Artigos – Página: 2 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Setores mais expostos à IA registram aumento de quase 5 vezes na produtividade do trabalho

Por Camila Cinquetti e Denise Pinheiro O Barômetro Global de Empregos em IA de 2024 – estudo realizado pela PwC Brasil – analisou mais de meio bilhão de anúncios de vagas de postos de trabalho de 15 países em busca de evidências do impacto da inteligência artificial em escala mundial e encontrou dados relevantes indicando que setores mais expostos à IA registraram um crescimento de 4,8 vezes na produtividade. Além disso, em alguns mercados, empregos que exigem competências especializadas em IA oferecem salário até 25% maior. O relatório, que analisou países de quatro continentes – Europa, América do Norte, Ásia e Oceania –, sugere que a IA pode permitir que nações superem um persistente quadro de baixo crescimento na produtividade, gerando desenvolvimento econômico, salários mais elevados e melhores padrões de vida à população. O estudo também indica que empresas e governos precisam garantir que estão investindo nas competências necessárias, tanto para os cidadãos como para as organizações, se quiserem prosperar em um contexto de trabalho que já está sendo transformado pela inteligência artificial. Da mesma forma, existem enormes oportunidades para pessoas, organizações e economias com experiência em tecnologias novas e emergentes, como a IA. Garantir uma abordagem de recrutamento que coloque as competências em primeiro lugar, bem como o investimento contínuo na melhoria das competências da força de trabalho, é imperativo, uma vez que nenhuma indústria ou mercado passará ileso ao impacto da transformação da IA. No Brasil, 72% dos CEOs do País afirmam que a inteligência artificial mudará significativamente a forma como suas empresas criam, entregam e capturam valor nos próximos três anos. Isso de acordo com a 27ª edição da CEO Survey, pesquisa realizada anualmente pela PwC – na sua última edição, lançada em janeiro deste ano de 2024 – quando foram consultados mais de 4.700 líderes empresariais em todo o mundo. Já o Barômetro Global de Empregos indica que trabalhadores capacitados para a IA são mais produtivos e mais valiosos para o negócio – conclusão que também converge com a 27ª CEO Survey. No levantamento, CEOs no mundo, cujas empresas começaram a adotar a IA, acreditam que ela aumentará a eficiência do tempo de trabalho de seus funcionários. O Barômetro também quis entender o que o mercado de trabalho está buscando neste novo cenário e concluiu que, para cada anúncio de emprego em 2012 que exigia competências vinculadas ao domínio de IA (como machine learning), existem agora sete anúncios de vagas com essa exigência. Em contraste, os anúncios com ofertas de postos de trabalho para todos os demais empregos cresceram mais lentamente, apenas dobraram desde 2012. Também de acordo com o levantamento, o crescimento de empregos que exigem competências especializadas em IA superou o de todas as outras categorias de trabalho desde 2016, bem antes do surgimento do ChatGPT, e o número de vagas para especialistas em inteligência artificial aumentou 3,5 vezes mais rápido do que o de total de empregos. A proporção de anúncios com vagas de trabalho que requerem habilidades relacionadas à IA é maior nos setores de serviços, informação e comunicação e serviços financeiros – precisamente os setores previstos para estarem mais expostos à IA. Em serviços financeiros, por exemplo, há uma proporção de empregos que exigem habilidades em IA quase três vezes maior do que em outros setores; em serviços, também três vezes maior; e, em informação e comunicação, cinco vezes maior. A inteligência artificial proporciona muito mais do que ganhos de eficiência. Ela oferece formas fundamentalmente novas de criar valor. Em nosso trabalho com os clientes da PwC, vemos empresas usando IA para ampliar o valor que seus funcionários podem oferecer. Neste momento, existe uma demanda de mercado por profissionais como, por exemplo, desenvolvedores de software, médicos e cientistas de dados para atender às áreas de cuidados de saúde e avanços científicos de que o mundo tanto precisa. *Camila Cinquetti é sócia da PwC e líder da área de workforce *Denise Pinheiro é sócia da PwC e especialista em transformação digital.

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Velocidade no trânsito: quanto menor melhor, para todo mundo!

