Arquivos Algomais Saúde - Página 27 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Oftalmopediatra indica cuidados com a saúde ocular infantil nas férias

Nas férias escolares, quando as crianças têm mais tempo para brincar dentro e fora de casa, é necessário que os pais tenham atenção redobrada com a saúde ocular infantil. Além do acompanhamento de rotina com o oftalmologista, nesse período, deve-se evitar situações ou fatores que coloquem em risco os olhos das crianças. A oftalmopediatra Ana Carolina Valença Collier, do Instituto de Olhos do Recife – IOR, destaca algumas medidas que podem prevenir acidentes e garantir uma boa saúde ocular dos filhos:  Marque uma consulta de rotina com o(a) oftalmopediatra de sua confiança O primeiro passo é aproveitar as férias para verificar se a visão das crianças está em perfeitas condições. Afinal, erros de refração como miopia, astigmatismo e hipermetropia ainda são a principal causa de deficiência visual na idade escolar no Brasil. O Ministério da Saúde aponta que são cerca de 13 milhões de pessoas, entre 5 e 15 anos, com erros refracionais não corrigidos, o que interfere em seu desempenho na escola. “As férias oferecem uma boa oportunidade para fazer um check up completo da visão. Mesmo se a criança não tiver queixa, a revisão anual é indispensável, pois algumas doenças oculares são imperceptíveis no dia a dia e só são descobertas na visita ao oftalmolopediatra”, orienta Ana Carolina. Defina regras para o uso de eletroeletrônicos Ficar exposto durante muitas horas em frente ao computador, tablet, televisão ou celular pode ser muito prejudicial à visão infantil. O uso exagerado desses dispositivos pode fazer com que a criança desenvolva diversos incômodos. “É importante que os pais estipulem um limite de horas no uso desses aparelhos, pois luz azul e a secura dos olhos são muito ruins para a saúde ocular da criança e podem contribuir para que ela desenvolva a Síndrome do Olho Seco ou outras doenças”, alerta a oftalmopediatra. Observe o comportamento das crianças Apertar os olhos para enxergar melhor, aproximar o rosto demais das telas, trocar letras, se queixar de dor de cabeça ou tontura, ficar sonolenta, coçar os olhos ou lacrimejar podem ser sinais de que a criança tem algum problema na vista. Falta de paralelismo, desvio, fotofobia, dor nos olhos, pupilas borradas ou brilhosas nas fotografias também podem indicar doenças oculares. Segundo a doutora Ana Carolina, se os pais perceberem algum desses comportamentos ou sintomas devem procurar o oftalmopediatra o quanto antes. Monitore e oriente brincadeiras; evite o uso de objetos pontiagudos É recomendado evitar brinquedos com peças pontiagudas ou jogos que demandem muita força ou violência na direção dos olhos. “Muitos pais chegam na emergência ou no consultório desesperados por conta de algum acidente com objetos estranhos, pontiagudos ou por brincadeiras violentas que atingiram os olhos dos filhos. Por isso, é essencial explicar bem às crianças o que pode ocorrer com a visão nessas situações perigosas. Afinal, elas são muito curiosas e ativas, correspondendo aos responsáveis orientá-las”, aconselha a doutora Ana Carolina. Armazene fora do alcance das crianças produtos nocivos para os olhos Não é novidade que alguns itens de limpeza e outros líquidos podem ser perigosos para a saúde, em geral, e para a saúde ocular infantil, em particular. As crianças não podem ter acesso a esses produtos, pois uma vez nas mãos o caminho para os olhos é imediato. “Os pais devem guardar esse material fora da vista e do alcance das crianças, se mantendo sempre vigilantes para evitar acidentes, já que na infância os olhos ainda estão em formação e produtos como esses podem causar danos irreversíveis”, alerta a oftalmopediatra.

