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Conservação urbana e predial fora de pauta?

*Por Juliana Cunha Barreto Manutenção, conservação, zeladoria. Parecem vocábulos comuns e de pouca expressividade, quando o assunto é a ânsia pela máxima ocupação do território urbano, como um dos reflexos do atraente mercado imobiliário das grandes cidades; e no Recife, não parece diferente. As preocupações que envolvem a conservação do sistema ambiental, em sentido amplo, e a manutenção das estruturas edificadas, em escala pormenorizada, parecem comuns nos discursos urbanísticos, mas longe de uma aplicação prática – afinal, aliar as demandas da sociedade contemporânea com as premissas da sustentabilidade não é tarefa simples. De modo específico, é no exato desafio da manutenção periódica predial, geralmente mais aproximada ao cotidiano cidadão, que são observados os conflitos da qualidade do ambiente construído, capazes de resultar em vulnerabilidades estruturais e perdas de materiais construtivos — situações que põem em risco a permanência do edifício e a vida dos ocupantes e usuários. Foi nesses termos que vimos, recentemente, os danos construtivos do edifício São Cristóvão, situado na emblemática Rua da Aurora, ocasionarem uma morte de civil. Lamentavelmente, esse caso não é isolado e o referido logradouro também já protagonizou outros feitos de natureza destrutiva, sendo extensivos à histórica vizinhança dos bairros adjacentes, Boa Vista e Santo Amaro, para não listar alguns outros relegados do protagonismo urbano. Legislação para a orientação de vistorias e manutenções de rotina em condomínios existe, assim como profissionais habilitados a tanto também. Arquitetos e Urbanistas, no âmbito de suas atribuições, detém a capacidade técnica de periciar edificações e avaliar danos físicos, o que pode ser uma atividade compartilhada com outros profissionais especializados, do campo da engenharia, por exemplo. A depender do elemento arquitetônico ou estrutural, sua função na edificação e interface com as intempéries, a rotina de manutenção pode ser diversa, sendo inclusive sugerida a elaboração de um plano de conservação preventiva, que indique os riscos, as orientações de manutenção e a periodicidade — serve de guia aos gestores ou gerentes prediais. Além da otimização dos custos que uma conservação periódica pode oferecer, com o acompanhamento de um profissional especializado, a preservação da vida se coloca como algo ainda mais valioso. Na possibilidade de efetiva contribuição ao tema, torna-se apropriado chamar a atenção para a iniciativa de criação de um escritório gestor do centro do Recife, recentemente anunciada pela municipalidade, cujos objetivos, ainda desconhecidos, podem naturalmente serem sensíveis ao tema da manutenção, conservação, zeladoria. Tanto no sentido da preservação do patrimônio cultural, como do estímulo à manutenção física das estruturas edificadas, para que outros incidentes não voltem a acontecer. *Juliana Cunha Barreto é Arquiteta e Urbanista. Docente do Centro Universitário UNIFBV (juliana.barreto@professores.unifbv.edu.br)

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Memória da SBPC-PE: Quem esteve à frente nos 70 anos da regional?

