Arquivos Algomais Saúde - Página 95 de 160 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Técnica criada na USP poderá tornar produção de plásticos mais sustentável

O carbono é um elemento químico fundamental para a produção de diversos produtos, como cosméticos, plásticos e medicamentos. Normalmente, ele é obtido a partir do petróleo, fonte não renovável e que leva milhares de anos para se formar. Pensando em uma solução para obter moléculas de carbono de forma simples, sustentável e com menor risco ao meio ambiente, o professor Antonio Burtoloso do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP criou uma técnica inédita que permite a construção de moléculas de interesse industrial por meio do aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar. Empregando algumas reações químicas, o pesquisador chegou a um composto que possui 10 átomos de carbono (C10) e que tem potencial para ser utilizado na fabricação de plásticos. Isso foi possível depois que ele conseguiu juntar duas moléculas da valerolactona – líquido incolor obtido a partir do bagaço da cana. Cada molécula da substância possui cinco átomos de carbono. “Utilizamos transformações simples e fáceis de serem reproduzidas, que podem ser aplicadas de forma rápida, robusta e com baixo custo”, explica o docente. Segundo o especialista, o procedimento para a criação do C10 leva apenas um dia. Atualmente a busca por fontes renováveis de carbono tem sido intensificada por pesquisadores de vários países, e a biomassa – todo material vindo de fonte natural – surge como um dos alvos favoritos dos cientistas. O professor da USP explica que, apesar do petróleo também ser proveniente de uma fonte natural, no caso, o fóssil, ele não é renovável. Já a cana-de-açúcar, por exemplo, é plantada em abundância anualmente e possui em seu bagaço um enorme potencial de reaproveitamento. De acordo com o estudo divulgado em 2017 pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), o Brasil gerou cerca de 166 milhões de toneladas de bagaço na safra 2015/16. Parte dessa produção acaba sendo descartada e é justamente nesse ponto que o docente pretende atuar: “Não precisamos plantar cana-de-açúcar exclusivamente para colher o bagaço. A ideia é aproveitar parte desse resíduo que acaba virando lixo como insumo para a nossa técnica”, afirma o docente, que coordena o Grupo de Síntese Orgânica do IQSC. Essa área de pesquisa envolve, resumidamente, a construção de moléculas complexas e com maior valor agregado a partir de moléculas mais simples, que podem ser compradas no mercado. A possibilidade de desenvolver moléculas no laboratório contribui para a preservação ambiental, pois, em alguns casos, a extração de determinada substância da natureza gera grandes prejuízos aos recursos naturais, não compensando sua retirada. Um exemplo é o taxol, molécula orgânica coletada das árvores para o tratamento de câncer. A cada árvore derrubada, que leva pelo menos 100 anos para chegar a sua fase adulta, poderiam ser produzidos poucos comprimidos de taxol, os quais não seriam suficientes para tratar sequer uma única pessoa. Futuro verde – Além de ser um processo que gera mais riscos à natureza, a obtenção de carbono a partir do petróleo não é um procedimento que terá vida eterna. “Estamos pensando lá na frente, daqui a algumas gerações. Um dia o petróleo irá acabar. Como iremos fazer os produtos? Novos métodos precisam aparecer”, alerta Burtoloso. De acordo com o docente, a técnica desenvolvida no Instituto apresenta grande potencial de escalabilidade na indústria. Além disso, ele aponta que há um direcionamento dentro das empresas para o desenvolvimento de compostos mais sustentáveis. Ele afirma, inclusive, que vários países estipularam como meta, daqui a algumas décadas, a substituição de 20 a 30% do carbono proveniente do petróleo por fontes consideradas “verdes”. Esse tipo de ação também poderá atrair os olhares dos consumidores que, muitas vezes, optam por adquirir uma mercadoria fabricada de forma sustentável. “Se as propriedades dos produtos que serão produzidos com a nossa técnica forem similares às existentes no mercado, o cliente faria a compra com a consciência muito mais tranquila. Ele estaria usando algo que foi desenvolvido sem acarretar danos ao meio ambiente”, explica o professor. Os resultados obtidos no trabalho foram descritos no artigo científico Synthesis of long-chain polyols from the Claisen condensation of γ-valerolactone, publicado na Green Chemistry, revista britânica de alto impacto mundial na área de química verde. “É uma revista de grande prestígio, e fomos muito bem avaliados pelos revisores. Ficamos felizes com o reconhecimento”, comemora o cientista. Agora, os pesquisadores esperam aprimorar a técnica desenvolvida de forma que todo o processo fique ainda mais simples e barato. O Grupo está aberto a firmar parcerias com a indústria visando a realização dos testes necessários para disponibilizar o novo método à sociedade. O trabalho contou com a colaboração da aluna de doutorado do IQSC Camila Santos, além de pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

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Atividades gratuitas no Econúcleo Jaqueira e Jardim Botânico encerram a semana da Ecoférias