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Conjuntivite tem maior incidência no verão, saiba como se prevenir

Oftalmologista alerta para alta nos casos da doença e quais seus principais sintomas A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a parte branca do olho, e sua maior incidência é durante o verão. Neste período, as chances de contrair a doença aumentam devido a maior aglomeração de pessoas. Além disso, as temperaturas quentes favorecem a multiplicação dos vírus ou bactérias que causam a doença. Mas com alguns cuidados é possível prevenir a conjuntivite. “A primeira forma de prevenção é evitar tocar ou coçar os olhos, e sempre que precisar fazê-lo, higienizar as mãos antes e depois”, explica o oftalmologista credenciado ao Cartão Saúde São Gabriel, Dr. Felipe Patriota. Além disso, sempre que notar sintomas da conjuntivite, deve-se procurar o médico oftalmologista, para que ele possa identificar se a causa é viral ou bacteriana, e prescrever o tratamento adequado. “Os principais sinais são olhos vermelhos (hiperemia), presença de secreção e inchaço, coceira no olho e sensação de areia ou objeto estranho no olho”, alerta o médico.

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"A dependência de importação de produtos para a saúde é um problema a ser enfrentado"

Jarbas Barbosa, médico pernambucano eleito para dirigir a Organização Pan-Americana da Saúde, fala dos seus planos à frente da instituição, diz que atuará para ampliar o acesso das populações a vacinas e tratamentos e conta como a vivência em Pernambuco influenciou sua trajetória profissional.

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30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos a cada ano