*Por Maria do Rosário Andrade Leitão e Maria do Carmo F. Soares Celebrar os 70 anos da SBPC regional de Pernambuco é um fato singular, especialmente no atual momento nacional e internacional, que envolve os avanços e reconhecimento da ciência e, de forma antagônica, o negacionismo científico, uma realidade bem diferente do contexto dos anos 1950, quando foi criada a Divisão Regional do Recife, posteriormente, denominada Regional de Pernambuco. O século XX foi marcado pelo reconhecimento dos avanços científicos e tecnológicos, evidenciado especialmente no pós-guerra. A concepção de Ciência e Tecnologia alcançou status de ser capaz de superar obstáculos anteriormente intransponíveis, entre eles: o controle da taxa de natalidade, tratamento do câncer, fertilização in vitro, cobertura vacinal, entre outros avanços da medicina. Foi nesse contexto de credibilidade da C&T e do fortalecimento e crescimento das instituições acadêmicas e de pesquisa em Pernambuco que foi criada a SBPC-PE. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência foi fundada em 08/07/1948, pelos professores Maurício Rocha da Silva, Paulo Sawaya e José Reis, inspirados em modelos de associações semelhantes já existentes na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Argentina, instituição que desde o seu início estruturou suas representações em várias capitais do país Resgatar fragmentos da memória da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência aqui, em Pernambuco, consiste em tecer fios do passado, reagir contra a sombra do esquecimento sobre nossas histórias de vidas e de nossas instituições. Maurice Halbwachs em sua obra “A memória coletiva”, nos conduz a reflexão de que a memória se constrói a partir das vivências sociais e, portanto, constitui-se a partir de um legado coletivo, as histórias dialogam com individualidades e experiências coletivas que definem identidades sociais, nesse caso, um coletivo de cientistas secretários/as da SBPC-PE. O texto se propõe a resgatar, de forma sucinta, a memória de pessoas que possibilitaram a concretização da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Pernambuco, a partir das representações dos 20 secretários regionais. O texto dá continuidade ao aprofundamento do tema de resgate da memória, já iniciado com publicações anteriores, a exemplo, do JC online, da Revista algomais online e dos Anais 72ª Reunião Anual da SBPC-UFRN/2020. Recuperar a trajetória da Regional SBPC-PE consiste em visibilizar a participação de 20 pessoas que se comprometeram, e se comprometem, a apoiar e estimular a ciência, a defender a liberdade e a obtenção de recursos para a realização das pesquisas científicas, a fomentar o compromisso ético na pesquisa e na divulgação dos dados científicos. Trata-se de pessoas que têm contribuído ao longo de 70 anos, no processo de diálogo entre ciência e sociedade. Ao todo, são 20 gestões, iniciadas em 1951, com Newton da Silva Maia, seguido por Nelson Ferreira de Castro Chaves (1955), Frederico Adolfo Simões Barbosa (1961-1963), Bento Magalhães Neto (1963-1971), Naíde Regueira Teodósio (1971-1973), Dalmo Nunes G. de Oliveira (1973-1977), José Aarão Martins de Carvalho (1977-1979), Silvio José Macêdo (1980-1981/ 1984-1985), André Freire Furtado (1982-1983), Hélio Teixeira Coelho (1986-1988), Luís Antônio Marcuschi (1988-1990), Abraham Benzaquen Sicsú (1990-1992), Celso Pinto de Melo (1992-1994), Sérgio Machado Rezende (1994-1996), José Antônio Aleixo da Silva (1998-2004), Ivan Vieira de Melo (2004-2009), Francisco Luís dos Santos (2009-2011), Rejane Jurema Mansur Custódio Nogueira (2011-2015), Marcos Antônio Ramos Pereira de Lucena (2015-2019) e Maria do Carmo Figueredo Soares, atual Secretária Regional da SBPC em Pernambuco, desde 2019. Alguns já concluíram sua contribuição entre nós aqui na terra, mas deixaram o seu legado científico e marcaram a história da SBPC-PE, Newton da Silva Maia, seguido por Nelson Ferreira de Castro Chaves, Frederico Adolfo Simões Barbosa, Bento Magalhães Neto, Naíde Regueira Teodósio, Dalmo Nunes Gonçalves de Oliveira e Luís Antônio Marcuschi. A quem prestamos nossas homenagens póstumas e gratidão Buscamos responder à pergunta: Quem são os cientistas e as cientistas que ocuparam o a cargo de Secretários e Secretárias de SBPC Regional – Pernambuco? A resposta que sistematizamos é que corresponde a um coletivo de 20 gestores, dos quais sob o enfoque de gênero, 03 gestões exercidas por mulheres, uma no século XX e duas no século XXI e as outras 17 gestões exercidas por homens. Quanto à formação acadêmica, são 05 da área de Saúde, 02 da área de Ciências Biológicas, 01 da área Ciências Humanas e 12 da área de Exatas (Física, Engenharias, Mecânica, Agronomia, Engenharia de Pesca). No que tange à internacionalização desses e dessas cientistas tem-se a realização de formação e/ou participação em grupos de pesquisas nos seguintes países: Estados Unidos, França Inglaterra, Alemanha, Argentina e Suíça. Na trajetória profissional, essas pessoas contribuíram nas seguintes instituições: Organização Mundial da Saúde (OMS); Ministério de Ciência e Tecnologia; Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nos cargos de docente, diretores, pró-reitores, vice-reitor e reitor; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Instituto Aggeu Magalhães (IAM): criado em 1950, o instituto pertencia à Divisão de Organização Sanitária(DOS) do Ministério da Educação e Saúde; Fiocruz Pernambuco e diversas instituições do Governo do Estado de Pernambuco; FUNDAJ; CNPq; CAPES. Interessante também pontuar que quatro gestões seguidas foram exercidas por médicos e outras quatro do total de 20 gestões foram exercidas por físicos, grandes contribuições pessoais e institucionais que dialogavam com a UFPE e com o Instituto Ageu Magalhães. A UFRPE esteve presente na Secretaria Regional da SBPC -PE em quatro gestões. Muitas são as contribuições dos Secretários e das Secretárias da SBPC-PE, na sociedade, seja local, nacional e internacional. Independentemente da diversidade de gênero, raça, formação acadêmica, trajetória profissional, quem exerceu a função de secretário foram docentes/pesquisadores socialmente responsáveis que buscaram superar desafios, atuando com uma concepção da ciência que dialoga com seu tempo e com as mudanças sociais. Dedicaram parte de suas vidas e de seus esforços em prol da SBPC acreditando e imbuídos nos seus princípios. *Maria do Rosário Andrade Leitão e Maria do Carmo F. Soares são respectivamente Secretária adjunta e Secretária Regional da SBPC-PE

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Riscos e impactos sociais causados pela cultura do cancelamento