A Ecoférias da Prefeitura do Recife chega a sua última semana. A programação gratuita, que teve início no dia 14 deste mês e se encerra no domingo (02), ocorre nos equipamentos de educação ambiental, Econúcleo Jaqueira e Jardim Botânico do Recife. Ao todo, foram mais de 100 atividades ao longo do mês para entreter a garotada e toda a família, unindo diversão, consciência ambiental e cidadania. Localizado no bairro do Curado, o Jardim Botânico promove experiências, a partir desta terça-feira (28), guiadas por monitores e artistas-educadores da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade em meio ao remanescente de Mata Atlântica. Com o intuito de desenvolver afinidade em relação à natureza, as brincadeiras são baseadas em temas de preservação e sustentabilidade. Das 9h às 15h30, os visitantes podem participar de caminhadas ecológicas, jogos ambientais, oficinas de plantio, gincanas, contações de histórias e saraus ao ar livre. No Econúcleo do Parque da Jaqueira, as dinâmicas são realizadas de quinta (30) a domingo (02), das 9h às 17h. O espaço construído de forma sustentável, do piso ao teto, já se tornou ponto de encontro das crianças que gostam de aprender brincando. A última semana da Ecoférias vai contemplar atividades para todos os gostos, desde oficina de poesia, trilha ambiental, oficina de artesanato com jornal, xilogravura, oficina de plantio e contações de histórias. Por lá, haverá também pocket show da minhoca Maricota com tiradas divertidas sobre o meio ambiente. Durante toda a permanência nos locais, as crianças devem estar acompanhadas pelos pais ou responsáveis. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas meia hora antes do início em cada equipamento. O limite de participantes varia de acordo com cada atividade. Confira a programação completa desta semana: Jardim Botânico Terça-feira (28) 9h às 09h30 – Inscrição 9h30 – Caminhada Ecológica: explorando o Jardim Botânico 10h30- Caminhada das espécies em extinção 12h00 - Encerramento MANHÃ 13h às 13h30 – Inscrição 13h30 – Caminhada Ecológica: explorando o Jardim Botânico 14h30 – Carimbando com a natureza 16h00 - Encerramento TARDE Quarta-feira (29) 9h às 09h30 – Inscrição 9h30 – Caminhada Ecológica: explorando o Jardim Botânico 10h30- Que bicho é esse? 12h00 - Encerramento MANHÃ 13h às 13h30 – Inscrição 13h30 – Caminhada Ecológica: explorando o Jardim Botânico 14h30 - Oficina de Exsicata 16h00 - Encerramento MANHÃ Quinta-feira (30) 9h às 09h30 – Inscrição 9h30 – Caminhada Ecológica: explorando o Jardim Botânico 10h30 – Brincando como antigamente 11h30 – A floresta do Dr. natureza 12h00 - Encerramento MANHÃ 13h às 13h30 – Inscrição 13h30 – Caminhada Ecológica: explorando o Jardim Botânico 14h30 – Caça palavra ambiental 15h30 – Oficina de mudas: “Bombinhas de sementes” 16h00 - Encerramento TARDE Sexta-feira (31) 9h às 09h30 – Inscrição 9h30 – Caminhada Ecológica: explorando o Jardim Botânico 10h30 – Mini hortinha 11h30 – Sarau Ambiental 12h00 - Encerramento MANHÃ 13h às 13h30 – Inscrição 13h30 – Caminhada Ecológica: explorando o Jardim Botânico 14h30 – Contação: vozes de um rio 15h30 – Gincana das argolas ambientais 16h00 - Encerramento MANHÃ Sábado (01) 9h às 09h30 – Inscrição 9h30 – Voa voa passarinho 10h30 – Jogo de memória 10h30 - Verde Maduro (a partir de 08 anos) 11h30 – Esquete Teatral: Jô e o curupira 12h00 - Encerramento MANHÃ 13h às 13h30 – Inscrição 13h30 – Vivência ambiental: Faço parte deste lugar 14h30 – Passaporte das férias 16h00 - Encerramento TARDE Domingo (02) 9h às 09h30 – Inscrição 9h30 – Caminhada Ecológica : “Trilha cega” 10h30 – Contação: o morcego e a cabaça 12h00 - Encerramento MANHÃ 13h às 13h30 – Inscrição 13h30 – Oficina de sabonete natural 14h30 – Contação de historias: o morcego e a cabaça 15h30 – Tangran ambiental 16h00 - Encerramento TARDE Jardim Botânico do Recife BR ­232, km 7,5 - Curado De terça a domingo, das 9h às 15h30 Entrada gratuita Econúcleo Jaqueira Quinta-feira (30) 9h às 9h30 - Inscrição 9h30 às 10h15 - Apresentação do espaço + Sala de Ecointeratividade: jogos digitais 10h15 às 11h – Oficina de vasos autorrigáveis 11h às 12h - Em cena verde: Teatro Lambe-Lambe; 13h30 às 14h - Inscrição 14h00 – Na Trilha da Sustentabilidade (apresentação do espaço e Trilha Ambiental) 15h00 – Farmácia viva; 16h00 –Contação de história: “ A lenda da vitória régia” 17h00 – Encerramento TARDE Sexta-feira (31) 9h às 9h30 - Inscrição 9h30 às 10h - Apresentação do espaço com fantoches 10h às 11h - Oficina: Prosa, poesia e papelão 10h às 12h– Oficina de Artesanato com jornal (Para jovens e adultos) 13h30 às 14h– Inscrição 14h00 –Oficina sensorial de plantas medicinais; 15h00 – Sala de Ecointeratividade: jogos digitais 16h00 –Oficina: pulseiras com materiais recicláveis; (PARA ADULTOS) 17h00 – Encerramento TARDE Sábado (01) 9h às 9h30- Inscrição 9h30 às 10h15 - Plantando o amanhã; 10h15 às 11h10 - Contação de história: “Borboletando e coisa e tal” 11h10 às 12h - Oficina de borboleta com resíduos sólidos (Raio X) 13h30 às 14h - Inscrição 14h00 –Apresentação do espaço com Maricota; 15h00 – Xilogravando a natureza; 16h00 - Oficina de Plantio de mudas; 17h00 – Encerramento TARDE Domingo (02) 9h às 9h30 - Inscrição 9h30 às 10h15 - Na Trilha da Sustentabilidade (apresentação do espaço e Trilha Ambiental) 10h15 às 11h10 - Oficina de criação: Arte no Meio 11h 10m às 12h - Sala de Ecointeratividade: jogos digitais 13h30 às 14h - Inscrição 14h00 - Oficina de vasos autorrigaveis; 15h00 - Trilha Ambiental; 16h00 –Esquete Teatral: Jô e o Curupira; 17h00 – Encerramento TARDE Econúcleo Jaqueira R. do Futuro, 959 - Jaqueira De quinta à domingo, das 9h às 17h Entrada gratuita