Durante o mês de conscientização, é fundamental ir além do câncer do colo do útero e abordar também outros tumores que atingem o aparelho reprodutor feminino; Oncologista comenta como identificar, prevenir e tratar Ao longo do mês, a campanha Janeiro Verde vem para alertar sobre a prevenção e conscientização do câncer do colo do útero, o terceiro tipo de câncer que mais afeta as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). E a data no calendário deve ser também uma oportunidade para ampliar a conscientização sobre outros tipos de tumores ginecológicos, entre eles os de corpo do útero (endométrio) e ovário. Juntos, os cânceres que afetam o sistema reprodutor feminino correspondem a mais de 30 mil novos diagnósticos todos os anos e ainda esbarram na falta de conhecimento sobre prevenção e formas de detecção precoce, essenciais para frear as taxas de letalidade pela doença. O Inca aponta que para 2023 são esperados 17.010 novos casos de câncer de colo de útero, mais comum em mulheres consideradas jovens, na faixa dos 35 a 44 anos. Já os tumores ovarianos e de corpo uterino se tornam mais prevalentes naquelas acima de 50 anos e são responsáveis por mais de 6.500 novos diagnósticos a cada ano, respectivamente. A oncologista Angélica Nogueira, do Grupo Oncoclínicas, alerta a importância da vacina contra HPV, um fator importante e que não pode ser deixado de lado. “Mais de 90% dos casos do câncer do colo do útero estão ligados ao HPV. Infelizmente, apenas um terço das meninas são vacinadas no Brasil e isso pode impactar diretamente no problema. Isso poderia reduzir em até 95% as chances de desenvolvimento da neoplasia”. Desde 2014, a vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde no Brasil e está disponível atualmente para todas as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. "A imunização pode ajudar não só a prevenir o câncer do colo do útero, como também o de vulva, vagina e ânus nas mulheres e de pênis nos homens". Além disso, vale lembrar que a vacina também é indicada para pacientes com câncer, HIV e transplantados (até os 45 anos nas mulheres e 26 anos nos homens). "O câncer do colo do útero ainda é, infelizmente, considerado um problema mundial de saúde. Nos países em que há uma alta taxa de infecção pelo HPV, a neoplasia possui uma maior repercussão. Apesar de na grande maioria dos casos as mulheres terem a infecção resolvida por volta de seus 30 anos, ainda existe a probabilidade de o vírus evoluir para o câncer do colo do útero", comenta a oncologista. Como identificar tumores ginecológicos Considerado grave e silencioso, em 75% dos casos o câncer ginecológico é descoberto em estágio avançado. Contudo, alguns sintomas podem indicar que algo está errado com o corpo, por isso, fique de olho se houver: ● Sangramento vaginal anormal ● Febre que persiste por mais de 7 dias ● Inchaço abdominal ● Gases ● Dor pélvica ou pressão abaixo do umbigo ● Dor de estômago ● Alterações intestinais ● Mamas sensíveis, com secreção, nódulos, inchaço ou vermelhidão ● Fadiga ● Vulva e vagina com feridas, alteração da cor ou bolhas ● Perda de peso sem motivo (10kg ou mais) Quanto ao rastreamento dos cânceres ginecológicos, Angélica Nogueira comenta que o Papanicolau é uma maneira de identificar as lesões pré-malignas antecipadamente. “Ele pode ajudar a diagnosticar precocemente o câncer do colo do útero e evitar que o tumor seja encontrado em estágios mais avançados, prejudicando o tratamento e deixando-o mais complexo”. Já nos casos de câncer de ovário e endométrio, ainda não existem bons exames de rastreamento precoce. Em casos como esse, o médico pode solicitar exames clínicos ginecológicos, laboratoriais e também de imagem que ajudam a identificar a presença de ascite ou acúmulo de líquidos, além da extensão da doença em mulheres com suspeita de disseminação intra-abdominal. Contudo, se houver suspeita de câncer de ovário, por exemplo, é necessária uma avaliação cirúrgica. Além disso, o raio-x ou tomografia computadorizada do tórax pode auxiliar na análise de derrame pleural, metástases pulmonares ou ainda quaisquer outras alterações. Fatores de risco ● Câncer do colo do útero: HPV, ter tido cinco ou mais partos, HIV, tabagismo e constante troca de parceiros ● Câncer de ovário: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos ou que possuam histórico da doença na família. ● Câncer de endométrio: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos, idade acima dos 50 anos, obesidade, diabetes, ou que realizaram terapia de reposição hormonal de maneira inadequada após a menopausa. Prevenção De acordo com a oncologista do Grupo Oncoclínicas, no caso do câncer do colo do útero, a prevenção deve ser realizada através do Papanicolau (a partir dos 25 anos), sendo repetido uma vez por ano por três vezes e, se não houverem alterações, uma vez a cada três anos após esse período, vacinação contra o HPV e uso de preservativos durante a relação sexual. "No caso dos cânceres de útero e endométrio, por não existirem exames específicos de rastreamento, é fundamental praticar regularmente exercícios físicos, manter uma dieta equilibrada e, caso seja indicado pelo especialista, o uso da pílula anticoncepcional", comenta a especialista. Tratamento O tratamento adequado irá depender do estadiamento das neoplasias e também se existem metástases. "Podem ser recomendadas radioterapia, cirurgia, quimioterapia, braquiterapia, ou ainda a combinação de dois ou mais tratamentos". “Não podemos esquecer que quando falamos de prevenção e tratamento, é muito importante buscar por fontes de informação seguras. Na internet, por exemplo, existem diversos boatos que podem impactar de maneira negativa na saúde da população. Por isso, sempre tire as principais dúvidas com um especialista e confirme quaisquer informações recebidas pelas redes sociais antes de compartilhar ou iniciar tratamentos milagrosos. Isso pode trazer consequências graves para os pacientes oncológicos e até mesmo dificultar e agravar o quadro de saúde", finaliza Angélica Nogueira.

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Cerca de 30% dos pacientes de doença crônica desenvolvem anemia