A expressão do momento é “cultura do cancelamento”. Para alguns, um meio de romper a estrutura de poder que blinda os privilegiados. De fato, foi dessa forma que grupos minoritários conseguiram expor violações e fazer denúncias a direitos humanos pelo mundo afora. Para quem se debruça sobre o comportamento que ganhou ainda mais visibilidade, e provocações, a partir de um reality show, exibido em canais aberto e por assinatura, alguns questionamentos merecem atenção: o “cancelar” resolve problemas estruturais de desigualdade ou apenas reproduz uma lógica punitivista? Qual o limite do linchamento em território virtual? A minha reflexão é que a cultura do cancelamento surge para dar visibilidade a grupos minoritários e denunciar pessoas de poder que, até então, eram intangíveis. E os impactos provenientes desse comportamento, contudo, são efêmeros, imediatistas e pouco efetivos para aqueles que são adeptos à prática. Muitos desses cancelamentos perdem força após a sua “explosão” e os cancelados continuam sua vida e profissão naturalmente. A reflexão que devemos fazer é se essa é a única forma de trazer à tona a discussão de questões, que já são difíceis de serem tratadas e compreendidas pela maioria das pessoas, de forma violenta e rebatida. A depender da forma falada se aproxima do formato violência com violência, gerando ódio, exclusão e falta de diálogo. Não há um convite à reflexão, à troca de ideia, será que cancelar alguém traz resultado? Pesquisadores apontam que a cultura do cancelamento foi difundida a partir do movimento #MeToo, com denúncias nas redes sociais para expor relatos de assédio sexual, especialmente na indústria do entretenimento. A dinâmica foi incorporada de vez nos meios digitais com a nova face de que não é necessário cometer um crime para ser cancelado. Basta a formulação de ideias equivocadas, ou por pura ignorância acerca de um assunto, e o cancelled aponta. Se, para alguns, o cancelamento traz o lado positivo de romper uma estrutura de poder para fazer uma denúncia justa que, de outra forma, não seria ouvida, por outro, fica uma interrogação sobre se o movimento foi perdendo o senso de proporção. Será que estamos abertos ao diálogo? Ou, de fato, é melhor cancelar alguém, sem nem compreender como se deu aquele processo de aprendizagem, sobre conteúdos polêmicos? São questionamentos que nos mostram o quanto estamos sendo empáticos uns com os outros, o quanto estamos respeitando as diferenças… sem dar oportunidade de diálogo. *Vladya Lira, psicóloga, mestre em Psicologia, doutoranda em Psicologia Clínica e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE)

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Franquia empresarial, sistema, obrigações e contratos

A antiga lei de franquia já dispunha, e a nova lei igualmente dispõe: franquia empresarial é um sistema. Mas qual a relevância jurídica disso? Sistema indica a natureza organizacional da franquia empresarial, que por sua vez influencia na dogmática de direito obrigacional e contratual que dela se desenvolvem. Sistemas, segundo os dicionários mais comuns, são conjuntos de elementos, concretos ou abstratos, intelectualmente organizados. Segundo sociologia jurídica, em especial a teoria dos sistemas autopoiéticos, sistemas são relações autoreferenciais entre estrutura (normas) e operação (processo): as operações seguem a estrutura do sistema. Isso leva à conclusão que a sorte dos sistemas de franquia empresarial decorrem das relações entre estrutura e operações. Aí está a importância da correta formatação da Circular de Oferta de Franquia, do Contrato de Franquia, dos Manuais de Franquia e demais instrumentos que formatam os sistemas de franquias. É em razão da estrutura do sistema de franquia que as operações ocorrerão. Mas como formatar esse conjunto de instrumentos contratuais que estruturam os sistemas de franquia? Com base em que normativa deve se calcar a formatação? Veja-se que para o Código Civil, são obrigações as de dar, fazer e não fazer. Em uma relação contratual de fornecimento, seja de consumo, comercial ou civil, é fácil enxergar tais obrigações, mormente as de dar e fazer. Há um cliente nos contratos de fornecimento. Mas numa relação contratual de franquia, quem é cliente de quem? Em verdade, franqueadores e franqueados têm clientes, que são seus consumidores. Mas entre franqueador e franqueados não há relação de clientela, e sim de parceria. E quais são as obrigações decorrentes de relações contratuais de parceria? Aquelas derivadas dos princípios e cláusulas gerais de probidade e boa-fé (objetivas, obviamente), conforme artigo 422 do Código Civil. Com o pensamento acima exposto, diversas implicações dogmáticas surgem. Questiona-se: como se dá o inadimplemento contratual nos sistemas de franquia, uma vez que não são cláusulas de fazer ou de dar as principais existentes? O que se descumpre? Considerando-se que se descumprem deveres originados dos princípios e cláusulas gerais de probidade e boa-fé, quais são os deveres oriundos da probidade e da boa-fé? Para iniciar a análise, identificamos a probidade com o dever de coordenação e a cooperação com o dever de cooperação. Por fim, observa-se que os sistemas de franquia empresarial são formatado por contratos de adesão, frente a necessidade de padronização das relações contratuais como um todo, o que faz incidir os artigos 423 e 424 do Código Civil. Ademais, as recentes modificações sofridas pela função social do contrato (artigos 421 e 421-A do Código Civil) não surtem efeitos sobre os sistemas de franquia empresarial, simplesmente porque não há paridade ou simetria entre franqueador e franqueados. *Arnaldo Rizzardo Filho, mestre em direito público pela UNISINOS/RS e professor do Instituto Luiz Mário Moutinho / E-mail: arnaldorizzardofilho@hotmail.com

