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7 perguntas e respostas sobre a classificação de burnout como doença do trabalho

Passa a valer, a partir deste mês de janeiro, a edição mais recente da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) – elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - e que traz como principal novidade a inclusão da síndrome de burnout como fenômeno ocupacional. A CID-11, versão mais recente do documento, foi divulgada em maio de 2019, mas só agora entra em vigor. O reconhecimento da síndrome como doença ocupacional é um passo fundamental para a prevenção, tratamento e acesso, aos direitos trabalhistas, pelas pessoas afetadas pelo burnout. Essa inclusão ganha ainda mais relevância num cenário em que o número de casos cresce, turbinado por fatores como a pandemia da Covid-19 e as pressões adicionais que as mudanças na sociedade, incluindo tecnológicas, vêm trazendo para as relações de trabalho. No Brasil, do ponto de vista jurídico, a definição de burnout como doença ocupacional proporciona amparo legal para quem enfrenta o distúrbio. Mas, como a doença só foi descoberta nos anos 1970 e a sua classificação é recente, é natural que ainda haja muitas dúvidas. Por isso, conversamos com a psicóloga recifense Christianne Müller, especialista em psicopatologias e doenças psicossomáticas, além de bacharel em Direito, para entender a síndrome e o impacto da decisão da OMS. O que é a síndrome de burnout? A origem do nome da doença vem de burn (queimar) e out (exterior). De acordo com a definição da OMS, a síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional é um um distúrbio emocional, caracterizado por sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. “É um quadro resultante de situações de trabalho desgastante, que envolvem muita competitividade ou responsabilidade, num nível que o trabalhador sente estar acima da sua capacidade física e mental de atendimento”, explica Christianne. “A sobrecarga de trabalho é a principal causa do distúrbio, que afeta atualmente muitos profissionais da área de saúde, como médicos e enfermeiros que atuam na linha de frente da pandemia, e atividades que envolvem muita pressão, como a de policiais, professores e jornalistas, entre outras”, detalha. Quais os principais sintomas da doença? Os sintomas mais frequentes da síndrome são falta de energia e sentimento de exaustão generalizada, atitude cínica ou negativa em relação ao trabalho, distanciamento mental das atividades e queda na produtividade no serviço. A insônia recorrente também é muito comum. “Esse quadro pode resultar em um estado de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio profissional imediato no surgimento dos primeiros sintomas, para que a situação não evolua e se agrave”, ressalta a psicóloga. O que fazer em caso de suspeita da síndrome? Se houver suspeita de burnout, é necessário que o trabalhador busque uma avaliação por médicos e um psicólogo para que o quadro seja investigado e se possa identificar se o mal-estar emocional caracteriza a síndrome ou outra doença. Também é importante que o profissional que sofre desse estresse crônico no trabalho informe isso à empresa, para que possam ser negociadas alterações na rotina e até melhorias de processos internos, visando a produtividade do time e a saúde mental dos profissionais. Em casos que envolvem assédio moral, é fundamental que essa situação específica também seja comunicada. Outro ponto crucial é que, em caso de suspeita ou de laudo confirmando o distúrbio, o paciente siga as recomendações e o tratamento definidos pelo profissional ou profissionais responsáveis. Como é feito o diagnóstico? Christianne Müller explica que o diagnóstico não apresenta grandes dificuldades, mas precisa ser criterioso, para que não haja equívocos. “Na minha experiência clínica, só emito um laudo de burnout após várias sessões de terapia com o paciente e o número varia de caso a caso. É preciso esse cuidado para que não haja uma confusão com outras doenças, como o transtorno generalizado de ansiedade ou a depressão”, adverte. “O quadro é bem característico, pois o cliente, no set terapêutico, só fala de trabalho e de forma extremamente negativa, apresentando um mal-estar generalizado sempre associado às suas rotinas no serviço, ao excesso de responsabilidades, ao cumprimento de metas e às relações interpessoais na empresa ou equipe e que muitas vezes envolvem assédio moral”, reforça. Qual a relação entre a síndrome e a pandemia? A aceleração na mudança do modelo de trabalho de presencial para remoto ou híbrido, trazida pela covid-19, contribuiu para o aumento do número de casos de burnout, como explica a psicóloga. “Nessa transição, muitos profissionais passaram a ficar conectados praticamente 24 horas ao trabalho, perdendo-se o limite entre vida profissional e pessoal e muitas vezes num quadro de precariedade de condições para as rotinas no home office”, analisa. Essa situação agravou o estresse gerado pela insegurança de se conviver com uma ameaça biológica e pelo medo de perder o emprego em meio a uma crise econômica global decorrente do coronavírus. Qual o impacto da inclusão do burnout na CID-11 para o trabalhador? No Brasil, uma pessoa com o diagnóstico de burnout confirmado tem a possibilidade de afastamento de até 15 dias por licença médica, sem sofrer prejuízo financeiro por causa disso, devendo o empregador pagar a remuneração como se o funcionário estivesse trabalhando normalmente. Se for necessário um período maior do que 15 dias, o profissional pode solicitar o afastamento, por via administrativa ou judicial, anexando documentos que comprovem a sua situação de saúde. Quando isso acontece, o trabalhador recebe os benefícios provenientes do desenvolvimento de uma doença ocupacional, a exemplo de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), auxílio-doença, estabilidade garantida por 12 meses após retorno ao serviço e indenização. O que muda para as empresas? “No aspecto da saúde mental, um impacto importantíssimo é que essa decisão da OMS vai incentivar as empresas a incluírem o distúrbio nas suas ações de gestão de pessoas, trazendo um avanço na prevenção e enfrentamento da doença. Também se espera que estimule políticas públicas de conscientização”, defende a terapeuta.