*Por Mário Neto Um dia desses, diante das imagens referentes a um acidente grave, registrado por câmeras de monitoramento na avenida Boa Viagem e que deixou seis pessoas mortas de forma violenta e instantânea, fiquei pensando o quanto a nossa vida está sempre por um fio. Nas imagens fortes, um veículo vem, em alta velocidade, em direção a uma árvore. Três segundos, todos vivos… dois segundos… ainda vivos e, provavelmente, em pânico… um segundo, último instante de vida… Colisão!… quase todos mortos e um agonizando (morreu em seguida)! Imaginei: “Meu Deus, como a velocidade pode ser fatal no trânsito!” Mas, vamos combinar, não é de hoje que todos nós sabemos que, quando o assunto é trânsito, não são apenas o álcool e a direção que não combinam. A velocidade também é inimiga do trânsito, em qualquer lugar do mundo. Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde afirma que ultrapassar o limite de velocidade permitido é apontado como uma das principais causas de acidentes do mundo. O Relatório de Status Global de Segurança Viária da ONU, lá de 2018, já dizia que acidentes de trânsito eram a principal causa de morte de pessoas entre 5 e 29 anos e ainda, que perdíamos cerca de 1,35 milhão de vidas anualmente no trânsito mundial. E, isso deve ter crescido, já que o relatório apontava que não havia sido notado muito progresso na área. É fato que algumas exceções podem ser citadas, como um seleto grupo de cidades que, nos últimos anos, vêm adotando medidas para mudar essa triste realidade, procurando readequar os limites de velocidade em várias vias. Por exemplo, a partir de 2022, em países como o Reino Unido, todos os novos carros vendidos passaram a vir equipados com um dispositivo que impede que os motoristas excedam o limite de velocidade seguindo as regras de segurança viária da União Europeia. O limitador de velocidade, conhecido por ISA (Intelligence Speed Assistance), funciona por GPS e câmeras de reconhecimento de sinais que detectam o limite de velocidade do trecho que o veículo está percorrendo, emitindo um sinal para que o carro reduza a velocidade automaticamente. A expectativa é a de que, em 15 anos, o uso do novo dispositivo possa poupar cerca de 25 mil vidas no trânsito, por lá. Medidas semelhantes às tomadas na Europa vêm sendo experimentadas em diversas partes do mundo. Aqui no Nordeste brasileiro, por exemplo, em Fortaleza, no ano de 2018, foi implantada uma ação de readequação na Avenida Leste-Oeste, conhecida por ser a avenida em que mais ocorriam acidentes na capital. A velocidade máxima foi reduzida de 60 para 50km/h e, em apenas seis meses, o número de chamados para acidentes com vítimas foi reduzido em 84%. Além disso, verificou-se que o número de motoristas que excediam a nova velocidade era apenas de 2%. E, no Recife? Como está a questão do controle de velocidade, no trânsito? Uma nova fase de pesquisa iniciada em julho e que deve se estender até meados deste mês de agosto está (com radares móveis, aferindo a velocidade dos veículos), nas ruas, para entender o comportamento dos condutores. Nas fases iniciais, desde 2020, motociclistas são os que mais desrespeitam os limites de velocidade, no Recife, seguidos por veículos leves e pesados. Realizada em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, a pesquisa conta com metodologia da Johns Hopkins University, dos Estados Unidos, e apoio operacional da Universidade Federal do Ceará. A partir dos resultados obtidos será possível construir políticas públicas de segurança viária, baseadas em evidências para evitar os fatores de risco e, consequentemente, reduzir os sinistros de trânsito. Se faz urgente que a engenharia de trânsito trabalhe em torno de planejamento e implantação de projetos que levem à educação e respeito ao trânsito, induzam à adequação à velocidade, fiscalizem com rigor os abusos e punam de forma exemplar os infratores, criando uma cultura de disciplina, responsabilidade e obediência. E, em paralelo, quem tiver a consciência de quanto isso é importante, já praticar estas iniciativas, pelo bem de todos nós.

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Trabalho e vida pessoal: a busca do equilíbrio

