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Excesso de telas entre jovens pode causar dores e puberdade precoce

(Da Agência Brasil) Alerta é de estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de SP O uso prolongado de telas é um dos fatores de risco para a saúde da coluna, mostra estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)  e publicado na revista científica Healthcare.  Entre os fatores de risco está o uso de telas por mais de três horas por dia, a pouca distância entre o equipamento eletrônico e os olhos, a utilização na posição deitada de prono (de barriga para baixo) e na posição sentada. O foco do estudo foi a chamada dor no meio das costas (thoracic back pain, ou TSP).  Foram avaliados 1.628 estudantes de ambos os sexos entre 14 e 18 anos de idade, matriculados no primeiro e segundo ano do ensino médio no período diurno, na área urbana do município de Bauru (SP), que responderam a questionário entre março e junho de 2017.  Desses, 1.393 foram reavaliados em 2018. A pesquisa constatou que de todos os participantes, a prevalência de um ano foi de 38,4%, o que significa que os adolescentes relataram TSP tanto em 2017 quanto em 2018. A incidência em um ano foi de 10,1%; ou seja, não notificaram TSP em 2017, mas foram encaminhados como casos novos em 2018. As dores na coluna ocorrem mais nas meninas do que nos meninos. “A diferença entre os sexos pode ser explicada pelo fato de as mulheres relatarem e procurarem mais apoio para dores músculo-esqueléticas, estarem mais expostas a fatores físicos, psicossociais e de stress, terem menos força do que os homens, apresentarem alterações hormonais resultantes da puberdade e baixos níveis de atividade física”, diz um dos autores do artigo, Alberto de Vitta, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com pós-doutorado em saúde pública pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu. Pandemia  TSP é comum em diferentes grupos etários na população mundial. Estima-se que afete de 15% a 35% dos adultos e de 13% a 35% de crianças e adolescentes. Com a pandemia do covid-19, crianças e adolescentes têm usado celulares, tablets e computadores por um tempo maior, seja para atividades escolares ou para o lazer. Com isso, é comum adotarem posturas inadequadas por tempo prolongado, causando dores na coluna vertebral. O tempo gasto com dispositivos eletrônicos (por exemplo ver televisão, jogar videogames, utilizar o computador e smartphones, incluindo comunicações electrônicas, e-games, e internet) pode ser classificado da seguinte forma: baixo (menos de 3 horas/dia), médio (acima de 3 horas/dia até 7 horas/dia) e alto (acima de 7 horas/dia), considera o pesquisador. Segundo De Vitta, é possível que a incidência da TSP tenha aumentado com a pandemia, mas ainda não há estudos. “Podemos supor que aumentou, devido à atividade escolar em casa, no entanto não há dados sobre isso. Estamos organizando um estudo multicêntrico que será realizado em cidades de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e do Rio Grande do Sul”, informou o pesquisador, que atualmente leciona e pesquisa no Departamento de Fisioterapia da Faculdade Eduvale de Avaré (SP) e no programa de pós-graduação em Educação, Conhecimento e Sociedade da Universidade do Vale do Sapucaí (Pouso Alegre, MG). Fatores A TSP tem tratamento, diz o professor. “Há vários tipos de tratamentos como, por exemplo, a reeducação postural global, o pilates e a fisioterapia baseada em recursos eletrotermofototerapêuticos: ultrasom, laser, entre outros”.  Fatores de risco físicos, fisiológicos, psicológicos e comportamentais ou uma combinação deles podem estar associados à TSP. “As dores musculoesqueléticas, como na coluna torácica, lombar e cervical, são multidimensionais”, explica o pesquisador.  “Os fatores físicos (carteiras inadequadas, mochilas com peso acima do recomendado e outros), comportamentais (utilizar os equipamentos eletrônicos acima de três horas por dia, posturas inadequadas) e os fatores de saúde mental (sintomas emocionais, stress etc) estão associados a essas dores”. A conjugação de físicos e comportamentais gera um aumento da força de compressão dos discos intervertebrais, levando à desnutrição dos discos, comprometendo a integridade do sistema músculo-esquelético, predispondo o indivíduo à fadiga e a níveis de dor mais elevados. “Parece haver uma relação entre sintomas emocionais e manifestações físicas, como o aumento da secreção do cortisol hormonal e alterações na regulação hormonal do glândulas supra-renais, que geram efeitos inibidores sobre o sistema imunitário, a digestão e sintomas de desgaste corporal excessivo, cansaço, fadiga, dores musculares e articulares. Todos esses fatores estiveram relacionados aos dados das nossas pesquisas relacionadas às dores lombares, cervicais e torácicas em estudantes do ensino médio”. Puberdade precoce A puberdade é um estado natural do corpo humano que, por consequência de alterações hormonais, tende a se apresentar a partir dos 8 anos de idade em meninas e 9 anos em meninos Entretanto, as crianças estão entrando nessa fase cada vez mais cedo. Ganho de peso, consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e sedentarismo estão entre as principais causas. Mas, outro fator tem chamado a atenção dos pesquisadores. De acordo com o resultado de uma pesquisa apresentada durante a 60ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica, a puberdade precoce pode estar sendo estimulada pela alta exposição às telas, como tablets e celulares. “Estudos mostram que a luz azul das telas diminui a produção de melatonina, hormônio relacionado ao ciclo do sono. A menor produção de melatonina pode ser um sinal para o corpo de que já está na hora de entrar na puberdade. Além disso, o ganho de peso e a ansiedade que podem estar associados ao excesso no uso de telas também alteram a produção de determinados hormônios como a leptina e a serotonina, que podem ocasionar a puberdade de forma precoce”, explica a endocrinopediatra do Sabará Hospital Infantil, Paula Baccarini. A especialista afirma que, devido ao isolamento durante o período pandêmico, as crianças passaram a se alimentar de forma menos saudável, gerando outros efeitos colaterais que também alteram os hormônios: “O estresse e a ansiedade também são fatores que podem adiantar o início da puberdade, somados ao sedentarismo, à piora do padrão alimentar e ao ganho de peso”, acrescenta.   Rotina O ideal é que a criança mantenha uma rotina com hábitos saudáveis de vida, com atividade física, sono adequado e alimentação natural, com consumo reduzido de