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Dor física e depressão: como entender essa relação?

Sabemos que as demandas e as cobranças da vida moderna associadas ao ritmo acelerado do dia a dia, sobretudo, nas grandes cidades, podem ocasionar problemas em relação à saúde física e mental – e que normalmente, são manifestados através de dores no corpo e transtornos emocionais. “Dor e depressão estão intimamente relacionadas. Estudos apontam que até 65% das pessoas com depressão apresentam sintomas dolorosos. Depressão pode causar dor e dor pode causar depressão. É comum existir um ciclo vicioso, em que uma condição piora a outra”, explica o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna. É frequente identificar sintomas de estresse em um paciente que vive cronicamente com dor lombar ou cervical. Com o passar do tempo, essa situação pode levar a crises de ansiedade, tristeza e depressão por limitar a pessoa na realização de atividades habituais, tais como: o exercício da profissão e seus hobbies. Nestes casos, é indicado o encaminhamento para outros profissionais da área da Saúde, a exemplo de psiquiatras e psicólogos. Segundo o Dr. Amato, isso não quer dizer que o médico desconsidere algum problema físico ou esteja dizendo que a dor é somente “psicológica”. “O médico está tentando tratar de uma forma global – tanto a dor física quanto a dor emocional”, afirma Amato. Além disso, há outros sintomas de depressão que podem sugerir a avaliação de um psiquiatra em casos de dores crônicas: situações de cansaço excessivo, distúrbio do sono, mudança de hábito alimentar, apatia, sensação de desespero e tristeza contínua. Os procedimentos para tratamento de dor na coluna como as infiltrações ou as cirurgias endoscópicas, por exemplo, podem ajudar quando existe um componente físico bem evidente. Já no caso de um paciente com dor muito difusa, fica difícil avaliar. Em algumas situações, ao iniciar um tratamento multidisciplinar, com o auxílio de fisioterapeutas, psicólogos e medicamentos, o paciente percebe que a dor inicialmente difusa, começa a ficar mais localizada. Desta forma, o neurocirurgião pode identificar uma raiz nervosa lombar ou uma raiz nervosa cervical que, na maioria das vezes, representa a origem do problema. No início é muito difícil identificar o diagnóstico, mas no decorrer do acompanhamento, o problema físico pode se tornar mais aparente, viabilizando o tratamento. “Normalmente, os casos que envolvem dor crônica e depressão não são considerados graves do ponto de vista neurológico, no entanto, são difíceis de serem tratados, pois envolvem um segmento multidisciplinar. Além disso, é preciso muita força de vontade e dedicação do paciente para melhorar a sua condição, para isso é necessário seguir todas as orientações dos profissionais envolvidos”, declara o Dr. Amato.

