Bloco Nem com uma Flor vai às ruas exigir o fim da violência contra a mulher

Nesta quinta-feira (8), o bloco Nem com uma Flor, promovido pela Secretaria da Mulher do Recife, desfila pelas ruas do Recife Antigo exigindo o fim da violência contra mulher. Com o lema “Ô abre alas que ela vai passar como quiser e gostar”, a agremiação traz os gritos das mulheres no combate ao assédio durante a folia de momo. Este ano, as atrações do bloco são a cantora Joana Flor, Orquestra 100% Mulher, Maracatu Baque Mulher e a boneca Linda da Tarde. A concentração está marcada para às 15h, na Praça do Arsenal.

As homenageadas são as ativistas Vera Baroni e Maria Isabel de Araújo junto com a primeira vereadora do Recife, Júlia Santiago ( in memorian). Vera e Isabel são atuantes na luta dos direitos das mulheres. As camisas do bloco – desenhadas pela artista Dani Acioli – foram trocadas por kits de higiene que serão doados para as adolescentes das Casas de Internação Provisória e das Casas de Semiliberdade do Recife. Não haverá distribuição de camisa no dia do evento.

HOMENAGEADAS

Vera Baroni – ativista na defesa dos direitos humanos, racismo e luta das mulheres. Integrante da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras – AMNB e da Rede de Mulheres de Terreiro, Vera está inserida no contexto da luta popular.

Maria Isabel de Araújo – é servidora pública e ativista nos direitos da mulher, com foco na visibilidade de mulheres da terceira idade. Participa da organização de Velha Guarda de Areias. Atualmente, trabalha como volunta´ria na Rede Feminina Estadual de Combate ao Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer de Pernambuco.

Júlia Santiago – Primeira mulher a ocupar um assento na Câmara Municipal do Recife, em 1947. Filha de camponeses, ela nasceu em São Lourenço da Mata, em novembro de 1917. Militante comunista, ajudou a fundar o Sindicato da Fiação e Tecelagem de Pernambuco e ingressou no Círculo Operário Católico do Recife. Vanguardista, defendeu que homens e mulheres deveriam ter tempos de serviço diferentes para se aposentar, alegando que o trabalho doméstico se constituía numa jornada dupla para elas. Falecida em 1988, Júlia Santiago deixou um grande legado às mulheres: seu exemplo de luta, coragem, consciência acerca dos direitos da classe trabalhadora e inconformismo diante das injustiças e desigualdades sociais.

(PCR)

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