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Violações contra a pessoa idosa crescem 82% em 2019

O ano de 2019 foi marcado pelo aumento de violações contra a pessoa idosa, notificadas pelo Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI), programa vinculado à Secretaria Executiva de Direitos Humanos (SEDH). De janeiro a dezembro do ano passado foram quantificadas 2.845 ocorrências, um aumento de 82%, se comparadas ao mesmo período de 2018, com 1.151. De acordo com o CIAPPI, no ranking dos crimes está à negligência em primeiro lugar, com 1.013 casos, seguida da violência financeira, com 694, e em terceiro lugar, a psicológica com 580. Ainda segundo o programa, também foi constatado o aumento das denúncias que em 2018 foram 796 e em 2019 somaram 1.450. Para o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, o aumento reflete a sensibilização da população e o fortalecimento da pessoa idosa para denunciar. “O Governo de Pernambuco vem trabalhando com afinco na perspectiva de sensibilizar as pessoas a denunciarem, além de estarmos também esclarecendo a vítima de que é possível se livrar de qualquer tipo de violação", relata.

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Nanoestrutura lipídica amplia eficácia de medicamento e reduz efeitos colaterais

Agência FAPESP – Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) desenvolveram uma tecnologia capaz de aumentar o potencial terapêutico de fármacos e vacinas: nanoestruturas lipídicas que se atraem por pontes de hidrogênio. A inovação foi criada pelo pós-doutorando Wesley Luzetti Fotoran, bolsista da FAPESP, no laboratório do professor Gerhard Wunderlich, do Departamento de Parasitologia. Fotoran modificou partículas desenvolvidas por pesquisadores coordenados por Darrell Irvine no Massachusetts Institute of Technology (MIT), Estados Unidos. As partículas originais possuem múltiplas camadas e ligações covalentes. Ao trocar essas ligações por pontes de hidrogênio, Fotoran criou estruturas cinco vezes menores, com menos camadas e que se atraem mutuamente. “Isso faz com que o fármaco ou o antígeno se estabilize no interior das partículas. Além de permitir que o medicamento atue por mais tempo no organismo, as nanoestruturas também ajudam a diminuir efeitos colaterais, uma vez que reduzem em 50% a dose necessária para o tratamento”, disse o pesquisador à Assessoria de Imprensa do ICB-USP. Esses resultados foram obtidos em testes feitos com camundongos infectados com parasitas causadores de malária das espécies Plasmodium falciparum e Plasmodium berghei. Os cientistas usaram as novas partículas para carrear um medicamento clássico contra a doença, a cloroquina, por meio de injeção. Desse modo, o efeito da droga foi multiplicado por cinco. A cloroquina já não é mais usada para tratar malária devido ao alto índice de resistência. Em outro ensaio, o grupo usou a artemisinina, droga mais prescrita atualmente, e observou resultados similares. De acordo com Fotoran, as partículas originais do MIT também são funcionais porque vão se desfazendo em partículas menores. “Nossa técnica permite entregar um conjunto de estruturas menores, que chegam rapidamente ao alvo e lá permanecem por mais tempo. A grande vantagem dessas nanoestruturas é a pluralidade de aplicações. É possível usá-las para carrear qualquer tipo de agente terapêutico e no tratamento de diversas doenças”, afirmou o pesquisador. O próximo passo é testar as partículas em outros modelos de estudo. Segundo o grupo, não é possível prever quando a inovação chegará ao mercado, pois ainda são necessários mais testes in vivo. * Com informações da Assessoria de Imprensa do ICB-USP.