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Ômicron já corresponde a 99% das amostras sequenciadas em Pernambuco

Da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Uma nova análise genética realizada pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM - Fiocruz-PE), aponta que a variante Ômicron já corresponde a quase todos os casos positivos da Covid-19 em Pernambuco. De acordo com os dados do sequenciamento divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), dos 132 genomas analisados 131 (99,25%) foram identificados como a linhagem Ômicron e apenas em uma amostra, de um paciente do Recife, colhida em 13/01, foi identificada a variante Delta. “Pernambuco tem se destacado, no cenário nacional, pelo sequenciamento genético de amostras de casos confirmados para a Covid-19, o que proporciona além do rastreamento da disseminação do vírus, a rápida detecção de suas variantes e o estabelecimento as medidas de controle em tempo adequado. Reforço, ainda, que este trabalho só tem sido possível graças à valorosa parceria e importante trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Instituto Aggeu Magalhães", avaliou o secretário estadual de Saúde, André Longo. As coletas são de pacientes de 6 municípios e foram realizadas entre os dias 06/01/2022 e 19/01/2022. Os casos da Ômicron foram registrados a partir da coleta de pacientes provenientes das cidades do Cabo de Santo Agostinho (1), Garanhuns (1), Recife (127), Santa Cruz do Capibaribe (1), Vertentes (1) e Vitória de Santo Antão (1). "Reforço que, diante deste cenário, precisamos do engajamento de toda a população, com o respeito aos protocolos e o reforço nos cuidados, com o uso da máscara, a lavagem das mãos e o ato de evitar aglomerações. Também é de suma importância que possamos avançar com a vacinação, porque, por escapar parcialmente dos anticorpos, a Ômicron pode causar infecção em pessoas devidamente vacinadas, mas elas raramente adoecem com gravidade e morrem. Já em não vacinados tem um impacto muito pior, com reflexo direto nas hospitalizações e mortes”, reforçou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

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Cenário da Covid-19 é de aceleração em Pernambuco