*Por Tiago Siqueira É muito comum ouvirmos em rodas de conversas com colegas de trabalho, amigos ou mesmo familiares, alguma fala com certa entonação de angústia em relação à dificuldade que as pessoas têm em equilibrar o seu tempo entre trabalho e vida pessoal. Eu ouvi, recentemente, de uma pessoa que tem função de liderança numa empresa a sua experiência sobre essa questão. A angústia principal dele era de se sentir devedor em casa por achar que estava se ocupando (em presença física e mental) demasiadamente do trabalho. Isso significava que, mesmo estando fisicamente em casa ou se divertindo com alguma atividade de lazer com a sua família, a cabeça dele não estava necessariamente lá, junto com o corpo, aproveitando esses momentos de lazer. A sua cabeça, na realidade, muitas vezes, se encontrava pensando nos problemas do trabalho, e isso fazia o nível de angústia dele aumentar muito mais do que o normal. Ou seja, além das quase 12 horas diárias dedicadas ao trabalho durante a semana e, muitas vezes, algumas horinhas a mais durante os finais de semana, como se tudo isso não fosse suficiente, a cabeça o traía durante os seus momentos de lazer. Ele era mentalmente sugado para o trabalho, e seus pensamentos não ficavam em compasso com o que seu corpo estava fazendo durante esses momentos de lazer. E, como resultado, ele ficava mais e mais apreensivo, sentindo-se mais e mais devedor com a sua família. Pois bem, alguém se identificou com essa realidade? Essa é uma situação que costuma ser bastante comum no dia a dia de todos nós. A pressão por realizar mais e mais atividades e por entregar resultados cada vez mais exigentes, e cada vez mais num menor espaço de tempo, tudo isso faz refletir na necessidade de aumentar a produtividade das pessoas no trabalho. E essa pressão, se não cuidar, pode fazer com que essas pessoas acabem entrando numa espécie de círculo vicioso, que pode acabar resultando numa bola de neve de tal maneira que elas não irão mais conseguir assumir as rédeas de sua própria rotina. E no final, todo esse comprometimento terá impactos na vida dessa pessoa como um todo: na profissional e na pessoal. E nada disso será bom. Aliás, tudo isso será bastante tenebroso e as consequências não serão nada positivas. E, aí, fica a pergunta para reflexão: como poderemos equilibrar melhor o nosso tempo dedicado ao trabalho e à vida pessoal sem sacrificar a nossa produtividade e nem a nossa qualidade de vida? A resposta a essa pergunta pode não ser tão simples e muito menos fácil de aplicar, mas pode servir de base para você, leitor, fazer uma reflexão sobre sua vida. E eu digo que pode não ser tão fácil porque, mesmo até podendo parecer óbvio, se fosse fácil, ninguém viveria essas angústias (de que falei no início desse artigo). Aliás, resolveria logo isso! Mas não consegue resolver porque “a prática” muitas vezes anda em caminhos diferentes “dos desejos”; o ideal é sempre conflitante com o possível. Mas é preciso mudar! Em prol da saúde mental e da qualidade de vida, e sem deixar a produtividade profissional ficar comprometida. Aliás, o ideal mesmo é termos produtividade profissional crescente e aproveitamento da vida pessoal com qualidade! Pois bem, para que nós possamos equilibrar melhor trabalho e vida pessoal: 1. Primeiro, é buscar fazer o que gosta e encontrar satisfação nas atividades com que se ocupa. A vida de cada um de nós é uma só. Não tem isso de termos a vida profissional dissociada da vida pessoal. Então, necessariamente, uma impactará na outra. E ainda mais, em termos de dedicação de tempo (horas aplicadas no dia), temos mais tempo de horas dedicadas ao trabalho. Se nós nos ocupamos com atividades que não sejam prazerosas, viveremos mais tempo durante o dia nos ocupando com algo que não nos faz bem. E se não nos sentimos bem durante maior parte do nosso tempo, isso vai acabar contaminando “a outra parte” do nosso tempo. E, no final, a nossa vida como um todo é que ficará comprometida, sacrificada. Então, talvez não pareça muito fácil, mas a gente tem que ter em mente que, se a gente ocupa tempo com algo que não nos faz bem, além disso afetar a qualidade de nossa vida como um todo, também vai afetar – diretamente! – a nossa produtividade. Tenha certeza disso; ou comece a perceber que isso tem alguma fundamentação; e que, se você estiver nessa situação, é importante refletir com carinho para enfrentar algumas decisões que você talvez precise tomar. 2. Segundo, é levar a vida com mais leveza, ocupando o seu tempo com qualidade. Quando a gente gasta nosso tempo com momentos prazerosos, fazendo o que gosta durante os momentos de descanso mental, por exemplo, isso faz a gente se revigorar e estar mais disposto para enfrentar o dia a dia e todas as suas habituais pressões. Então, sobretudo na sua vida pessoal, encontre atividades que façam bem e que lhe completem. Experimente dedicar mais tempo para sua família, e para você mesmo! Aí, antes de você me perguntar sobre de que tipo de atividades você pode se ocupar, eu já me anteciparei dizendo que essa resposta quem deve dar não sou eu. É você! Você, mais do que ninguém, sabe o que faz bem. Identifique então o que possa te fazer bem, crie agenda no seu dia a dia para isso e priorize a sua realização! Depois, agradeça a você mesmo por isso. 3. Terceiro, tente aproveitar ao máximo os momentos em que você estiver fisicamente presente. Se você estiver no trabalho, foque nas atividades com toda vontade e disposição possível. Ser produtivo não é só saber das coisas e executar o que precisa ser feito; é, sobretudo, estar disposto para realizar o que precisa ser feito dando o máximo de si. E o diferencial está exatamente aí: dando o máximo de si! E se você estiver nos seus momentos de lazer, com você mesmo ou com