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Mulheres têm mais ansiedade e depressão no ambiente de trabalho

Levantamento realizado pelo Zenklub, startup especialista em saúde emocional e bem-estar corporativo, constatou que mulheres inseridas no mercado de trabalho têm índices mais altos de ansiedade e depressão, além de índice mais baixo de bem-estar corporativo. No ambiente de trabalho, elas apresentam, em média, indicadores de ansiedade 10% maiores do que o público masculino. Para o índice de depressão, o número sobe 13% na média comparativa. Em relação aos índices de bem-estar corporativo, numa escala em que 100 é o melhor cenário, as mulheres pontuaram, em média, 63 pontos enquanto os homens pontuaram 68 pontos, um indicador 7% menor. O estudo considerou uma amostra de 4.486 colaboradores, com registro na plataforma, que responderam a questionários entre janeiro e dezembro de 2022. “Esse levantamento vai ao encontro de uma realidade que já suspeitávamos há anos e que provavelmente está ligada à falta de reconhecimento, à insegurança no ambiente corporativo e às longas jornadas de trabalho a que as mulheres estão expostas para conseguirem cuidar de si, da família e da carreira, e que as adoecem”, analisa Maria Barreto, CRO (Chief Revenue Officer) do Zenklub.

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Lula relança hoje (20) o programa Mais Médicos

Com a promessa de dar prioridade para brasileiros e com atuação de outros profissionais da área de saúde como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais nas equipes, o Ministério da Saúde vai retomar o antigo programa Mais Médicos. Rebatizado de Mais Saúde para o Brasil, o programa será lançado hoje (20), no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Além de ampliar o número de profissionais na saúde, [o programa] vai trabalhar para melhorar o SUS com investimentos para construção e reformas de Unidades Básicas, ampliando o atendimento no Brasil”, comemorou pelo Twitter o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, no ultimo sábado (18). Na mesma publicação, Pimenta lembrou que o programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, “chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios, contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros. “O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS”, acrescentou. No novo formato, a expectativa é que sejam anunciados incentivos de permanência dos profissionais nos municípios.