Diante do cenário de aceleração da variante Ômicron, o Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 do Governo de Pernambuco antecipou para próxima segunda-feira (07/02) a discussão da necessidade de novas medidas, antes mesmo do encerramento da vigência do atual decreto. O anúncio foi feito pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (03/02). “Pernambuco está, atualmente, entre os cinco Estados com mais medidas de restrição no Brasil e é um dos poucos que exige, além do passaporte vacinal, o exame negativo da Covid-19 para entrada em eventos. No entanto é um fato inegável a aceleração da Ômicron e vamos aguardar a conclusão desta semana epidemiológica para analisar os dados de forma pormenorizada para tomar as decisões que se façam necessárias. Como sempre ressaltei, o Governo do Estado não vai hesitar em ampliar as medidas, caso os indicadores se imponham”, antecipou durante coletiva de imprensa o secretário André Longo. De acordo com o gestor, na quarta semana epidemiológica (SE) deste ano, encerrada no último sábado, Pernambuco teve pela terceira semana seguida, uma nova desaceleração nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), causada pelo arrefecimento da epidemia da Influenza A no Estado. Entre os dias 23 e 29/01, foram registradas 842 notificações, uma redução de 15% em uma semana e de 28% em 15 dias. No entanto, a aceleração da variante Ômicron já impacta nas solicitações de leitos. A central de regulação registrou na SE 4 650 pedidos por vagas de UTI – um crescimento de 18% em uma semana, mas redução de 4% em 15 dias. Além disso, o Estado está registrando, nos últimos 3 dias, aumento nos registros de óbitos. Esta aceleração da Ômicron e a redução da Influenza fica mais evidente na positividade, que em relação aos casos de Srag saiu de 20% na semana passada para 36% atualmente. Já a positividade geral, nas amostras analisadas pelo Lacen-PE, saltou de 37% para 51%. Enquanto isso, a positividade geral para Influenza, que já atingiu patamares de 60% no final do ano passado, está, agora, em apenas 2,6%. André Longo também lembrou que a Secretaria Estadual de Imunização (SES-PE), por determinação do governador Paulo Câmara, mantém os trabalhos para garantir a assistência para as pessoas que, porventura, precisem de atendimento hospitalar para as síndromes respiratórias. Desde o final do ano passado, já foram colocados em funcionamento 802 novos leitos, sendo 334 de UTI. Ainda serão abertas, nos próximos dias, outras 400 vagas, 196 de UTI. Inclusive, 30 serão pediátricas, sendo 20 de UTI no Hospital de Referência à Covid-19 – unidade Olinda (Maternidade Brites de Albuquerque). “Mas só os esforços do Governo não serão suficientes. Para frear a circulação viral e superar o vírus, precisamos do engajamento de todos, com o respeito aos protocolos e o reforço nos cuidados, com o uso da máscara, a lavagem das mãos e o ato de evitar aglomerações”, ponderou o secretário. IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO - O secretário André Longo também destacou, na coletiva de imprensa, que o avanço na vacinação dos pernambucanos tem salvado vidas. A partir da análise dos bancos de mortalidade e vacinados, verificou-se que em janeiro de 2021, quando apenas 1,3% da população pernambucana estava imunizada com uma dose da vacina contra a Covid-19, a taxa de mortalidade era de 8,33 óbitos por 100 mil habitantes. Já em janeiro deste ano, o percentual de pessoas com o esquema básico completo (duas doses ou dose única) está acima dos 70%, além de 24% do público elegível com o reforço, e a mortalidade por 100 mil habitantes ficou em 0,88. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), ainda aponta que, em 2022, Pernambuco tem uma das menores taxas de mortalidade por Covid-19 do país. “Para interromper o aumento das mortes, não há solução mágica. Só há uma forma para salvar vidas: avançar com a vacinação, e com todas as doses disponíveis”, frisou o secretário. O gestor ainda reforçou que “mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito pior, com reflexo direto nas hospitalizações e mortes”. JANSSEN - A superintendente de Imunizações de Pernambuco, Ana Catarina de Melo, informou, nesta quinta-feira, que o Estado deve receber nesta madrugada uma remessa com 317.400 doses da vacina da Janssen. Ela também informou que, seguindo a recomendação do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação, a recomendação é que as vacinas da Janssen sejam utilizadas como dose de reforço tanto para aqueles que tomaram a dose única do imunizante, como para quem tomou as duas doses de outros fabricantes. “A recomendação é baseada em recomendação do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação, que se reuniu no início desta semana para discutir a forma de utilização dessa remessa, garantindo a oferta de proteção de reforço após a finalização do esquema básico. Neste momento, precisamos garantir que as pessoas que finalizaram seus esquemas básicos busquem sua imunização de reforço. Estamos em um momento de aceleração de novos casos de Covid-19 motivados pela circulação da variante Ômicron, e é necessário ofertar as vacinas de maneira efetiva. Janssen é uma vacina de vetor viral e, portanto, pode ser utilizada, segundo recomendação do Ministério da Saúde, para aplicação de reforço”, explicou Ana Catarina.

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Dia Mundial contra o Câncer (04/02): IOR alerta para importância do Teste do Olhinho

No Dia Mundial contra o Câncer, comemorado hoje (04), o Instituto de Olhos do Recife reforça a necessidade de realizar o Teste do Olhinho nos recém-nascidos. “É um exame simples, obrigatório e gratuito que permite detectar doenças oculares raras, como o retinoblastoma, glaucoma e catarata congênita”, explica a oftalmopediatra do IOR, Ana Carolina Valença Collier. Embora raro, o retinoblastoma é um tumor maligno e acomete crianças com menos de 5 anos, a exemplo de Lua, filha do casal de jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin, que recentemente foi diagnosticada com o câncer. O principal sinal do retinoblastoma é a leucocoria. “É um reflexo pupilar anormal, que pode ser branco, ou amarelo esbranquiçado, sendo conhecido popularmente como reflexo do olho de gato”, explica a médica. Outros indícios da doença podem ser estrabismo, fotofobia, dificuldade visual e proptose. A detecção precoce aumenta as chances de cura e diminui os danos à visão. Estima-se que, no Brasil, aconteçam 300 novos casos, por ano.  

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Dor física e depressão: como entender essa relação?