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Além do cadeado: como identificar sites falsos e não cair em golpes

*Por Dean Coclin, Diretor Sênior de Desenvolvimento de Negócios da Digicert Roubo de senhas de streamings, redes sociais, WhatsApp falso, notícias falsas sobre Covid-19 e a vacina, golpes e ataques de ransomware mais sofisticados são algumas das principais ameaças às quais os usuários estão expostos. Não é novidade: a tecnologia facilitou a rotina das pessoas, especialmente com a pandemias. Hoje precisa sair de casa para fazer um pagamento, fazer compras ou mesmo ir a uma reunião. A Internet se tornou um universo à parte, cheio de transações. Porém, aproximadamente 11% dos usuários brasileiros da rede mundial de computadores já perderam dinheiro com esquemas fraudulentos. É resultado de pesquisa da Confederação Nacional dos Lojistas (CNDJ) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Para evitar fraudes, o uso de certificados TLS para proteger e identificar sites se expandiu drasticamente na Internet. Isso foi impulsionado por navegadores que mostram indicadores negativos para sites não https, incentivando os sites a usar TLS. São três os tipos de certificados TLS: Validação de Domínio (DV), Validação de Organização (OV) e Validação Estendida (EV). Entendas as diferenças entre eles: ● Certificado de Validação de Domínio: eles são verificados em um registro de domínio para provar a propriedade do domínio do site. No entanto, os certificados DV não oferecem informações de identificação organizacional. Portanto, não é recomendado usar certificados DV para fins comerciais. ● Certificado de Validação de Organização: para receber um certificado OV, as organizações são autenticadas pela CA (Autoridade Certificadora) em bancos de dados de registro de negócios hospedados por governos. As CAs podem exigir certos documentos e contato pessoal para garantir que os certificados OV contenham informações comerciais legítimas. Este é o tipo de certificado padrão exigido em um site comercial ou público. ● Certificado de Validação Estendida: eles contêm etapas de validação adicionais e oferecem o mais alto nível de autenticação para proteger sua marca e seus usuários. Embora nem todo site na web use certificados EV, eles são usados ​​pelas principais organizações do mundo para garantir a confiança do usuário. Mais da metade dos 400 principais sites de comércio eletrônico usam EV, de acordo com dados de 2019 da Comscore e Netcraft. Eles descobriram que mudar de certificados OV para EV aumenta as transações online e melhora a confiança do cliente. Em todos os casos, a criptografia é fornecida entre o navegador e o servidor. No entanto, a criptografia não fornece autenticação. Sabemos que o navegador está criptografando dados para algum servidor com um nome de domínio verificado. Mas não sabemos nada sobre esse domínio com um certificado DV. Com OV e EV, recebemos mais informações sobre o domínio, incluindo a localização da empresa (OV), e ainda mais detalhes com EV. Olhando além da fechadura Com o advento de uma web que é mais de 90% criptografada e com navegadores mostrando um cadeado sólido para todos os sites https, independentemente do tipo de certificado, é uma falácia apenas "procurar o cadeado", pois isso é insuficiente para proteger os usuários de sites fraudulentos. Os usuários devem ser diligentes em procurar pistas sobre a identidade do site. Com certificados EV, você deve clicar no cadeado para ver o nome legal da empresa. Isso fornece excelente visibilidade de que o site foi autenticado. Outra pista a procurar é o nome da Autoridade de Certificação (CA) que emitiu o certificado do site. Com alguns navegadores, os usuários podem passar o mouse sobre o bloqueio para ver o nome da CA. Se o indicador disser “Verificado pelo DigiCert”, você pode ter certeza de que a identificação do site foi verificada de acordo com os requisitos da indústria. CAs líderes, como DigiCert, estão constantemente atualizando os padrões globais pelos quais CAs validam identidades e seguem processos rigorosos. Os certificados OV e EV requerem algum esforço para serem obtidos. Primeiro, a entidade solicitante deve ser uma organização válida e a CA deve examinar os registros públicos para autenticá-la. Como isso envolve trabalho manual, há um custo associado à aquisição do certificado. Normalmente, não são obstáculos para organizações legítimas. Mas, para os cibercriminosos, eles fornecem um atrito significativo, que pode ser evitado com a obtenção de um certificado DV. Conseqüentemente, o DV se tornou o certificado preferido de hackers e criminosos. Uma pesquisa recente mostrou que quase metade dos sites de phishing agora têm o cadeado. Na maioria das vezes, os certificados DV são obtidos com facilmente para esses sites. Os hackers sabem que podem solicitar DV automaticamente sem fornecer nenhuma informação pessoal e são oferecidos gratuitamente por algumas CAs. Assim, hackers obtém certificados de fornecedores conhecidos de certificados gratuitos ou de baixo custo, com pouca ou nenhuma validação realizada. Dada a fácil disponibilidade desses certificados, não é de admirar que os cibercriminosos estejam adotando DV para legitimar seus sites. Não se esqueça do básico O que os consumidores podem fazer para reconhecer sites fraudulentos? São três as palavras: examine, examine e examine. 1. Embora no passado fosse normal apenas procurar a fechadura, agora a fechadura deve ser examinada. Passe o mouse sobre o bloqueio para ver qual CA emitiu o certificado. Se for DigiCert, você pode ter certeza de que o site foi verificado de acordo com os padrões da indústria e que, no caso de um certificado OV ou EV, a identidade do proprietário do site foi examinada para proteção adicional. 2. Observe atentamente a barra de endereço e leia o endereço com atenção. É o que você espera? 3. Clique no cadeado para revelar informações adicionais sobre o site. Se estiver usando um certificado EV, o nome da empresa será identificado imediatamente após clicar no cadeado. Mas e se o site estiver usando um certificado DV? Isso significa que não é confiável? Não, não necessariamente. Novamente, tome cuidado ao examinar os itens acima. Milhões de sites usam DV e é perfeitamente adequado para muitas aplicações. Mas as transações financeiras / de e-commerce não são uma delas.