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Vacina Bivalente Foto Ikamaha SESAU PCR

Recife aplica vacina de reforço bivalente contra covid-19 em pessoas de 60 a 69 anos

(Da Prefeitura do Recife - Fotos: Ikamahã/Prefeitura do Recife) Imunização deste novo público começa nesta quinta-feira (9), por demanda espontânea e por agendamento através do site ou aplicativo do Conecta Recife. Segundo estimativa, mas de 144 mil idosos serão contemplados A partir desta quinta-feira (9), a Prefeitura do Recife vai começar a aplicar a vacina de reforço bivalente contra covid-19 nos moradores de 60 a 69 anos. As pessoas desta faixa etária devem ter tomado, no mínimo, duas doses do imunizante anticovid e ter recebido a última há, pelo menos, quatro meses. Na capital pernambucana, a vacinação ocorrerá por demanda espontânea, por meio de agendamento, através do site (https://conecta.recife.pe.gov.br/) ou aplicativo do Conecta Recife, que estará aberto a partir das 18h desta quarta-feira (8).  Nesta quinta-feira (9), a capital pernambucana vai receber 96.264 doses do imunizante bivalente da Pfizer enviadas pelo Ministério da Saúde. Segundo estimativa da Secretaria de Saúde do Recife, a cidade tem 144.172 idosos entre 60 a 69 que serão contemplados com a vacina nesta segunda fase de imunização. Nas mais de 150 salas de vacina da Secretaria de Saúde do Recife, a imunização ocorrerá sem necessidade de marcação, de acordo com o dia em que é realizada a aplicação da vacina anticovid em cada unidade de saúde. A lista com os horários e dias de funcionamento de cada local pode ser conferida aqui: https://bit.ly/3tVdGkk.  Já nos Centros de Vacinação instalados nos shoppings Recife, em Boa Viagem; RioMar, no Pina; Boa Vista, na área central da cidade; e Tacaruna, em Santo Amaro, além do Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, em Casa Forte, a vacinação ocorrerá de domingo a domingo. Os horários de cada um podem ser conferidos neste link: https://bit.ly/3tVdGkk. No dia escolhido para a vacinação, é preciso apresentar documento de identificação, além de um comprovante de que já completou o ciclo vacinal, para agilizar o atendimento. Serão aceitos tanto o cartão de vacinação como o Certificado Digital de Vacinação, disponível no Conecta Recife. Caso o munícipe tenha concluído o esquema em outra cidade, também deverá apresentar um comprovante de residência e um documento que comprove a idade ou condição. De acordo com o Ministério da Saúde, evidências científicas comprovam que o reforço com a vacina bivalente aumenta a imunidade contra o vírus da cepa original e a variante Ômicron BA.1 ou BA.4/BA.5. Além disso, o imunizante possui perfis de segurança e eficácia semelhantes ao das vacinas monovalentes. A vacina possui um frasco com a tampa na cor cinza e é diferente dos demais imunizantes do laboratório.

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Sedentarismo: como fugir dos riscos à saúde física e mental

O Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial No dia 10 de março, comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo. Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47% dos brasileiros são sedentários. Entre os jovens, o número é maior: 84%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial. Qual a definição de sedentarismo Trata-se de um comportamento diário que se caracteriza por uma quantidade elevada de tempo gasto com atividades que não promovem um gasto energético significativo em relação aos níveis de repouso ou atividades de baixo gasto energético. “Ou seja, diferente do que se pensa, o sedentarismo não tem relação somente com a falta de atividade física. Mesmo fazendo exercícios, uma pessoa pode ser considerada sedentária quando não pratica de forma regular ou pratica de forma insuficiente”, afirma Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia e metabologia pela USP, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e coordenadora e professora da pós-graduação em Endocrinologia do Instituto Superior de Medicina (ISMD). Hábitos cotidianos que favorecem o sedentarismo são: usar o carro para tudo, mesmo em pequenos trajetos; utilizar sempre escada rolante ou elevador; pedir coisas aos outros, em vez de você mesmo fazer ou buscar; solicitar compras por aplicativos, ao invés de ir a lojas ou ao mercado; evitar atividades domésticas; passar horas sentado ou deitado utilizando notebook, celular ou assistindo à televisão. Riscos para a saúde física Segundo Claudia Chang, o sedentarismo é fator de risco para o desenvolvimento de problemas de saúde, como obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes mellitus tipo 2, osteoporose, alguns tipos de câncer e alterações nos níveis de lipídeos no sangue. “Manter uma vida sem exercícios reduz o metabolismo e prejudica a capacidade do organismo de controlar os níveis de açúcar no sangue, regular a pressão arterial e decompor a gordura”, reforça a endocrinologista. A longo prazo, o indivíduo desenvolve perda de força física, atrofia muscular, dores nas articulações, aumento excessivo de peso, acúmulo de gordura abdominal e no interior das artérias, aumento de roncos durante o sono e/ou surgimento de apneia do sono. Mudança de hábitos favorece a saúde mental Segundo o estudo “O exercício físico e os aspectos psicobiológicos”, publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte, a prática sistemática do exercício físico está associada à ausência ou a poucos sintomas depressivos ou de ansiedade. Durante o exercício físico, o corpo libera hormônios e neurotransmissores, como serotonina, noradrenalina, endorfina e dopamina; que regulam o bem-estar, o humor, a memória, a concentração e o estresse. “Além disso, o aumento da frequência cardíaca melhora o fluxo de sangue para o cérebro e estimula o sistema nervoso central, promovendo benefícios cognitivos, o que inclui a melhoria do raciocínio, da memória e até da facilidade em lidar com eventos estressores”, relata Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, preceptora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). Segundo Monica Machado, psicóloga, fundadora da Clínica Ame.C e pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein; a perda de peso, o aumento do tônus muscular e a melhora na aparência também incentivam a autoconfiança, a autoestima e a função social de pessoas em risco de saúde mental. “Nas atividades coletivas, há componentes biológicos psicossociais, culturais e comportamentais. Tudo isso faz do exercício físico uma ferramenta imprescindível para a promoção da saúde mental”, completa Monica Machado. Hora de mexer o corpo Para não ser considerado sedentário, o indivíduo precisa fazer atividades moderadas, pelo menos 5 vezes por semana durante 30 minutos, ou atividades físicas intensas pelo menos 3 vezes por semana, durante 20 minutos. Confira as recomendações da OMS apresentadas nas Diretrizes Para Atividade Física e Comportamento Sedentário: Crianças e adolescentes (cinco a 17 anos): 60 minutos de atividade física moderada à intensa por dia, dando ênfase à atividade aeróbica em pelo menos três dias da semana, para fortalecer músculos e ossos. Adultos (18–64 anos): ao longo da semana, 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada, como uma caminhada rápida, ou 75 a 150 minutos de atividade aeróbica intensa, como uma corrida de rua. Recomenda-se também atividades moderadas de fortalecimento muscular ou de maior intensidade em dois dias da semana. Idosos (65 anos ou mais): durante a semana, 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada ou 75 a 150 minutos de atividade aeróbica de alta intensidade. Para benefícios adicionais, idosos também devem realizar atividades de fortalecimento muscular em dois dias da semana, e atividades que enfatizam o equilíbrio funcional e o treinamento de força em três dias da semana. “Lembrando que pessoas com comorbidades específicas precisam de acompanhamento médico para realizar a atividade mais indicada, a depender do caso”, finaliza Claudia Chang.