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30 anos do Estatuto da OAB: um avanço para toda a sociedade

*Por Reinaldo Gueiros A Lei Federal nº 8.906/1994 – que instituiu o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – é, sem dúvida, um marco essencial para a profissão e a sociedade. Ao celebrar seus 30 anos de existência, neste mês de julho, reforçamos seu valor para a defesa das prerrogativas e deveres dos advogados, assim como para o fortalecimento da atuação profissional e promoção do Estado Democrático de Direito, elementos fundamentais para uma sociedade mais justa e equilibrada. Desde sua promulgação, em 4 de julho de 1994, o Estatuto tem sido uma ferramenta fundamental para garantir a autonomia dos advogados, estipulando direitos e deveres e estabelecendo normas que asseguram o sigilo profissional, a inviolabilidade de seu local de trabalho e a liberdade de comunicação com seus clientes. Ao defender a independência desse profissional, essa normativa atua na promoção da justiça e em favor de toda a sociedade, para que ela seja mais justa e democrática. O texto da lei reforça ainda a importância da OAB na fiscalização e na disciplina do exercício da advocacia. Destaca também a autonomia administrativa e financeira da OAB, permitindo ao órgão uma atuação mais independente e eficaz na defesa das prerrogativas da advocacia. O Estatuto evoluiu ao logo dos seus 30 anos, acompanhando as mudanças na sociedade e no sistema jurídico brasileiro. Como exemplo, estão as alterações trazidas na Lei 14.365/2022, que asseguraram a competência exclusiva da OAB para fiscalizar o efetivo exercício da profissão e o recebimento de honorários; as prerrogativas da mulher advogada; a ampliação da pena do crime de violação das prerrogativas do advogado; e a regulamentação da figura do advogado associado, assegurando a autonomia contratual interna dos escritórios de advocacia e o pagamento de honorários de acordo com o previsto pelo Código de Processo Civil. A advocacia precisa continuar avançando para acompanhar as mudanças sociais, tecnológicas e jurídicas, caminhando junto com as novas necessidades, porém mantendo-se firme na defesa da justiça e dos direitos dos cidadãos. As inovações tecnológicas, a digitalização da justiça e novas formas de proteção de dados pessoais, por exemplo, trouxeram desafios inéditos para a profissão e exigirão uma advocacia cada vez mais preparada, atualizada e comprometida. Celebrar os 30 anos do Estatuto da OAB é refletir sobre tudo isso e reforçar o compromisso de todos, não apenas advogados e advogadas, mas toda a sociedade, com uma advocacia independente, fortalecida e determinada a continuar zelando pela democracia, pela justiça e pela liberdade. *Reinaldo Gueiros é advogado e procurador federal

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É preciso internacionalizar para evoluir

*Por Gustavo Delgado Cada vez mais entendemos a importância de sermos, de fato, cidadãos do mundo, por várias razões e benefícios. Quer seja porque o mundo está cada vez “menor”; e mais conectado, quer seja porque está mais acessível o ir e vir entre os países, tornando o fluxo cada vez mais fácil. O fato é que este movimento é importante para aprendermos mais, entendermos melhor o que fazemos bem e o que precisamos aprender a fazer melhor. Sempre que posso, recomendo que as pessoas saiam do Brasil, vão conhecer outros países, independentemente do continente, pois sempre temos o que aprender. No mínimo, passaremos a enxergar melhor o nosso próprio país. Quantas vezes é de fora do Brasil que percebemos nossos problemas e nossas falhas, que por tantas vezes já se tornaram nossa rotina e já não mais as percebemos? Nós nos acostumamos com o ruim e com o bom. Logicamente, também são nestes momentos em que valorizamos o que temos de bom, por menor que seja: nossa peculiaridade, nosso clima, nosso jeito de nos relacionarmos. Independentemente disso, sempre que tiver a oportunidade, vá para fora deste nosso lindo Brasil e nos veja de lá! E perceba o quanto aprendemos com isso. Obviamente, volte! No âmbito da educação, isso vale ainda mais. Participar de uma “graduação sanduíche”, ou ainda fazer uma imersão de idiomas no exterior, é uma experiência que deveria ser obrigatória no processo de formação. Existem várias oportunidades e empresas que fazem esse trabalho, é verdade. Entes públicos já promoveram e promovem ações em que estudantes de instituições públicas de ensino ganham o mundo para terem uma formação cada vez melhor. Acompanhei e conheci vários desses projetos e vi de perto o impacto, a mudança de comportamento e de visão de mundo. Mas também é importante receber esses estudantes e profissionais estrangeiros, fazer o caminho contrário. Não vemos tantos programas para receber e apresentar aos outros países do mundo nossas instituições de ensino, nossas importantes empresas e nossa gestão. Mostrar ainda criatividade brasileira, a nossa “cor”, nossa tropicalidade. É preciso desenvolver cada vez mais essa possibilidade em nossas terras tropicais, por que não? Seria nossa “síndrome de vira-lata” que não nos faz pensar nisso? Que acha que o bom só está lá fora? Não creio nem espero que seja verdade. Temos muito a mostrar, afinal ainda nos orgulhamos muito de ser brasileiros. Quem sabe não podemos e devemos criar programas para receber estrangeiros em nossas instalações, conectando-os aqui em nosso clima quente, com nossos polos de tecnologia e criatividade, mostrando a eles como sobreviver na adversidade, imersos na cultura tão própria de nosso povo? Isso também é internacionalizar! Agora é internacionalizar nosso país! Como profissional que trabalha no processo de internacionalização das empresas há mais de 20 anos, penso sempre neste outro aspecto. Vejo as potencialidades locais nossas, comparo as empresas e produtos que conheço fora do Brasil com os nossos… E posso dizer que não deixamos a desejar em nada. Como diz um amigo, Alexandre Noronha, em seu livro “Pontes para o Mundo”: “Interagir com o mundo não é mais uma questão de oportunidade, é uma questão de necessidade!” *Gustavo Delgado é Consultor de comércio exterior e de internacionalização de empresas, Diretor de inovação da ABDAEX, Coordenador de MBA em Comércio exterior e Coordenador dos cursos de Gestão da UNIFBV.