A anemia decorrente de doenças crônicas é considerada uma anemia multifatorial. O diagnóstico não é tão simples e, geralmente, é feito por exclusão. Como doenças crônicas consideram-se infecções, doenças autoimunes, doença renal e câncer. A anemia da doença crônica é a segunda mais comum no mundo. “Grande parte dos doentes que se internam nos hospitais desenvolvem o problema devido à própria condição da doença crônica. Então ela não é a doença primária e sim secundária. É uma consequência de processos infecciosos", explica o hematologista Aderson Araújo, da Multihemo Oncoclínicas. Diagnóstico – Os achados clínicos na anemia por doença crônica costumam ser os da doença subjacente (infecção, inflamação, câncer). Se houver suspeita, é preciso dosar o ferro sérico, a transferrina, a ferritina e eritropoetina (proteínas produzidas pelo fígado). Aderson explica que 30% dos pacientes com câncer vão desenvolver anemia, devido, principalmente, aos tratamentos como Quimioterapia e Radioterapia. “O câncer e outras doenças inflamatórias estimulam a produção de uma substância chamada interleucina, proteínas produzidas por leucócitos, que acabam interferindo na absorção de ferro e outros nutrientes; e na “hiper produção” da hepcidina (hormônio que regula a absorção de ferro do alimento e por medicação oral). Dessa forma, a anemia nesses pacientes precisa ser tratada, para que eles consigam responder ao tratamento de forma eficaz”, afirma. Tratamento – O tratamento é igual ao da doença subjacente e, na maioria das vezes, não há necessidade de transfusão. “Às vezes pode ser necessária uma suplementação de ferro e/ou estímulo com eritropoetina recombinante humana”, explica Aderson.

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Saiba como cuidar da sua alimentação no verão

Segundo nutricionista, é importante reforçar o consumo de água e priorizar o consumo de alimentos frescos Com a chegada do verão, junto com férias, recesso e comemorações de final de ano, muitas pessoas aproveitam a época para viajar às praias, campos e clubes. Porém, para curtir a estação mais quente do ano sem riscos à saúde, adultos, jovens e crianças não devem se descuidar da alimentação. Para manter a hidratação do corpo, é preciso reforçar o consumo de alimentos naturais e evitar ultraprocessados. De acordo com o especialista em Nutrição e Metabolismo do Esporte e professor do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Crístenes Melo, é importante manter uma dieta balanceada. “O verão é período de férias para uma boa parte da população, por isso é mais comum a ingestão de alimentos de baixa qualidade nutricional, aqueles que são bastante calóricos e com poucos nutrientes, devido a praticidade. É recomendado manter uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes, verduras e cereais. Não deixar os bons hábitos de lado, e se permitindo ao longo do dia consumir algo fora do cotidiano sem o peso na consciência. E reforçar o consumo de água”. Com o calor, também é preciso redobrar os cuidados com os tipos de alimentos consumidos. Durante o verão são registrados em média um aumento de 20% no número de atendimentos em prontos-socorros e hospitais do Brasil devido a intoxicações alimentares e ingestão de alimentos mal armazenados e estragados, que causam vômitos, diarreia, desidratação, mal-estar, entre outros malefícios. Por isso, é preciso ter atenção nos estabelecimentos quando for consumir algum alimento. O especialista aconselha evitar quiosques sem infraestrutura e de higiene duvidosa. “É aconselhável evitar consumir em lugares que não tenham infraestrutura adequada, pois possuem alto potencial de contaminação, em virtude do armazenamento inadequado dos alimentos e molhos. Além disso, não temos como saber se o alimento se encontra dentro do prazo de validade”, alerta Crístenes Melo. Já no caso das crianças, em que os pais possuem uma certa dificuldade para inserir alimentos saudáveis nesses ambientes, o ideal é negociar um limite diário para o consumo de alimentos calóricos, ricos em gordura e açúcar. O nutricionista complementa que, da mesma forma da alimentação dos adultos, é importante priorizar o consumo de frutas com alto teor de água, legumes, verduras e cereais, sem pular nenhuma refeição ou substituir as refeições principais por lanches.