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Desmate de fragmento da Mata Atlântica eleva temperatura local

Elton Alisson  – Estudo feito por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp) revela que, se um fragmento de Mata Atlântica de aproximadamente um hectare tiver 25% de sua área desmatada, a temperatura local aumenta 1º C. Se todo o pequeno remanescente for desflorestado, portanto, o impacto na temperatura máxima local pode chegar a 4º C. Os dados foram divulgados na revista PLOS ONE. “Conseguimos detectar efeitos climáticos de aquecimento causado pelo desmatamento de florestas nessa escala de fragmentos da Mata Atlântica, muito comuns no Sudeste do país”, disse à Agência FAPESP Humberto Ribeiro da Rocha, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP e coordenador do trabalho. A investigação foi conduzida no âmbito de dois projetos: um vinculado ao Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e outro ligado ao Programa BIOTA-FAPESP. De acordo com Rocha, já havia evidências científicas de que o desmatamento de florestas tropicais promove o aquecimento do ar em escala local, mas baseadas em medidas de grandes áreas desmatadas, obtidas principalmente de estudos feitos na Amazônia. “Não havia uma informação detalhada sobre o efeito do desmatamento em pequenos fragmentos, nem estudos que levassem em conta diferentes níveis de antropização [mudanças por ação humana]”, disse Rocha, membro da coordenação do PFPMCG. A fim de suprir essa lacuna, os pesquisadores analisaram a relação entre o grau de desmatamento e o aquecimento da temperatura local em remanescentes da Mata Atlântica situados na Serra do Mar, no litoral norte de São Paulo, por meio de estimativas da temperatura da superfície terrestre (LST, na sigla em inglês). Essas estimativas da temperatura superficial são feitas a partir de dados de emissão de fluxos de calor (térmicos) em todo o globo, registrados continuamente por sensores ópticos no infravermelho, como os acoplados aos satélites do Programa Landsat, da agência espacial americana, a Nasa. Com base nesses dados, foi calculada uma média anual de temperatura superficial de dezenas de milhares de amostras de áreas da Mata Atlântica com aproximadamente um hectare e com cobertura florestal variável do nível total até o desmatamento integral. Os fragmentos florestais também apresentavam diferentes graus de antropização, com variação de 1%. Os cálculos, feitos durante o doutorado da pesquisadora Raianny Leite do Nascimento Wanderley, sob orientação de Rocha, indicaram que as áreas com menor cobertura florestal apresentam temperaturas mais altas. Cada aumento de 25% na retirada da cobertura vegetal nativa resultou no aquecimento de 1º C na temperatura local, chegando a 4º C no caso de desmatamento total. “Esse padrão detectado é interpretado como uma caracterização de impacto da perda de cobertura florestal no microclima do ambiente”, disse Rocha. Impactos na floresta Segundo os pesquisadores, os fragmentos de Mata Atlântica abrangidos pelo estudo, situados em maior altitude, têm proporcionalmente maior quantidade de carbono estocado no solo em comparação com áreas da Amazônia. Dessa forma, o desmatamento dessas áreas pode comprometer o balanço de carbono da floresta. “A Mata Atlântica, que hoje está em equilíbrio ou talvez esteja marginalmente absorvendo carbono da atmosfera, pode passar a ser uma fonte emissora”, ponderou Carlos Joly, professor da Unicamp e um dos autores do estudo. O aumento da temperatura nesses fragmentos de floresta afeta mais a respiração do que a fotossíntese das plantas. Esse efeito também contribui para a liberação de maiores quantidades de carbono da floresta para a atmosfera, afirmou Joly, que é membro da coordenação do BIOTA-FAPESP. “A combinação desses dois processos cria uma sinergia maléfica para aumentar as emissões de carbono da floresta para a atmosfera”, acrescentou. De acordo com Joly, ainda não se sabe se os efeitos do aumento da temperatura nos fragmentos de Mata Atlântica em razão do desmatamento são iguais em todas as espécies de árvores. Normalmente, são as espécies pioneiras – que sobrevivem em condições desfavoráveis devido à alta capacidade reprodutiva – que apresentam maior capacidade de resistir a mudanças de temperatura, explicou o pesquisador. “Ainda não temos condições de prever em quanto tempo, mas no longo prazo certamente o aumento da temperatura em fragmentos de Mata Atlântica causado pelo desmatamento pode influenciar, de forma diferenciada, a sobrevivência de espécies de árvores na floresta”, disse. “Pode ser que ocorra uma diminuição de espécies típicas de uma floresta madura e aumente a proporção de espécies de maior plasticidade, que, em geral, são as pioneiras ou secundárias iniciais.” Funções comprometidas Considerada uma das florestas mais ricas e ameaçadas do planeta, a Mata Atlântica ocupa hoje 15% do território brasileiro, em região que abrange 72% da população do país. Dados recentes do Atlas da Mata Atlântica indicam que foram perdidos 113 quilômetros quadrados (km2) do bioma entre 2017 e 2018. O monitoramento é feito de forma contínua pela Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além dos impactos na biodiversidade, o desmatamento, ainda que em escala pequena, compromete importantes serviços ecossistêmicos prestados pela Mata Atlântica, entre eles a regulação térmica, ressaltam os autores. “A floresta é importantíssima para manter as temperaturas mais amenas em escalas local e regional. A mudança em seu funcionamento pode comprometer essa função”, disse Joly. O abastecimento de água também pode ser impactado. A Mata Atlântica abriga sete das nove maiores bacias hidrográficas do país, que são as cabeceiras de rios que abastecem reservatórios responsáveis por quase 60% da produção da energia hidrelétrica e fornecem água para 130 milhões de habitantes do país. “A Mata Atlântica não produz água, mas protege as nascentes e permite o armazenamento nos reservatórios para consumo, geração de energia, irrigação agrícola e pesca, entre outras atividades”, apontou Joly. Por estar situada em áreas extremamente íngremes, como as encostas, a floresta ajuda a evitar deslizamentos de terra, muito comuns em períodos de chuvas intensas. “A remoção ou a mudança no funcionamento desses fragmentos de floresta pode diminuir muito essa proteção”, afirmou Joly. Segundo o pesquisador, o Estado é o maior indutor do desmatamento na Mata Atlântica, hoje reduzida a 12,4% da área original, em razão da construção de obras de infraestrutura, como