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O impacto da Propriedade Intelectual na indústria musical

Um dos eventos mais comentados na indústria da música nos últimos anos, envolvendo a super estrela do pop Taylor Swift e seu ex-empresário Scooter Braun, virou série documental que chegou ao Brasil pelo serviço de streaming HBO Max. A série “Taylor Swift vs Scooter Braun: Bad Blood” trouxe à tona questões importantes sobre a Propriedade Intelectual e os direitos dos artistas em relação às suas criações, que não afetam apenas grandes estrelas, mas podem alcançar todos os níveis da indústria. O caso de notoriedade mundial começou em 2019, envolvendo uma disputa de US$ 300 milhões. A cantora alega que o magnata da indústria musical adquiriu os direitos sobre seus primeiros seis álbuns sem consultá-la previamente. Swift afirmou que a venda de seus masters foi realizada sem seu conhecimento e que isso a privou do controle sobre sua própria arte. Por outro lado, Braun e sua equipe alegaram que Swift se recusou a negociar quando teve a oportunidade. A série documental “Taylor Swift vs Scooter Braun: Bad Blood” não apenas narra os eventos, mas também destaca a importância de entender e proteger os direitos de Propriedade Intelectual. “Este caso serve como um alerta para artistas emergentes e estabelecidos, entre tantos outros segmentos, ressaltando a necessidade de se estar bem-informado e vigilante sobre os aspectos legais de seus acordos na indústria musical ou fora dela”, analisa Gustavo Escobar, especialista em Propriedade Intelectual. O debate se expandiu para incluir discussões sobre contratos de gravação, práticas de negócios na indústria musical e a necessidade de maior transparência e justiça para os artistas. Taylor Swift, ao relançar seus álbuns sob o título “Taylor’s Version”, buscou reaver parte do controle sobre seu trabalho e chamar a atenção para a importância dos direitos autorais. A Propriedade Intelectual, especificamente os direitos sobre as gravações master, é um tema central neste conflito. Masters são as gravações originais de uma música ou álbum, e quem detém esses direitos tem poder sobre como e quando essas gravações podem ser usadas comercialmente. No caso de Swift, a perda de controle sobre suas gravações originais significou que decisões sobre licenciamento, reedições e uso em mídia ficaram fora de seu alcance. Gustavo Escobar alerta ainda que o impacto deste caso se estende além da música, alcançando outras áreas do entretenimento e da criação artística, onde a Propriedade Intelectual continua sendo um campo de batalhas intensas e muitas vezes controversas. “A série é um lembrete poderoso de que, em um mundo cada vez mais digital e conectado, proteger os direitos sobre a própria criação é mais necessário do que nunca e ter uma orientação especializada para evitar transtornos futuros é fundamental”, conclui o advogado.