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Ômega 3: nutricionista explica benefícios e onde encontrar

O começo do ano é uma época propícia para quem deseja iniciar um novo ciclo com mais saúde e qualidade de vida. Nessa busca, muitas pessoas inserem no dia a dia o consumo de vitaminas, minerais e suplementos, quer seja para melhorar a imunidade, para ter mais disposição ou para suprir alguma deficiência do organismo. Um dos compostos mais procurados é Ômega 3, que pode ser encontrado tanto em alimentos quanto em suplementos industrializados. Mas para que serve o Ômega 3 e onde encontrá-lo? “O Ômega 3 é uma gordura poliinsaturada, de excelente qualidade e benefícios nutricionais, sendo encontrado nos peixe de água frias como sardinha, atum e cavala e no reino vegetal encontramos no óleo de chia e linhaça”, explica Natália Fernandes, nutricionista clínica, mestre e doutoranda em nutrição e professora da Estácio. De acordo com a especialista, o Ômega 3 é um tipo de gordura que precisa ser obtida na alimentação, pois o corpo humano não consegue sintetizá-la, já que faz parte do grupo dos  ácidos graxos essenciais. “Por isso, precisamos consumir no mínimo uma porção de peixe na semana ou outra fonte vegetal. Os benefícios são diversos, mas os principais são: atividade anti-inflamatória e ajuda na saúde cardiovascular. Já nas gestantes contribui para o melhor desenvolvimento cerebral e da retina do bebê”, completa Natália Fernandes. A gordura também pode ser encontrada em versão encapsulada, mas é preciso cuidado na hora de escolher o produto. “Existe um marketing desenfreado e inconsequente quanto ao uso de suplementos, o que pode representar um risco. Muitas empresas vendem Ômega 3 contaminado com metais pesados como chumbo e produtos com baixa quantidade da gordura, por isso é preciso buscar marcas que tenham o selo Fish Oil Standards Program (IFOS)”, explica. Mas a nutricionista alerta que antes de buscar aumentar o consumo de Ômega 3 na alimentação ou na suplementação, é preciso passar pela avaliação de um profissional de saúde, já que nem todas as pessoas têm indicação de consumo. “Para pacientes com risco de sangramento o Ômega 3 oferece risco e por isso é necessário antes de suplementar verificar o hemograma do paciente, principalmente para avaliar as plaquetas”, finaliza.

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Síndrome do Coração Festeiro: entenda problema típico do fim de ano 

Com a chegada das festas de fim de ano, a dieta é deixada de lado e o consume de alimentos e bebidas acaba sendo exagerado. Desde pratos especiais a drinques dos mais variados, muita gente se permite desfrutar sem restrições, podendo resultar na Síndrome do Coração Festeiro. Identificada em 1978 pelo pesquisador americano Philip Ettinger, a síndrome do Coração Festeiro foi definida por conta do aumento de problemas cardiovasculares relacionados ao consumo de álcool durante as festas de fim de ano.   Com isso, o risco de ter um ataque cardíaco aumenta 4%, segundo pesquisa realizada pela Universidade de Melbourne, na Austrália, durante os feriados e comemorações já que muitos dos sintomas podem ser facilmente confundidos com a famosa ressaca.  “Os excessos nas comemorações podem aumentar o risco de morte súbita independente se há ou não doença cardíaca de base. Suas características normalmente se dão pela presença de palpitações e desconforto no peito, causados por arritmias cardíacas após a ingestão, em excesso, de bebidas alcoólicas. É comum as pessoas se confundirem com os sintomas do infarto e o mal-estar da ressaca, deixando de ir para emergência”, alerta a cardiologista do Real Cardiologia/MedInterv, Dra Tieta Albanez, acrescentando que a grande ingestão de álcool pode desencadear a fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca.  Outras pesquisas que desenvolveram o tema, mostram que o maior risco de sofrer problemas no coração, está entre as festas de Natal e Ano-Novo, com as internações se concentrando nos dias 25 e 26 de dezembro e em 1º de janeiro. Mas, nem só excesso de bebidas pode causar problemas cardíacos. Os energéticos – que também aceleram os batimentos cardíacos – são potencializadores para o problema.  Os brasileiros estão consumindo mais energéticos. Levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir) revela que, entre 2010 e 2020, o consumo desse tipo de bebida passou de 300 mililitros por habitante ao ano para 710 mililitros no mesmo período.  Ainda de acordo com a Dra. Tieta, muita gente consome energéticos, mas sem saber que tal produto oferece riscos à saúde. Consumida, especialmente, para momentos de diversão na vida social ou para aumentar o desempenho no trabalho, a bebida pode prejudicar o coração e afetar a qualidade do sono devido ao alto teor de cafeína e outras substâncias.   “Os energéticos à base de taurina podem causar arritmias e infarto. Em pessoas com problemas nas artérias — muitas vezes silenciosos —, o efeito eventualmente serve como estopim para causar um infarto ou derrame cerebral”, alerta, acrescentando que a mistura do álcool com o energético permite que o indivíduo tolere uma quantidade de álcool muito maior que do que o normal.  