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Urologista Arnaldo Lemos Neto Foto Antonio

Março Vermelho: campanha conscientiza sobre o câncer de rim

A doença é silenciosa e o descobrimento precoce é importante para o sucesso do tratamento. Urologista Arnaldo Lemos Neto informa hábitos de prevenção. (Foto Antônio Felix) O Março Vermelho é uma campanha de conscientização sobre o câncer de rim, cujo objetivo é alertar a população sobre os sintomas, fatores de risco, prevenção e tratamento dessa doença. A campanha é realizada durante o mês de março, culminando no dia 17, sendo o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Rim. O câncer de rim é uma doença que pode se desenvolver de forma silenciosa, sem apresentar sintomas específicos nas fases iniciais. Por isso, a detecção precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e aumento das chances de cura. “O câncer de rim é uma doença que pode apresentar sintomas clássicos como dor lombar, sangue na urina e massa abdominal palpável, a tríade clássica, vista raramente (6% a 10% dos casos). Hoje em dia, a maioria dos casos é diagnosticada incidentalmente, pelo uso frequente de exames de imagens indicados para uma variedade de sintomas ou doenças não relacionadas ao câncer. Alguns fatores de risco para o câncer de rim incluem tabagismo, obesidade, hipertensão arterial e histórico familiar da doença.”, informa o urologista Arnaldo Lemos Neto. A prevenção do câncer de rim inclui hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação balanceada e não exposição ao tabaco e outros agentes químicos. O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio e da gravidade da doença. Por isso, é fundamental realizar exames preventivos, como a ultrassonografia abdominal e a tomografia computadorizada, principalmente para pessoas com fatores de risco para a doença. “O diagnóstico precoce aumenta as chances de tratamento eficaz e cura do câncer de rim.” orienta o médico Arnaldo Lemos Neto.  O câncer de rim é o terceiro mais frequente do aparelho genitourinário e representa aproximadamente 5% e 3% de todas as doenças malignas em homens e mulheres, respectivamente

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Obesidade aumenta o crescimento de células cancerígenas e riscos da doença

Espera-se, no mundo, um aumento superior a 40% nos casos de câncer até 2040 No próximo dia 4 de março é celebrado o Dia Mundial da Obesidade, com o intuito de conscientizar e incentivar práticas para o alcance do peso saudável. Atualmente, no Brasil, há cerca de 41 milhões obesos, correspondendo a 26% da população. Muitas vezes, a obesidade está associada a doenças como diabetes, hipertensão e doenças mentais, mas, além dessas, há evidências de que a condição está associada ao aumento no risco de se desenvolver tumores malignos. De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estudos demonstram que atualmente o excesso de peso é um dos principais riscos para o desenvolvimento de câncer no Brasil. Nessa lista estão os tumores de esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, ovário, endométrio, mama, entre outros. “O excesso de gordura corporal provoca uma inflamação crônica e aumenta os níveis de determinados hormônios, provocando o crescimento de células cancerígenas e as chances de desenvolvimento da doença”, explica Diogo Sales, oncologista da Multihemo Oncoclínicas, que faz parte do Grupo Oncoclínicas. Ultraprocessados e câncer – esses alimentos são feitos por meio de formulações industriais, com cores e textura atraentes, além de oferecer um preparo mais fácil. Porém, o seu processamento pode adicionar elementos e conservantes associados ao risco de câncer. De acordo com um estudo realizado pela Escola de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, o hábito de consumi-los aumenta em cerca de 7% o risco de cânceres em geral. São exemplos desse tipo de alimento: embutidos, temperos industrializados, pão de forma, salgadinhos de pacote, biscoitos, balas, refrigerantes, iogurtes e bebidas lácteas adoçadas, entre outros. “Eles modificam nossa flora intestinal, desregulam nosso metabolismo e oferecem mais calorias do que precisamos”, explica a nutricionista Eryka dos Santos, da Multihemo Oncoclínicas.   Prevenção - Para proteger contra a obesidade e contra o câncer, é necessário um esforço individual para mudança de hábito. “A combinação mágica de alimentação saudável e prática de exercícios físicos ainda é a escolha mais eficiente para evitar o aparecimento de cânceres e outras doenças”, explica Diogo. Um estudo recentemente publicado no “The American Journal of Gastroenterology” concluiu que bastam 150 minutos semanais de exercício físico, moderado a intenso, para se manter saudável.    