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Modelos de Trabalho Pós-Pandemia: Equilibrando Produtividade e Engajamento

*Por Jessica Couto A pandemia de Covid-19 forçou empresas e colaboradores a se adaptarem rapidamente ao trabalho remoto. Investimentos em novas tecnologias e alto engajamento tornaram essa transição bem-sucedida, com muitos especialistas observando um aumento na produtividade individual dos trabalhadores remotos, que encontram maior foco e concentração em casa devido a menos barulho e interrupções externas. Segundo a pesquisa Engaja S/A, realizada entre agosto e outubro de 2023, 69% dos entrevistados estão satisfeitos com o trabalho a distância, 61% preferem o modelo híbrido e 51% o presencial. No entanto, a Associação Brasileira de Recursos Humanos revelou que apenas 4,2% das empresas operam integralmente em home office, contra 23,9% em 2022. Isso levanta questões sobre a discrepância entre a preferência dos colaboradores e as práticas das empresas. A produtividade e o engajamento dos colaboradores, sejam remotos ou presenciais, dependem do ambiente de trabalho. Em home office muitos enfrentam interrupções de filhos, animais, baixa iluminação e barulho, afetando sua produtividade. Além disso, com o trabalho remoto muitas empresas notaram uma desaceleração na aprendizagem. Interações espontâneas podem interferir nas tarefas, mas também aceleram a resolução de problemas e atualizam informações, reduzindo o número de falhas e retrabalhos.A pesquisa também revelou índices de desengajamento: 8% no ambiente presencial, 7% no modelo híbrido e 5% no trabalho remoto. Empresas que exigem a volta presencial enfrentam impactos, em seus casos mais graves, pedidos de demissões. A geração Z mostra-se cada vez mais inflexível, abrindo espaço para uma força de trabalho mais madura (40-55 anos). Empresas que adotaram o modelo remoto estão sendo desafiadas a investir em happy hours, encontros mensais e eventos. Da mesma forma, empresas que adotam o trabalho presencial precisam remodelar sua estrutura, priorizando ambientes de integração, áreas para concentração e itens que promovam conforto e bem-estar à equipe.O engajamento e a produtividade vão muito além das horas trabalhadas. Eles revelam a capacidade da equipe em “vestir a camisa” da empresa e entregar mais do que foram contratados para fazer. Os desafios da liderança em acompanhar a equipe nesses diversos cenários são grandes, mas a busca pelo melhor cenário, considerando os tipos de atividades realizadas, o nível de dependência entre atividades, o momento da empresa, o orçamento disponível, o perfil da equipe e do produto ou serviço, fará desse líder um profissional cada vez mais preparado e antifrágil. Unir profissionais da geração Z, que têm maior facilidade com tecnologia e buscam propósito no que fazem, a colaboradores mais maduros, que prezam por um ambiente seguro, são mais estáveis e possuem vasta experiência de vida, pode gerar uma equipe de sucesso. Estimule o estudo e a aprendizagem da equipe 40+ e a maior flexibilidade e capacidade de escuta dos integrantes mais jovens. Tenho certeza de que colherá bons frutos. *Jessica Couto é Diretora no Grupo Trino e especialista em Liderança e Gestão Empresarial

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Felicidade como centralidade nos negócios