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Resfriados, gripes e os cuidados com a automedicação

Sol, chuva e carnaval. Nessa época do ano, devido mudanças de temperaturas e aglomerados em tempos de folia, resfriados e gripes são bastantes comuns. Para combater os sintomas, a maioria recorre diretamente às farmácias em busca de analgésicos, antitérmicos, xaropes e descongestionantes. Apesar de muitos desses medicamentos estarem disponíveis nas prateleiras, já que podem ser adquiridos sem prescrição médica, não são isentos de riscos, como alerta o farmacêutico Diego Medeiros, coordenador e professor da pós-graduação em farmácia clínica, com ênfase na prescrição farmacêutica da Faculdade. Seja qual for a infecção viral, com um “simples” resfriado, que têm início mais lento e leve, ou uma gripe, mostrando sintomas mais fortes, sendo provocada, geralmente, pelos vírus Influenza (tipos A e B), os cuidados com a automedicação devem ser os mesmos. “O paciente pode e deve procurar orientação do farmacêutico na hora de comprar um remédio. Além de orientar o paciente quanto ao uso dos medicamentos, o profissional deve esclarecer que, se os sintomas não minimizarem com o uso dos medicamentos em determinado período, um médico deve ser procurado para uma investigação sobre o quadro do paciente”, explica o professor da pós-graduação em farmácia clínica da Faculdade IDE. Entre os sintomas mais comuns de gripes e resfriados estão a coriza, irritação nos olhos, dor de garganta e tosse. Por se tratar de um transtorno autolimitado, até certo ponto, a população busca tratamento para os sintomas pontuais. “É comum o emprego de analgésicos para as dores e febre, anti-histamínicos e descongestionantes nasais para as corizas e entupimento do nariz. Inclusive, muitos medicamentos apresentam vários fármacos em associação num único comprimido ou cápsula, como Coristina e Multigripe”, conta o farmacêutico Diego Medeiros. Mas qualquer um desses remédios, se usados com frequência e por um tempo maior que o recomendado, podem causar sérios prejuízos à saúde. Um deles são os descongestionantes, que trazem riscos com o uso prolongado. “Como evento adverso provoca o que chamamos de ‘efeito rebote’, quando o corpo adquire dependência a uma determinada substância. Então, na ausência dela, o organismo provoca sintomas que acabam estimulando você a administrar a substância. Por exemplo, o corpo causa congestão nasal se não administrar um descongestionante, tornando assim o paciente dependente do medicamento”, explica o professor de farmácia da Faculdade IDE Diego Medeiros. Além disso, alguns descongestionantes podem ser absorvidos pela circulação e promover a ação em receptores ao longo do corpo, não somente na mucosa nasal, podendo causar problemas cardíacos. Segundo o farmacêutico, uma dica é usar solução hipertônica nasal, que é um soro fisiológico mais forte, como alternativa ao descongestionante nasal. Outro alerta é com os analgésicos e antitérmicos, podendo causar problemas gástricos. “O paracetamol não deve ser utilizado em grandes quantidades, pois oferece risco de toxicidade hepática. Já o AAS pode provocar sangramento nos pacientes. Logo, esses medicamentos não devem ser usados por mais de cinco dias. Caso persistam os sintomas, o médico deverá ser consultado para um diagnóstico mais preciso”, orienta professor de farmácia Diego Medeiros. Propaganda de medicamentos para gripes incentivam a automedicação? É comum ver muitos comerciais de medicamento para gripes. Mas é importante procurar um médico ou farmacêutico antes de usar até esses medicamentos "liberados"? De acordo com o coordenador e professor da pós-graduação em farmácia clínica da Faculdade IDE, Diego Medeiros, a busca pelos farmacêuticos se torna mais fácil à população, “pois estes medicamentos, em geral, são de venda livre e há uma cultura de que as pessoas já se diagnosticam por conta própria. O que, em si, não é errado. O farmacêutico, por estar presente com maior facilidade, tende a promover os esclarecimentos com mais facilidade”. Além disso, as pessoas também tendem a minimizar a necessidade de ir a um médico, por muitas vezes acharem ser "só uma gripezinha". “É aí que o farmacêutico, não só orienta o paciente