site da Sodré Santoro. O leilão faz parte da campanha "Doar Espalha Alegria", que busca envolver a sociedade na manutenção da arte como ferramenta de humanização. Desde 1991, os Doutores da Alegria têm levado alegria a hospitais públicos e promovido ações culturais inclusivas. Para continuar apoiando a organização, é possível fazer doações pelo site oficial: www.doar.doutoresdaalegria.org.br/ajude.

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Desafios da aprendizagem: educação enfrenta muitos problemas para melhorar a qualidade

No evento do Projeto Pernambuco em Perspectiva, Raul Henry fez um diagnóstico preocupante da educação no País e em Pernambuco. Ele propõe a priorização da primeira infância e da alfabetização; o investimento no ensino em tempo integral e na educação tecnológica, além da valorização da carreira docente. *Por Rafael Dantas A educação de qualidade abre os caminhos para o acesso à cidadania, para o aumento da renda individual e impacta diretamente o desenvolvimento econômico do País. Além disso, fortalece a mentalidade democrática da sociedade e contribui para a redução das desigualdades. A ausência ou as falhas dos sistemas de ensino impactam em todos esses pilares, segundo disse Raul Henry, durante o encontro de novembro do projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, coordenado pela Rede Gestão e Revista Algomais. O ex-deputado federal e ex-vice-governador apresentou um diagnóstico das fragilidades do sistema educacional do Brasil com muitos pontos críticos. A trajetória do País nas últimas décadas apresentou avanços na universalização do acesso às vagas, na criação dos fundos de financiamento à educação, bem como nos sistemas de avaliação. Todos esses eixos, porém, carecem de aperfeiçoamentos, mas o próximo salto a ser dado é na qualidade da aprendizagem. No ano passado, 43% dos alunos do segundo ano do ensino fundamental não estavam alfabetizados ainda. O número é quase o mesmo de antes da pandemia (44%). Um estudo sobre a habilidade da leitura das crianças, publicado em 2023 pela Associação Internacional para a Avaliação de Conquistas Educacionais, apontou que o Brasil ficou apenas na 52ª posição, entre 57 países. Ficaram à frente países como Kosovo e Uzbequistão. Quando observados indicadores sobre conhecimentos matemáticos e lógicos, o vexame é ainda maior. De acordo com a Prova Brasil, apenas 5,2% dos estudantes de escolas públicas do ensino médio brasileiro têm um percentual de conhecimento adequado em matemática. No ensino fundamental é de 18,5%. Apesar de ter indicadores melhores, mesmo na rede privada o desempenho é baixo. Apenas 41,3% têm conhecimentos adequados em matemática no ensino médio e 55,8% no ensino fundamental. Com poucas exceções, nas análises locais e internacionais a qualidade da educação brasileira foi reprovada.   CRISE NA CARREIRA DOCENTE   Um quadro trágico pintado com cores da falta de investimentos e de gestão. Como resultado, há não apenas notas baixas dos alunos como uma fuga da carreira de professor, profissional fundamental para o sucesso da escola. De acordo com uma pesquisa do Instituto Península e do Movimento Profissão Docente, apenas 5% dos jovens brasileiros no ensino médio consideram seguir a carreira de docente. A desvalorização da profissão, associada às baixas remunerações e à falta de uma perspectiva de carreira, explicam a rejeição da área. O Brasil tem desempenho ruim na maioria dos indicadores sobre a educação, porém nada se compara quando analisados os proventos do professor. “É preciso investir na carreira docente. Está provado por inúmeras pesquisas que o elemento intraescolar mais importante para a aprendizagem dos alunos é o professor”. O salário médio do ensino básico no início, no meio e no final da carreira no Brasil é o pior do mundo. O estudo, elaborado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), comparou os rendimentos dos profissionais da área de 41 países. Nesse recorte, o País ficou atrás da Hungria e até da Costa Rica. Além da remuneração, o ex-vice-governador destacou que há um gargalo na formação dos professores no Brasil. Seja nas licenciaturas ou nos cursos de pedagogia, ele ressalta que há uma distância entre os processos formativos e as necessidades práticas da vida escolar como, por exemplo, a capacitação para a alfabetização.   A EXPERIÊNCIA DE SOBRAL E OS CAMINHOS PARA O FUTURO   Os dados da tragédia da educação brasileira não são apenas de Pernambuco, são nacionais. O Estado, no entanto, possui destaque em avaliações no nível médio, especialmente pelo avanço da oferta de vagas nas escolas em tempo integral.Um dos motivos que impedem um progresso maior no desempenho dos estudantes pernambucanos são as deficiências na educação básica, área em que o grande case nacional é a cidade de Sobral. Raul Henry destacou que os municípios que seguiram a trilha da cidade cearense também estão avançando de forma acelerada, como é o caso dos alagoanos Teotônio Vilela e Coruripe. No Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), a nota de Teotônio Vilela nos anos iniciais do Ensino Fundamental em 2013 era 2,7. Naquele mesmo ano, Pernambuco tinha desempenho avaliado em 3,4 e a média nacional era de 3,8. Dez anos depois, em 2023, enquanto o Brasil avançou para 5,8 e o Estado foi a 5,3, a cidade alagoana saltou para 9,0. Em Coruripe, que em 2013 tinha uma nota acima da média nacional (5,1), chegou no ano passado a 9,7. “O que está dando certo nas cidades que avançaram no Ideb no Brasil é a coerência pedagógica. O exemplo inspirador é Sobral, outras cidades acompanharam esse exemplo. Hoje, 26 das 50 cidades do País com maior Ideb são cearenses ou alagoanas, que copiaram o exemplo de Sobral”, afirmou Raul Henry. Ao considerar a experiência de Sobral, das cidades que seguiram a sua trilha e o que apontam também as evidências internacionais, Raul Henry destacou ser fundamental roteirizar o currículo. Um plano objetivo e semanal em que os docentes tenham não apenas uma definição dos conteúdos a serem trabalhados, mas uma orientação pedagógica e acesso a recursos que os inspirem a desenvolver cada aula. “O currículo é o documento mais importante do sistema educacional”, defendeu Raul Henry. Ao compartilhar a experiência educacional da Austrália, ele disse que cada item do currículo indica a competência que a criança vai usar em sua vida, qual o melhor material didático recomendado e quais os suportes digitais disponíveis.   PARCERIA ENTRE GOVERNO FEDERAL E REDES MUNICIPAIS   Parte do problema remuneratório da carreira docente poderia ser resolvido a partir de uma parceria entre o Governo Federal e os municípios. Diferente de Cristovam Buarque, que defendeu de forma clara um plano para federalização das redes de ensino fundamental, hoje divididas