*Por Rafael Dantas Você já imaginou que, ao lado de indicadores como o faturamento e as margens de lucro, as empresas tivessem como prioridade a felicidade para medir o sucesso da corporação? Essa foi a provocação do CEO Fórum 2024, realizado pela Amcham nesta semana. Um ambiente mais feliz evidentemente deve promover maior produtividade das equipes e satisfação dos clientes. A obviedade desse fator para a instituição foi destacada nos primeiros minutos do evento pelo presidente do Conselho Regional da Amcham Recife, Paulo Sales. Fernanda Angeiras, gerente regional da Amcham, destacou que a recente pesquisa Panorama de Lideranças 2024, realizada pela Amcham em parceria com a Humanizadas.br, com 780 líderes empresariais de todo o Brasil, revelou que 94% desses entrevistados avaliam que há uma relação positiva entre bem-estar, motivação e produtividade no trabalho. UM OLHAR PARA ENTENDER AS SUBJETIVIDADES DA EQUIPE Em um período desafiador para o mundo corporativo, com o desafio de engajar suas equipes, manter os bons profissionais e evitar os casos extremos da vida profissional, como o burnout, colocar esse indicador na mesa é fundamental. Na reportagem desta semana na Algomais, quando escrevi sobre mudança de carreiras, estava evidente que a insatisfação profissional era um fator relevante que leva muitas pessoas a fazer grandes transformações na sua vida em busca de serem mais felizes. Há, evidentemente, aqueles que buscam sonhos diferentes, experimentar novos cenários. Mas a infelicidade com seu lugar no mercado de trabalho é um combustível importante para decisões de abandono. No CEO Fórum 2024, vários executivos compartilharam suas trajetórias profissionais. Viradas pessoais, pontos de inflexão, maior preocupação com o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida de trabalho… A subjetividade humana, tão difícil de mensurar e entender, foi observada nas experiências corporativas e pessoais compartilhadas no evento. Não é sustentável para a carreira ou para a dinâmica corporativa um ambiente que não se preocupe com a felicidade das pessoas que o integram. Não apenas o cliente final, mas de ponta a ponta do negócio. NOVAS REIVINDICAÇÕES PROFISSIONAIS PELA FELICIDADE A gerente regional da Amcham destacou que as reivindicações das pessoas em suas corporações são novas e englobam felicidade, bem-estar e saúde mental em dia. “As pessoas hoje transcendem o que se entendia como o benefício de uma relação de trabalho. Trazemos o tema ‘A felicidade como estratégia de negócio’. Estamos fazendo uma convocação às organizações para que elas possam de fato repensar, se colocar nesse lugar que é demandado hoje não só por pessoas que estão promovendo redirecionamento de carreira, mas também por pessoas que estão acessando agora o mercado de trabalho, como é o caso da geração Z, uma nova geração com uma visão de mundo completamente diferente e que serão os líderes do futuro. Então, a Amcham faz essa provocação, trazendo para a mesa a discussão em torno da felicidade como estratégia de negócios, propondo aos líderes de hoje que possam preparar o solo para a semeadura de uma nova geração de empresários e empreendedores, que colherá frutos excelentes no futuro próximo.” No conjunto de dados apresentados do Panorama Liderança, Fernanda destacou que a liderança inspiradora é apontada como como estilo de liderança mais valorizado. Esse perfil não foi listado sequer entre os 5 estilos de liderança atuais das empresas. Outro padrão apontado como ideal, mas não listado entre os atuais é da inteligência emocional. O único ponto em que o atual também está listado entre os ideais é do líder com abertura ao feedback. Os desafios são enormes, mas a pauta está na mesa. Está na agenda do dia dos CEOs antenados com o futuro dos seus negócios e de suas equipes. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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O necessário debate sobre a Segurança Pública em Pernambuco

Por Isaac Luna* O Governo Raquel Lyra tem um grande desafio pela frente. Trata-se da efetivação do plano estadual de segurança pública, intitulado pela equipe da governadora de “Todos Pela Segurança”. O nível do desafio ficou um pouco maior após os últimos números apresentados sobre a violência no Estado, o que trouxe a questão da segurança pública para o centro do debate político. Uma outra questão também merece atenção: a recente decisão do STF sobre a obrigação dos Estados em apresentar soluções para a questão dos presídios, o que precisa ser enfrentado, inevitavelmente, no novo plano estadual que está em execução. Porém, ao lado desses desafios, há também uma grande oportunidade, que é de alinhar a política estadual de segurança aos dois planos nacionais apresentados pelo ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, em visita à Pernambuco em outubro do ano passado, momento em que o Todos pela Segurança estava no forno. Ao discorrer sobre o Programa de Ação na Segurança (PAS) e (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONACI 2), o ex-ministro anunciou o aporte de aproximadamente R$160 milhões para a segurança pública de Pernambuco. Investimento esse destinado à construção da Casa da Mulher Brasileira em Recife, na aquisição de viaturas para a Patrulha Maria da Penha e no repasse direto de recursos para o Estado através do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). O governo federal aposta no fortalecimento do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), coordenado pelo Ministério da Justiça e pactuado com os Estados para combater centralmente o crime organizado, o tráfico internacional de drogas e armas, o controle do poder paralelo em determinados territórios, dente outras questões. Essas são, certamente, questões centrais também na crise da segurança que aflige os pernambucanos. Foco em programas e ações O plano apresentado pela governadora Raquel Lyra precisa focar as suas energias em programas e ações para o combate ao crime organizado, facções e disputa de territórios no Estado, conjuntura que potencializa sensivelmente a ocorrência de crimes violentos letais intencionais e a sensação de insegurança em terras pernambucanas. Para isso, o governo do Estado precisa atuar política e administrativamente para garantir o alinhamento estratégico com os programas e ações dos PAS e do PRONACI2 e facilitar um fluxo mais consistente de repasses federais e ações integradas com governo federal no combate à criminalidade em Pernambuco. Poder de articulação A missão não é fácil, pois exige um grande poder de articulação da Palácio do Campo das Princesas. Sobretudo com as corporações policiais, o Poder Judiciário, o Ministério Público, a ALEPE, as Universidades e as instituições da sociedade civil organizada, com a promoção de fóruns descentralizados de segurança que possibilitem discutir com todos os atores sociais e institucionais as questões nevrálgicas de cada território para garantir que as ações estratégicas sejam planejadas com base nas necessidades e realidade de cada lugar. Tal como o fórum que será realizado em João Alfredo, nesta quarta-feira (19), por iniciativa da ALEPE, ASC-PE e Prefeitura Municipal de João Alfredo para tratar a questão da segurança pública no Agreste Setentrional. Sem essa ampla participação na concepção, discussão, elaboração e pactuação para aplicação do “Juntos pela Segurança”, considerando as peculiaridades do Estado e dos seus territórios, mas, ao mesmo tempo, alinhando as suas ações e programas com o PAS e o PRONASCI2, não só a mensagem de planejamento coletivo denotada pelo nome do novo plano estadual, como principalmente a sua execução e resultados, pode se esvair em uma mera carta de boas intenções. Chover no molhado É chover no molhado lembrar que a segurança pública é central na vida em sociedade e que tem o potencial de definir os rumos da avaliação de qualquer governo. Sobretudo porque outros valores como liberdade, igualdade, integridade e propriedade são fortemente afetados quando a insegurança se torna regra. Raquel tem um grande desafio, mas também uma grande oportunidade de gestar e gerir um política pública de segurança alinhada com o governo federal, a ALEPE, as corporações policiais, o Poder Judiciário, o Ministério Público, as universidades e a sociedade civil que possa trazer importantes resultados no controle da violência e da criminalidade, com impacto consistente no sentimento de segurança e proteção à vida, à liberdade e ao bem-estar de toda a gente pernambucana. *Isaac Luna é advogado, cientista político, professor universitário e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) e da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP).