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Isabela Cribari: "A arte não nos faz só respeitar as diferenças, mas apreciá-las"

Psicanalista, fotógrafa e cineasta, Isabela Cribari conta como conseguiu unir a psicanálise e as artes na sua trajetória profissional, fala do projeto Cinema no Hospital, realizado no Agamenon Magalhães, no Recife, e analisa os danos causados às obras artísticas nos atos de 8 de janeiro. Ao longo da vida, Isabela Cribari conseguiu unir na sua trajetória profissional duas atividades aparentemente distintas: a produção artística e psicanalítica “Psicanálise, cinema, fotografia, imagem, palavra. Essas coisas não se dissociam mais para mim”, constata a cineasta, fotógrafa e psicanalista pernambucana. Nesta entrevista, ela conta como a conexão dessas atividades propiciou resultados tão interessantes como o documentário De Profundis sobre a população de Itacuruba, no Sertão do Estado, que foi obrigada a se deslocar para um outro local porque a cidade foi submersa por uma barragem. Pressionada a não falar sobre o assunto, boa parte dos moradores foi acometida por depressão e muitos cometeram suicídio. O projeto Cinema no Hospital também é fruto dessa fusão entre arte e psicanálise. Uma vez por mês, no Agamenon Magalhães, ela organiza a exibição de um filme e um posterior debate, que é aberta ao público e conta com debatedores de diferentes áreas. O projeto faz parte da grade curricular dos residentes de psiquiatria e dos estudantes de psicologia do hospital e tem levado o público – incluindo médicos e pacientes – a refletirem sobre suas vidas. O encontro já contou com a participação de cineastas como Camilo Cavalcante e psicanalistas como Maria Rita Kehl. Além dos projetos, Isabela também fala sobre a importância da arte para a democracia e os reflexos das depredações de obras artísticas durante os atos em 8 de janeiro. Você poderia falar sobre sua trajetória como cineasta e psicanalista? Quando me formei em psicologia, em 1990, já tinha interesse na psicanálise e comecei meus estudos na área. Logo depois, fui aprovada em concurso no serviço público estadual onde estou até hoje. No audiovisual comecei como produtora de série de documentários para TV Cultura, Discovery, CNN. Montei minha produtora, a Set Produções. Entre as séries que fiz estão A Indústria Cultural, com quase 50 episódios sobre várias áreas da indústria cultural. Fiz também Expresso Brasil, em que cada Estado foi abordado por uma personalidade cultural: Pernambuco foi Antônio Carlos Nóbrega; Maranhão, Ferreira Gullar; o Amazonas, por Márcio de Souza; Jorge Furtado, Rio Grande do Sul; além de Roraima de Davi Yanomami. Fiz ainda o Nordeste Feito à Mão, que foram 11 episódios, focando no artesanato da região. Você sempre conciliou a atividade de psicanalista com o audiovisual? Não. houve uma época que parei o consultório porque tive que sair daqui para fazer produções muito grandes. Fui para São Paulo, morava no bairro de Perdizes, que era o centro da psicanálise, onde estão editoras só de psicanálise, e a PUC (Pontifícia Universidade