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Lição da pandemia: olharmos para o coletivo

Por Sílvia Gusmão* Recentemente presenciei uma conversa sobre o que fazer com as crianças durante as férias, neste tempo de pandemia. Eram pais preocupados com os efeitos dos meses em que seus filhos estavam trancafiados em casa. Um deles sugeriu contratar profissional especializado em atividades recreativas. Alguns consideraram a alternativa atraente. Outros reagiram demonstrando temor da aglomeração. Instaurada a polêmica, alguém sugeriu que cada família decidisse se suas crianças participariam ou não. Naquele momento, indaguei se condutas individualistas, a cargo de cada família, seriam mais adequadas do que o compartilhamento de ações que visassem à coletividade. Lembrei ainda que as crianças podem ficar assintomáticas, mas transmitir o vírus para a família, vizinhos e comunidade. Pode surpreender, mas condutas individualistas não são fatos isolados. Ao contrário, tornam-se cada dia mais comuns na contemporaneidade. Basta observar restaurantes e bares lotados de adolescentes sem respeito à importância da máscara e do distanciamento social. É compreensível o desconforto que o isolamento produz, como também o dilema dos pais para conter os filhos em casa, privados da rotina da escola e do convívio social. Como também é considerável a tensão acirrada pelo ensino à distância cansativo, exigente e pouco produtivo para muitos estudantes, o que provoca desentendimento entre pais, filhos e escola. Urge identificar alternativas para lidar com as restrições que irão perdurar. Apesar da perspectiva otimista trazida pela vacina, ainda viveremos algum tempo fazendo uso de máscara e do distanciamento social, dizem os especialistas. Considerado pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, o médico e sociólogo Nicholas Christakis afirma que a pós-pandemia se dará apenas em 2024. Em sua opinião, quando a imunidade de grupo for alcançada, ainda teremos de enfrentar impactos econômico e social trazidos pela pandemia. Segundo Christakis, epidemias não são novidade na humanidade. Ocorrem a cada 100 anos. São novas e aterrorizantes para quem as vivencia. O vírus da Covid-19 nos aproximou da morte, nos confrontou com nossa fragilidade diante das contingências da vida. Abalou as certezas e a ilusão de que controlamos nosso futuro. Além do tempo de luto e dor pelas perdas constantes de parentes, amigos, colegas de trabalho, empregos, convívio social ... enfrentamos um horizonte que não sabemos qual será. Frente a essa terrível experiência, as pessoas lidam com os recursos psíquicos que dispõem. Alguns sucumbem à angústia e se paralisam. Outros se defendem negando a dimensão letal do vírus. Melhor saída seria reconhecer a vulnerabilidade da condição humana e inventar um saber fazer diante dos percalços para seguir caminhando. Afora o risco de contrair a doença, morrer ou ficar sequelado, a pandemia impõe a convivência intensa e forçada com a família, fato gerador problemas, mas também de ganhos e aprendizagens. Exercitando a paciência podemos extrair lições e aproveitar esta oportunidade para dar testemunho às crianças e aos adolescentes do valor dos ideais de fraternidade e solidariedade para a vida social na pandemia, e sempre. *Sílvia Gusmão é psicanalista e sócia da Trajeto Consultoria

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Cinco habilidades que os profissionais brasileiros devem aprender em 2021