Sabemos que as demandas e as cobranças da vida moderna associadas ao ritmo acelerado do dia a dia, sobretudo, nas grandes cidades, podem ocasionar problemas em relação à saúde física e mental – e que normalmente, são manifestados através de dores no corpo e transtornos emocionais. “Dor e depressão estão intimamente relacionadas. Estudos apontam que até 65% das pessoas com depressão apresentam sintomas dolorosos. Depressão pode causar dor e dor pode causar depressão. É comum existir um ciclo vicioso, em que uma condição piora a outra”, explica o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna. É frequente identificar sintomas de estresse em um paciente que vive cronicamente com dor lombar ou cervical. Com o passar do tempo, essa situação pode levar a crises de ansiedade, tristeza e depressão por limitar a pessoa na realização de atividades habituais, tais como: o exercício da profissão e seus hobbies. Nestes casos, é indicado o encaminhamento para outros profissionais da área da Saúde, a exemplo de psiquiatras e psicólogos. Segundo o Dr. Amato, isso não quer dizer que o médico desconsidere algum problema físico ou esteja dizendo que a dor é somente “psicológica”. “O médico está tentando tratar de uma forma global – tanto a dor física quanto a dor emocional”, afirma Amato. Além disso, há outros sintomas de depressão que podem sugerir a avaliação de um psiquiatra em casos de dores crônicas: situações de cansaço excessivo, distúrbio do sono, mudança de hábito alimentar, apatia, sensação de desespero e tristeza contínua. Os procedimentos para tratamento de dor na coluna como as infiltrações ou as cirurgias endoscópicas, por exemplo, podem ajudar quando existe um componente físico bem evidente. Já no caso de um paciente com dor muito difusa, fica difícil avaliar. Em algumas situações, ao iniciar um tratamento multidisciplinar, com o auxílio de fisioterapeutas, psicólogos e medicamentos, o paciente percebe que a dor inicialmente difusa, começa a ficar mais localizada. Desta forma, o neurocirurgião pode identificar uma raiz nervosa lombar ou uma raiz nervosa cervical que, na maioria das vezes, representa a origem do problema. No início é muito difícil identificar o diagnóstico, mas no decorrer do acompanhamento, o problema físico pode se tornar mais aparente, viabilizando o tratamento. “Normalmente, os casos que envolvem dor crônica e depressão não são considerados graves do ponto de vista neurológico, no entanto, são difíceis de serem tratados, pois envolvem um segmento multidisciplinar. Além disso, é preciso muita força de vontade e dedicação do paciente para melhorar a sua condição, para isso é necessário seguir todas as orientações dos profissionais envolvidos”, declara o Dr. Amato.

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Mais vacinas para as crianças chegam em Pernambuco

Da Secretaria de Saúde de Pernambuco O Estado de Pernambuco recebeu, na manhã desta quarta-feira (02/02), a quarta remessa de imunizantes pediátricos da fabricante Pfizer para a vacinação em crianças entre 5 e 11 anos. O montante de 84.300 doses chegou ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre e foi levado diretamente para sede do Programa Estadual de Imunização (PEI-PE), onde os imunizantes passam pelo processo de checagem e conferência de temperatura e são separados para encaminhamento às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres). As doses recebidas, conforme decisão do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação, serão utilizadas para a ampliação da imunização com a vacina pediátrica da Pfizer para todas as crianças com faixa etária dos 5 a 11 anos. A primeira remessa desse imunizante pediátrico chegou ao Estado no dia 14/01; a segunda no dia 18/01; e a terceira no dia 26/01. "É importante lembrarmos que, em decisão pactuada com os municípios, Pernambuco não exige prescrição médica para vacinação de crianças. Com a chegada de mais esta remessa, a vacina contra a Covid-19 da Pfizer está disponível para todo o público de 5 a 11 anos e basta estar acompanhado pelo pai, mãe ou responsáveis", comenta a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo. Caderneta - A SES reforça que a vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos exige um intervalo de 15 dias (antes ou depois) entre as demais do calendário de imunização do público infantil. Os municípios devem ficar atentos à recomendação e alertar os pais e responsáveis. CORONAVAC - A campanha de vacinação do público infantil contra a Covid-19 também recebeu reforço nesta quarta-feira (02/02). Dois voos aterrissam no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre trazendo, ao todo, 157.640 doses de Coronavac/Butantan, a segunda remessa encaminhada para Pernambuco e direcionada especificamente para as crianças. O primeiro voo pousou às 16h10 e o segundo está previsto para às 20h25. Os imunizantes devem ser utilizados para iniciar novos esquemas vacinais, ou seja, aplicação de primeiras doses. O recebimento desse montante possibilitará o avanço por faixa etária nos municípios pernambucanos. O intervalo entre as doses é de 28 dias. “O Programa Estadual de Imunizações reforça com os gestores locais que este imunizante recebeu aprovação da Anvisa para ser utilizado apenas na faixa etária de 6 a 11 anos, excetuando as crianças imunossuprimidas. É importante que estejam atentos às especificidades da utilização dos dois imunobiológicos indicados para as crianças”, salienta a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo. “As cidades podem avançar de acordo com seus estoques e estratégias. Estamos encaminhando as novas doses para as Gerências Regionais de Saúde ainda esta semana”. A superintendente relembra que a vacina está disponível nos postos e centros de vacinação organizados nos municípios, e que para efetuar a imunização das crianças estas precisam estar acompanhadas pelo pai, pela mãe ou uma pessoa responsável. Será exigido um documento de identificação oficial da criança para fins de registro do imunizante. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) também reforça que a vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos exige um intervalo de 15 dias (antes ou depois) entre as demais do calendário de imunização do público infantil. Os municípios devem ficar atentos à recomendação e alertar os pais e responsáveis.