Católica). Aproveitei para estudar. Quando volto ao Recife, estava sem pacientes e resolvi fazer o Nordeste Feito à Mão, que demandou muito tempo. Gosto muito de documentário, tem muito a ver com o trabalho de psicanalista porque temos que lidar com o inesperado. É diferente da ficção, em que você vai para o set com todo o roteiro pronto, o elenco ensaiado, o fotógrafo já sabe onde vai colocar a câmera, o maquinista já sabe todos os movimentos dos equipamentos. Documentário não, é como um consultório, você não sabe o que o paciente vai falar. Quando fiz o filme De Profundis, juntei tudo: psicanálise, cinema, fotografia, imagem, palavra. Essas coisas não se dissociam mais para mim. Na época, soube, em São Paulo, que havia uma cidade no Sertão de Pernambuco, Itacuruba, com as maiores taxas de suicídio e depressão do País. Eu disse: meu Deus, há quase 30 anos esse pessoal vem sofrendo aqui do nosso lado! Sou da área de saúde mental, trabalho num hospital público, convivo muito com psiquiatra e psicólogos e ninguém sabia disso! Decidi ir lá saber por que esse povo sofria tanto. Escrevi um roteiro num edital sobre o tema, fui selecionada. Quando começamos a filmar, as pessoas diziam que não havia casos de depressão por lá. Aos poucos fui entrando no cotidiano dos moradores, eles começaram a falar, mas com medo porque a maioria trabalhava na Prefeitura. A Prefeitura colaborou com o filme, mas não tinha interesse de divulgar os casos de depressão. Depois, os que deram entrevistas não quiseram mais falar, nem dar autorização do que haviam dito. Pensei que o filme havia afundado. Na verdade, a cidade original onde moravam foi submersa para construção de uma barragem, e nunca mais eles falaram sobre isso. Até o padre disse: “o que ficou para trás, ficou. Ninguém fala mais nisso”. O suicídio era um sintoma social de tudo o que não foi dito, não foi elaborado. Foi aí que eu e a montadora fizemos um filme com fotos da cidade antiga. Um carro de som avisou que exibiríamos as imagens. Quando chegamos na praça para mostrar o filme, estava lotada. Embora não pudessem falar, a cidade antiga atingia a emoção deles. Mostramos fotos de Itacuruba Velha e das pessoas naquela época. Aí, elas começaram a falar, falar, falar… As pessoas toparam falar, mas pediram para não mostrar os rostos apenas as suas vozes. Um pedido que eu acatei e expliquei nos créditos finais do filme. Resolvi fazer uma oficina de cinema para eles entenderem o que a gente estava fazendo ali. Algumas pessoas se interessaram. Uma equipe fazia o trabalho de roteiro, outra de produção, outra de som, outra de fotografia, outra de montagem. As pessoas se juntaram em três grupos, um deles resolveu contar a história da mudança da cidade velha para a nova. Ou seja: tocar naquilo que ninguém falava. Achei fantástico, porque eu ia com eles entrevistar as pessoas nas suas casas. Não era mais o meu filme, era o filme deles. Eles fizeram esse filme com o que tinham: o computador, o celular. Eles foram entendendo o nosso trabalho e as pessoas foram falando. Quando o documentário passou em São Paulo, no Festival