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Especialista alerta sobre verão e aumento dos casos de cálculos renais

Aproximadamente 10% das pessoas que procuram serviço de emergência nesta época estão com problemas no rim Calor, férias, churrasco com amigos, porção de camarão, cerveja gelada... A diversão ideal de muitos adultos para o verão também pode causar problemas de saúde, se não forem tomados alguns cuidados. Um dos problemas mais comuns para esta época do ano é o cálculo renal, a popular “pedra no rim”. O verão é a estação dos cálculos renais, Aproximadamente 10% das pessoas que procuram serviço de emergência nesta época estão com problemas no rim. "Os cálculos renais são formados quando os cristais de sais e minerais se acumulam nos rins e se solidificam. Eles podem aparecer a qualquer momento do ano, mas alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de cálculos renais no verão", alerta o médico urologista Eugênio Lustosa O médico ainda relata: "os cálculos renais são mais comuns durante os meses quentes do verão, pois as altas temperaturas causam desidratação e, com isso, a urina fica mais concentrada, o que reduz o pH urinário. Isso leva a um quadro que facilita a formação de cálculos de cistina, de ácido úrico e dos cálculos compostos de cálcio. Um agravante é a maior exposição ao sol e ao aumento de vitamina D pelo corpo, o que eleva a produção de cálcio". A cólica renal (as crises de dor) manifesta-se principalmente com dor intensa que geralmente começa na região lombar superior (nas costas, ao nível das últimas costelas) e tende a irradiar para o abdome em direção à parte inferior do abdome. A dor, de início súbito e de grande intensidade, pode durar entre 30 minutos e uma hora, podendo durar mais tempo e desaparecer repentinamente. Quem sofre fica inquieto, não consegue se posicionar e pode ter náuseas e vômitos em decorrência da dor. Por ter um início súbito, não é possível saber quando aparecerá, por isso o diagnóstico é feito uma vez iniciado o episódio. PrevençãoA prevenção mais básica para evitar cálculo renal é a hidratação adequada. As bebidas alcoólicas geladas podem causar a sensação de frescor, mas é preciso atenção, pois elas são diuréticas. É necessário consumir até mais do que os 2 litros diários de água recomendados para manter a hidratação em nível ideal. Cor da urina pode indicar organismo pouco hidratado Para saber se você está se hidratando corretamente, uma dica é observar a coloração da urina, quanto mais claro melhor. Sucos cítricos também são indicados, pois ajudam a neutralizar o ácido das proteínas animais. Refrigerantes, por sua vez, pelo alto teor de sódio e açúcar, são contraindicados. ALERTA - Se você já teve cálculos renais no passado ou tem um histórico familiar de cálculos renais, pode ser útil falar com um médico sobre medidas adicionais que você pode tomar para evitar a formação de novos cálculos.Veja as principais medidas preventivas para evitar o cálculo renal: - Consuma mais água- Reduza a ingestão de proteína animal- Incorpore sucos de frutas cítricas à dieta- Diminua o consumo de sal- Atenção ao consumo excessivo de produtos ricos em oxalato de cálcio, como morangos, espinafre, beterraba, nabo, chá, cacau, pimenta e nozes- Faça atividades físicas regulares

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Natal e Ano Novo: como os enlutados podem lidar com a saudade dos entes queridos?