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Lia de Itamaracá assumirá secretaria de turismo e cultura da ilha

Ícone da cultura pernambucana é nomeada por prefeito eleito Paulo Galvão. Foto: Ytallo Barreto A cirandeira Lia de Itamaracá, reconhecida como um dos maiores ícones da cultura popular de Pernambuco e do Brasil, foi anunciada como futura secretária de turismo e cultura da Ilha de Itamaracá. O prefeito eleito do município, Paulo Galvão (PSDB), oficializou a escolha nesta quarta-feira, 20 de novembro, celebrando o Dia da Consciência Negra. Aos 80 anos e com mais de cinco décadas dedicadas à arte, Maria Madalena Correa do Nascimento, conhecida como Lia de Itamaracá, assume pela primeira vez um cargo público para representar oficialmente a cultura e o turismo da região. Sua nomeação sinaliza a valorização de suas contribuições para a música e a cultura local, especialmente como embaixadora da ciranda. A escolha de Lia simboliza o compromisso com a preservação das tradições culturais e a promoção turística da ilha. A cirandeira traz consigo um vasto legado artístico, reconhecido internacionalmente, que será essencial para potencializar a identidade cultural e as oportunidades no setor turístico do município. “Estou muito feliz. Meu papel será parecido com algo que eu já faço, que é o de levar o nome de Itamaracá para todo o Brasil e para o mundo, só que agora como Secretária. Quero abrir portas para trazer investimentos para a Ilha que eu carrego no meu nome”, diz Lia.

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