quanto ao uso dos medicamentos, como deve orientar um médico deve ser procurado para uma investigação sobre o quadro do paciente, caso os sintomas não minimizarem com o uso dos medicamentos”, detalha o profissional de saúde, lembrando que as farmácias devem contar com farmacêuticos em tempo integral para prestar orientações quanto ao uso dos medicamentos. Inclusive, a indicação e prescrição de medicamentos dentro da farmácia é uma prerrogativa exclusiva dos farmacêuticos, bem como a intercambialidade, ou seja, a troca de medicamentos. Isso porque, algumas pessoas acabam pedindo orientação para os atendentes nas farmácias, muitas vezes por não entendem as diferenças nas funções. “Os auxiliares de farmácia têm função primordial na farmácia, mas não compete a eles essa atividade, pois não possuem competência técnica para assumir essa responsabilidade”, explica o farmacêutico. ARBOVIROSES – Muitas vezes confundidos com gripes, os sintomas de arboviroses, como a zika, chikungunya e dengue, para muitos enfermos são muito intensos e o uso de compostos químicos ajudam a aliviar os incômodos causados pela doença. Mas a ingestão dessas substâncias sem orientação médica pode agravar ainda mais o caso. “Se não houver o devido acompanhamento, as pessoas podem estar utilizando medicamentos em dosagens elevadas para poder contornar sintomas como uma febre alta. Nesse caso, o fato de estar mascarando a febre alta com medicamentos pode levar o paciente a complicações e agravos da condição clínica”, pontua o professor de farmácia da Faculdade IDE Diego Medeiros.

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Cuidados com as lentes de contato no verão

Quem tem hábito de usar lentes de contato está sujeito a desenvolver quadros inflamatórios, infecciosos e alérgicos. Por isso, a atenção com o uso, manuseio e higiene das lentes é essencial. Especialmente, nesse período do ano, o paciente deve ficar mais atento para evitar danos oculares. Na praia, por exemplo, deve-se evitar o contato com a areia e ter cuidado com o excesso de vento. Não se deve entrar no mar usando lentes de contato, o que vale também para piscinas, rios, lagos ou similares. “Deve-se evitar nadar ou tomar banhos de imersão com as lentes de contato. Além do risco de perder as lentes, a maior preocupação é o perigo de contaminação da lente pela água e a possibilidade de isso causar complicações oculares”, explica a oftalmologista Ceres Kreimer, especialista em lentes de contato do Instituto de Olhos do Recife (IOR). Segundo a médica, o contato das lentes com a água pode causar sérios problemas aos olhos. “Podem ocorrer infecções oculares gravíssimas, como úlceras provocadas pela contaminação com bactérias ou parasitas”, alerta. A higiene também é fundamental, especialmente a do estojo, onde as lentes são guardadas, e o local onde elas são manuseadas. “É indispensável lavar as mãos antes e depois do manuseio das lentes, utilizar solução de limpeza indicada para cada tipo de lente, fazer a limpeza das lentes antes de colocá-las e após retirá-las dos olhos, trocar a solução do estojo a cada uso e seguir o tempo de uso e descarte recomendado pelo oftalmologista”, reforça a doutora Ceres. Lavar o estojo semanalmente é outra recomendação, além de trocá-lo por um novo a cada três a quatro meses. “O paciente nunca deve lavar nem guardar as lentes com água ou soro fisiológico, evitando assim a contaminação delas”, orienta a oftalmologista. NOITE – Outra indicação é evitar dormir com as lentes de contato e utilizar sempre colírios lubrificantes, principalmente nessa época do ano. “Embora existam lentes com as quais se pode até dormir, o ideal é não as usar durante o sono. Mesmo se a marca for liberada para tal, não aconselhamos, porque esse hábito aumenta o risco de complicações oculares”, diz a doutora Ceres Deve-se ainda seguir o horário de uso permitido para cada tipo de lente. “O paciente precisa respeitar o esquema de uso recomendado pelo seu oftalmologista, fazendo a troca ou reposição no prazo certo. O médico vai se basear nos parâmetros recomendados pelo fabricante da lente, estabelecer e ajustar esses prazos de acordo com as particularidades e necessidades de cada paciente”, esclarece a oftalmologista.