Da Udemy 2020 foi o ano em que o futuro do trabalho (com equipes virtuais, trabalho 100% remoto etc) foi acelerado de tal forma que se tornou o presente. Com a necessidade repentina de trabalhar e colaborar com os colegas de forma remota, a lição que ficou é que não é possível resistir às mudanças – e que ser capaz de se adaptar é essencial. Considerando o ano passado e com o objetivo de apontar caminhos para os profissionais da América Latina para 2021, a Udemy, o maior destino do mundo para cursos online, lançou recentemente o relatório 2021 Latin America Workplace Learning Trends. No estudo, para identificar tendências para este ano, a Udemy analisou o consumo de cursos por parte dos usuários da sua plataforma de treinamento corporativo, a Udemy for Business, na região em 2019 e 2020. O relatório é uma extensão de outro maior, o 2021 Workplace Learning Trends, em que a Udemy aponta tendências para o futuro do trabalho no mundo todo. O documento para a América Latina traz tendências de habilidades que os profissionais devem aprender para se manterem atualizados e se destacarem (para seis países: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru), além de macrotendências de aprendizado para o mercado de trabalho (na região como um todo). Veja a seguir as cinco principais habilidades que os profissionais brasileiros devem aprender em 2021: 1- Comunicação 2- Produtividade pessoal 3- Microsoft Word 4- API Rest (tipo de interface de programação de aplicações) 5- AWS Certified Solutions Architect – Associate (exame da Amazon Web Services) Já as macrotendências para o aprendizado corporativo na América Latina são duas. A primeira são os times de tecnologia compostos por profissionais híbridos – pessoas especializadas em mais de uma área de conhecimento ao mesmo tempo, como um profissional de TI que é especialista tanto em teste de software quanto em administração de servidor. A segunda é a colaboração para as empresas que estão trabalhando de maneira remota – mesmo que a pandemia tenha acelerado a tendência, ela veio para ficar.

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Pesquisa eleitoral e retórica - Por Maurício Costa Romão

Em 2010 o Ibope produziu extenso relatório sobre suas pesquisas em 24 estados, intitulado “Balanço das eleições de 2010”, e diz no intróito: “Neste documento podem ser observadas as intenções de voto obtidas nas pesquisas divulgadas na véspera da eleição e nas pesquisas de boca de urna comparadas aos resultados oficiais do TSE”. Depois de mostrar para cada estado da Federação o “percentual de votos previstos corretamente”, o instituto elabora um quadro resumo com o título: “Índices de acertos no 1º turno de 2010”, no qual detalha a quantidade e os percentuais de: (a) acertos de candidatos com estimativas dentro da margem de erro; (b) acertos na colocação dos candidatos, apesar de estimativas fora da margem de erro; (c) candidatos fora da margem de erro e da colocação final. A conclusão triunfante do relatório no seu quadro-resumo é a de que: “o percentual total de acerto, considerando a margem de erro ou a colocação do candidato” é de 98% para governador e 95% para senador. O que é que mudou de 2010 para cá, que não se pode mais comparar as estimativas de intenção de votos das pesquisas de véspera com os resultados das urnas e quem o faz comete uma inconcebível heresia?  Graças à sua popularização e disseminação urbi et orbi, a pesquisa tornou-se indissociável das eleições, a ponto de assumir protagonismo tal que é impensável acompanhar o processo eleitoral sem sua presença. Em virtude desse protagonismo, somado à carga emocional que transmite, a pesquisa passou a ser objeto das mais variadas críticas, até mesmo de influenciar decisões do eleitor e, em última instância, de definir eleições. O assunto é complexo e exigiria discussão mais aprofundada. Por enquanto, apenas a questão das intenções de votos das pesquisas de véspera e os resultados oficiais é abordada. É oportuno enfatizar, ab initio, que sendo a pesquisa um mero instrumento técnico de acompanhamento do processo eleitoral, que serve para apontar tendências com base em levantamentos sucessivos, não é seu propósito predizer os percentuais exatos que os candidatos obterão nas urnas.  O que a pesquisa faz é estabelecer um intervalo de variação para suas estimativas (ou prognósticos, numa conceituação mais livre e popular) dentro de certo nível estatístico de confiança, na expectativa de que os percentuais estimados de intenção de votos estejam circunscritos a esse intervalo de variação, quer dizer, à margem de erro amostral. O cientista político Jairo Nicolau sintetizou bem essa compreensão, de resto já incorporada à paisagem, popularizada na mídia e no seio do grande público: “... para avaliarmos o grau de precisão dos institutos precisamos comparar os resultados das urnas com os da última pesquisa publicada, levando em conta a margem de erro”. Devido à crescente enxurrada de críticas às pesquisas, eleição após eleição, derivada das discrepâncias entre suas estimativas de intenção de votos e os resultados das urnas, os institutos passaram a adotar a narrativa de que essa comparação é indevida (quando erram, naturalmente), elaborando malabarismos retóricos do tipo: “Uma coisa é a intenção de voto nas pesquisas, outra coisa é o comportamento do eleitor na urna, quer dizer, sua decisão de voto”; “Os levantamentos de véspera não têm função de antecipar resultados”; “O objetivo da pesquisa é contar a história da eleição até sábado”; “O que se divulga representa sempre o momento para trás, não para frente”; “Até por marketing, nós mesmos, dos institutos, tratamos esses números divulgados na véspera como prognósticos, mas, na verdade eles são diagnósticos, refletem uma realidade que já passou”... Desse contorcionismo com as palavras o que se extrai? Estimativas dentro da margem de erro, os institutos acertam [“Conseguimos prever 95% dos votos corretos do primeiro turno...” (Ibope, Congresso em Foco)], fora da margem, os institutos não erram [“Erram os que cobram precisão numérica de pesquisas encerradas na véspera da eleição, quando ainda há indecisos” (Datafolha, FSP)]. Corolário: os institutos nunca erram! Ora, se a pesquisa só olha no retrovisor e “reflete uma realidade que já passou”, por que, então, os próprios institutos alardeiam a cada eleição que acertaram tantos por cento dos resultados? Por que os seus sites continuam apresentando as pesquisas com dizeres tais como: “Pesquisa aponta vitória de fulano”. “Cicrano dispara e deve ganhar no primeiro turno”, “Beltrano pode ser eleito no domingo”, e por aí vai? Isso é “antecipar resultados” ou as palavras mudaram de significado? Ao adotarem tais narrativas ambíguas, os institutos cada vez mais se enrolam num novelo de contradições, potencializando os crescentes danos à imagem das pesquisas. O momento é de ressignificação para os institutos, que devem, sem subterfúgios: assumir o status preditivo das pesquisas; admitir que estimativa dentro da margem de erro é acerto e fora é erro; e reconhecer as dificuldades técnicas de lidar com: [a] a volatilidade do voto (o eleitor está decidindo o voto na undécima hora); [b] o comportamento errático do eleitor (cada vez mais “líquido”, despolitizado, indecifrável) e [c] a caixa preta do não-voto (brancos, nulos e indecisos) e [d] a característica “voluntária” do voto no Brasil. Maurício Costa Romão, é Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.