Psicóloga do luto fala de rituais que podem ser feitos em memória dos que se foram. Na foco, Cláudia e Bob Nick. Para muitas pessoas, a chegada do fim de ano é sinônimo de confraternização, festa e alegria, entre os amigos, familiares e colegas de trabalho. Já para outras, a época traz sentimentos de saudade, tristeza e até melancolia. Principalmente para aqueles que perderam um ente querido e sentem a falta da pessoa amada. A psicóloga do luto do Morada da Paz, Simône Lira, explica que o luto é um dos maiores estressores para o ser humano, visto que se trata do rompimento de um vínculo significativo. “Isso nos coloca diante de um conjunto complexo de reações frente a esse processo. Um exigente trabalho psíquico em todas os momentos e ainda mais em datas difíceis a serem vivenciadas, agora com a ausência física do ente. Não há como generalizar nem fornecer receitas para um processo que é singular”, explana. De acordo com ela, possibilitar a escuta dos desejos da pessoa enlutada para a vivência do Natal e Réveillon é importante, pois geralmente as famílias se reúnem para festejar e agora haverá “uma cadeira que estará vazia”, o que pode favorecer o isolamento ou momentos de saudade e melancolia. “Algumas pessoas desejarão ritualizar da forma que faziam antes, com comidas que o ente mais gostava, decoração da casa e até mesmo ouvindo as músicas que ele ouvia, pois assim sentirão a ‘presença’ deste em meio aos festejos. O processo de luto não se sustenta apenas na dor, cabe nele sorrisos e tudo o que remete às vivências nessa história de amor que permanece blindada para além da existência física”, fala. Os amigos e familiares que estão ao lado de pessoas enlutadas podem ajudar na expressão dos sentimentos e emoções, estando disponíveis para o acolhimento das reações e a escuta de todas as histórias narradas e revividas pelo enlutado. “O mesmo acontece com enlutados pela perda de animais, ainda que culturalmente haja uma interdição e questionamento em relação ao vínculo homem/animal e só quem sente a dor pode falar sobre a sua dor e o vínculo significativo que foi estabelecido com o pet. À medida em que há esse rompimento deve ser acolhido e respeitado em seus desejos e necessidades”, expõe Simône Lira. Para ressignificar o luto pela perda do pet, no Natal e Ano Novo, muitos tutores podem lançar mão de algumas iniciativas, como fazer um altar em homenagem ao animal de estimação, colocando as cinzas, fotos, e brinquedinhos preferidos ou até mesmo colocar um porta retrato na mesa em que será posta a ceia natalina como forma de participação dele nos festejos.  É o que vai fazer a psicóloga Cláudia Buarque, em memória do seu cachorro da raça poodle, de nome Bob Nick, que faleceu no início de dezembro. “Como este será o primeiro Natal e Réveillon sem o nosso pet, vamos pendurar umas fotos dele na árvore de natal daqui de casa e colocar os brinquedos que ele sempre brincava junto dela. Esta é a forma que encontramos de ele estar presente conosco como sempre estava. Fazer esse tipo de homenagem é importante justamente para que o pet sempre fique sempre presente na nossa memória”, frisa Cláudia. Luto pela perda de um par amoroso – Para os casais que romperam relações amorosas, o Natal e Ano Novo são datas dolorosas, pois estarão diante da necessidade de adaptação a um novo mundo. Talvez tenham que estar em comemorações familiares antes vividas junto ao ser amado. “Reconhecer-se como enlutado e permitir-se vivenciar o processo da forma que tenha um sentido maior para si é possibilitar que suas dores sejam elaboradas e ressignificadas. Algumas pessoas podem utilizar expressões descuidadas como ‘arruma outro’, “um amor se esquece com outro amor’, mas curar-se das dores de uma relação para investir em outra possibilita um crescimento e entendimento maior em relação aos nossos próprios processos e movimentos existenciais”, alega a psicóloga do luto.

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