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Novas tecnologias visam reduzir mortes por doenças cardiovasculares

Maria Fernanda Ziegler  – Dispositivos que auxiliam o coração a bombear sangue enquanto o paciente aguarda por um transplante, técnicas cirúrgicas menos invasivas e um hidrogel que, no futuro, vai permitir a impressão 3D de órgãos e tecidos em laboratório. Essas são algumas das soluções que estão sendo desenvolvidas por pesquisadores paulistas para combater a principal causa de morte no país e no mundo: as doenças cardiovasculares. As inovações visam criar alternativas terapêuticas para pacientes com condições graves, como é o caso da insuficiência cardíaca – responsável por 27,5 mil mortes anuais no país segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). De acordo com a entidade, a cada 90 segundos uma pessoa morre no Brasil em decorrência de problemas diversos no coração. “Um transplante no Brasil demora cerca de dois anos. Além da oferta limitada de órgãos, é preciso levar em conta uma série de fatores que dificultam o procedimento. O número de pacientes com problemas cardiovasculares é muito grande e, por isso, é importante desenvolvermos dispositivos no país a preços mais acessíveis”, disse José Roberto Cardoso, pesquisador da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), durante o Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação sobre “Novas Tecnologias para o Coração”. O evento foi organizado pela FAPESP e pelo Instituto do Legislativo Paulista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em dezembro. O próximo encontro da série será no dia 26 de março e terá como tema Indústria 4.0. Assistência ventricular A equipe de Cardoso, que inclui pesquisadores do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, desenvolve um dispositivo de assistência ventricular para pacientes adultos com insuficiência cardíaca – condição em que o órgão não consegue bombear o sangue adequadamente. O equipamento serve como uma bomba para ser implantada ao lado do coração do doente, com a finalidade de complementar ou suprir a função cardíaca debilitada. O projeto é apoiado pela FAPESP. “O dispositivo visa auxiliar o coração debilitado durante o período de espera pelo transplante, mantendo níveis fisiológicos de pressão e fluxo, reduzindo a mortalidade de pacientes na fila de espera e após o transplante”, disse. De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, em 2016 foram realizados 353 transplantes de coração no Brasil. Estudos indicam que a mortalidade de pacientes na fila de espera pode chegar a 40%. “Precisamos encontrar uma solução nacional e não simplesmente copiar os materiais usados lá fora, que são caros e inviáveis para o Sistema Único de Saúde. No comparativo entre um dispositivo importado e um nacional, o importado ficaria em R$ 800 mil, enquanto o nacional em R$ 100 mil”, disse. Outro projeto, também apoiado pela FAPESP, busca desenvolver um dispositivo de assistência ventricular para pacientes pediátricos que necessitam de um transplante cardíaco. A pesquisa foi vencedora do prêmio Péter Murányi 2015 . “Em nosso país não temos opção de suporte circulatório de longa duração para pacientes cardiopatas pediátricos e juvenis com insuficiência cardíaca grave. Trata-se de um grupo de pacientes com necessidades específicas. Estamos desenvolvendo uma bomba pulsátil que atua conectada ao coração por meio de cânulas”, disse Idágene Cestari, diretora da Divisão de Bioengenharia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP. De acordo com a pesquisadora, a bomba do dispositivo é controlada por um console à beira do leito, onde são ajustados todos os parâmetros de suporte ao coração, como a frequência de batimentos da bomba, por exemplo. “Esse sistema de suporte requer a hospitalização do paciente e é indicado para pacientes em lista de espera para o transplante cardíaco. Em outro projeto dessa mesma linha de pesquisa, estamos desenvolvendo um dispositivo implantável que permite a assistência por tempo mais prolongado e não requer a hospitalização do paciente após o implante do dispositivo”, disse Cestari. Prótese inédita Também foi apresentada durante o ciclo ILP uma técnica conhecida como endobentall, que une duas tecnologias – inserção de válvulas por cateter e stents – para criar uma prótese única, que pode ser inserida pela perna do paciente e conduzida até o coração. O método pode substituir uma grande cirurgia na válvula do coração e na artéria aorta. “Graças à técnica, desenvolvida com o apoio da FAPESP, hoje não precisamos mais abrir o peito do paciente e parar o coração para tratar uma doença grave, como estenose aórtica associada a aneurisma de aorta ascendente. Isso certamente vai contribuir para a redução de risco e de mortalidade desses pacientes”, disse Diego Felipe Gaia dos Santos, professor de Cirurgia Cardiovascular da Unifesp. A equipe liderada por Gaia foi a primeira a tratar, em humano, problemas na válvula aórtica (saída de sangue do coração) e ao mesmo tempo a aorta ascendente (vaso que leva sangue para o coração e outros órgãos) sem a necessidade de abrir o paciente. Órgãos do futuro Outros métodos de engenharia apresentados visam, no futuro, desenvolver órgãos e tecidos artificiais. A empresa TissueLabs, apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequena Empresas (PIPE-FAPESP), desenvolve um hidrogel que permite a impressão 3D de órgãos e tecidos em laboratório. A startup fabrica e vende hidrogéis de diferentes tecidos para pesquisadores de várias partes do mundo. O material pode ser usado tanto em estudos in vitro como em modelos animais. Para produzir o hidrogel, a empresa usa órgãos de animais. “Retiramos todas as células dos órgãos de porcos, deixando só a matriz extracelular, as proteínas comuns a todos os animais (tanto humanos quanto os porcos). A partir dessa matriz fabricamos o hidrogel, que é misturado com células-tronco ou mesmo células adultas já diferenciadas. Com isso, é possível imprimir essa composição no formato tridimensional de um órgão ou de um tecido”, disse Gabriel Liguori , pesquisador do InCor. Para fins didáticos, Liguori costuma fazer um paralelo entre a técnica e a construção de uma casa. “Os tijolos seriam as células, e o nosso material, o cimento. Nosso objetivo é dar suporte para que as células-tronco tenham uma estrutura tridimensional”, disse. “É claro que esses órgãos ainda estão muito distantes de se tornarem realmente funcionais. Com o nosso material já é possível fabricar tecidos, ainda que