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10 dicas para conquistar a vaga dos sonhos em 2021

O novo ano chegou como uma chance de recomeço para muita gente e um dos fatores que mais simbolizam o início de um ciclo é a conquista de uma nova oportunidade profissional. Luana Matos, Diretora de Recursos Humanos da Divisão Brasil da Arcos Dorados, maior franquia independente do McDonald’s no mundo e responsável pela operação dos restaurantes da rede em toda a América Latina e Caribe, traz dicas valiosas para quem está em busca da vaga dos sonhos! A executiva está à frente da gestão de pessoas em uma das maiores empregadoras e formadoras de mão de obra no Brasil, com cerca de 50 mil funcionários. Confira: 1. Defina seu objetivo profissional “É preciso desenvolver o autoconhecimento para ter clareza sobre o caminho profissional que te trará maior propósito e sentido de realização. Dessa forma, você trabalha com afinco suas competências técnicas e socioemocionais, que dizem respeito à prontidão para lidar com desafios e ter habilidade e empatia no relacionamento com os outros, além de competências de liderança para as posições de gestão”. 2. Adapte sua apresentação ao mercado “O currículo ainda existe para muitas vagas e deve ser claro, fácil de ler, com todas as realizações relevantes de sua vida profissional sendo descritas de forma concreta, com entregas e resultados. Também deve conter resumo de suas qualificações técnicas e competências socioemocionais, sem exageros, sem erros gramaticais e com todas as informações verdadeiras. O conteúdo do seu CV ou formulários preenchidos em sites de vagas/empresas deve estar conectado com a oportunidade que está buscando, para saltar aos olhos do recrutador e ser captado por programas de computador que geralmente são usados como primeiro filtro. Por isso, leia atentamente a descrição da vaga e veja o que pode ser enfatizado para que a conexão fique ainda mais visível. Contudo, é cada vez mais comum outras formas de apresentação, como vídeos, links para redes sociais e outras plataformas digitais.” 3. Atenção se a entrevista for virtual “É importante praticar conversas por vídeo. Uma dica é se gravar no celular, por exemplo, para observar sua forma de comunicação, pois como não haverá a interação pessoal, tudo ficará restrito a como você será percebido por vídeo. Seja pontual e teste antes o link para a entrevista virtual, para que tudo funcione bem na hora e não te cause nervosismo desnecessário.” 4.Prepare-se para a entrevista “É sempre bom ir para a entrevista sabendo ao menos um pouco da história da empresa, conquistas, desafios atuais e seus líderes. Falar com pessoas que trabalham lá, para entender melhor a cultura organizacional, também pode render dicas valiosas. Esteja preparado para narrar sua trajetória profissional na linha da situação, tarefa, ação e resultado (método STAR) e responder as perguntas de forma precisa e segura, com noção de tempo e seguindo o ritmo do entrevistador. Demonstre entusiasmo e vontade genuína de abraçar o novo projeto. 5. Espere a hora certa para questionar o salário “Dependendo do cargo e empresa, o salário já é claro desde o primeiro momento e não há dúvidas. Em outros casos, pergunta-se qual foi seu último salário e/ou pretensão salarial. Mas, é só no final do processo seletivo que o novo salário é discutido. Portanto, não aborde questões salariais durante a entrevista. Aguarde as dúvidas para quando essa etapa chegar. A oportunidade profissional em si e as possibilidades de crescimento que ela traz são mais importantes neste momento.” 6. Faça perguntas pertinentes “Geralmente, no final da entrevista há um espaço para perguntas do candidato, que devem estar relacionadas à empresa e às expectativas com relação à posição que estão contratando. Procure evitar muitas perguntas. Faça poucas e boas perguntas, na medida certa.” 7. Evite o drama “É preciso deixar de lado os conflitos de experiências anteriores que não foram questionados pelo entrevistador e que não têm relevância para a nova função. Fique atento, do ponto de vista mental e emocional, para demonstrar que está nas melhores condições de superar os desafios da vida, evitando trazer para a entrevista questões particulares que não contribuem em nada para o processo seletivo.” 8. Seja sincero “A sinceridade é muito importante em uma entrevista, inclusive, caso seja perguntado sobre pontos de desenvolvimento ou desligamento de outra empresa que te trouxeram aprendizados. Apenas evite falar qualquer coisa que seja depreciativa sobre outras empresas ou colegas com quem já tenha trabalhado. E se você não tem ainda muita bagagem profissional, demonstre a disposição de quem está começando. As empresas valorizam muito um candidato com boa atitude, alinhado aos seus valores, com mentalidade de crescimento e com perfil inovador e proativo.” 9. Controle o nervosismo “Até o mais experiente profissional pode ficar nervoso durante uma entrevista, especialmente se for em uma empresa que ele deseja muito trabalhar. Por isso, o melhor é aprender a lidar com essa emoção natural que temos quando nos sentimos pressionados em passar a melhor imagem e nossa experiência em um curto espaço de tempo. Preparar-se mentalmente antes é fundamental: boa noite de sono, boa alimentação, programar-se para evitar atrasos, pesquisar muito sobre a empresa e a oportunidade em questão, trabalhar a respiração antes da entrevista para relaxamento e escutar com calma o entrevistador são pontos valiosos. Lembre-se que você só conseguirá mostrar o melhor de si se estiver calmo.” 10. Calma para esperar o feedback da empresa “É importante ter serenidade para aguardar algumas semanas enquanto o processo estiver em andamento. Fazer contato rápido demais demonstra ansiedade.” Em resumo, prepare-se, pense positivo e demonstre abertura e entusiasmo para sua nova oportunidade de carreira.