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Gripe ou covid? Saiba mais sobre como diferenciar e se proteger das doenças

Nos últimos dias observa-se um aumento dos casos de gripe e covid-19, o que tem gerado uma grande preocupação na população, pois as doenças possuem sintomas parecidos. Com o avanço da vacinação contra covid-19, os sintomas causados pelo coronavírus são mais leves e podem ser facilmente confundidos com a gripe. Confira dicas de como se proteger e diferenciar as doenças.   Uma dúvida recorrente é como diferenciar as duas infecções já que os sintomas são parecidos. Para distinguir as doenças é necessário estar atento aos sintomas e a duração deles. “Geralmente, a gripe começa com febre repentina e alta, acompanhada de dor de garganta, tosse, dor no corpo e dor nas articulações. Este quadro dura de 3 a 7 dias. Já a covid-19 começa com febre mais baixa, garganta “arranhando”, falta de olfato e paladar, espirros, dor de cabeça, que pioram na segunda semana de doença que é quando pode surgir a dificuldade para respirar, nesse caso a ajuda médica é essencial”, explica a infectologista do Sistema Hapvida, Silvia Fonseca.   Para a infectologista, a telemedicina é uma importante aliada no combate às síndromes gripais, pois essa ferramenta evita a exposição ao ambiente hospitalar e a aglomeração. “ A telemedicina se tornou uma grande aliada neste cenário e está disponível em redes públicas e privadas de saúde. A população só deve procurar assistência médica presencial em casos de falta de ar, tonturas e febre que não cede. Em casos de idosos, crianças pequenas, pessoas com problemas de coração, pulmão e rins, pessoas em tratamento de câncer e que utilizam medicamentos que baixam a imunidade, a assistência médica presencial é indispensável. Esses pacientes podem ter um atendimento diferente em casos de gripe e apresentar pioras mais rápidas com a covid-19,”, explica a médica.   Com o número de pessoas infectadas pela gripe e covid-19 crescendo, as medidas protetivas voltaram à tona. As recomendações já são conhecidas por todos e é preciso reforçar ainda mais esses cuidados como o uso máscaras, lavar frequentemente as mãos, praticar o distanciamento social, não compartilhar objetos pessoais e evitar ambientes hospitalares em casos de sintomas leves. “Com o relaxamento no uso de máscaras e distanciamento social por conta das festas de fim de ano, observamos uma disseminação mais rápida da gripe e do coronavírus. É importante continuar reforçando as medidas preventivas contra essas doenças,” completa a infectologista.  

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Novo sequenciamento aponta aceleração da Ômicron em Pernambuco