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Núcleo de terapias em Petrolina amplia possibilidades de tratamento do autismo

Especializado no tratamento pediátrico de patologias físicas e cognitivas a exemplo da síndrome de Down, paralisia cerebral, distrofias musculares e Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Núcleo de Terapias da Unimed Vale do São Francisco, em Petrolina – PE, obteve um resultado surpreendente em 2019, com o atendimento de crianças de 0 a 12 anos. Somente para se ter uma ideia dos avanços conseguidos, o setor multiprofissional que cuida do TEA, transtorno caracterizado pela dificuldade na comunicação social e presença de comportamentos repetitivos, realizou mais de 70% dos 21.196 atendimentos feitos pelo Núcleo no ano passado. E o que é mais gratificante, os pacientes conseguiram respostas bastante positivas no aumento da independência, socialização, iniciativa, estímulo das habilidades motoras e desenvolvimento das áreas sensoriais. De acordo com a fisioterapeuta e gerente de Terapias Continuadas da Unidade, Danielle Alencar, o Núcleo oferece um serviço completo de atendimento pediátrico interdisciplinar. "Contamos com uma equipe de 24 profissionais qualificados nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia", afirmou a gerente que também é especialista em Gestão de Serviço de Saúde. São desenvolvidas técnicas a exemplo de integração sensorial, terapia aquática, linguagem PECS (comunicação alternativa), TEACCH (programa para melhorar a comunicação), psicomotricidade e análises de comportamento. Segundo a médica especialista em Neurologia Pediátrica, Adriana Tenório, o trabalho começa com o acolhimento familiar, passa pelo atendimento interdisciplinar e se conclui com um tratamento unificado, individualizado para cada caso. "Aqui os pacientes encontram bons profissionais e com o auxílio dos pais engajados que seguem as orientações médicas, conseguimos melhores resultados com terapias cada vez mais acertadas", ressaltou. O Núcleo de Terapias da Unimed Vale do São Francisco possui um ginásio equipado, com estrutura completa de integração sensorial (piscina de bolinhas, balanços diversos, tirolesas, cama elástica e parede de escalada) além de três salas com estruturas para integração sensorial, piscina coberta e aquecida. Serviço: O Núcleo de Terapias da Unimed Vale do São Francisco fica na rua Dr. Nestor Cavalcanti, 206/ Vila Mocó – Petrolina, PE. (87) 3866 – 7936. Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Atendimento mediante indicação médica.

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Empório Mineiro Cheirin Bão chega ao Plaza Shopping

O Empório Mineiro Cheirin Bão inaugurou hoje (21) sua unidade no Plaza Shopping. O empreendimento é a quarta franquia do grupo Universal Franchising, neste modelo, em Pernambuco. Seu mix de produtos traz delícias típicas de Minas Gerais, entre elas cachaças artesanais, geleias, biscoitos, doces, pão de queijo, tapiocas, bolos e cafés moídos e coados na hora. A loja funciona no piso L2 do mall, com mesas distribuídas pelo hall para que os clientes possam apreciar os sabores da gastronomia mineira.

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