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atividade fisica idoso ginastica

Especialistas dão dicas de como evitar lesões por esforço repetitivo 

Doença tem várias causas e pode exigir até cirurgia  As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são as doenças que mais afetam os trabalhadores brasileiros. Desde do ano 2000 é celebrado no dia 28 de fevereiro o Dia Mundial de Combate à LER e à DORT. Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de casos cresceu 184% entre 2007 e 2016 - situação que os especialistas acreditam ter piorado ainda mais na pandemia. A LER é uma doença ocupacional, causada pela realização de movimentos repetidos por longas horas por dia, tais como elevar objetos acima dos ombros, escrever ou digitar, fazer trabalhos artesanais ou mesmo torcer panos.  Segundo a coordenadora e professora do Curso de Fisioterapia da Wyden, Alice Bella Lisbôa, ambas as doenças ocorrem por movimentação articular de forma inadequada e repetitiva. “A LER pode ocorrer tanto na atividade de trabalho, domiciliar quanto em atividades de lazer e recreação. Já a DORT, está relacionada exclusivamente à atividade de trabalho e normalmente acomete pessoas em atividades que realizam o mesmo movimento por período prolongado”.  O diagnóstico das doenças é feito por meio de um exame clínico, no qual são avaliados os principais sintomas. Professor do IDOMED, o ortopedista Eduardo Duarte Pinto Godoy alerta que os sintomas são variados, mas entre os mais comuns estão: formigamento, fraqueza, limitação de movimento e dor. “A localização e intensidade variam de acordo com a atividade realizada pelo paciente, sendo os membros superiores os mais afetados”, diz.  A maior parte dos casos pode ser resolvida com tratamentos, sem a necessidade de cirurgias, com uso de analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapia e mudanças relacionadas à ergonomia. Apenas nos casos nos quais estes tipos de tratamentos não surtem efeito, a cirurgia pode ser a solução. O médico listou mudanças de hábitos que podem prevenir a LER e melhorar a qualidade de vida:    - Prestar atenção à postura ao realizar qualquer atividade.  - Alongar o corpo, incluindo os membros superiores por completo.  - Dar pausas para caminhar e movimentar o corpo.  "As pausas regulares são importantes. Por exemplo: em uma hora de trabalho com digitação, fazer 10 minutos de pausa" - Pratique exercícios laborais frequentes para compensar o esforço dos membros estressados   - Evite o excesso de carga horária.  “O corpo não foi feito para fazer o mesmo movimento sem fim, respeite isso”.   

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1 em cada 3 crianças está com sobrepeso ou obesidade no Brasil

Além dos fatores genéticos, responsáveis por 70% das causas da obesidade, o estilo de vida da criança influencia - consideravelmente - para o desenvolvimento da obesidade. As telas dos smartphones e o vídeo game, aliados à baixa qualidade nutricional dos alimentos consumidos pelas crianças e a falta de exercícios físicos, contribuem para que a obesidade infantil atinja patamares assustadores. O Brasil está em 5º lugar entre os países com maior número de crianças e adolescentes com obesidade até 2030, segundo o Atlas Global e Obesidade Infantil de 2019. Dados do Ministério da Saúde apontam que uma em cada 3 crianças está com sobrepeso ou obesidade no País. Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de 340 milhões de crianças e adolescentes - de 5 a 19 anos - apresentam sobrepeso e obesidade. A obesidade infantil já é considerada uma epidemia mundial. (leia aqui). A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que a obesidade pode trazer muitas complicações para o desenvolvimento dos ossos, articulações e músculos ainda mais porque a criança está em constante crescimento. “Além dos prejuízos esqueléticos, a criança com obesidade tem um risco maior para ter hipertensão e distúrbios metabólicos. Estendendo a obesidade até a fase adulta, aumentam-se as chances de doenças cardiovasculares”, explica Dra. Lorena. Incentivar atividades com gasto de energia como andar de skate, brincar de pega-pega e andar de bicicleta são brincadeiras que ajudam no combater ao sedentarismo. “Quanto à alimentação, evitar salgadinhos e excesso de doces É preciso oferecer frutas, folhas verdes, legumes. É uma troca, nem sempre muito bem-vista pela criança, mas que aos poucos faz toda a diferença na qualidade de vida”, exemplifica a endocrinologista. Dicas da Dra. Lorena Amato: · A introdução alimentar deve ter início no 6º mês de vida, oferecendo os cinco grupos alimentares (proteína, carboidrato, verduras, legumes e fibras) com variedade de alimentos. · Criança precisa de rotina, inclusive na hora de comer. Horários estabelecidos para as refeições ajudam a diminuir a chance de escapar e comer aquele salgadinho. Evite que a criança consuma excessivamente frituras, doces, fast-food e outros alimentos industrializados. · Respeite a quantidade consumida pela criança. Nada de encher o prato e exigir que ela coma tudo. · Até para beber água é importante ter uma rotina, fique atento a isso. A água pode inibir a vontade de comer. Não beber água, pelo menos, 30 minutos antes das refeições. · Outra estratégia é não comer doces e salgadinhos direto do pacote, coloque em um pote uma quantidade determinada para que não haja exagero. · Deixar frutas à disposição e ao alcance da criança é uma ótima dica para incentivar a alimentação saudável.

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