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Mudança de regra na Alienação Fiduciária

*Por Thiago Bezerra O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu que a Alienação Fiduciária só vale para o SFI (Sistema Financeiro Imobiliário) e para o SFH (Sistema Financeiro de Habitação). Todos os demais contratos assinados deverão ser levados a registros, pois a decisão do CNJ implicará a alteração do Código Nacional de Normas, que passará a vedar, em todo o país, a constituição de alienação fiduciária por instrumento particular por entidades não integrantes do SFI e SFH. O Conselho Nacional de Justiça – CNJ colocou em julgamento na última quarta-feira (05/06/2024), que “os atos e contratos relativos à alienação fiduciária de bens imóveis e negócios conexos poderão ser celebrados por escritura pública ou instrumento particular, desde que, neste último caso, seja celebrado por entidade integrante do Sistema de Financiamento Imobiliário – SFI, por Cooperativas de Crédito ou por Administradora de Consórcio de Imóveis”.O principal ponto de discussão compreendia a possibilidade de ingresso, no Registro de Imóveis, de contrato particular celebrado por qualquer pessoa, ainda que não integrante do Sistema Financeiro de Habilitação ou do Sistema Financeiro Imobiliário, desde que garantido por alienação fiduciária de bem imóvel. Dessa maneira, o CNJ decidiu que apenas a utilização de instrumento particular com efeito de escritura pública se este for realizado por alguma das entidades integrantes do Sistema Financeiro Imobiliário, de modo que a possibilidade de todo e qualquer instrumento particular tratar de alienação fiduciária causaria insegurança jurídica e careceria de sustentabilidade, apesar dessa posição não ser majoritariamente adotada por todos os Tribunais de Justiça Estaduais. Apesar da legislação ser clara e inequívoca ao estabelecer que a alienação fiduciária poderá ser contratada por qualquer pessoa física ou jurídica, expressando também que não é atividade privativa dos órgãos que operam no SFI, ao contrário do entendimento do CNJ. Em conclusão, compreendemos a importância da tutela pública em negócios privados como meio para lhes conferir juridicidade e autenticidade, contudo, o CNJ não pode agir de forma a alterar a interpretação e aplicação de uma legislação. A Lei nº 9.154/1997 regulamenta de forma objetiva como a Alienação Fiduciária de Imóveis deve ser realizada, atendendo aos interesses e autonomia da vontade daqueles que atuam no setor. A extensão dos efeitos de escritura pública para instrumentos particulares, servia como medida para reduzir os custos com registro desses Imóveis, tornando a sua aquisição menos onerosa para as Partes que apenas precisavam realizar o reconhecimento de firma dos Contratos e averbação na Matrícula do Imóvel, desburocratizando e tornando mais célere, prático e barato realizar esses negócios. Conforme a decisão do CNJ, as Corregedorias-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal devem adequar suas normativas no prazo de 30 (trinta) dias, de modo que aqueles que desejam realizar a Alienação Fiduciária de Imóvel deverão levar os contratos para registro, sendo o prazo até o dia 06 de julho de 2024, contudo, deve-se observar que a Corregedoria-Geral de Justiça do seu Estado poderá publicar a correção das normativas antes do prazo supramencionado. *Thiago Bezerra é Head do Imobiliário, no Escritório Urbano Vitalino.

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