Do Governo de Pernambuco A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) recebeu mais uma rodada de sequenciamentos genéticos de amostras biológicas de pacientes que tiveram a Covid-19. De acordo com a análise, realizada pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM - Fiocruz-PE), das 96 amostras estudadas, 94 (98%) tinham a presença da variante Ômicron, ratificando a sua forte aceleração no território pernambucano. As coletas são de pacientes de 9 municípios e foram realizadas entre os dias 05 e 13 deste mês de janeiro. Além disso, duas amostras (2%), de pacientes de Recife e Triunfo, foram identificadas com a linhagem Delta . Na última rodada, divulgada na sexta-feira passada (21.01), a Ômicron havia sido identificada em 91,8% dos genomas analisados. “Diante da forte aceleração da variante Ômicron, pedimos atenção especial à necessidade de respeito aos protocolos e de reforço nos cuidados, com o uso correto da máscara, a lavagem das mãos e o ato de evitar aglomerações. Estas são ações que ajudam a diminuir a aceleração viral e demonstram nosso respeito à vida. Destaco também a importância da vacinação, porque mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito pior, podendo significar hospitalização e morte. Os relatos dos profissionais que estão na linha de frente são de que a maior parte dos pacientes com quadros graves provocados pela variante Ômicron são pessoas que não estão em dia com a vacinação. Portanto, contra esta variante, não estar em dia com todas as doses é o mesmo de estar desprotegido e em risco.”, reforça o secretário estadual de Saúde, André Longo. O gestor ainda destaca que esse trabalho de sequenciamento vem sendo feito de forma permanente. "A partir do trabalho da Fiocruz PE, estamos conseguindo identificar as variantes da Covid-19 em circulação e a prevalência. Semanalmente, o Lacen-PE envia as amostras biológicas para análise pelo Instituto, que tem cumprido com êxito seu papel nesta parceria de suma importância para a sociedade pernambucana e para a gestão pública, que consegue entender melhor o cenário epidemiológico a partir desses achados", frisa Longo. Os casos da Ômicron foram registrados a partir da coleta de pacientes provenientes de todas as regiões do Estado, das cidades de Barreiros (1), Cabo de Santo Agostinho (1), Fernando de Noronha (14), Garanhuns (1), Igarassu (1), Itacuruba (1), Olinda (1), Recife (73), Santa Cruz do Capibaribe (1).

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Dia da saudade: psicóloga dá dicas de como lidar com o sentimento

Neste domingo (30 de janeiro) é comemorado o Dia da Saudade, um dos sentimentos mais complexos e também repleto de significados. A data tem o intuito de recordar a memória de parentes ou amigos falecidos e as lembranças de tempos bons, como a infância e adolescência, afinal sentir saudade faz parte da vida. Cada pessoa, de alguma forma, já vivenciou esse sentimento, que pode trazer tanto conforto como tristeza. Para Beatriz Mendes, psicóloga do luto do Morada da Paz, sentir saudade é natural e sinaliza sobre algo que foi vivido e carrega um significado: “Sentimos saudades de viagens, sentimos saudades de momentos especiais, da nossa infância, de um dia engraçado no trabalho, de pessoas que nos são caras, que sentimos apreço. Considero que sentir saudade faz parte da vida, faz parte do fato de sermos seres biográficos, capazes de construir vínculos e memórias. Saudade é um sinalizador sobre as vivências e vinculações importantes e é natural sentirmos isso”, explica ela. Apesar de ser um sentimento natural, a intensidade do sentir saudade e o modo como isso se articula na vida das pessoas podem ser sinalizadores de possíveis problemas. Quando a saudade paralisa e mantém o outro aprisionado nas memórias e na dor que evoca quando a saudade vem, é fundamental cuidar desses sentimentos e talvez buscar ajuda profissional para melhor compreendê-los. A psicóloga esclarece que quando se trata de pessoas que já partiram, é bem comum o sentimento da saudade vir acompanhada de sensações dolorosas. “Quanto mais recente a perda, talvez mais intensa possa ser essa dor. O que não significa dizer que o tempo seja o curativo disso ou que faça a dor passar completamente. Friso que a gente entende que a perda é para sempre e isso mexe bastante, modifica nossa vida. Porém, com o processo de luto e o processo de reconstrução da nossa existência, vamos sendo convidados a reaprender o mundo, a conviver com a ausência e a sermos mais receptivos com a saudade.” Não existe uma receita de como sentir ou evitar a dor, mas é importante encontrar formas de amenizar a saudade que façam sentido, pois situações como a morte, não há como mudar. Beatriz afirma que perceber, acolher e validar aquilo que se sente, pode ajudar na forma de lidar com a saudade de modo cuidadoso e acolhedor. “Falar do amor que envolve a saudade, do significado que a pessoa continua a ter na nossa vida pode ser uma maneira de lidar com esse sentimento tão complexo. Além disso, entender que a gente não precisa ficar sozinho com o nosso sentir. Partilhar os sentimentos com pessoas que confiamos, que nos acolhe pode ser uma forma de lidar com a saudade”, finaliza a psicóloga do luto.  

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