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E-Commerce e seu impacto regulatório nos Shoppings Centers

Desde há muito se reconhece a importância econômica e social dos empreendimentos imobiliários estruturados e, dentre os quais, notadamente, os Shoppings Centers, tendo em vista os impactos positivos que agregam para determinada região, especialmente, por conta da geração de emprego e renda imediatos para população de seu entorno, além da esperada valorização dos imóveis circunvizinhos. O Shopping Center, assim qualificado, brevemente, como sendo um conjunto estruturado de atividades que conta com uma administração única e centralizada e que tem por finalidade congregar em um único local diversas atividades econômicas que, por conta da refletida organização deste conjunto, potencializa os resultados de seus participantes têm enfrentado e, nos últimos tempos - por conta do aumento das vendas on-line especialmente impulsionadas pela recomendável restrição de circulação devida à COVID-19 - questões relacionadas à formação da base para fins da apuração do aluguel. Estas questões são das mais variadas e todas elas orbitam em buscar responder à seguinte pergunta: a estrutura do negócio em Shopping Center de alguma forma contribuiu para a efetivação daquela venda? Dito de outra forma, o lojista se utilizou do estruturado conjunto ao qual pertence para divulgar ou, então, de qualquer maneira efetivar a venda? Afora questões relacionadas ao estabelecimento virtual e às cláusulas de raio e de exclusividade por vezes identificadas neste negócio jurídico, ao que parece no atual estágio das reflexões é que a resposta seria: se de alguma maneira restar demonstrada a utilização da estrutura concebida pelo empreendedor do Shopping Center, os valores das vendas efetivadas através das transações On-line por conta do E-commerce, deverão integrar a base de cálculo para fins de apuração e pagamento do valor devido por conta da física ocupação. O estudo e aprofundamento deste tema e as variadas particularidades de cada uma das situações fáticas ainda demandará dos juristas profundo processo de avaliação que, em qualquer circunstância, não tenderá se afastar da avaliação da essência deste relevante negócio jurídico que contribui para a geração de riquezas de caráter social e econômico. Revisar estipulações contratuais tenderá a ser uma alternativa. Marcelo Barbaresco - Doutorando e professor da FGV Direito SP - FGV Law e do Instituto Luiz Mario Moutinho <marcelo@mbarbaresco.com.br>

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